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CASO 1

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AO JUIZO DE DIREITO DA .... VARA DO TRABALHO DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO – RJ
MARIA DAS DORES SILVA , brasileira, solteira, operadora de caixa, portadora da carteira de trabalho nº 030521 série 0166/RJ, portadora da carteira de identidade n° 23.232.680-3 , Detran/RJ, inscrita no CPF n° 178.684.017-24, residente e domiciliada na Rua duzentos, lote 15, quadra 5, casa 1, Quilometro 32, CEP.:. 26.298-0000, Nova Iguaçú, RJ, endereço eletrônico..., Por seu advogado em procuração anexa, com endereço profissional à rua..., bairro..., CEP..., Cidade..., Estado..., com fulcro nos Artigos: 769 e 840 §1° da CLT c/c artigo 5°, X e art 186 e 927 CC, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C DANOS MORAIS
Pelo rito sumaríssimo artigo 852 A CLT;
Em face de ECONOMIA MAIS S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 06.057.223/0034-30, estabelecida na Rua João Gomes, nº 330, CEP.: 20.541-345, Madureira, RJ, Endereço eletrônico ...., pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A Reclamante, máxime alicerçado nos documentos ora carreados, comprova sua insuficiência financeira.
 
Encontra-se, neste momento, desempregada, o que se evidencia de sua CTPS, termo de rescisão contratual.
Diante disso, abrigada no que rege o § 4º, do art. 790, da CLT, requer o benefício da justiça gratuita. 
II – DOS FATOS
A reclamante fora admitida na data de 01/09/2015 para exercer a função de operador de supermercados com remuneração mensal de R$ 1.045,00 junto à reclamada.
No dia 05/05/2020 a reclamante entrou em contato com a reclamada para tentar justificar sua ausência em 04/05/2020, pois fora acompanhar seu filho em exames pré-opertatórios, todavia a reclamante fora comunidade pelo fiscal que estava demitida, com a saída imediata para o dia 05/05/2020.
Informa a reclamante, que no dia 16 de janeiro de 2020 foi vítima de uma piada de mau gosto perpetrada pela Fiscal de Bateria de Caixas Larissa Mesquita da Rocha que, em voz alta, com a nítida intenção de agredi-la, falou: "Você não tem um alisante para passar na raiz desse cabelo não?"
Maria, observada por todos os lados, simplesmente desmoronou e começou a chorar!
Ressalta-se que até o presente momento a reclamante não recebeu nenhuma verba rescisória por parte da reclamada.
Pelos fatos e fundamentos acima expostos, não restou à parte autora alternativa a não ser recorrer a este D. Juízo a fim de obter a tutela jurisdicional.
III – DOS FUNDAMENTOS
Por ocasião de sua dispensa, a reclamante não recebeu as verbas rescisórias devidas, quais sejam: Aviso prévio, 13° salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, FGTS + Multa de 40%, o que deve ser realizado perante este Juízo. 
Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato, surge para a reclamante o direito ao aviso prévio indenizado na forma do Artigo 487 §1° da CLT in verbis:
“ART 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
§ 1º - A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.”
Faz jus o reclamante à verba de FGTS + multa de 40% conforme disciplina os artigos 18 § 1° lei 8036/90. In verbis:
“Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)”
O reclamante faz trabalhou na referida empresa durante 5 dias do mês de Maio, nada recebendo a titulo de salário. De acordo com o artigo 4 da CLT, considera-se como tempo efetivamente trabalhado pelo empregado , integrando-se os dias trabalhados antes de sua dispensa injusta a seu patrimônio jurídico, conforme disciplina o inciso IV do art. 7° e inciso XXXVI do art. 5° ambos da CF/88, de modo que o reclamante faz jus ao saldo de salário de 5 dias.
O reclamante não recebeu a verba de 13° proporcional (4/12) referente ao ano de 2020 a qual faz jus de acordo com o artigo 1 da lei 4090/62 in verbis:
  Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus.
        § 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
        § 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior.
        § 3º - A gratificação será proporcional:      (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995)
        I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e          (Incluído pela Lei nº 9.011, de 1995)
       II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro.
A reclamante tem o direito de receber o período incompleto de férias acrescido de 1/3 constitucional em conformidade com o art. 146 parágrafo único da CLT e art. 7° XVII da CF/88.
IV – DO ASSÉDIO MORAL 
Inegável que a Reclamada, com o proceder da Fiscal de Bateria de Caixas Larissa Mesquita da Rocha, submeteu a reclamente ao constrangimento de ser humilhada perante os demais colegas de trabalho e aos clientes do supermercado. Desse modo, afrontou diretamente sua dignidade como trabalhadora.
Importante ressalvar que com a reforma do Judiciário em virtude da Emenda Constitucional 45/2004, a Justiça do Trabalho é competente para julgar as ações de indenização por dano moral decorrentes da relação de trabalho, nos moldes do artigo 114, VII da CF, bem como a súmula 392, do TST.
Por conta da humilhação experimentada no dia 16/01/2020, pede-se a condenação da reclamada por danos morais à Reclamante com fulcro nos artigos 186, 187 e 927 do código civil.
V – DOS PEDIDOS
	Diante do exposto requer o reclamante:
A) Deferimento da gratuidade de justiça na forma do artigo 890 § 3 CLT c/c art. 98 CPC/2015;
B) Verba de aviso prévio na forma do Artigo 487 §1° da CLT
C) FGTS + multa de 40% conforme disciplina os artigos 18 § 1° lei 8036/90
D) Saldo de salário na forma do artigo artigo 4 da CLT
E) 13° proporcional (4/12) referente ao ano de 2020 a qual faz jus de acordo com o artigo 1 da lei 4090/62 c/c inciso IV do art. 7° e inciso XXXVI do art. 5° ambos da CF/88
F) Pagamento de indenização a título de danos morais, no valor de R$ 20.000,00 pelo vexame experimentado na forma dos artigos 186, 187 e 927 do CC/2002
G) Notificação da reclamada para compor a relação processual e querendo apresentar defesa, sob pena de confissão e revelia
H) Condenação da reclamada na custas processuais e honorários advocatícios
VI – DAS PROVAS
	Requer todas as provas em direito admitidas na amplitude do artigo 369 do CPC seguintes em especial a prova documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal da reclamada.
VII – DO VALOR DA CAUSA
	Da-se à causa o valor de R$....
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/ OAB

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