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Universidade Estácio de Sá Aluno: Wallace do Vale Sousa - Matrícula: 202102039118 Prática simulada Recursos E-mail- walace_do_vale@hotmail.com AV1 AO JUIZO DE DIREITO DA 2° VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ Distribuição por dependência ao processo n° ... CARLA, nacionalidade ..., casada, profissão ..., inscrito sob o CPF n° ..., residente e domiciliado na Rua ..., titular do endereço eletrônico ..., vem, por meio de seu advogado infra-assinado (procuração anexa), com endereço na Rua ..., e endereço eletrônico ..., vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com base no artigo 674, caput, §1° e §2°, inciso I e no artigo 676, ambos do CPC/15, propor o presente EMBARGOS DE TERCEIRO com PEDIDO DE LIMINAR mailto:walace_do_vale@hotmail.com Pelo rito especial em face de RONALDO, brasileiro, profissão ..., estado civil ..., residente e domiciliado na Rua ..., inscrito sob o CPF n° ..., com endereço eletrônico ..., baseado nos fatos e fundamentos a seguir expostos. I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA A Embargante não possui condições de pagar as custas e despesas do processo sem prejuízo próprio ou de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexa, com fundamento no Art. 5°, LXXIV da CF/88 e Art. 98 do CPC/15. Desse modo, o autor faz jus à concessão da gratuidade de Justiça. II – DOS FATOS A Embargante adquiriu um bem imóvel na data de 01/03/2000 no qual reside até os dias atuais, junto a seu marido Marcos, com o qual é casada no regime de comunhão parcial de bens desde o dia 02/05/2014. Marcos foi fiador em um contrato de compra e venda de um bem imóvel efetuado entre Ronaldo e Luciano, contrato este celebrado no dia 09/07/2014. No referido contrato, Ronaldo se comprometeu em realizar a entrega de um bem móvel e consequentemente cumprindo sua obrigação perante o contrato, entretanto Luciano, que se comprometera a realizar o pagamento, não o efetuou na data estabelecida por ambos em contrato. Por este motivo Ronaldo iniciou uma execução de título extrajudicial em face apenas de Marcos, uma vez que o mesmo era o fiador do contrato. A execução prosseguiu e o juiz determinou a penhora dos bens do fiador, e assim o apartamento de posse de Lara foi penhorado equivocadamente. III – DO DIREITO Diante dos fatos a cima expostos, é evidente que o bem móvel penhorado é de propriedade exclusiva da Embargante, tendo em vista que fora adquirido antes do casamento entre a mesma e Marcos, conforme comprovado em documentação anexa (fls ...) e como o casamento civil foi celebrado no regime de comunhão parcial de bens, os bens dos conjugues que integravam o patrimônio antes da realização do casamento, não se tornam comum aos conjugues, conforme dispõe o artigo 1.658, CC. Percebe-se mediante o caso concreto, que a Embargante não é a fiadora do contrato celebrado, e sim seu conjugue, portanto, não integra como parte principal do processo n°..., tendo assim, a qualidade de terceiro interessado; vale ressaltar a importância do artigo 1647, III e ainda da súmula 332 do STJ, onde se encontram respaldos para o fato de que sem a anuência da Embargante, seu conjugue não tem respaldo para incluir um de seus bens como objeto a ser penhorado, implicando na ineficácia total da garantia; portanto, devem ser penhorados somente os bens de Marcos, e o bem móvel da Embargante deve ser excluído do grupo de bens que se comunicam pelo casamento em regime de comunhão parcial de bens, pois fora adquirido antes da consumação do matrimônio. Além do mais, é notório que a Embargante não faz parte do processo principal e teve seu bem penhorado, portanto, sofrendo constrição sobre seu bem; sendo assim, de acordo com o texto do artigo 647 do CPC, a Embargante está plenamente respaldado a pleitear Embargos de terceiro. Portanto, mediante fatos e fundamentos expostos nesta inicial, se faz claro que o pleito da Embargante é plenamente correto, e deve prosperar. IV – DO PEDIDO LIMINAR Diante das cópias anexas ao processo em epígrafe, da Certidão de Inteiro Teor do Imóvel penhorado e da Certidão de Casamento no regime de comunhão parcial de bens, com data posterior a posse do bem móvel da Embargante, se faz claramente necessário o pedido de liminar para suspender o processo n° ..., outrossim se faz presente “fumus boni iuris” e principalmente o “periculum in mora”, tendo em vista que há determinação judicial penhorando o bem da Embargante, além de expedida ordem fixando data (01/03/2015) para a expropriação do bem; é de suma importância destacar que o bem imóvel penhorado em questão é o único bem residencial da Embargante. V – DOS PEDIDOS Requer: 1- Que o presente embargo seja acolhido, após a distribuição por dependência a este Juízo, com a expedição do mandado liminar de desconstituição da penhora do bem imóvel de propriedade da Embargante, declarando-se a insubsistência da mesma, em razão das ilegalidades apontadas; 2- A suspensão do processo principal quanto aos atos de expropriação do referido imóvel 3- Citação do Embargado para contestar os embargos no prazo de 15 dias; 4- A distribuição por dependência ao juízo que ordenou a constrição e a autuação em apartada, conforme o Art. 676, do CPC/2015 5- Condenação do Embargado ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais. VI- DAS PROVAS Requer a produção de todos os meios de provas, especialmente o documental e testemunhal, conforme rol descrito abaixo. VII- DO VALOR DA CAUSA Dar-se à causa o valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) Termos em que Pede deferimento Local, Data Nome do Advogado OAB/UF n° ... VII- ROL DE TESTEMUNHAS 1- Nome, RG/CPF e endereço; 2- Nome, RG/CPF e endereço
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