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Anamnese e EF das Mamas

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Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
 
 
MAMA FEMININA 
A mama feminina situa-se na parede anterior do tórax, estendendo-
se desde a clavícula e a segunda costela até a sexta costela, no 
espaço entre o esterno e a linha axilar média. 
Sua área de superfície é, em geral, retangular em vez de redonda. 
Ela tem formato de gota e tem uma área que invade a axila -> cauda 
de Spence. 
Tem também os linfonodos que realizam a drenagem das mamas, 
durante o exame físico é importante examiná-los – patologias da 
mama drenam para essa região (linfonodos axilares e subclávios). 
 
A mama costuma ser dividida em quatro quadrantes, com base em 
linhas horizontais e verticais que se cruzam no mamilo, para a 
descrição dos achados clínicos. O mamilo é o centro e a partir daí 
faz-se um “relógio”. 
 
A superfície areolar apresenta pequenas elevações arredondadas -> 
Tubérculos de Montgomery, formadas por glândulas sebáceas, 
sudoríparas e glândulas areolares acessórias. Frequentemente, são 
observados alguns pelos na região. Durante a gestação, as glândulas 
sebáceas produzem uma secreção oleosa que serve como 
lubrificante protetor para a aréola e para o mamilo durante a 
lactação. 
 
 
❖ Aréola e mamilo tem um epitélio diferente em relação ao 
restante da mama. 
 
 
Ocasionalmente, são observados um ou mais MAMILOS EXTRAS ou 
supranumerários ao longo da “linha láctea” -> locais onde há 
probabilidade de ter uma mama (a glândula não cresce). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO DAS MAMAS 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
A mama é um tecido sensível a hormônios, que se modifica com os 
ciclos menstruais e com a idade. O tecido glandular, composto por 
glândulas tubuloalveolares secretoras de leite e ductos, é 
constituído por 15-20 lobos septados irradiados ao redor dos 
mamilos. Dentro de cada lobo há muitos pequenos lóbulos. O leite 
é produzido nos alvéolos (tecido glandular). 
 
Tecido conjuntivo fibroso proporciona suporte estrutural, sob a 
forma de faixas fibrosas ou ligamentos suspensores -> ligamentos 
de Cooper. O tecido adiposo circunda a mama e é predominante 
nas regiões superficiais e periféricas. 
❖ As proporções desses componentes variam de acordo com a 
idade, estado nutricional, gravidez, uso de hormônios 
exógenos, etc. Após menopausa, ocorre atrofia do tecido 
glandular e redução significativa do número de lóbulos. 
! OCITOCINA (produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise 
posterior) é secretado durante sucção -> estimula a secreção de 
leite. PROLACTINA (hipófise anterior) produz o leite. 
MAMA MASCULINA 
É constituída principalmente por um pequeno mamilo e uma aréola 
superpostos a um fino disco de tecido mamário não desenvolvido. 
❖ GINECOMASTIA -> proliferação palpável do tecido glandular 
normal. 
❖ PSEUDOGINECOMASTIA -> acúmulo de gordura subareolar. 
ANAMNESE 
MASTALGIA -> dor mamária. Tem estreita interação com o ciclo 
menstrual. Pode ser classificada como cíclica, acíclica e 
extramamária. É o sintoma mamário que mais frequentemente leva 
a paciente a procurar assistência médica. 
❖ Determinar se a dor é difusa/focal, cíclica ou não cíclica e 
relacionada a medicamentos. 
Deve-se perguntar se a paciente percebeu algum NÓDULO, 
desconforto ou dor nas mamas -> se a paciente relatar existência de 
massa/nódulo, é preciso identificar localização precisa, há quanto 
tempo a massa existe e se ocorre alguma mudança ou variação com 
o ciclo menstrual. 
❖ O nódulo mamário pode ser um fibroadenoma, cistos, lipomas, 
adenomas, tumor filodes e carcinoma. 
É importante perguntar se ocorreu alguma alteração no contorno 
mamário, como edema ou depressões ou retração da pele que 
recobre as mamas. Pergunte também sobre ocorrência de SECREÇÃO 
MAMÁRIA e em quais situações ela aparece -> se espontânea, 
indague sobre coloração, consistência e volume, se é uni ou bilateral. 
❖ Secreção fisiológica: bilateral, multiductal, desencadeada por 
estimulação e sua coloração varia de branco a amarelado/verde. 
❖ Galactorreia: secreção é leitosa, bilateral, multiductal, fora do 
ciclo grávido puerperal. 
❖ Secreção patológica: unilateral, uniductal, espontânea, 
persistente e de coloração cristalina (água de rocha), serosa ou 
hemática -> geralmente causada por papiloma ductal ou 
carcinoma mamário. 
EXAME FÍSICO 
INSPEÇÃO 
Uma inspeção adequada exige a total exposição do tórax, porém, 
mais adiante no exame, cubra uma das mamas enquanto palpa a 
outra. As mamas e os mamilos devem ser inspecionados com o 
paciente em posição sentada com os braços ao lado do corpo e com 
o corpo coberto até a cintura. 
 
Deve-se ser feita com a paciente em quatro posições: com os braços 
ao lado do corpo, com os braços sobre a cabeça, com as mãos 
apoiadas firmemente nos quadris e com o tronco inclinado para 
frente. 
Com os braços ao lado do corpo (inspeção estática) observe o 
ASPECTO DA PELE, incluindo: 
❖ Coloração e pigmentação da aréola. 
❖ Espessamento da pele e poros incomumente proeminentes, 
que podem acompanhar obstrução linfática. 
❖ Simetria e tamanho das mamas -> é comum e normal haver 
diferença no tamanho das mamas e das aréolas. 
❖ Contorno das mamas -> pesquise alterações como massas, 
depressões ou achatamentos. 
❖ Características dos mamilos, incluindo tamanho e formato, 
direção para a qual apontam, erupções cutâneas ou ulcerações 
e quaisquer secreções. 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
! Ao examinar adolescente, deve-se avaliar o desenvolvimento 
mamário de acordo com escala de crescimento de Tanner. 
Para evidenciar as depressões ou retrações, solicite à paciente que 
ela coloque as mãos sobre a cabeça e, em seguida, apoie com força 
as mãos nos quadris (inspeção dinâmica), para contrair os músculos 
peitorais. 
 
 
Inspecione os contornos mamários com cuidado em cada posição. 
Se as mamas forem grandes, deve pedir à paciente para ficar de pé 
e inclinar-se para a frente, apoiada no encosto da cadeira ou nas 
mãos do examinador. 
 
Ocasionalmente, tem-se o MAMILO INVERTIDO -> pode estar 
envolvido por pregas de pele areolar. Costuma ser uma variante 
normal. 
 
PALPAÇÃO 
Não existe uma regra quanto à ordem de palpação da mama. Evite 
palpar com as pontas dos dedos (técnica de Bloodgood), use a região 
palmar dos dedos (técnica de Velpeaux). 
Realiza-se a palpação das mamas com a paciente em decúbito dorsal 
com as mãos apoiadas atrás da cabeça e os braços bem abertos. A 
palpação deve ser feita delicadamente, partindo da região subareolar 
e estendendo-se até as regiões paraesternais, infraclaviculares e 
axilares. 
No primeiro momento, a palpação deve ser executada com leve 
pressão, a fim de permitir detecção de nódulos superficiais e, em 
seguida, com mais vigor, procurando nódulos profundos. 
 
Deve palpar também os linfonodos, os quais são melhor examinados 
com a paciente sentada para a frente do examinador. Com a mão 
espalmada (mão direita examina o lado esquerdo do paciente e vice-
versa), faz-se a palpação deslizante do oco axilar e de suas 
proximidades. 
As fossas supra e infraclaviculares e as axilas são palpadas com as 
pontas dos dedos. Linfonodos palpáveis, móveis e fibroelástico não 
representam sinal de suspeição. Linfonodos axilares aumentados, 
duros, fixos e coalescentes são indicativos de metástase de carcinoma 
de mama, linfomas ou outras neoplasias malignas. 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
EXPRESSÃO PAPILAR 
Terminada palpação, faz-se uma delicada pressão no nível da aréola 
e da papila, identificando características da secreção como 
coloração, se ocorre por ducto único ou múltiplo, se é espontânea 
ou provocada. Essa pesquisa pode auxiliar na identificação do ducto 
comprometido. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
MAMOGRAFIA 
Radiografia da mama. É o exame radiológico mais eficiente para 
diagnosticar carcinomas mamários pequenos em fase pré-
sintomática.É indicada anualmente na população de baixo risco a 
partir dos 40 anos, e a partir dos 30 anos nas mulheres de alto risco. 
 
 
Geralmente, a mamografia é feita em duas incidências -> 
craniocaudal e oblíquo lateral. Na mamografia da imagem anterior, 
isso mais esbranquiçado e redondo são NÓDULOS, essas partes mais 
enraizadas é TECIDO FIBROSO (denso -> mais branco) e as regiões 
mais escuras tem menos tecido fibroso, é TECIDO ADIPOSO. 
Existe um sistema de classificação das imagens da mama -> Breast 
Imaging Reporting and Data System (BI-RADS). 
 
 
ULTRASSONOGRAFIA 
Método de imagem não invasivo, mais utilizado como adjuvante na 
avaliação das doenças mamárias. É operador-dependente -> na hora 
que a pessoa está fazendo somente o ultrassonografista consegue 
laudar, ao contrário da mamografia. Vê eco (parte branca), parte 
preta não tem eco -> anecóica (nódulo). 
 
PAAF 
É uma punção aspirativa com agulha fina. Com a ajuda de um 
transdutor de USG, o examinador irá inserir a ponta mais fina no 
nódulo e fazer uma aspiração. 
Maria Luiza Sena – Med XIV FASA 
 
AUTOEXAME 
EM DECÚBITO DORSAL 
1 - Deite-se com o travesseiro por baixo do ombro direito. Coloque 
o braço direito por trás da cabeça. 
 
2- Usando as polpas dos 3 dedos intermediários da mão esquerda, 
tente sentir se existem nódulos na mama direita. Faça movimentos 
circulares pequenos e superpostos para sentir o tecido mamário. 
3- Aplique 3 níveis de pressão em cada ponto: leve, médio e firme, 
utilizando pressão mais firme para o tecido mais próximo ao tórax e 
costelas. Uma crista de consistência firme na curva inferior de cada 
mama é normal. 
4 - Examine a mama seguindo um padrão de cima para baixo ou “em 
faixas”. Comece com uma linha reta imaginária embaixo do braço, 
movendo para cima e para baixo em toda a mama, das costelas até 
a clavícula, até chegar ao meio do esterno. 
 
5- Repita o exame, desta vez na mama esquerda e utilizando os 
dedos da mão direita. 
EM PÉ 
 
1- De frente para o espelho, apoie as mãos firmemente nos quadris, 
olhe para as mamas e veja se há alterações de tamanho, formato, 
contorno ou retração ou vermelhidão ou descamação da pele da 
mama/mamilo. 
2- Examine cada axila na posição sentada ou de pé e com o braço 
discretamente elevado de modo que seja fácil a palpação.

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