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Fisioterapia no Câncer de Mama Gabriela Castilho Prevenção de complicações ↝ Prevenção Primária: · Prevenção a exposição de fatores e risco de complicações. · Fatores de risco modificáveis: Externo - meio ambiente / Interno - predisposição genética. ↝ Prevenção Secundária: · Sinais e sintomas iniciais, rastreamento de mulheres de alto risco para complicações. · Mamografia. ↝ Prevenção Terciária: · Tratamento de complicações e prevenção de incapacidades. Fisioterapia na pós-mastectomia ↝ Avaliação pré-operatória; ↝ P.O. imediato; ↝ Durante o tratamento. Fisioterapia no P.O. imediato ↝ ADM limitado a 90° até a retirada dos pontos; ↝ Adaptação de malhas compressivas; ↝ Tratamento da sintomatologia; ↝ Terapias manuais e DLM; ↝ Exercícios e cuidados com os MMSS; ↝ Posicionamento dos MMSS a 30° apoiado com travesseiro. Fisioterapia no P.O. de reconstrução com TRAM ↝ Decúbito dorsal com semi flexão de tronco e joelho (15 dias); ↝ Marcha com semi flexão de tronco (15 dias); ↝Mudança de decúbito em DL; ↝ Uso da malha compressiva; ↝ Exercícios respiratórios e de MMII; ↝ Contraindicado exercícios de fortalecimento muscular. Fisioterapia no P.O. tardio ↝ Exercícios ativos livres, fortalecimento acima de 90°; ↝ Terapias manuais; ↝ Disponibilizar manuais e cartilhas para o paciente fazer em casa; ↝ Orientações; ↝ Cuidados com deiscências. Complicaçẽos ↝ Necrose de mamilo: · 2 a 20%; · Fatores de riscos: · Incisão maior que 30% do tamanho do mamilo; · Incisão periareolar; · Fumantes. ↝ Deiscência: · Abertura dos pontos; · Tratamentos: · Fotobiomodulação (Laser); · Alta frequência; · Microcorrentes; · Taping linfático. ↝ Síndrome da rede axilar: · Auto limitada: cordões visíveis abaixo da pele, pode iniciar no tórax ou na axila e podem se estender até a base do polegar; · Pode aparecer entre a 1° e a 5° semana de P.O., podendo ter resolução espontânea em 3 meses; · Incidência de 0,6 a 85,4% dos casos, sendo maior em pacientes que realizaram o esvaziamento axilar; · Fisiopatologia: Inflamação - fibrose - retração e endurecimento do tecido; · Avaliação: · Dor, presença de cordões, limitação de ADM, trigger points, dor miofascial, compensações mecânicas. · Tratamento: · Alongamento, terapia manual, fortalecimento, kinesio taping, mobilização tecidual, laser de 2 a 4 J (aplicação pontual). ↝ Seroma: · Acúmulo de líquido no espaço morto. · Tratamento: taping e sutian compressivo com pads ↝ Síndrome dolorosa pós-mastectomia: · Dor crônica que se inicia após a mastectomia ou quadrantectomia, localizada na face anterior do tórax, axila e/ou na face interna superior do braço e que persiste por período superior a 3 meses após a cirurgia. · Pode ser por lesão de músculos, ligamentos ou ramos dos nervos; ou posicionamento durante a cirurgia; · Pode ser por invasão tumoral, fibrose pós-radioterapia ou pós-cirurgica; · Prevalência: ombro / braço 9 a 68% - mama / cicatriz 15 a 72% ↝ Dor Neuropática: · Lesão nervosa, neuroma, dor da mama fantasma, hematoma axilar e radioterapia; · Causas da lesão: lesão cirúrgica, lesão por eletrocautério, estiramento por posicionamento, trauma repetitivo pelo dreno; · Lesão do nervo torácico longo. ↝ Escápula alada: · Taping, fortalecimento dos MM que estão ao redor da escápula, laser. · Avaliação clínica: Teste de Hoppenfeld ↝ Lesão do nervo intercostobraquial: · Nervo sensitivo da axila e região póstero-lateral do braço; · Teste de sensibilidade; · Tratamento: TENS, estímulo tátil com diversas texturas, acupuntura, kinesiotaping e fotobiomodulação (laser). ↝Mama fantasma: · Os neurônios levam a hiperexcitação da mama. ↝ Alterações posturais: · Reconstruções das mamas ajudam bastante na correção da postura; Possíveis motivos: Decorrente perda de peso e volume, compensar com prótese externa; realizar qualquer método de terapia postural. ↝ Cuidados paliativos: · Avanços ou recidivas do tumores/metástase - dor, limitação funcional, linfedema, síndrome do imobilismo e alterações respiratórias. Fisioterapia nas disfunções da quimioterapia ↝ Fadiga oncológica · Diminuição de energia e progressiva necessidade de descansar ↝ Neuropatia periférica induzida pela quimioterapia; · Degeneração ou disfunção dos nervos periféricos; · Parestesia, disestesia, sensibilidade ao frio, dor, entre outros. · Terapia de contraste, dessensibilização com diferentes texturas; TENS, Laser, ondas de choque. ↝ Alterações dermatológicas; ↝ Síndrome mão/pé; · Tratamento: hidratação; vitamina B e E; laser, microcorrentes e alta frequência. ↝ Náuseas e vômitos; · Ponto PC6 (pulso), uso de TENS e acupuntura na área. ↝ Alopécia pós-quimio; ↝Mucosite oral. · É a inflamação da mucosa oral durante a quimioterapia; · Padrão ouro de tratamento: Laser (cicatrização e analgesia). Fisioterapia nas disfunções da radioterapia ↝ Interação tópica com a radioterapia · Cremes tópicos que contenham metais ou minerais; · Derivados de petróleo e zinco aumentam a absorção da dose na pele. ↝ Protocolo RADIODERMITE: · Grau I: compressas com chá, na temperatura ambiente; hidratação da pele; pomada de corticosteróides. · Grau II: compressas com chá, na temperatura ambiente; hidratação da pele; pomada de cetoconazol + dipropionato de betametasona + sulfato de neomicina. · Grau III e IV: Interrupção do tratamento e avaliação do grupo de cuidados com a pele. · Tratamento: Laser, alta frequência. ↝ Fibrose induzida por radioterapia · Tratamento: Terapia manual, massoterapia, kinesio taping, endermoterapia, laser e ondas de choque. ↝ Contratura cápsula mamária · Tratamento: terapia manual, ultrassom, terapia por ondas de choque e laser. Fisioterapia no linfedema pós-mastectomia ↝ Como surge o linfedema: · Primário - anomalias linfáticas e síndromes genéticas; · Secundário: Como sequela pela retirada da cadeia ganglionar ou radioterapia ou trauma. ↝ Avaliação do linfedema: · Sinal de cacifo; · Volumetria (diferença > 200 ml ou 10% entre os membros); · Perimetria (diferença > 2 cm entre os membros). ↝ Classificação do linfedema: · Estágio 0: Condição latente ou subclínica, antecede o linfedema; · Estágio I: Acúmulo inicial de líquido, melhora com a elevação do membro, Cacifo +; · Estágio II: Sem alteração com a elevação, tem fibrose intersticial (cacifo -); · Estágio III: Elefantíase, cacifo -, alterações cutâneas. ↝ Fisioterapia complexa descongestiva: · Fase 1: REDUÇÃO (2 a 4 semanas) · cuidado com a pele; · DLM; · exercícios miolinfocinéticos; · enfaixamento compressivo multicamadas - inelástico; · Pressoterapia. · Fase II: MANUTENÇÃO · Vestimenta elástica compressiva; · Pressoterapia. OBS: Bases físicas da terapia compressiva Lei de Laplace: A pressão é igualmente distribuída no membro nas áreas cilíndricas.