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Capacitores e Indutores Prof. Dr. Rafael Rorato Londero Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Engenharia Elétrica Ementa do Curso • Resposta Transitória de Circuitos de 1ª e 2ª Ordem • Ressonância • Circuitos Magneticamente Acoplados • Transformada de Laplace • Quadripolos Referências • Alexander, C.K.; Sadiku, M.N.O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 5ª ed., Bookman, 2013. • Dorf, R.C.; Svoboda, J.A., Introdução aos Circuitos Elétricos, 8ª ed., LTC, 2012. Método de Avaliação A Nota Final NF é calculada por: NF = 0,8·Av + 0,2·Lab onde, AV: média das avaliações; Lab: média dos relatórios de laboratórios (4 alunos). Caso o aluno obtenha NF < 6 será aplicada uma avaliação substitutiva da menor nota das avaliações sobre todo o conteúdo ministrado. Datas das Avaliações • 1ª Avaliação: 25/03/2022 • 2ª Avaliação: 11/04/2022 • 3ª Avaliação: 29/04/2022 • 4ª Avaliação: 13/05/2022 • 5ª Avaliação: 06/06/2022 • 6ª Avaliação: 27/06/2022 • Avaliação Substitutiva: 01/07/2022 Horário das Atividades Dia da Semana SEG TER QUA QUI SEX Horário 13:50 15:30 - - - 13:50 15:30 Sala Virtual meet.google.com/jpg-ekpa-hde Atendimento rafaellondero@professores.utfpr.edu.br Moodle EL41D _Análise de Circuitos Elétricos 2_E41/E42 https://meet.google.com/jpg-ekpa-hde?hs=122&authuser=0 https://meet.google.com/jpg-ekpa-hde?hs=122&authuser=0 https://meet.google.com/jpg-ekpa-hde?hs=122&authuser=0 https://meet.google.com/jpg-ekpa-hde?hs=122&authuser=0 https://meet.google.com/jpg-ekpa-hde?hs=122&authuser=0 https://meet.google.com/jpg-ekpa-hde?hs=122&authuser=0 https://meet.google.com/jpg-ekpa-hde?hs=122&authuser=0 Conteúdo 1. Funções de Singularidade 1.1 Função Degrau Unitário 1.2 Função Impulso Unitário 1.3 Função Rampa Unitária 2. Capacitor 2.1 Energia Armazenada no Capacitor 2.2 Associação de Capacitores 3. Indutor 3.1 Energia Armazenada no Indutor 3.2 Associação de Indutores 4. Condições Iniciais e Finais 1. Funções de Singularidade Matematicamente, são funções descontínuas ou que possuem derivadas descontinuas. São utilizadas para descrever comutações ou chaveamentos. As principais funções de singularidade são: 1.1 Função Degrau Unitário 1.2 Função Impulso Unitário 1.3 Função Rampa Unitária 1.1 Função Degrau Unitário A função degrau unitário u(t) é zero para t < 0, igual a 1 para t > 0 e indefinida para t = 0. 1.1 Função Degrau Unitário A função degrau é utilizada para representar a comutação em um circuito elétrico. 0, 0,0 )( 0 tV t tv 1.1 Função Degrau Unitário A função degrau unitário u(t) pode deslocada para instantes diferentes de t = 0. 0 0 0 ,1 ,0 )( tt tt ttu 0 0 0 ,1 ,0 )( tt tt ttu Exemplo 1.1: Pulso Retangular Escreva o pulso retangular de tensão v(t) da figura abaixo em termos da função degrau unitário u(t). Exemplo 1.1: Pulso Retangular Graficamente podemos perceber que o pulso retangular pode ser representado pela soma de duas funções degrau conforme a figura abaixo. = )5(10)2(10)( tututv 1.2 Função Impulso Unitário A função impulso unitário δ(t) pode ser vista como um pulso de duração muito curta, de área unitária. 11 T TArea 1.2 Função Impulso Unitário Se a área do pulso retangular de duração infinitesimal é unitária. Então, Esse resultado é muito útil na amostragem de sinais em sistemas digitais. propriedade da amostragem f(t) t t0 t1 f(t0) f(t1) )()()( 00 tfdttttf a b 1)( b a dtt Exemplo 1.2: Derivada do Pulso Retangular Calcule e esboce graficamente a derivada do pulso retangular v(t) da figura abaixo. Exemplo 1.2: Derivada do Pulso Retangular A derivada do pulso retangular pode ser calculada como: )5(10)2(10 tutu dt d dt dv )5(10)2(10 tt dt dv )5(10)2(10 tu dt d tu dt d dt dv 1.3 Função Rampa Unitária A função rampa unitária é zero para t < 0 e igual a t para t > 0, ou seja, possui inclinação unitária. )()()( 0 tutdttutr t 1.3 Função Rampa Unitária A função rampa também pode ser atrasada ou adiantada no tempo. 00 0 0 , ,0 )( tttt tt ttr )()()( 000 ttuttttr 00 0 0 , ,0 )( tttt tt ttr )()()( 000 ttuttttr Exemplo 1.3: Função Dente de Serra Expresse a função dente de serra v(t) em termos das funções de singularidade. Exemplo 1.3: Função Dente de Serra A função dente de serra pode ser vista como o produto entre a função rampa e um pulso retangular de duração igual ao da função dente serra. t 10 2 x(t) = 5t t 1 2 = X p(t) = u(t) – u(t – 2) Exemplo 1.3: Função Dente de Serra Analiticamente, a função dente de serra v(t) será dada por: )()()( tptxtv )]2()([5)( tututtv )2(5)(5)( ttuttutv )2()22(5)(5)( tuttrtv )2(10)2()2(5)(5)( tututtrtv )2(10)2(5)(5)( tutrtrtv 2. Capacitor Um capacitor é um componente de circuito elétrico formado por placas paralelas entre um material isolante denominado dielétrico. 2. Capacitor Considere um capacitor percorrido por corrente elétrica, conforme a figura abaixo. E q q 0 qqQtotal vCq v Capacitância [F] Carga [C] Tensão [V] Um capacitor é um componente de circuito elétrico que acumula carga elétrica em suas placas. 2. Capacitor Se tomarmos a derivada em relação ao tempo da carga acumulada em um capacitor, teremos: Para um circuito em corrente contínua, cuja tensão é constante, temos: vCq dt dv C dt dq dt dv Ci 0i Em Corrente Contínua, o capacitor é um circuito aberto. 2.1 Energia Armazenada no Capacitor A potência elétrica é calculada por: Mas, a potência é a taxa de variação da energia, )()()( titvtp dt dW tp e)( dt dv Ctv dt dWe )( )()( titv dt dWe dvtvCdWe )( dvtvCWe )( )( 2 1 )( 2 tvCtWe 2.2 Associação de Capacitores • Associação em Série: 321 vvvv 3 3 2 2 1 1 C q C q C q C q eq 321 qqqq 321 1111 CCCCeq 2.2 Associação de Capacitores • Associação Paralelo: 321 iiii dt dv C dt dv C dt dv Ci 33 2 2 1 1 dt dv CCCi 321 dt dv Ci eq 321 CCCCeq 3. Indutor Indutores são componentes de circuitos elétricos formados por um núcleo magnético e um enrolamento. Enrolamento Núcleo Laminações 3. Indutor Os indutores seguem o princípio básico da Lei de Indução Magnética de Faraday: dt d e Tensão [V] Fluxo magnético [Wb] )(tv )(ti )(t iL Indutância [H] (Henry) dt di Lv 3. Indutor Considere um indutor submetido a uma corrente contínua. Então, dt di Lv 0v Em Corrente Contínua, o indutor é um curto-circuito. 3.1 Energia Armazenada no Indutor A potência elétrica é calculada por: Mas, a potência é a taxa de variação da energia, )()()( titvtp dt dW tp m)( )(ti dt di L dt dWm )()( titv dt dWm ditiLdWm )( ditiLWm )( )( 2 1 )( 2 tiLtWm 3.2 Associação de Indutores • Associação Série: 321 vvvv dt di L dt di L dt di Lv 33 2 2 1 1 dt di LLLv 321 dt di Lv eq 321 LLLLeq 3.2 Associação de Indutores • Associação Paralelo: 321 iiii dtL v dt L v dt L v dt L v eq 3 3 2 2 1 1 3 3 2 2 1 1 L v L v L v L v eq 321 1111 LLLLeq dt di Lv dtL v i 4. Condições Iniciais e Finais • Inércia de Tensão no Capacitor Se fizermos ∆t → 0, v(t) transforma-se no degrau e i(t) no impulso. Desse modo, a corrente tende ao infinito e fisicamente não existe. Portanto, dt dv Ci A tensão no capacitor não pode variar instantaneamente. )0()0( vv t t V v o 4. Condições Iniciais e Finais • Inércia de Corrente no Indutor Se fizermos ∆t → 0, i(t) transforma-se no degrau e v(t) no impulso. Desse modo, a tensão tende ao infinito e fisicamente não existe. Logo, dt di Lv A corrente no indutor não pode variar instantaneamente. )0()0( ii Resumo Exemplo 4.1: Condições Iniciais e Finais Para o circuito abaixo, a chave permaneceu fechada por um longo tempo e depois foi aberta em t = 0. Encontre: (a) i(0+) e v(0+); (b) di(0+)/dt e dv(0+)/dt; (c) i(∞) e v(∞) Exemplo 4.1: Condições Iniciais e Finais (a) Vamos considerar o circuito em regime permanente CC para (t = 0-). Nessa situação, o capacitor é um circuito aberto e o indutor um curto-circuito. )0(2)0( iv Aii 2)0()0( Ai 2 24 12 )0( Vv 422)0( Vvv 4)0()0( Exemplo 4.1: Condições Iniciais e Finais (b) Conhecidas as condições iniciais, podemos calcular di(0+)/dt e dv(0+)/dt com o circuito com a chave aberta (t = 0+). dt dv CiC )0( )0( C i dt dv C )0()0( sV dt dv /20 1,0 2)0( Exemplo 4.1: Condições Iniciais e Finais Para calcular di(0+)/dt vamos aplicar a Lei das Malhas ao circuito anterior. dt di LvL )0( )0( L v dt di L )0()0( 0 )0( dt di 0)0()0()0(412 vvi L 04)0(2412 Lv 0)0( Lv Exemplo 4.1: Condições Iniciais e Finais (c) Para determinar as condições finais, vamos considerar o circuito em regime permanente CC, sendo o indutor um curto-circuito e o capacitor um circuito aberto; após muito tempo com a chave aberta. 0)( i Vv 12)( Exemplo 4.2: Comutação com Degrau O circuito abaixo encontra-se em regime permanente para t < 0. Calcule: (a) iL(0 +), vC(0 +) e vR(0 +); (b) diL(0 +)/dt, dvC(0 +)/dt e dvR(0 +)/dt; (c) iL(∞), vC(∞) e vR(∞). Exemplo 4.2: Comutação com Degrau (a) Primeiramente vamos calcular iL(0 -) e vC(0 -). Nesse caso, para t < 0, a função degrau é zero. 0)0()0( LL ii Vvv CC 20)0()0( Exemplo 4.2: Comutação com Degrau Para calcular vR(0+) devemos considerar o circuito para t > 0, pois o resistor não possui inércia de tensão. Nesse caso, para t > 0, a função degrau é unitária. )0( Lv 20)0()0( CL vv 2020)0( Lv 0)0( Lv Exemplo 4.2: Comutação com Degrau Desse modo, podemos simplificar o circuito anterior. )0()0( RR iRv )0(2)0( RR iv )0( Ri s eq R I R R i )0( 3 4 42 42 4//2eqR A23 2 3 4 VvR 4)0( Exemplo 4.2: Comutação com Degrau (b) Novamente, para calcular diL(0 +)/dt, dvC(0 +)/dt e dvR(0 +)/dt, vamos considerar o circuito para t > 0. C i dt dv CC )0()0( )0()0()0( LC iii )0()0( 4 )0()0( LC LR ii vv 0)0( 4 04 Ci AiC 1)0( sV dt dvC /2 2 1 1)0( Exemplo 4.2: Comutação com Degrau Vamos aplicar a Lei dos Nós no ponto a: Ri iiR 3 dt di R dt dv RR )0()0( 4 3 LRR vv i 4 3 LRR vv i dt d dt d dt dv dt dv dt di LRR )0( 4 1)0( 4 1)0( 0 dt di dt dv RR )0(2 )0( Exemplo 4.2: Comutação com Degrau Continuando, dt dv dt dv dt dv LRR )0( 4 1)0( 4 1)0( 2 1 0 dt dv dt dv dt dv LRR )0( 4 1)0( 4 1)0( 2 1 dt dv dt dv dt dv LRR )0()0()0(2 dt dv dt dv LR )0( 3 1)0( Exemplo 4.2: Comutação com Degrau Porém, sabemos que: Lv 20 CL vv 20 CL v dt d v dt d dt dv dt dv CL )0()0( sV dt dvL /2 )0( sV dt dv dt dv LR / 3 2)0( 3 1)0( 0 )0()0( L v dt di LL Exemplo 4.2: Comutação com Degrau (c) Para calcular as condições finais, vamos considerar o circuito em regime permanente CC para t → ∞. Ri AI R R i s eq R 23 2 3 4 )( AI R R i s eq L 13 4 3 4 )( VvC 20)( ViRv RR 422)(