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1 ATIVIDADE INDIVIDUAL Matriz de análise de viabilidade Disciplina: Métodos Quantitativos aplicados a Corporate Finance Módulo: 5 Aluno: Camila Balieiro Alves Salmasso Turma: 0821-1_2 Tarefa: Análise de Viabilidade da empresa Rolguind Ltda. INTRODUÇÃO Apresente as suas considerações iniciais sobre o caso estudado. Neste trabalho, iremos realizar a análise de viabilidade da empresa Rolguind Ltda., que atua na fabricação de roldanas especiais para guindastes e está desenvolvendo o planejamento orçamentário para os próximos anos. A empresa tem como expectativa aumentar sua produção, e para isso, está realizando uma projeção de receitas para os próximos cinco anos. Com isso, tem como objetivo orçar e analisar, se a aquisição de novos equipamentos, realmente irá contribuir para o aumento junto ao seu faturamento. Sendo assim, iremos demonstrar abaixo os cálculos de correlação entre o faturamento e o consumo médio de energia da empresa, demonstrando como estes dois fatores funcionam e interferem em conjunto no negócio e na previsão de seus números. Iremos demonstrar também, os fluxos de caixa projetados perante estes novos investimentos, considerando uma taxa mínima de atratividade do negócio (TMA) de 1,48% ao mês, com o objetivo máximo de retorno em 48 meses, números estabelecidos pela diretoria. Os índices de viabilidade que serão abordados constam abaixo, lembrando que serão demonstrados e explicados conforme cada tópico: VPL – Valor Presente Líquido TIR – Taxa Interna de Retorno PD – Payback Descontado IL – Índice de Lucratividade. Mediante isto, por fim, chegaremos a uma conclusão para auxiliarmos no planejamento financeiro e orçamento da empresa. 2 Cálculo e interpretação do coeficiente de correlação entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês O cálculo da correlação tem por objetivo demonstrar se duas variáveis têm relação uma com a outra, ou seja, se há uma relação entre como os dois se comportam. No caso da Rolguind Ltda., analisaremos duas variáveis, que é a previsão do faturamento para os próximos cinco anos versus o consumo médio de energia por mês. Ao meu entendimento, é de extrema importância que façamos este cálculo, para que possamos identificar de início onde esta localizada a “força” da operação, e com isso, podemos realizer premissas mais assertivas junto ao orçamento. Abaixo, iremos apresentar a tabela de faturamento da empresa e seu consumo de energia: Perante estes números, realizamos o cálculo do coeficiente de correlação: Coefeciente de Correlação: 0,9982 3 Cálculo via Excel =CORREL(Faturamento_e_Energia[Faturamento (x) ];Faturamento_e_Energia[Consumo de energia (ano)]) Mediante este resultado, podemos notar, que existe uma forte relação entre o faturamento e o consumo de energia gerado pela empresa. Neste índice, se é esperado que quanto mais o valor esteja próximo de 1, mais nítido é a relação linear entre os dois fatores. Para ser mais claro, é mais nítido que o aumento na produção, gera um faturamento maior e consequentemente uma dependência e consumo maior de energia. Cálculo da equação da reta de regressão linear entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês O cálculo da reta de regressão linear, tem por objetivo oferecer uma equação que permite ser utilizada em projeções. Pode ser calculada facilmente pelo Excel, no entanto, precisamos entender como funciona conceitualmente. Segundo Assaf Neto (2016, p. 263), “esse é o objetivo da análise de regressão, a qual, por meio de sua expressão matemática, permite que se efetuem além da identificação da relação das variáveis, importantes projeções futuras”. Complementa ainda que a expressão da reta ajustada, para uma correlação linear, em que os valores de X explicarão os valores de Y, é a seguinte: Y = bx + a. Onde: Y = variável que se deseja projetar, chamada também de variável dependente, que no nosso caso é o consumo de energia; b = medida angular que define a intensidade da inclinação da reta de regressão; a = ponto onde a reta corta o eixo Y; X = variável utilizada para explicar o modelo, também chamada de variável independente, que no nosso caso é o faturamento. Resumidamente, no caso da Rolguind Ltda., esta equação irá nos proporcionar calcular uma previsão do quanto iremos consumir de energia mediante a estimativa que a diretoria estabeleceu de faturamento para os próximos anos. 4 O cálculo, foi efetuado via Excel, e será demonstrado abaixo: Cálculo do (b) via Excel: (b)=COVARIAÇÃO.P(Faturamento_e_Energia[Consumo de energia médio (mês) (y)];Faturamento_e_Energia[Faturamento (x) ])/VAR.P(Faturamento_e_Energia[Faturamento (x) ]) (b)=0,0017 5 Cálculo do (a) via Excel: (a)=MÉDIA(Faturamento_e_Energia[Consumo de energia médio (mês) (y)])- 0,0017*MÉDIA(Faturamento_e_Energia[Faturamento (x) ]) (a)=-66,961 Realizamos também, o cálculo do coeficiente de determinação: 6 Neste caso, temos um valor de 0,9964, que significa que 99,64% do consumo de energia será explicado pelo faturamento, então entendemos que essa correlação gera uma forte expectativa de acerto. Por fim, demonstramos abaixo, o gráfico de dispersão, que apresenta a fórmula de regressão e o valor do coeficiente de determinação: Projeção do consumo médio de energia por mês para os próximos cinco anos Com a fórmula da equação regressão, podemos assim, realizar a projeção do consumo médio de energia por mês, considerando os números apresentados pela diretoria de estimativas de faturamentos para os próximos 5 anos, e assim, identificar, o quanto de energia a empresa necessitará para atingir tal objetivo: y = 0,0017x - 66,961 R² = 0,9964 0 KWh/Mês 500 KWh/Mês 1.000 KWh/Mês 1.500 KWh/Mês 2.000 KWh/Mês 2.500 KWh/Mês 3.000 KWh/Mês 3.500 KWh/Mês Gráfico de Dispersão 7 Ano Previsão de Faturamento (Y = bX + a) Previsão de Consumo Médio em Kwh 1 R$ 1.828.136,06 Y = 0,0017 x 1.828.136,06 + (-66,961) 3.069,95 2 R$ 1.870.589,32 Y = 0,0017 x 1.870.589,32 + (-66,961) 3.142,79 3 R$ 1.913.042,58 Y = 0,0017 x 1.913.042,58 + (-66,961) 3.215,64 4 R$ 1.955.495,84 Y = 0,0017 x 1.955.495,84 + (-66,961) 3.288,48 5 R$ 1.997.949,10 Y = 0,0017 x 1.997.949,10 + (-66,961) 3.361,33 Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto Considere o orçamento originalmente apresentado pela Tecsol Ltda. De acordo com o orçamento oferecido pela Tecsol Ltda., foi considerado neste fluxo de caixa a instalação de equipamentos para a geração de 3.000 kWh/mês a um preço de R$ 90.600,00. O valor deverá ser pago mediante uma entrada de 30% e mais 36 prestações iguais e consecutivas, com taxa de juros efetiva de 1,19% ao mês. Para o cálculo do fluxo de cálculo projetado, iremos utilizar o sistema de amortização com parcelas de valores constantes conhecida como Tabela Price, que é uma das tabelas mais praticadas no mercado. Além disso, estabeleceu que o valor residual a ser considerado ao final do último período deve ser de apenas 10% do valor de aquisição, uma vez que são equipamentos muito suscetíveis à inovação tecnológica e à queda nos preços com o passar dos anos. Para se calcular a economia de energia, neste cenário foi multiplicado o valor do consumo de 3.000 kwh por R$ 0,86, que é o valor pago pela concessionária de energia por kWh consumido. Estrategicamente, a Rolguind Ltda. considera que qualquer projeto de investimento somente será viável se cobrir o custo de oportunidade (TMA)de 1,48% ao mês e retornar o investimento devidamente remunerado pelo custo de oportunidade em, no máximo, 48 meses. Para este cenário, realizamos o seguinte cálculo da prestação: Cálculo da prestação na HP12C 90.600,00 Valor Investimento - 27.180,00 30% entrada 63.420,00 Valor a ser financiado 63.420,00 PV 36 n 1,19 i - 2.176,18 PMT 8 9 Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto, considerando a aquisição de mais conjuntos de placas solares de 500 kWh/mês Para este fluxo de caixa, foi considerado a aquisição de uma microusina de geração de energia solar, no valor de R$ 39.000,00 e mais seis conjuntos de placas solares de 500 kwh/mês. Cada placa, equivale a R$ 8.600,00 cada. Neste caso, se observarmos a previsão do consumo de energia, podemos notar que não iremos ultrapassar o consumo de 3.500 kwh, sendo assim, sete placas seriam o suficiente para considerar no investimento. Então, neste caso, chegamos a conclusão que o total do nosso investimento seria no valor de R$ 99.200,00. As outras condições permaneceriam as mesmas, considerando uma entrada de 30% e mais 36 prestações iguais e consecutivas, com taxa de juros efetiva de 1,19% ao mês. O valor residual a ser considerado ao final do último período deve ser de apenas 10% do valor de aquisição, continua o mesmo, TMA de 1,48% ao mês, e o prazo para o retorno do investimento devidamente remunerado pelo custo de oportunidade em, no máximo, 48 meses, considerando a Tabela Price. Para se calcular a economia de energia, neste cenário, foi multiplicado o valor da previsão de consumo de energia, calculado no início deste exercício, por R$ 0,86, que é o valor pago pela concessionária de energia por kWh consumido. Para este cenário, realizamos o seguinte cálculo da prestação: Cálculo da prestação na HP12C 99.200,00 Valor Investimento - 29.760,00 30% entrada 69.440,00 Valor a ser financiado 69.440,00 PV 36 n 1,19 i - 2.382,75 PMT 10 11 Cálculo e interpretação dos indicadores de viabilidade Calcule todos os indicadores solicitados para cada um dos fluxos de caixa projetados. 1. Valor presente líquido (VPL) O cálculo do VPL, nada mais é do que se calcular os valores futuros dos fluxos de caixa ao seu valor presente, descontando todas as taxas de descontos e subtraíndo o valor inicial investido, e o resultado sendo positivo, significa que o projeto é totalmente viável. O cálculo do VPL pode ser realizado via fórmula de Excel, ou com o auxílio da calculadora HP12C. Abaixo, há a demonstração de como chegamos aos valores para cada cenário. Utilizamos os valores que constam na coluna de Fluxo de Caixa: Fluxo de Caixa – Cenário 1 f FIN f REG 27.180,00 CHS g CF0 Investimento inicial 403,82 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 1 36 g Nj Informa que são 36 fluxos no valor de R$ 403,82 (do mês 1 ao 36) 2.580,00 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 37 23 g Nj Insere que são 23 fluxos no valor de R$ 2.580,00 (do mês 37 ao 59) 11.640,00 g CFj Insere o fluxo de caixa do ultimo mês 1,48 i Insere a taxa de rentabilidade desejada f NPV VPL R$ 18.302,20 No caso do fluxo de caixa do cenário 1, o valor do VPL obtido demonstra que mesmo com todos os custos de financiamento da aquisição dos novos equipamentos da microusina de energia, deduzindo a taxa mínima de atratividade de 1,48% que se espera do negócio, e se devolvendo o capital investido inicial de R$ 27.180,00, a Rolguind Ltda., ainda terá um ganho extra de R$ 18.302,20 ao negócio. Sendo assim, pelo VPL ser positivo, o investimento é considerado viável. 12 Fluxo de Caixa – Cenário 2 f FIN f REG 29.760,00 CHS g CF0 Investimento inicial 257,40 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 1 12 g Nj Informa que são 12 fluxos no valor de R$ 257,40 (do mês 1 ao 12) 320,05 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 13 12 g Nj Informa que são 12 fluxos no valor de R$ 320,05 (do mês 13 ao 24) 382,70 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 25 12 g Nj Informa que são 12 fluxos no valor de R$ 382,70 (do mês 25 ao 36) 2.828,10 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 37 12 g Nj Informa que são 12 fluxos no valor de R$ 2.828,10 (do mês 37 ao 48) 2.890,74 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 49 11 g Nj Informa que são 11 fluxos no valor de R$ 2.890,74 (do mês 49 ao 59) 12.810,74 g CFj Insere o fluxo de caixa do ultimo mês 1,48 i Insere a taxa de rentabilidade desejada f NPV VPL R$ 16.823,30 No caso do fluxo de caixa do cenário 2, o valor do VPL obtido também demonstra que mesmo com todos os custos de financiamento da aquisição de mais placas para a microusina de energia, deduzindo a taxa mínima de atratividade de 1,48% que se espera do negócio, e se devolvendo o capital investido inicial de R$ 29.760,00, a Rolguind Ltda., ainda terá um ganho extra de R$ 16.823,30 ao negócio. Sendo assim, pelo VPL ser positivo, este investimento também é considerado viável. 2. Taxa interna de retorno (TIR) De acordo com HESS, Aurélio (2006, p. 61), “a TIR é a taxa com a qual o negócio remunera o capital investido, logo, é a taxa de desconto que iguala o valor presente dos benefícios de um projeto ao valor presente dos seus custos.” Ou seja, qual é a taxa média que espero ter de retorno mediante o projeto que estou investindo. 13 Normalmente, para que o projeto seja viável, a TIR deve ser maior que a TMA, que á taxa mínima de atratividade, que é estabelecida pelo próprio negócio. Para se calcular a TIR, podemos utilizar a fórmula direta do Excel, ou então, quando estamos calculando o VPL através da HP12C, no final, podemos obter também esta informação, conforme demonstrado abaixo: Fluxo de Caixa – Cenário 1 f FIN f REG 27.180,00 CHS g CF0 Investimento inicial 403,82 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 1 36 g Nj Informa que são 36 fluxos no valor de R$ 403,82 (do mês 1 ao 36) 2.580,00 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 37 23 g Nj Insere que são 23 fluxos no valor de R$ 2.580,00 (do mês 37 ao 59) 11.640,00 g CFj Insere o fluxo de caixa do ultimo mês 1,48 i Insere a taxa de rentabilidade desejada f NPV VPL R$ 18.302,20 f IRR TIR 2,8157% Para a análise deste índice, devemos considerar que para que o projeto seja viável, o percentual da TIR deva ser maior que a taxa mínima de atratividade exigida pela empresa. Logo, temos uma TIR = 2,8157% > TMA = 1,48%, significando assim que todos os valores deste fluxo de caixa terão uma rentabilidade maior do que a exigida no início do investimento, sendo assim, o projeto se torna viável. Fluxo de Caixa – Cenário 2 f FIN f REG 29.760,00 CHS g CF0 Investimento inicial 257,40 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 1 12 g Nj Informa que são 12 fluxos no valor de R$ 257,40 (do mês 1 ao 12) 320,05 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 13 12 g Nj Informa que são 12 fluxos no valor de R$ 320,05 (do mês 13 ao 24) 382,70 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 25 14 12 g Nj Informa que são 12 fluxos no valor de R$ 382,70 (do mês 25 ao 36) 2.828,10 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 37 12 g Nj Informa que são 12fluxos no valor de R$ 2.828,10 (do mês 37 ao 48) 2.890,74 g CFj Insere o fluxo de caixa do mês 49 11 g Nj Informa que são 11 fluxos no valor de R$ 2.890,74 (do mês 49 ao 59) 12.810,74 g CFj Insere o fluxo de caixa do ultimo mês 1,48 i Insere a taxa de rentabilidade desejada f NPV VPL R$ 16.823,30 f IRR TIR 2,5609% No caso do segundo cenário, temos uma TIR = 2,5609% > TMA = 1,48%, significando assim que todos os valores deste fluxo de caixa também terão uma rentabilidade maior do que a exigida no início do investimento, sendo assim, este projeto é viável. 3. Payback descontado (PD) O Payback descontado, tem o mesmo objetivo que o payback simples, que é calcular o quanto tempo que demora para um projeto devolver o capital inicialmente investido, porém, no caso do descontado, os fluxos de caixa deverão ser computados pelo seu valor equivalente no presente, devidamente descontando a TMA (taxa mínima de atratividade) do investimento. O motivo da aplicação da TMA no cálculo do Payback descontado, é por ela muitas vezes demonstrar uma alteração significativa no prazo. No caso da Rolguind Ltda., foi estabelecido como premissa, que o investimento deveria ter o retorno em no máximo 48 meses, para que assim o projeto fosse avaliado como viável, ou seja, se pelos menos o capital investido inicialmente de R$ 27.180,00 para o fluxo de caixa do cenário 1, e de R$ 29.760,00 para o fluxo de caixa do cenário 2, seria devolvido aos sócios dentro deste período. Podemos obter os valores do Payback, e calcular suas frações, através do fluxo de caixa do período, apresentando o momento em que o total do investimento inicial é totalmente pago: Fluxo de Caixa – Cenário 1 15 No fluxo de caixa do cenário 1, podemos notar que o capital inicial investido é totalmente pago no 47º mês, com uma fração do 48º mês, sendo necessário calcularmos esta fração. Sendo assim, teremos um Payback: Payback (PD) = 47 meses + fração 48º mês Payback (PD) = 47 meses + 644,20 / 1.274,55 Payback (PD) = 47,51 meses Considerando este resultado, podemos apontar que este orçamento é totalmente viável, pois o capital é totalmente devolvido no prazo de 47,51 meses, sendo que a premissa estabelecida pela diretoria foi de o retorno ocorrer em até 48 meses, e ainda com este prazo, é rentável a todo investimento. Fluxo de Caixa – Cenário 2 16 No fluxo de caixa do cenário 2, podemos notar que o capital inicial investido é totalmente pago no 50º mês, com uma fração do 51º mês, sendo necessário calcularmos esta fração. Sendo assim, teremos um Payback: Payback (PD) = 50 meses + fração 51º mês Payback (PD) = 50 meses + 87,25 / 1.366,49 Payback (PD) = 50,06 meses De acordo com o Payback apresentado acima, notamos que este cenário se torna inviável, uma vez que o prazo para o retorno do capital investido demorará mais de 48 meses, e este é o prazo mínimo estabelecido inicialmente no projeto pela diretoria para que ele ocorra. Sendo assim, deve ser descartado. 4. Índice de lucratividade (IL) No caso do IL, este índice demonstra o quanto de retorno o projeto gera, para cada unidade de capital investido. Para o cálculo dele, é necessário aplicar a fórmula abaixo: IL = VPL + Investimento Inicial / Investimento Inicial FC - Cenário 1 18.302,20 + 27.180,00 / 27.180,00 = 1,6734 FC - Cenário 2 16.823,30 + 29.760,00 / 29.760,00 = 1,5653 De acordo com os valores obtidos, como o IL dos dois cenários apresentam um índice maior do que 1, consideramos que o projeto é viável, pois isso significa que para cada 1,00 investido, a Rolguind Ltda. terá o 1,00 real de volta, mais remuneração pela taxa de desconto e ainda um valor excedente. 17 CONCLUSÃO Finalize o seu texto destacando os principais pontos da sua reflexão sobre o caso. Primeiramente, podemos notar o quanto é importante sabermos provisionar e projetar as nossas receitas de maneira mais assertiva, identificando assim quais são os fatores que caminham juntos dentro da operação, e onde realmente deve ocorrer um possível investimento, e o cálculo do coeficiente de correlação e da reta de regressão linear, permitiram trazer essa visão de início. Mediante isto, em relação aos dois orçamentos apresentados para a expansão da microusina de energia, ambas propostas trouxeram bons resultados. As análises dos índices de viabilidade apresentaram valores positivos de VPL, TIR, e IL, que são premissas para que qualquer projeto seja viável de início. Contudo, quando observamos o Payback descontado de cada fluxo de caixa, notamos uma diferença. No orçamento original, denominado cenário 1, onde há a instalação de equipamentos para a geração de 3.000 kWh/mês a um preço de R$ 90.600,00, o índice de Payback apresenta um prazo de 47,51 meses para retorno do projeto, o que vai de encontro com a premissa estabelecida inicialmente no projeto pela diretoria da Rolguind Ltda., que é o retorno do investimento dentro do prazo máximo de 48 meses, tornando este investimento viável para a aprovação. Porém, quando observamos o outro orçamento, denominado cenário 2, que é o orçamento onde há a sugestão de se adquirir mais placas de 500 kWh/mês para aumentar a capacidade de energia da microusina, apesar da projeção do consumo de energia apontar que a empresa irá atingir mais que 3.000 kWh/mês, o Payback apresenta um retorno de 50,06 meses, demonstrando assim, que o prazo para o retorno do capital investido demorará mais que 48 meses para retornar, que é acima do que foi exigido, tornando assim logo de inicio, um cenário economicamente inviável. Mediante isto, notamos e demonstramos que é de extrema importância que dentro de uma análise, todos os índices sejam observados em conjunto, pois olhados separadamente demonstram interpretações e visões diferentes. É necessário que sejam checados todos os pontos de um projeto, todas suas premissas e expectativas, e que o fluxo de caixa seja projetado e estruturado da maneira mais assertiva possível, sempre considerando todos os custos envolvidos na operação, procurando os melhores índices de financiamentos no mercado, pois no fim, tudo isso pode prejudicar o planejamento orçamentário e financeiro de uma empresa, custando tempo e dinheiro para a organização. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FEUSER, Carlos E.P. Métodos Quantitativos aplicados a Corporate Finance. Rio de Janeiro. 2020. 102 p. Apostila do Curso de Métodos Quantitativos aplicados a Corporate Finance – Fundação Getúlio Vargas. Disponível em: <ls.cursos.fgv.br/d2l/lor/viewer/viewFile.d2lfile/346296/593758/assets/metodos_quantitativos_aplicados_a_ corporate_finance.pdf>. Acesso em 18 set 21. ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 7ª Edição. São Paulo, Atlas, 2016. HESS, Aurélio. Finanças para empreendedores. 1ª Edição. São Paulo, 2006. 19