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Hanseníase

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Dermatologia @juju_medresumos 
1 
 
INTRODUÇÃO E EPIDEMIOLOGIA 
o Hanseníase ou Moléstia de Hansen 
(MH) é sinônimo também de lepra, 
porém o último sofre muito estigma → 
Lei 9.010 
o Antigamente, quem possuía 
hanseníase era isolado dos demais 
(leprosários) 
o O Brasil é o 2° país no ranking mundial 
de hanseníase, atrás somente da Índia 
o Incidência: novos casos → No Brasil a 
incidência é de 13,68 casos para 
cada 100 mil habitantes 
o Prevalência: soma de novos + antigos 
casos → número de casos atuais 
o Maior parte de casos no BR encontra-
se no Nordeste (43%). A região Sul 
concentra cerca de 4% dos casos 
o Ministério da Saúde tem feito 
campanhas de conscientização → 
Janeiro Roxo 
o É uma doença de notificação 
compulsória 
ETIOLOGIA 
o A hanseníase é causada pelo 
Mycobacterium leprae (Bacilo de 
Hansen). A bactéria é visível somente 
pelo microscópio 
o É um parasita intracelular. Tem 
afinidade pelas células cutâneas e 
pelas células dos nervos periféricos 
 
 
o Vivem dentro das células, agrupando-
se em feixes paralelos ou massas 
globulares 
o O bacilo de Hansen não pode ser 
cultivado em meio de culturas 
artificiais, somente em cultura de 
células 
o A bactéria acomete, inicialmente, o 
sistema nervoso periférico (SNP); para 
depois, atingir a pele (grupo não 
contagiante, paucibacilar); e na 
maioria dos doentes brasileiros, 
também acomete os outros órgãos e 
sistemas, exceto o sistema nervoso 
central 
TRANSMISSÃO 
o A transmissão se dá pela via 
respiratória 
o A fonte de contágio, é um portador 
de hanseníase multibacilar que não 
esteja em tratamento 
o Há pessoas sensíveis, e pessoas 
resistentes ao bacilo Hansen 
o A maioria das pessoas são resistentes 
o A hanseníase não é hereditária 
o Precisa de contato prolongado (p. ex. 
morar junto) com um paciente não 
tratado 
o Ela não é transmitida por fômites, 
contato breve, transmissão vertical, 
sexual 
o A hanseníase é uma doença de ALTA 
infectividade e BAIXA patogenicidade 
Dermatologia @juju_medresumos 
2 
 
INCUBAÇÃO 
o A hanseníase apresenta longo período 
de incubação, ou seja, tempo em que 
os sinais e sintomas se manifestam 
desde a infecção. Geralmente, é em 
média de 2 a 7 anos 
o É importante lembrar que pacientes 
em tratamento não transmitem mais 
Hanseníase 
SINTOMAS 
o Manchas → brancas, vermelhas ou 
marrons com diminuição de 
sensibilidade ao tato e ao calor 
o Caroços e Inchaços → em alguns 
casos avermelhados e doloridos 
o Dores → sensação de choque ou 
fisgadas e agulhadas ao longo dos 
nervos 
o Insensibilidade → ou diminuição da 
força muscular de olhos, mãos e pês. 
A perda de sensibilidade já é uma 
sequela da doença 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
o É realizado pelo médico, examinando 
toda a pele da pessoa a procura de 
manchas dormentes 
o Realiza também os testes de 
sensibilidade ao calor, à dor e ao tato 
→ (essa é a ordem de perda de 
sensibilidade) 
▪ Para verificar a sensibilidade 
térmica, pode-se usar 2 tubos 
de ensaio: um quente e um frio; 
ou algodão e álcool. Testar de 
forma bilateral 
▪ Para a dor, pode utilizar uma 
agulha 
▪ Para a tátil, pode passar um 
algodão; ou filetes plásticos 
(estesiômetro) 
o Apalpa os nervos dos braços, pernas e 
pescoço 
o Procura obter mais informações sobre 
a pessoa e familiares → questionar se 
alguém na família já teve 
o O diagnóstico de hanseníase é clínico 
 
o Baciloscopia: 
▪ Verifica a presença do bacilo no 
organismo 
▪ Pesquisa de bacilo por meio da 
coleta de linfa, principalmente nos 
lóbulos das orelhas e cotovelos 
▪ É um exame complementar, ele 
pode dar falsos negativos 
▪ Só positiva na hanseníase 
multibacilar (MB), que tem muito 
bacilos, na paucibacilar (PB) não 
▪ É de fácil execução e baixo custo 
 
o Biópsia: 
▪ Baciloscopia e biópsia neagativas 
→ paucibacilar 
Não coça; não “pega pó” 
(porque não há suor); não dói; 
há queda de pelo; 
Lembrar da “perda do chinelo” 
Dermatologia @juju_medresumos 
3 
 
 
 
1. Forma indeterminada → mancha 
branca. É a classificação mais comum 
 
▪ Coloração hipocrômica 
▪ Bordas mal delimitadas e não 
elevadas 
▪ Associada à hipoestesias (mais 
comum é a térmica) 
2. Forma Tuberculóide → borda 
circinada 
 
▪ Centro hipocrômico 
▪ Bordas elevadas e bem delimitadas 
▪ Associações hipoanestésicas; nervo 
espessado 
3. Forma Dimorfa → lesão faveolar 
(aspecto de “queijo-suíço”) 
 
▪ Coloração avermelhada ou 
hipocrômica 
▪ Bordas elevadas e mal delimitadas por 
fora 
▪ Associações hipoanestésicas; 
diminuição de função autonômica; 
nervos espessados 
▪ Afeta mais os nervos do que a pele 
▪ Não é uma forma contagiosa 
4. Forma Virchowiana → cheia de 
bacilos; face leonina 
 
 
▪ Coloração avermelhada 
▪ Mal delimitada 
▪ Pele infiltrada ou endurecida 
▪ Associações com madarose (perda 
de sobrancelhas); hansenomas 
(nódulos) 
 
REAÇÕES HANSÊNICAS 
o São episódios agudos de caráter 
inflamatório, causado pela atuação 
do sistema imunológico do paciente 
frente ao M. leprae 
Dermatologia @juju_medresumos 
4 
 
o Acometem de 25 a 40% dos pacientes 
o Podem ocorrer em todas as formas 
clínicas, com exceção da forma 
indeterminada 
o Quando as reações ocorrem? 
▪ Antes, durante ou após o 
tratamento com a 
poliquimioterapia (PQT) 
▪ No momento do diagnóstico 
o A maioria das reações ocorrem 
durante o 1° ano de diagnóstico 
 
→ REAÇÃO HANSÊNICA TIPO 1 (reação 
reversa) 
 
o Ocorre devido à liberação de 
antígenos pela destruição celular 
bacilar com o aumento de imunidade 
celular 
o Ocorre nos pacientes com hanseníase 
Tuberculóide e nos dimorfos 
(principalmente) 
o Suspeitar quando houver: 
▪ Lesões de pele se tornarem mais 
avermelhadas e inchadas 
▪ Nervos periféricos ficarem mais 
dolorosos 
▪ Piora dos sinais neurológicos 
▪ Edema em mãos e pés 
▪ Surgimento abrupto de novas 
lesões de pele 
o Tratamento é com corticoide 
 
→ REAÇÃO HANSÊNICA TIPO 2 (Eritema 
nodoso hansênico) 
 
o Ocorre nos pacientes com a forma 
Virchowiana e em alguns dimorfos 
o É uma reação mediada por 
imunocomplexos após a destruição 
dos bacilos 
o Suspeitar quando houver: 
▪ Nódulos ou placas eritematosas 
dolorosas, que podem ulcerar e 
evoluir com necrose 
▪ Febre, artralgia e mal-estar 
▪ Ocasionalmente, dor nos nevos 
periféricos 
▪ Comprometimento dos olhos 
▪ Comprometimento sistêmico 
o Casos leves podem ser tratados com 
AINES ou analgésicos. Casos 
moderados a graves devem ser 
tratados com talidomida + corticoide 
(caso tenha eritema nodoso 
necrotizante, neurite ou sintomas 
sistêmicos). Se usar ambos, associar 
com AAS como profilaxia para 
tromboembolismo 
o Como a talidomida é teratogênica, 
pode ser substituída pela pentoxifilina 
TRATAMENTO 
o Na mais recente atualização do 
tratamento, mudou-se para 1 cartela 
Dermatologia @juju_medresumos 
5 
 
o O tratamento para paucibacilar dura 
6 meses, enquanto o de multibacilar 
dura 12 
o Sempre orientar ao paciente que se a 
lesão não melhorar com o tratamento 
ofertado, ele deve retornar para nova 
reavaliação 
 
 
 
IMPORTANTE 
o Ao suspeitar de hanseníase, o 
paciente deve ser encaminhado para 
tratamento nas Unidades de 
Referência da região 
o O paciente em tratamento deve ser 
acompanhado também pela sua UBSo Todos os contatos domiciliares devem 
ser examinados para detectar lesões 
iniciais da doença 
o Os contatos devem ser vacinados 
com BCG se ainda não apresentaram 
manifestações clínicas → reforço 
imunológico 
o Para ficar curado, o paciente deve 
fazer o tratamento até o fim. O ideal é 
comparecer a todas as consultas nas 
datas certas, e tomar os remédios 
conforme a orientação do médico 
o Os pacientes multibacilares quando 
iniciam o tratamento deixam de ser 
transmissores da doença, por isso não 
há necessidade de qualquer 
alteração na rotina de vida dos 
pacientes, nem paucibacilares nem 
multibacilares 
 
SEQUELAS

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