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E-BOOK 2 MANIFESTAÇÕES CULTURAIS RÍTMICAS E EXPRESSIVAS

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E-book 2
MANIFESTAÇÕES 
CULTURAIS RÍTMICAS E 
EXPRESSIVAS
Ana Roberta Almeida Comin
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
A COMPREENSÃO DO SOM ���������������������������������4
OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA ������������������������������� 7
Os domínios do desenvolvimento humano ����������������������������7
MÚSICA COMO EXPRESSÃO DA CULTURA�����11
África ���������������������������������������������������������������������������������������12
Oriente Médio ��������������������������������������������������������������������������16
Índia �����������������������������������������������������������������������������������������18
Extremo Oriente ����������������������������������������������������������������������20
Oceania ������������������������������������������������������������������������������������22
Américas ���������������������������������������������������������������������������������24
A MÚSICA E O RITMO NO CONTEXTO DAS 
EXPRESSÕES CORPORAIS ���������������������������������28
CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������������������30
SÍNTESE ��������������������������������������������������������������������34
2
INTRODUÇÃO
Neste e-book você poderá aprender sobre a musica-
lidade e tudo o que ela representa� Vamos estudar 
como o cérebro e o sistema auditivo transformam 
um simples estímulo mecânico em música� Além do 
aspecto fisiológico, analisaremos os seus efeitos nos 
principais domínios do desenvolvimento humano e 
o modo com que a música se entrelaça à cultura�
Você também encontrará respostas sobre o que é a 
expressão corporal e o que ela representa nas prin-
cipais manifestações da arte�
3
A COMPREENSÃO DO 
SOM
Sabemos que o cérebro dos seres humanos é uma 
máquina incrível, pois é ele, junto à nossa capacidade 
de memória e linguagem, que nos permite compre-
ender o que é a música�
Antes de chegar aos ouvidos, a música é apenas 
ar, que se inicia por vibrações. Ao adentrar as tubas 
auditivas, as membranas timpânicas vibram de modo 
que os ossículos (martelo, bigorna e estribo) oscilam 
em resposta ao som e, através do movimento mecâ-
nico, o conduzem para o compartimento seguinte. 
Esse processo cria pressão sobre o fluido presente 
no interior da cóclea, que ativa células ciliadas, res-
ponsáveis por gerar estímulos elétricos para o nervo 
auditivo� Esses estímulos serão transmitidos para o 
córtex auditivo no lobo temporal do cérebro, onde 
será decodificado. Todo esse processo, complexo e 
que envolve diversas estruturas, leva impressionantes 
milésimos de duração para acontecer�
4
O som entra pelo 
canal auditivo e 
chega até o tímpano, 
fazendo-o vibrar�
O tímpano aciona os 
ossinhos do ouvido, 
que se movem e 
pressionam a cóclea�
Com a força da 
pressão a cóclea se 
mexe e o líquido 
dentro dela também� 
Essa movimentação 
ativa as pequenas 
células ciliadas em 
seu interior�
Ao receber esse estímulo 
os cílios mandam a 
informção do som para o 
cérebro�
Todo esse processo dura 
milésimos de segundos
Figura 1: Esquema ilustrado de como o som deixa de ser uma vibra-
ção no ar para ser interpretada na forma de música pelo cérebro e 
as demais estruturas envolvidas no processo. Fonte: Estudopratico
O mecanismo de condução e compreensão musical 
é tão refinado que somos capazes de dedicar nossa 
atenção a um único instrumento durante uma música, 
por exemplo�
Em princípio a música pode ser descrita somente 
como um simples som, enquanto, na verdade, é um 
código complexo que envolve ritmo, volume, timbre, 
batida, tempo e melodia, além de demandar habi-
lidades como a escuta, a memória e a linguagem. 
Somente o cérebro de um ser evoluído o bastante é 
capaz de montar esse verdadeiro quebra-cabeça de 
5
diferentes variáveis� O conjunto dessas atividades 
motoras e cognitivas envolvidas no processamento 
da música é chamado de função cerebral�
Outro ponto importante sobre a perspectiva evolutiva 
é a forma como a música reverbera sentimentos, uma 
vez que é capaz de estimular a memória não verbal. 
A música ativa a área do cérebro responsável por 
atividades prazerosas e está ligada profundamente 
às nossas emoções�
6
OS BENEFÍCIOS DA 
MÚSICA
Os domínios do 
desenvolvimento humano
Até o momento, pudemos compreender como nosso 
cérebro consegue interpretar um som sob a perspec-
tiva da fisiologia, mas quais seriam os seus efeitos 
em relação ao nosso desenvolvimento?
O desenvolvimento humano se inicia quando ainda 
somos reduzidos ao tamanho de uma simples célu-
la, que se desenvolverá até se tornar um bebê. Esse 
bebê se tornará uma criança e assim sucessivamente 
até atingir a velhice e chegar o seu fim. É importante 
saber que cada uma dessas fases é caracterizada por 
marcos evolutivos no campo do desenvolvimento�
O desenvolvimento humano pode ser descrito com 
base em três domínios principais. O domínio cogni-
tivo está relacionado à capacidade de interpretação, 
memória e pensamento crítico. O domínio psicos-
social (ou afetivo) aborda as emoções, os valores, 
as percepções e as crenças do indivíduo. E, por fim, 
o domínio motor, que tem a ver com o movimento, 
envolvendo arte, esportes e tarefas cotidianas.
Nesta seção estudaremos como a musicalidade é 
capaz de influir em cada um desses domínios e todos 
7
os benefícios que ela pode proporcionar no processo 
de desenvolvimento�
Domínio cognitivo
A convivência com a música é algo básico a todos, 
porém alguns vão além e dedicam-se ao aprendizado 
de instrumentos. Essas pessoas, segundo a ciência, 
passam a desenvolver determinadas habilidades 
além da própria música, como maior grau de aten-
ção, concentração e controle emocional. Não por 
acaso, hoje, já nos primeiros anos escolares, são 
oferecidas aulas de música aos pequenos� Do ponto 
de vista fisiológico, esse fenômeno é explicado atra-
vés do desenvolvimento do córtex auditivo primário, 
uma vez que ele é influenciado pela repetição da 
experiência, ou seja, quanto maior ela for, maior é 
o número de células estimuladas e reativas a sons 
e tons musicais. Pensando nisso, podemos inferir 
que à medida que vivenciamos essas experiências 
ocorre uma reorganização em nosso cérebro, graças 
à chamada plasticidade neural�
Os benefícios da música vão além da prática de 
instrumentos. Somente ouvi-la também pode trazer 
vantagens, sendo até mesmo utilizada como ferra-
menta de reabilitação por diversos profissionais da 
saúde. Por exemplo, a música pode reduzir níveis de 
estresse, melhorar a qualidade do sono, aumentar o 
ânimo e melhorar o nosso humor�
8
Domínio psicossocial
Todos os benefícios de se ouvir e/ou praticar música 
estão relacionados à ativação de diferentes estados 
emocionais, que por sua vez geram reações fisioló-
gicas como resposta. Por exemplo, músicas com 
mais batidas por minuto, comumente associadas às 
músicas agitadas, provocam o aumento da frequên-
cia cardíaca, o que leva a um estado de maior ânimo 
e disposição, sendo elas normalmente a escolha 
número um na hora de se praticar exercícios físicos 
ou participar de competições�
O inverso também é verdade, outras músicas podem 
trazer uma melodia que inspire sentimentos adver-
sos como a tristeza e a saudade. Essas variações 
de efeito se dão por razões técnicas e culturais. As 
músicas são compostas com base em uma escala 
própria e cada cultura possui uma compreensão par-
ticular sobre elas� As culturas ocidentais comumente 
associam escalas maiores à felicidade e menores à 
tristeza, embora isso não seja universal.
Domínio motor
Já pudemos constatar que a compreensão do som 
na forma de música requer diferentes capacidades e 
provoca diferentes respostas, o que invariavelmente 
nos leva a pensar no domínio motor�
O desenvolvimento motor de um indivíduo não está 
somente ligado a questões fisiológicas intrínsecas 
ao seu corpo, mas também a experiências vividas 
9
por ele e à interação com o ambiente no qual ele 
está inserido� Isso o leva a apresentar uma maior 
capacidade decontrolar movimentos ao longo do 
tempo. Nesse sentido, a música se faz extremamente 
importante�
A música é capaz de contribuir no controle dos mo-
vimentos do corpo, na execução de tarefas e na ca-
pacidade de manusear objetos com habilidade, a 
chamada coordenação motora�
Além disso, a música se expande nesse domínio, 
sendo ela representada pelo próprio corpo na forma 
da dança e da expressão corporal, como veremos 
em detalhes à frente�
10
MÚSICA COMO 
EXPRESSÃO DA CULTURA
Já tratamos do papel da cultura na construção das 
sociedades e pudemos observar como o movimento 
foi visto ao longo da história em diferentes culturas. 
Agora vamos compreender como a música se tornou 
um componente fundamental da cultura�
A música é capaz de quebrar a barreira das diferen-
ças culturais, possibilitando novas relações sociais 
e conexões� Muitos ao pensarem em músicas anti-
gas citarão uma música clássica, com uma grande 
orquestra tocando e um maestro regendo. Mas será 
mesmo que esse estilo musical é realmente onde 
tudo começou?
Tendemos a ter esse pensamento, pois temos uma 
percepção cultural baseada no neoclassicismo eu-
ropeu que, durante longo tempo, relegou a segundo 
plano outro tipo de música que não fosse a erudita� 
O neoclassicismo baseou muitas outras culturas 
além da nossa, sobretudo a de países colonizados 
por países europeus�
Essa estética cultural prevaleceu na arte e na arqui-
tetura da Europa no final do século 18 e início do 19, 
com os padrões voltados às heranças da Grécia e da 
Roma antigas. O estilo neoclássico se difundiu no 
Brasil a partir das preferências da corte portuguesa 
e se tornou uma espécie de “estilo oficial”.
11
Em muitos pontos, a adoção do neoclassicismo eu-
ropeu foi bastante problemática, uma vez que se 
sobrepujou em relação aos valores nacionais. Para 
muitos, perdura até os dias de hoje o sentimento de 
que “só é belo o que é estrangeiro”, o que desvaloriza 
nossa produção�
Mediante o exposto, faz-se altamente necessária a 
desconstrução desse senso comum para que outras 
formas de cultura sejam vistas e apreciadas dentro 
de suas qualidades� Cada povo há de possuir a sua 
própria identidade cultural baseada nas suas vivên-
cias, histórias e crenças, o que o torna único.
A seguir, vamos explorar a musicalidade dentro da 
cultura de diversos povos pertencentes a diferentes 
continentes� Vale ressaltar-se a cautela que devemos 
ter ao abordar esse assunto para não o reduzir ou ge-
neralizar. Um erro crasso seria afirmar, por exemplo, 
que a América do Sul se resume ao samba, como se 
não existissem outros países ou como se a riqueza 
cultural do nosso próprio país fosse restrita somente 
a um ritmo ou expressão cultural�
África
Antropólogos e estudiosos no assunto consideram o 
continente africano como o berço da humanidade. É 
formado por 54 países e é o segundo mais populoso 
do planeta, o que nos dá uma ideia da efervescência 
cultural dessa terra�
12
De maneira geral, a música é parte importante na vida 
do povo africano, independentemente de localidade 
ou etnia. Ela se faz presente na espiritualidade, nos 
rituais, nas celebrações e na vida cotidiana. Outro 
ponto importante é que a música também contribui 
na perpetuação dos costumes e tradições por meio 
de histórias cantadas, uma vez que nem todos utili-
zam o sistema de registros escritos.
Como vimos anteriormente, a musicalidade desse 
continente representa bem mais do que um simples 
som. As músicas são altamente rítmicas, compostas 
por padrões rítmicos complexos, geralmente envol-
vendo um ritmo tocado contra o outro para criar a 
chamada polirritmia�
Outra característica importante da construção musi-
cal africana é o ritmo� Diferentemente das métricas 
ocidentais, várias partes da música não combinam 
necessariamente de forma harmoniosa� Os sons 
dos instrumentos não convergem necessariamente 
entre si� Isso se deve ao fato da música ser uma 
representação da vida�
A musicalidade africana também é marcada pela 
chamada-e-resposta. Uma voz ou instrumento so-
noro toca uma pequena frase melódica, e essa frase 
é ecoada por outra voz ou instrumento. Além disso, 
as músicas costumam apresentar alto grau de im-
proviso� O padrão rítmico central é tocado como de 
costume e os percussionistas improvisam novos 
padrões sobre os originais.
13
Aqui chegamos a um ponto importantíssimo da so-
noridade africana: os instrumentos de percussão� 
Muitos deles são utilizados até hoje, inclusive em 
terras brasileiras, como o berimbau, o agogô, o caxixi, 
o atabaque, a cuíca, o reco-reco e o tambor.
Como dito anteriormente, a África é um continente 
imenso e vale um olhar atento pelas suas principais 
regiões. O norte da África, local onde triunfou a ci-
vilização egípcia, no passado foi conquistado por 
povos árabes, influência essa que é marcante em 
sua cultura e música, como veremos a seguir.
As demais regiões do continente são classificadas 
como subsaarianas, ou seja, que ficam ao sul do 
deserto do Saara. Essas regiões são bastante he-
terogêneas, com povos e etnias particulares que se 
utilizam da música para acompanhar o trabalho, ce-
lebrar casamentos, afastar maus espíritos, saudar 
ancestrais e marcar eventos importantes em seu 
meio social�
14
Figura 2: Representação do continente africano e as suas divisões. 
Fonte: Unisinos
As apresentações musicais podem ter longa dura-
ção e, além de instrumentos e voz, costumam ser 
acompanhadas por danças e coreografias próprias.
Uma das dificuldades do estudo da musicalidade 
africana, além das diferenças sonoras em relação 
ao que demais ocidentais costumam estudar, são os 
poucos ou raros registros escritos deixados por essas 
populações, uma vez que prevalece a oralidade na 
transmissão de histórias, músicas e cultura em geral.
A diáspora do povo negro, provocada pela interfe-
rência do homem branco em seu continente natal, 
fez com que essas pessoas aportassem em terras 
distantes na condição de escravizados. Por mais 
que seus algozes tenham tentado apagar os seus 
valores religiosos e podar as suas raízes culturais, é 
15
inegável a sua sobrevivência e difusão. Seja o samba 
no Brasil ao som de pandeiros e outros instrumen-
tos de percussão, a dançante rumba cubana ou o 
revolucionário rock and roll nos Estados Unidos, to-
dos possuem o DNA da mãe África e de seus filhos 
mundo afora�
Podcast 1 
Oriente Médio
Não raro, essa região do planeta é confundida com 
um continente. O Oriente Médio é uma região loca-
lizada na parte oeste da Ásia, também conhecida 
como Ásia Ocidental, e compreende os principais pa-
íses árabes como Líbano, Irã, Iraque, Arábia Saudita 
e Emirados Árabes, dentre outros.
Vale ressaltar-se que por essas terras, citadas desde 
os tempos bíblicos, caminharam povos de diferentes 
etnias e crenças como muçulmanos, judeus, cristãos, 
assírios, curdos e babilônios, dentre tantos outros, 
que deixaram para o Oriente Médio um rico legado 
cultural�
Apesar da sua prevalência instrumental, no passado, 
mulheres de belas vozes eram escolhidas para entoar 
canções. E não somente, também aprendiam a tocar 
instrumentos�
O Oriente Médio possui uma riqueza cultural mui-
to grande, sobretudo sua musicalidade. Visando 
16
a preservar esse bem, em 1932 foi organizado o 
Congresso de Música Árabe. O evento, realizado no 
formato de um grande festival, reuniu artistas e ins-
trumentistas de todo o chamado “mundo árabe”.
Os organizadores tinham como objetivo apresentar, 
discutir, documentar e registrar as inúmeras tradições 
musicais dessa cultura, uma vez que, à época, acre-
ditava-se que várias de suas manifestações estavam 
em declínio� Desse modo elas não seriam perdidas 
e poderiam ser preservadas. Como resultado, foram 
registradas 360 performances e gravados 162 discos 
de músicas típicas da região.
O Oriente Médio também possui instrumentos musi-
cais próprios e fundamentais na composição. Atribui-
se a essa região o surgimento de instrumentos como 
o violino, o oboé (um instrumento musicalde sopro) 
e o trompete�
Uma curiosidade: atribui-se à atual Síria o primeiro 
artefato arqueológico em forma de partitura musical. 
Encontrada na década de 1950, pesquisadores de-
moraram cerca de 20 anos para a sua compreensão� 
O material talhado em argila recebeu o nome de H6 
e conta de maneira milenar uma história um tanto 
interessante. A canção narra a história de uma jovem 
que não pode ter filhos e crê que o fato se deve ao 
seu comportamento. Em uma tentativa de reparação, 
a moça sai à noite para rezar para a deusa Nikkal, 
deusa da Lua, e leva consigo uma pequena oferenda 
com sementes ou óleo de gergelim.
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Apesar do tom sóbrio, outra partitura encontrada 
no mesmo período conta a história de uma jovem 
moça que trabalhava como garçonete em um bar 
servindo cervejas. Ou seja, a música nos mostra que 
os antepassados não a dedicavam somente a mo-
tivos religiosos, mas também como uma forma de 
descrever a vida cotidiana�
Índia
É um fato que a música é um fenômeno universal, 
mas a sua construção e compreensão difere de lugar 
para lugar. Na maior parte do planeta, se você pergun-
tar qual é a base fundamental de uma composição, 
a resposta será a mesma: as notas musicais�
As sete notas musicais – dó, ré, mi, fá, sol, lá e si 
– não fazem parte das escalas da música clássica 
da Índia� A musicalidade desse país é baseada em 
ragas.
Um raga pode ser compreendido como um conjunto 
de normas de como construir uma melodia. É ele que 
define se a escala deve ser ascendente ou descen-
dente, as notas a serem tocadas e por aí em diante.
Os ragas também têm como função a expressão de 
sentimentos através da música, como a devoção, a 
bravura, a dor, a solidão, a serenidade etc... Outra 
particularidade, além dos sentimentos, é que cada 
raga pode estar associado a um horário do dia ou 
a uma estação do ano. Não à toa há o registro de 
cerca de duzentos ragas diferentes.
18
A cultura musical indiana valoriza a sua sonoridade 
tanto quanto a imaginação e a criatividade de seus 
artistas, que pode livremente improvisar durante a 
sua apresentação, sendo o improviso uma marca 
importante na música deste país�
Tradicionalmente, as canções são acompanhadas 
por instrumentos típicos como o sitar, a flauta de 
bisel, as tablas, a vina e o santoor indiano.
A Índia, parte do continente asiático, é um país de 
grandes contrastes. Em termos territoriais, é o sétimo 
maior país do mundo e o segundo mais populoso. Lá 
habitam diferentes grupos étnicos que professam di-
ferentes religiões e manifestam a sua cultura através 
da música, de festividades aos deuses e das cores. 
Toda essa identidade pluricultural foi construída atra-
vés de uma história milenar. No entanto, o processo 
de modernização do país deu novos ares à cultura.
A partir dos anos 2000, Bollywood – junção de 
Bombaim (antigo nome da cidade de Mumbai, onde 
encontra-se a maioria dos estúdios e produtoras de 
filmes) e Hollywood (a famosa e consagrada indús-
tria cinematográfica dos Estados Unidos) – passou 
a receber maior atenção da crítica dos demais paí-
ses e a conquistar grandes públicos na Índia. Com 
muitas cores, brilhos e por vezes até exageros hoje 
a maior parte dos filmes produzidos por Bollywood 
são musicais�
Esse fenômeno social nos mostra a importância da 
música para a cultura indiana. Seja nas celebrações 
religiosas, nos rituais, como a cremação de mortos, 
19
ou nas salas de cinema, a musicalidade indiana es-
tará presente�
Extremo Oriente
Retornamos mais uma vez ao continente asiático, des-
sa vez à região denominada como “extremo oriente”. 
Compõem esse território países como o Japão, a China, 
a Coréia do Norte, a Coréia do Sul, Taiwan e Mongólia.
Cabe destacarmos que a cultura desses países e a 
sua relação com a música atravessa milênios� Por 
exemplo, há mais de 4 mil anos a.C. filósofos chine-
ses já descreviam a presença da música e atribuíam 
sua existência à natureza. Voltando ainda mais na 
linha temporal, na região também foram encontradas 
16 flautas confeccionadas em ossos. Especialistas 
estimam que os artefatos tenham entre 8 e 9 mil 
anos de existência�
Esses países possuem tradições musicais próprias. 
Em geral são canções voltadas ao aspecto religioso, 
próprias para rituais e cerimônias, e músicas folcló-
ricas que narram as suas tradições�
As melodias dessa região normalmente são acompa-
nhadas pelo som de flautas, sinos, gongo e tambores, 
e nem sempre apresentam letra�
A cultura dos países do extremo oriente é marcada 
pela tradição na dança e na arte da interpretação� Por 
esse motivo, grande parte das músicas no passado 
eram compostas especialmente para essa finalidade.
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Aqui cabe citarmos uma figura lendária que possui 
estreitos laços com a música: a gueixa. No imaginá-
rio ocidental, as moças de rosto pintado de branco 
possuem uma aura de encanto e mistério�
Na cultura japonesa, as mulheres que se dedicam à 
carreira de gueixa devem estudar a fundo, desde cedo, 
a arte do entretenimento, o que inclui a dança, o canto 
e a arte. Uma de suas muitas incumbências é o estudo 
e a prática do shamisen, um instrumento semelhante 
a um banjo de três cordas, cujo som melancólico por 
vezes é acompanhado pela flauta – outro instrumento 
que as gueixas também devem saber tocar. Por fim, 
o repertório musical dessas mulheres também era 
composto por instrumentos de percussão, como o 
ko-tsuzumi, um pequeno tambor de ombro em forma 
de ampulheta, e o taiko, um tambor de chão.
Figura 3: Retrato de uma tradicional gueixa e o seu shamisen. Fonte: 
Japanesetradmusic
21
Saltando para os dias atuais, graças à internet, à glo-
balização e à velocidade da informação, a música 
pop sul-coreana, também conhecida como k-pop (do 
inglês Korean pop), é o novo fenômeno entre os mais 
jovens, ultrapassando as fronteiras do país asiático 
e ganhando destaque pelo mundo.
A sonoridade do estilo recebe influências externas, 
de modo que uma identidade sonora e visual seja 
criada� Esse fato revela que embora as tradições 
sejam mantidas, a música e a cultura são elementos 
dinâmicos�
Oceania
Esse continente é basicamente formado por um con-
junto de ilhas, cujos países mais conhecidos são: 
Nova Zelândia, Austrália, Samoa e Papua Nova Guiné. 
Sua rica cultura remonta ao tempo dos seus povos 
originários, como os aborígenes que habitaram o 
território que hoje conhecemos como Austrália ou 
os maoris, na Nova Zelândia.
O histórico do povo maori revela que eles eram al-
tamente espiritualizados. Por estarem em meio à 
natureza, reverenciavam-na como elemento sagrado. 
Por essa razão, a musicalidade se fazia presente, 
pedindo proteção e auxílio na navegação, por exem-
plo. Era comum o uso de flautas, apitos e tambores.
Não raramente “viralizam” nas redes sociais vídeos 
de atletas neozelandeses dançando o haka. Essa co-
reografia, típica da cultura maori, era utilizada como 
22
uma forma de demonstrar força e unidade frente a 
um inimigo. Os passos são acompanhados de pala-
vras cadenciadas e cantadas em tom forte�
Na Austrália, os aborígenes partilhavam crenças se-
melhantes aos maoris da Nova Zelândia� Acreditavam 
na união de todos os seres da natureza com um ser 
superior que integrava tudo. Sendo assim, a natureza 
era fortemente respeitada e reverenciada por eles� A 
música era uma importante forma de conexão des-
ses elementos�
A musicalidade aborígene era, sobretudo, vocal e, 
por vezes, acompanhada pelo yidaki (didgeridoo)� 
Esse instrumento de sopro consiste em um tronco 
oco cujo som é produzido pela vibração dos lábios 
daquele que o toca�
A origem do yidaki remonta a cerca de 1500 anos, 
conforme pinturas rupestres encontradas na região. 
Nessa cultura, esse instrumento é a representação 
da mãe serpente, a criadora da terra.
As danças que eram coreografadas ao som do yidaki 
eram marcadas complementarmente pelo uso de 
bastões�
23
Figura 4: Imagem de um aborígene tocando um didgeridoo. Fonte: 
Thepoweredit
Américas
A América é um vasto continente, quecobre de nor-
te a sul o globo terrestre e é lar dos mais diversos 
povos. Aqui trataremos desse lugar na sua essência 
original: os povos nativos.
Antes da chegada dos europeus colonizadores e, 
posteriormente, das pessoas negras escravizadas 
vindas da África, habitavam essas terras uma imensa 
quantidade de povos indígenas de diferentes etnias, 
regiões e culturas. Em comum, o fato de que viam na 
natureza uma forma de conexão com o sagrado. Não 
raro, celebravam colheitas, fenômenos climáticos, a 
fertilidade, a caça e momentos importantes como o 
nascimento, a união e a guerra, dentre outros. Nesse 
contexto, a musicalidade marca rituais de modo in-
24
tegrativo com outras formas de expressão cultural, 
como a própria dança.
Os nativos norte-americanos costumavam empregar 
em suas músicas a voz e instrumentos de percussão. 
A primeira podia aparecer como um solo, um coral 
ou um canto responsorial (como um jogo musical no 
qual um indivíduo pergunta e todos respondem ou 
repetem a fala). A percussão era feita a partir do som 
de tambores e chocalhos� Normalmente iniciava-se 
com batidas lentas e constantes que aumentavam 
gradualmente, acompanhadas não somente pelo 
canto, mas por coreografias também.
A América pré-colombiana, isto é, antes da chega-
da de Cristóvão Colombo e seus homens, contava 
com povos como os incas, os maias e os astecas 
na região da América Central e da Cordilheira dos 
Andes, ao sul do continente. Esses grupos formaram 
verdadeiros impérios, cujos resquícios até hoje são 
contemplados e visitados como pontos turísticos 
preservados como patrimônios da humanidade. Sua 
musicalidade estava relacionada principalmente à 
religiosidade, com uma profunda relação com a po-
esia� As apresentações contavam com o acompa-
nhamento de instrumentos, danças e encenações.
Até os dias de hoje, como resultado do sincretismo 
cultural proporcionado pelos povos originários da 
região e a influência da colonização espanhola, pode-
mos ver apresentações musicais típicas das regiões 
que refletem todo esse passado, sobretudo no Peru. 
Em geral, toca-se o charango, um instrumento de 
25
cordas com formato semelhante a um violão; a zam-
poña, uma espécie de flauta confeccionada a partir 
do junco, e a ocarina, outro instrumento de sopro, 
feito de barro, pedra ou madeira, em formato oval.
Alguns grupos indígenas brasileiros acreditavam que 
a música era um presente dado pelos deuses, uma 
vez que ela se fazia presente tanto nas festividades 
coletivas quanto na esfera íntima e era um importan-
te elemento socializador, uma vez que promoviam o 
contato entre diferentes tribos por meio da linguagem 
não verbal�
A música para esses grupos estava presente, mais 
uma vez, em rituais e cerimônias e havia regras e 
determinações para o uso de certas melodias, além 
da escolha daquele que iria cantá-la, bem como o 
momento certo para isso ser feito. Dessa forma, al-
gumas canções e instrumentos só poderiam ser pra-
ticados por homens, outros só por mulheres e outros, 
ainda, só para um determinado rito ou celebração.
As flautas possuem um importante destaque para 
algumas etnias, sendo a sua prática normalmente 
reservada aos homens�
26
Figura 5: Homens indígenas brasileiros tocando flauta. Em algumas 
etnias, mulheres são proibidas até mesmo de escutar o seu som. 
Fonte: Emaze
Podcast 2 
Aqui concluímos essa viagem às principais culturas 
ao redor do mundo e exploramos um pouco as suas 
relações com a musicalidade. Um passo importante 
na compreensão de como as suas identidades foram 
construídas, incluindo a nossa, a brasileira.
Conhecer as origens da música nos permitirá tam-
bém um melhor entendimento do seu papel nas ma-
nifestações do corpo, a chamada expressão corporal.
27
A MÚSICA E O RITMO 
NO CONTEXTO DAS 
EXPRESSÕES CORPORAIS
Certamente você já ouviu a máxima “o corpo fala”. 
E, de fato, essa é uma verdade. Ainda que de uma 
forma não verbal, podemos utilizar do corpo para 
nos comunicarmos. Seja um gesto, uma careta, um 
sinal ou uma coreografia complexa. Tudo passa pela 
expressão corporal�
Estudamos como a música pode afetar as nossas 
emoções. Somos seres dotados de sentimentos e, 
por vezes, manifestamos a necessidade de expressá-
-los. Por meio desse desejo manifestam-se as ex-
pressões corporais, que podem também representar 
ideias, pensamentos e movimentos representativos 
ou simbólicos.
A expressão corporal pode aparecer em variados 
contextos como a voz, o corpo, o ritmo, o som, a 
postura, o movimento, o gesto, o espaço e o tempo. 
Por vezes, tais manifestações podem também surgir 
de maneira involuntária e serem interpretadas como 
uma manifestação de liberdade e criatividade�
Esse tipo de expressão é intrínseco ao ser humano 
e é graças a ele que somos compreendidos desde a 
tenra idade. Por exemplo, muitas vezes pelas feições 
de um bebê os pais conseguem identificar se ele está 
com fome, com a fralda suja, com dor etc. Faz parte 
da nossa natureza.
28
Por ser natural da nossa espécie, a expressão cor-
poral não está relacionada somente à sobrevivência 
e à socialização, mas também às artes em geral. 
Podemos encontrar as expressões corporais na for-
ma de danças, encenações e na música. Não à toa, 
a Educação Física tem se dedicado a profundos es-
tudos acerca do tema nos últimos anos�
A expressão corporal pode aparecer como uma mani-
festação espontânea do corpo executada a partir de 
experiências por ele vividas� Essa vivência livre pode 
favorecer o enriquecimento dos gestos expressivos, 
deixando-os mais criativos e espontâneos., além de 
favorecer a comunicação do indivíduo com o meio, 
canalizando nas expressões corporais uma forma 
de demonstrar sentimentos e pensamentos muitas 
vezes sublimados.
Além das manifestações livres do corpo, a expressão 
corporal também pode ser conduzida ou até mesmo 
condicionada, como em uma coreografia de dança. 
Os movimentos são previamente estruturados, pla-
nejados e ensaiados, para então serem executados.
A dança é uma das mais conhecidas formas de ex-
pressão corporal, estando ela inter-relacionada com 
a expressão corporal. Motivo esse que é objeto de 
estudo de inúmeros pesquisadores da área�
A dança completa o ciclo visto até aqui: o movimento, 
o ritmo, a cultura, a expressão corporal e ela, a dan-
ça. Percebam como tudo está intimamente ligado. 
São componentes fundamentais e complementares 
entre si�
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste e-book pudemos compreender conceitos inter-
ligados e muito importantes. Inicialmente, pudemos 
ver como a música, até então uma simples vibração 
no ar, é captada pelo sistema auditivo e processada 
no cérebro. Um processo rico e complexo da natu-
reza humana.
Aprendemos como os domínios de aprendizagem 
são organizados e quais são os benefícios da música 
em relação a cada um deles�
O domínio cognitivo é estimulado graças à plastici-
dade neural, demonstrada através da repetição da 
experiência. Os ganhos observados são maiores ní-
veis de atenção, concentração e controle emocional.
A música pode afetar o âmbito psicossocial através 
das emoções: uma música pode despertar sentimen-
tos e a memória de uma pessoa.
Já em relação ao domínio motor, a música contribui 
no controle dos movimentos do corpo, na execução 
de tarefas e na coordenação motora�
Após explorarmos os efeitos da música no desen-
volvimento humano, partimos para uma viagem de 
imersão cultural� Observamos como cada povo com-
preende e reproduz a música, apreciando cada forma 
de maneira independente da visão eurocêntrica do 
neoclassicismo�
30
A África, um imenso continente, recebeu a influência 
árabe em sua musicalidade, em especial na região 
norte. Já a região subsaariana é marcada por músi-
cas longas, com improviso, polirrítmicas, em forma 
de chamada-e-resposta� Instrumentos de percussão 
acompanham a sonoridade. A temática, em geral, é 
voltada para o trabalho, para fins religiosos e para 
celebrações�
A música do Oriente Médio tem prevalência instru-
mental e credita-seà região a criação do violino, do 
oboé e do trompete, além de resquícios arqueológi-
cos também indicarem a primeira partitura musical, 
com letras sobre religiosidade e o retrato da vida 
cotidiana�
A Índia possui um sistema particular de música� Elas 
são compostas a partir de ragas – um conjunto de 
normas de como construir uma melodia, que dita a 
escala e as notas. Os ragas também servem para 
expressar sentimentos e cada um é associado a um 
horário do dia ou a uma estação do ano� A liberdade 
e a criatividade são valorizadas e os músicos podem 
improvisar. Tradicionalmente as músicas são acom-
panhadas por instrumentos típicos como o sitar, a 
flauta de bisel, as tablas, a vina e o santoor indiano. 
Ainda hoje a música é fundamental na Índia, seja 
nas celebrações religiosas, na vida cotidiana ou no 
cinema, representado por Bollywood�
No que chamamos de Extremo Oriente, a música é 
valorizada e retratada ao longo de milhares de anos. 
Em geral, são canções voltadas ao aspecto religioso, 
31
próprias para rituais e cerimônias e músicas folcló-
ricas que narram as suas tradições, acompanhadas 
pelo som de flautas, sinos, gongo e tambores, e nem 
sempre apresentam letra. Neste tópico estudamos 
também o papel das lendárias gueixas, exímias ins-
trumentistas e cantoras�
A Oceania, o arquipélago-continente, contou com po-
vos nativos como os maoris e os aborígenes. Ambos 
com forte ligação e fé na natureza e seus elementos. 
Os maoris executavam o haka ao som de passos 
fortemente cadenciados, enquanto os aborígenes 
tinham uma musicalidade vocal acompanhada pelo 
yidaki (didgeridoo), um instrumento de sopro.
Nas Américas, de norte a sul, os nativos também re-
produziam as suas músicas no intuito de reverenciar 
deuses, a natureza, celebrar momentos importan-
tes e realizar rituais. Os nativos norte-americanos 
utilizavam a voz e os instrumentos de percussão, 
tambores e chocalhos. Podendo ser um solo, um 
coral ou um canto responsorial, que aumentava o tom 
gradualmente. Os povos nativos da América Central 
também possuíam forte relação com a música. Um 
dos exemplos é a música peruana marcada pelo 
som do charango, da zampoña e da ocarina. Já os 
homens dos povos nativos do nosso país usavam a 
flauta para compor suas músicas, algo nem sempre 
permitido às mulheres – o que variava de etnia para 
etnia. Algumas músicas eram cantadas somente por 
eles, outras somente por elas e a depender do ritual.
32
Ao explorarmos a musicalidade e a compreensão 
da música para cada população, percebemos algo 
intrínseco ao som e ao ser humano: a expressão cor-
poral. Trata-se de uma manifestação não-verbal de 
ideias, pensamentos e movimentos representativos 
ou simbólicos. Pode ser espontânea como um gesto 
ou conduzida/condicionada como a dança ou uma 
peça de teatro�
33
SÍNTESE
• África
• Oriente Médio
• Índia
• Extremo Oriente
• Oceania
• Américas
MANIFESTAÇÕES CULTURAIS 
RÍTMICAS E EXPRESSIVAS 
A compreensão do som
Os benefícios da música
Música como expressão da cultura
A música e o ritmo no contexto das expressões corporais
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