Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Psicologia organizacional A Psicologia organizacional é a área de estudo responsável pelo cuidado das pessoas nas organizações; empresas não são somente máquinas, matéria-prima e processos, são pessoas que elaboram esses processos, que fazem a manutenção das máquinas e que fazem a empresa girar. Falar de Psicologia Organizacional é falar sobre a Gestão de Pessoas, na qual o foco se dá tanto na manutenção dos processos e da produtividade, quanto na satisfação e qualidade de vida do colaborador. É aliar os dois lados da moeda: organização e colaborador. DEFINIÇÕES Em um cenário onde as demandas por aumento de produção e lucratividade precisam estar aliadas ao bem-estar e à satisfação de colaboradores, a Psicologia Organizacional se torna uma das áreas mais dinâmicas e desafiadoras no mundo dos negócios. Seu papel é focar no recurso humano da organização, sem perder de vista os interesses da empresa; é conciliar qualidade de vida e desempenho organizacional. Um funcionário bem adaptado, motivado e treinado adequadamente terá um rendimento melhor e trará mais resultados; será mais cuidadoso com seus horários e terá melhores relações interpessoais. A gestão de pessoas é uma das áreas que mais sofreu transformações nesses últimos tempos, passando de administradora de benefícios e fornecedora de funcionários a uma área estratégica, ligada diretamente aos resultados e ao core business da organização. A empresa é um organismo vivo, nutrido e sustentado pelas pessoas que a compõe: são elas que atendem o cliente, que fabricam o produto e mantêm a empresa no mercado. Também são elas que lideram, organizam e representam a organização frente à sociedade e ao consumidor. Ao fazer uma boa gestão de pessoas, faz-se uma boa gestão de empresas; isso se dá através de políticas e diretrizes que serão elaboradas para lidar com as pessoas em suas atividades desde a inserção deste colaborador na empresa, sua retenção e desenvolvimento, até o atendimento de suas necessidades básicas de alimentação, saúde e segurança. EXPLICANDO Core Business: é o negócio central da empresa. É a atividade primária, aquela em que a companhia é especialista e sobre a qual deverá centrar seus esforços, do ponto de vista estratégico. Fonte: Dicionário financeiro, 2019. Para Chiavenato (2014), existe uma transição para o termo Gestão com Pessoas para ilustrar uma possível nova abordagem dentro da Psicologia Organizacional; uma abordagem em que o colaborador é um agente ativo e agregador de valor com suas ideias, ações e inovações. Neste novo contexto, a grande responsabilidade da Psicologia Organizacional, que passaremos a chamar de Gestão de Pessoas, através das suas atividades, será de transformar colaboradores em parceiros, empregados em fornecedores de competências, executores em detentores de capital intelectual. PARCERIA E COLABORAÇÃO Para que a área de Gestão de Pessoas (GP) consiga atingir seus objetivos transformadores, é necessário que a organização também enxergue seus colaboradores como parceiros, e não somente provedores de mão de obra. Os colaboradores devem ser encarados como fornecedores de competências (conhecimento, habilidade e atitude), experiências e talentos que possam contribuir para o atingimento dos objetivos da empresa. Se é necessário um produto melhor, é preciso investir na contratação de pessoas mais qualificadas e/ou treinar as que já estão na organização. Encorajar o desenvolvimento individual do colaborador através de incentivos educacionais, elevaria seu nível técnico trazendo benefícios mútuos. Quando Chiavenato (2005) utiliza os termos empregabilidade e empresabilidade, ele está enfatizando tanto a capacidade de conquistar e se manter no emprego quanto a capacidade da empresa em desenvolver e utilizar as competências dos seus colaboradores. Para que essa dinâmica aconteça, a GP precisa se fundamentar em alguns conceitos importantes: 1. Pessoas – Devem ser vistas como seres humanos e não somente como recurso. Reconhecer sua contribuição à organização. 2. Pessoas como ativadoras – Impulsionam a empresa aos seus objetivos 3. Parceiras da organização – Todo investimento só se justifica quando traz retorno; o esforço, dedicação, responsabilidade do colaborador deve ser recompensado com carreira, benefícios, crescimento. Reciprocidade. 4. Pessoas como talentos fornecedores de competências – Tecnologia é inútil sem alguém para manuseá-la com destreza. 5. Pessoas como Capital Humano – Agrega inteligência ao negócio da organização. Para que os objetivos da área de GP sejam alcançados, é necessário que as pessoas sejam vistas como elementos fundamentais para a eficácia organizacional. Sendo assim, a atuação da GP deverá: 1. Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e metas – Mais do que fazer corretamente (eficácia), devemos buscar a nossas metas com excelência (eficiência). 2. Trazer competitividade – Fazer com que as pessoas sejam mais produtivas trazendo benefícios para todos – clientes, parceiros, colaboradores. 3. Prover pessoas bem treinadas e motivadas – Capacitação contínua e recompensas vinculadas ao desempenho. 4. Aumentar a satisfação das pessoas no trabalho – Pessoas satisfeitas rendem melhor e com mais qualidade. Respeito e reconhecimento. 5. Promover a qualidade de vida no trabalho – A confiança das pessoas na empresa é vital para a fidelidade e motivação de colaboradores, o que inclui segurança, estilo de gestão, ambiente de trabalho, autonomia. 6. Administrar mudanças – Nada é estático e a organização precisa estar pronta a novas estratégias, soluções e ações de acordo com as novas abordagens. 7. Zelar pela Ética e comportamento socialmente responsável – Toda ação da GP deve ser transparente, justa e confiável. Cuidar para que não haja discriminação ou violações aos direitos básicos das pessoas. 8. Construir a melhor equipe para a melhor empresa – Uma força de trabalho bem estruturada constrói uma empresa de sucesso. ATUAÇÃO E PRÁTICA As práticas da GP podem ser descritas em cinco principais processos de atuação: Principais processos de atuação da Gestão de Pessoas (GP) Esses processos estão interligados e se influenciam mutuamente: se um deles não funciona bem, interfere no resultado de outros da mesma forma que o sucesso igualmente pode beneficiá-los. Um processo seletivo conduzido adequadamente pode minimizar as necessidades de treinamento de um novo colaborador, agilizando sua entrada na área de trabalho. Por outro, lado, se o resultado de uma avaliação de desempenho não for bem comunicado, pode causar desmotivação e um possível pedido de desligamento do colaborador da empresa, causando turn over e gerando mais vagas a serem trabalhadas pela área de Seleção. Além disso, esses processos estão sujeitos a interferências externas e internas. A abertura de uma nova filial do concorrente pode causar a saída de colaboradores e aumentar a dificuldade na contratação de novos, pois a nova unidade está absorvendo a mão de obra qualificada. A retomada do crescimento econômico resulta em aumento da produção, gerando novas contratações e treinamentos, fazendo girar a economia local: estes são exemplos de interferências externas. Um estilo de gestão mais conservador pode prejudicar a retenção de talentos, assim como a falta de políticas de RH bem definidas e comunicadas são consideradas interferências internas. Uma visão mais atual da GP descreve esses processos de forma menos compartimentalizada, mais fluida e com maior comunicação. A atuação da GP se torna mais multifuncional, agindo como uma consultoria interna, auxiliando os departamentos a fazerem a gestão de seus colaboradores. Equipes de profissionais de várias formações dedicadas para cada área da empresa, dando suporte às suas necessidades. DEFINIÇÕES ATUAÇÃO E PRÁTICA
Compartilhar