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Aula 10-06: Paciente crítico (Roberta) Necessário ter avaliação clínica para traçar toda a assistência. Iatrogenias: eventos não desejados. Sequência-guia de recomendações para registro no prontuário do paciente. PICs: Síndrome pós Cuidados Intensivos (Avaliação clínica - por sistema) O que eu tenho que saber desse paciente para que eu consiga implementar sua assistência? ------ evito iatrogenias, internações prolongadas, etc Evolução é feita todos os dias etapas da evolução (24 horas) O produto da avaliação diária é a evolução desse paciente que o enfermeiro deve fazer, entendendo quais são as necessidades do paciente e se as ações realizadas repercutiram em melhora ou não a ele. Nas ultimas 24h: Anotar tudo que aconteceu com o paciente (exames, balanço hídrico, ficha de monitorização, exames radiológicos etc.) para entrar com ações efetivas de cuidado. É feita todos os dias, devendo ser refeita quando paciente apresenta piora. Identificar corretamente o paciente: Indicar não apenas nome, mas também por outra forma (nome da mãe, por ex.). Dados relevantes sobre o motivo de internação do paciente e também o que ele desenvolveu durante esse período. Tentar dar o máximo de dignidade a ele; prezando e tentando resgatar seus costumes. Anoto melhoras ou pioras; (meta 1 de segurança do paciente) Nome, sobrenome, nome da mãe, procedimento (Fator que previne delirium, por ex) Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Esse paciente precisou passar por quais procedimentos nas últimas 24h? foi entubado, sedado, exame diagnóstico ou procedimento cirúrgico? Primeira avaliação é a neurológica. É feita através de escalas, de acordo com a consciência do paciente. Glasgow: é um escala universal para avaliar nível de consciência – usada em pacientes não sedados; SARA: Sistema Ativador Ascendente Reticular. A escala utilizada para avaliação neurológica depende do momento e da situação do paciente Highlight Nível de consciência/reação -- ciclo sono e vigília Highlight Estado geral --- Avaliação clínica 1) Paciente é avaliado quanto à melhor resposta motora: as vezes está hemiplégico à direita, então vai ser pontuado em 1, pois ele não reage. No entanto, do lado E ele vai ter outra resposta, que vai ser melhor -> é esta que pontuo. Primeiro, faz-se estímulo sonoro e depois físico. É feita uma pressão, e não estimulo doloroso mais, nos dedos, trapézio e incisura supraorbitária. (melhor resposta) Abertura ocular: 4 pontos Resposta verbal: 5 pontos perguntas simples (5 pontos é a melhor resposta; 1 ponto não responde) Resposta motora: 6 pontos teste em 2 comandos (6 pontos faz os dois; 1 ponto nenhum movimento) Duas pupilas reagem: não pontua (reflexos presente) Só uma reage: -1 ponto Nenhuma reage: -2 pontos da Escala de glasgow Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight 10 segundos Acrescentou-se o escore pupilar em 2018. É um sinal de pior prognóstico neurológico. Retira-se pontos da pontuação total. A fotorreação é feita para testar a atividade cerebral: pupila contrai pois o estimulo de luz é conduzido pelo nervo óptico, através da via aferente, e no mesencéfalo, conduzido pela via eferente, as fibras parassimpáticas “abraçam” o nervo oculomotor e contrai a pupila. Então, avalia-se o mesencéfalo (se há sangramento, por ex.) Pupila anisocórica: comprime o par de nervos, e a pupila não está contraindo de um dos lados -> emergência (hipertensão craniana) Pede para pacientes fechar os olhos; depois abre o olho dele e é colocado um foco de luz, avaliando o foco direto (no olho que você colocou a luz) e também o reflexo consensual (se o outro olho também contraiu). Em algumas situações, as vezes não consegue avaliar fotorreação: por ex., paciente que tem amaurose (cegueira) em um olho só, ou tem pupila discórica. Nesse caso, anotar. Abertura pupilar = urgente!!! Lesão cerebral (Mesencéfalo) Miose (pupila pquena) Midríase (pup. grande) Pupilas normais Anisocórica Discoria (olho de gato) Se não conseguir testar por condições pré existentes = coloca "Não testável" *Alguns medicamentos podem interferir no tamanho da pupila Highlight Highlight cada pupila de um tamanho Se paciente sedado (desacordado): escalas que avaliam nível de sedação. Paciente acabou de chegar na UTI em pós-operatório de algumas cirurgias, é necessário diminuir seu metabolismo cerebral para reduzir sequelas -> Por isso é importante saber o nível de sua sedação. RASS: Escala de sedação e agitação – consegue dizer quão profundo ou não este paciente está sedado. Pede-se dois comandos ao paciente (não pede pro paciente apertar sua mão, pois pode quebra-la dependendo do grau de agitação); primeiramente é feito de modo verbal, se não responder faz através de pressão e estimulação nos mesmos pontos da Glasgow. Highlight (Escala completa) Escala de RASS: avalia agitação psicomotora e nível de sedação Pontuação vai de -5: Paciente completamente sedado, até 4: Combativo (paciente agitado, com risco para a equipe). Ideal RASS: 0 (alerta e calmo) – menor chance de ficar muito tempo em ventilação mecânica e na UTI; menor o risco de iatrogenias. Paciente em 4: deve-se intervir – sedar de novo. Quanto maior o tempo em sedação, maior o risco de delírio e ventilação mecânica. O ideal é fazer todos os dias um despertar diário (tira a sedação e vê como ele acorda). Se ele acordar muito agitado, combativo -> retorna à sedação. Se ele acordar calmo, pode manter sem. Highlight Escala de Agitação e Sedação Ideal para extubar Paciente muito sedado: pode-se fazer monitoração multimodal (depende se tem na UTI do hospital), para avaliar terapia adequada. Esse monitor possui um aparelho, chamado BIS, que capta atividade elétrica do paciente a beiro leito por 24 horas. Paciente que precisa de sedação profunda: está com BIS entre 60 e 70. BIS de 52: paciente com anestesia geral, não responde à nada. Quanto maior a pontuação, menos sedado ele está. Paciente em estado de mau não compulsivo: não tem convulsão, mas por esse aparelho consegue-se detectar ondas e otimizar a terapia. Doppler: avalia fluxo sanguíneo cerebral; confirma se paciente em morte encefálica ou não. Há vários mecanismos para tentar avaliar a dor, promovendo conforto. VAS: quando paciente não sedado, que consegue te dizer se está ou não com dor, quantificando-a. Isso vai direcionar a medicação (dipirona até fentanil ou não farmacológico) Depende se paciente está COM ou SEM sedação Highlight Highlight Quando pacientes sedados: BPS ou CPOT Como está a expressão desse paciente? se expressão relaxada: não pontua; paciente com muita expressão: pode estar com muita dor. Paciente incapaz de se comunicar Expressão facial (ex: cara de dor?) Avalia os três parâmetros. Pontua de 03 a 12 (dor máxima) Traz também a avaliação da tensão muscular. Pode ser usada também durante um procedimento e em repouso. Quando movimenta paciente e nota força contra ou tensão muscular: pode estar com dor. Na próxima intervenção, pode-se pensar em fazer bolus de analgesia. Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight É multifatorial: ocorre desde por mudança de rotina (principalmente idosos) até por conta de hipóxia cerebral, DC diminuído e desregulação metabólica. Pode se manifestar de maneira agitada ou hipoativo. O paciente no segundo caso, deve-se prestar ainda mais atenção, pois é mais difícil de identificar. Atentar- se às mudanças abruptas de comportamento. Delírio mostra que algo não está bom. Então, investigar qual sua causa primeiramente. Prevenir o delírio é importante inclusive em cenário de pandemia, pois, se agitado, dispersa o vírus. multifatorial variação de consciência Delirium hipoativo Risco de delirium - avaliação Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Fazer, todos os dias, a checagem mental desses parâmetros acima. É um pacote de prevenção do delírio na UTI. Analgesia e sedação devem ser feitas com medicamentos que não interajam com benzodiazepínicos. CAM –ICU: avalia conteúdo de consciência (pensamento organizado). CAM positivo quando tem passo 1, 2 e 3 ou 4. Então, ao chegar na UTI ver se paciente está ou não sedado. Sem sedação: avalia Glasgow, presença ou ausência de delírio. Com sedação: RASS, scala de sedação, CAM- ICU e escala comportamental de dor. Mesmo com sedação, pode-se avaliar delírio (em nível mais superficial). Ex teste: "toda vez que falar a letra A você aperta minha mão" Gasometria: pH muito ácido ou básico não são compatíveis com a vida. Exames de imagem: para incrementar cuidados. Capta SatO2 periférica. Leitura não está adequada quando onda não está compatível com a onda do eletro, por ex. Nesses casos, fazer gasometria arterial do paciente. Highlight Monitor multiparamédico: - podem dar interferência no oxímetro Highlight 2) Highlight Highlight Highlight Ficar atento a esses parâmetros. Ventilação controlada: toda frequência é do ventilador; então, se desconecta o paciente -> ele entra em apneia e instabilidade hemodinâmica. Respiramos com FiO2 a 20% normalmente. PEEP fisiológica: entre 5 e 6. É o quanto de pressão é preciso nos alvéolos para não colabarem e realizarem trocas gasosas efetivas. É preciso programar no ventilador. Posição correta do tubo: a 3 cm aproximadamente da carina, que é a bifurcação dos brônquios. Se tubo só no brônquio direito, por ex.: expansão e ausculta só no pulmão direito. Então, precisa reposicionar para os dois. Volume corrente ~ 0 = não está entrando ar Sem respiração? Highlight 1 Balonete deve ser testado diariamente, estando devidamente pressurizado. Balonete com pressão de mais: provoca trauma. Pressão de menos: pode apresentar secreção em via aérea inferior, perda de PEEP. Pressão de 15-25mmHg é o ideal. O paciente não deve conseguir falar quando está entubado, porque o tubo faz pressão sobre suas cordas vocais. Se paciente consegue falar -> deve-se insuflar o tubo novamente e direito, pois ele não deveria estar conseguindo. Balonete pode ter estourado e o tubo deve ser trocado. risco de infecção ou lesão Highlight 18/07 (2) Highlight 3) Monitor pode ter três (só derivações periféricas) ou cinco (também pré-cordiais) cabos. Não colocar os eletrodos muito perto um do outro, nem em proeminências ósseas ou locais com tecido adiposo muito volumoso. Deixar também o esterno livre, em caso de RCP. PA invasiva: além dos dados numéricos, tem onda de pressão no monitor. PA não invasiva: escolha do manguito é fundamental e deve ser colocado corretamente. Pode ser feito edema e comprometer circulação -> deve fazer rodizio de membro. Coloca manguito de um lado e oxímetro de outro membro. Highlight Método não invasivo: não tem manômetro para aferir Preciso ver se o tamanho do manguito é adequado = precisa fazer a medida da circunferência braquial medida da PA a cada ciclo cardíaco PA invasiva: avalia ondas de sístole, diástole e fechamento da válvula aórtica. me dá a volemia do paciente ventriculo cateter está batendo na parede? Está obstruído? Highlight Highlight Highlight (PVC) átrio PVC: pressão de átrio direito (diz respeito à volemia do AD). Prestar atenção ao posicionamento correto (raio x) Pode ser intermitente ou contínua (feita como a p. invasiva através da a. subclávia ou jugular). É privativo do médico por AVC – acesso venoso central (cateter com equipo próprio). Paciente em ventilação mecânica: está com pressão positiva intratorácica -> altera p. venosa central. Não posso pensar na PVC somente como valor absoluto Ele pode receber dieta? Como (VO, sondas)? Faz diariamente. Pacientes em dieta enteral-> necessário saber se ele está absorvendo o conteúdo gástrico fazendo uma prova: Pausa a dieta e vê o resíduo gástrico (aspira a dieta e vê quanto de resíduo gástrico sai). De acordo com a quantidade de volume, realiza uma conduta. Pode haver risco de aspiração, caso o paciente não esteja absorvendo bem (VRG alto na aspiração da dieta). Highlight Possuem risco de hiperglicemia pois estado metabólico muito acelerado. Insulina normalmente, em UTI, é feita de forma endovenosa contínua. A meta glicêmica é de 140-180mg/dL. Glicemia capilar nos dedos deve ser por rodízios, anotando os horários para evitar lesões (é feita de h/h). Avaliar risco de desnutrição. É competência do nutricionista, mas nós atuamos em conjunto. Necessário balanço hídrico rigoroso para saber se está bem perfundido. Precisa correlacionar avaliação clínica com os exames de laboratório (função renal). Anotar todos os ganhos e perdas de líquido e computar. Paciente com sonda vesical de demora: cuidado com infecção e lesões por dispositivos. Acompanhar exames de infecção: nova infecção ou piorou/melhorou? Necessário relacionar com exames: risco de sangramento dependendo. Necessário conhecer hemograma para passar sondas. Escala de Braden. FAST HUG: o que avaliar no paciente Highlight Highlight Highlight Guia para avaliar o paciente F: alimentação A: analgesia S: sedação T: prevenção de tromboembolismo H: cabeceira elevada U: profilaxia de úlcera G: Controle de glicose Tromboembolismo: coágulo pode descolar e paciente desenvolver parada súbita. Aplicar lubrificantes no olho, pomadas.
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