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CLÍNICA MEDICA - AULA 4^

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TÉCNICO EM 
ENFERMAGEM 
PATOLOGIAS DO 
SISTEMA 
DIGESTÓRIO 
CIRROSE HEPÁTICA
• É uma inflamação crônica e progressiva do fígado, que altera as funções das suas
células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos. É o resultado de diversos
processos, entre os quais, ocorre a morte de células do fígado e a produção de
um tecido fibroso não funcionante. O tecido do fígado fica, com o tempo, todo
fibroso e deixa de realizar tarefas primordiais para o organismo, como o
processamento de nutrientes e medicamentos, a fabricação de proteínas e a
produção da bile, que atua na digestão.
• A medida que o tecido necrótico evolui para fibrose, ocorrerá a alteração na
estrutura e vascularização normal do fígado e isso prejudica toda a estrutura e o
trabalho do fígado. Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com
inflamações crônicas do fígado estão sujeitos a desenvolverem cirrose. Não é
possível prever quais as pessoas com doença de fígado que terão cirrose.
• As causas mais comuns são:
Hepatites crônicas pelos vírus B e C e Alcoolismo.
• Sintomas
A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por muitos anos.
Podem ocorrer sintomas inespecíficos como: Fraqueza e cansaço, perda de peso,
alterações do sono, prurido, icterícia, dores abdominais difusas, ascite, edema,
colúria, hepatomegalia, náuseas e vômitos.
• Diagnóstico:
Inclui exames de imagem e analises laboratorial como ecografia, endoscopia
digestiva, clínico e biópsia.
O diagnóstico definitivo de cirrose é feito por biópsia hepática (obtida por punção
do fígado com agulha especial) e análise microscópica do material obtido nesse
exame.
Em muitos casos, quando o paciente chega ao médico, seu quadro já é típico da
doença e a avaliação complementar é mais simples, com a ecografia, a endoscopia
digestiva e alguns exames de sangue, já é suficiente para estabelecer o diagnóstico
clínico, dispensando a biópsia.
• Tratamento:
Reduzir a progressão da doença;
A suspensão do agente agressor (álcool, drogas) ou a eliminação/controle do
vírus da hepatite pode desacelerar ou parar a evolução da doença, evitando as
complicações mais graves. Entretanto, a cirrose avançada é um processo
irreversível.
Controle das situações agudas (sangramento, ascite).
• Cuidados de enfermagem
Oferecer refeições pequenas e frequentes;
Proporcionar higiene oral;
Dieta hipercalórica e hipossódica;
Pesar paciente em jejum diariamente;
Medir e anotar a circunferência abdominal em jejum;
Controlar a diurese e a ingesta de líquidos conforme prescrição;
Cuidados especiais com a pele (prurido);
• Cuidados de enfermagem
Verificar e anotar os SSVV de 6/6 horas;
Encorajar períodos alternados de repouso e atividades;
Evitar atividades estressantes;
Pesquisar sangue oculto nas fezes;
Observar equimoses, epistaxe, petéquias e gengivas sangrantes;
Administrar os medicamentos prescritos;
Orientar o paciente.
GASTRO-
ENTEROCOLITIS
GASTROENTERITES
• Constitui em uma das afecções mais comuns em todo o mundo, e afetam
principalmente países de terceiro mundo devido a natureza precárias das
condições socioeconômicas, educacionais e outras relacionadas ao
subdesenvolvimento.
• É uma síndrome aguda associada a diarreia, náuseas, vômitos e desconforto
abdominal podendo ser causada por afecções intestinais (infecções, alergia
alimentar) ou extra intestinais (doenças ou infecções sistêmica).
Pode ser classificar quanto a:
Etiologia:
Primária ou intestinal: Quando resulta de afecções intestinais, de natureza não
infecciosa ou infecciosa (bactéria, viral, protozoário).
Secundária ou extra intestinais: É causada por doenças sistêmicas (diabetes,
malária, infecção das vias aéreas superiores, cancros, estresses).
Fisiopatologia: 
Osmótica: Substâncias que não podem ser absorvidas permanecem no 
intestino, fazendo com que uma quantidade exagerada de água permaneça 
nas fezes provocando diarreia (certas frutas, feijões, doces, deficiência de 
lactato). Apresenta diarreia abundante pastosa, pode ser aquosa com 
distensão abdominal e flatulências.
Exsudativa: Decorre da invasão de patógenos na mucosa intestinal, (E.Coli, 
salmonella) provocando reação inflamatória ou resposta imunoimediata. É 
caracterizada por febre moderada, diarreia com sangue e/ou muco, dor 
abdominal e tenesmo.
Secretora: Há grande secreção de fluídos e eletrólitos para o intestino, ocorre pela
ação de toxinas, secreção de hormônios e rotavírus. Paciente apresenta diarreia
aquosa, volumosa efe evolução rápida, facilmente desenvolve desidratação.
Motora: Resulta da alteração da motilidade intestinal, a qual está sob influência do
sistema nervoso central e autônomo. (hipertireoidismos, alguns casos de diabetes
podem causar diarreia motora.
Diagnóstico
• História Clínica do paciente: 
• Forma de apresentação e curso da diarreia (Se teve evolução rápida ou 
intervalos calmos).
• Características das fezes (Consistência, sangue, muco, cor, odor).
• Relação com alimentos (intoxicação alimentar, alergia alimentar).
• Origem iatrogenica: (uso de medicamentos, amoxicilina).
• Sinais e sintomas acompanhantes: (Dor abdominal, vômitos, distensão 
abdominal, febre, perda de peso).
Exame físico do paciente com Gastroenterocolitis:
Deve fazer um exame físico geral do paciente presando atenção ao estado de
hidratação do paciente.
O exame físico do abdômen normalmente não revela nenhuma alteração, somente
pode ser apresentar com ruídos hidroaéreos a ausculta ou com um certo grau de
distensão abdominal.
Diagnóstico
• Exame parasitológico das fezes.
• Cultura de fezes.
• Pesquisa de sangue oculto.
• Hemograma.
Complicações
• Desidratação.
• Hipoglicemia.
• Acidose metabólica.
• Ílio paralítico.
• Septicemia.
• Pneumonia por broncoaspiração de vômitos.
SINAIS DE DESIDRATAÇÃO 
Abordagem terapêutica inicial:
• Hidratação inicial e reavaliação do paciente.
• Manutenção, repondo líquidos até que a diarreia pare.
• Alimentação do doente.
Esquema de reposição hídrica:
Educação sanitária preventiva:
• Lavar as mãos antes de se alimentar e depois de usar o banheiro.
• Em locais de água não tratada, clorar ou ferver a água.
• Controlar o armazenamento de água e alimentos.
• Manejo adequado de excretos em locais que não tem rede de esgoto.
• Cozer e lavar bem os alimentos.
	Slide 1: TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
	Slide 2: PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
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	Slide 4: CIRROSE HEPÁTICA
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	Slide 12: GASTROENTERITES
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