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TÉCNICO EM ENFERMAGEM PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO CIRROSE HEPÁTICA • É uma inflamação crônica e progressiva do fígado, que altera as funções das suas células e dos sistemas de canais biliares e sanguíneos. É o resultado de diversos processos, entre os quais, ocorre a morte de células do fígado e a produção de um tecido fibroso não funcionante. O tecido do fígado fica, com o tempo, todo fibroso e deixa de realizar tarefas primordiais para o organismo, como o processamento de nutrientes e medicamentos, a fabricação de proteínas e a produção da bile, que atua na digestão. • A medida que o tecido necrótico evolui para fibrose, ocorrerá a alteração na estrutura e vascularização normal do fígado e isso prejudica toda a estrutura e o trabalho do fígado. Após períodos variáveis de tempo, indivíduos com inflamações crônicas do fígado estão sujeitos a desenvolverem cirrose. Não é possível prever quais as pessoas com doença de fígado que terão cirrose. • As causas mais comuns são: Hepatites crônicas pelos vírus B e C e Alcoolismo. • Sintomas A doença se desenvolve lentamente e nada pode ser percebido por muitos anos. Podem ocorrer sintomas inespecíficos como: Fraqueza e cansaço, perda de peso, alterações do sono, prurido, icterícia, dores abdominais difusas, ascite, edema, colúria, hepatomegalia, náuseas e vômitos. • Diagnóstico: Inclui exames de imagem e analises laboratorial como ecografia, endoscopia digestiva, clínico e biópsia. O diagnóstico definitivo de cirrose é feito por biópsia hepática (obtida por punção do fígado com agulha especial) e análise microscópica do material obtido nesse exame. Em muitos casos, quando o paciente chega ao médico, seu quadro já é típico da doença e a avaliação complementar é mais simples, com a ecografia, a endoscopia digestiva e alguns exames de sangue, já é suficiente para estabelecer o diagnóstico clínico, dispensando a biópsia. • Tratamento: Reduzir a progressão da doença; A suspensão do agente agressor (álcool, drogas) ou a eliminação/controle do vírus da hepatite pode desacelerar ou parar a evolução da doença, evitando as complicações mais graves. Entretanto, a cirrose avançada é um processo irreversível. Controle das situações agudas (sangramento, ascite). • Cuidados de enfermagem Oferecer refeições pequenas e frequentes; Proporcionar higiene oral; Dieta hipercalórica e hipossódica; Pesar paciente em jejum diariamente; Medir e anotar a circunferência abdominal em jejum; Controlar a diurese e a ingesta de líquidos conforme prescrição; Cuidados especiais com a pele (prurido); • Cuidados de enfermagem Verificar e anotar os SSVV de 6/6 horas; Encorajar períodos alternados de repouso e atividades; Evitar atividades estressantes; Pesquisar sangue oculto nas fezes; Observar equimoses, epistaxe, petéquias e gengivas sangrantes; Administrar os medicamentos prescritos; Orientar o paciente. GASTRO- ENTEROCOLITIS GASTROENTERITES • Constitui em uma das afecções mais comuns em todo o mundo, e afetam principalmente países de terceiro mundo devido a natureza precárias das condições socioeconômicas, educacionais e outras relacionadas ao subdesenvolvimento. • É uma síndrome aguda associada a diarreia, náuseas, vômitos e desconforto abdominal podendo ser causada por afecções intestinais (infecções, alergia alimentar) ou extra intestinais (doenças ou infecções sistêmica). Pode ser classificar quanto a: Etiologia: Primária ou intestinal: Quando resulta de afecções intestinais, de natureza não infecciosa ou infecciosa (bactéria, viral, protozoário). Secundária ou extra intestinais: É causada por doenças sistêmicas (diabetes, malária, infecção das vias aéreas superiores, cancros, estresses). Fisiopatologia: Osmótica: Substâncias que não podem ser absorvidas permanecem no intestino, fazendo com que uma quantidade exagerada de água permaneça nas fezes provocando diarreia (certas frutas, feijões, doces, deficiência de lactato). Apresenta diarreia abundante pastosa, pode ser aquosa com distensão abdominal e flatulências. Exsudativa: Decorre da invasão de patógenos na mucosa intestinal, (E.Coli, salmonella) provocando reação inflamatória ou resposta imunoimediata. É caracterizada por febre moderada, diarreia com sangue e/ou muco, dor abdominal e tenesmo. Secretora: Há grande secreção de fluídos e eletrólitos para o intestino, ocorre pela ação de toxinas, secreção de hormônios e rotavírus. Paciente apresenta diarreia aquosa, volumosa efe evolução rápida, facilmente desenvolve desidratação. Motora: Resulta da alteração da motilidade intestinal, a qual está sob influência do sistema nervoso central e autônomo. (hipertireoidismos, alguns casos de diabetes podem causar diarreia motora. Diagnóstico • História Clínica do paciente: • Forma de apresentação e curso da diarreia (Se teve evolução rápida ou intervalos calmos). • Características das fezes (Consistência, sangue, muco, cor, odor). • Relação com alimentos (intoxicação alimentar, alergia alimentar). • Origem iatrogenica: (uso de medicamentos, amoxicilina). • Sinais e sintomas acompanhantes: (Dor abdominal, vômitos, distensão abdominal, febre, perda de peso). Exame físico do paciente com Gastroenterocolitis: Deve fazer um exame físico geral do paciente presando atenção ao estado de hidratação do paciente. O exame físico do abdômen normalmente não revela nenhuma alteração, somente pode ser apresentar com ruídos hidroaéreos a ausculta ou com um certo grau de distensão abdominal. Diagnóstico • Exame parasitológico das fezes. • Cultura de fezes. • Pesquisa de sangue oculto. • Hemograma. Complicações • Desidratação. • Hipoglicemia. • Acidose metabólica. • Ílio paralítico. • Septicemia. • Pneumonia por broncoaspiração de vômitos. SINAIS DE DESIDRATAÇÃO Abordagem terapêutica inicial: • Hidratação inicial e reavaliação do paciente. • Manutenção, repondo líquidos até que a diarreia pare. • Alimentação do doente. Esquema de reposição hídrica: Educação sanitária preventiva: • Lavar as mãos antes de se alimentar e depois de usar o banheiro. • Em locais de água não tratada, clorar ou ferver a água. • Controlar o armazenamento de água e alimentos. • Manejo adequado de excretos em locais que não tem rede de esgoto. • Cozer e lavar bem os alimentos. Slide 1: TÉCNICO EM ENFERMAGEM Slide 2: PATOLOGIAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO Slide 3 Slide 4: CIRROSE HEPÁTICA Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12: GASTROENTERITES Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24