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TÉCNICO EM ENFERMAGEM PATOLOGIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO PNEUMONIA • É a inflamação do parênquima pulmonar, associada ao aumento acentuado dos líquidos intersticiais e alveolares. • Causas: Microrganismos (bactérias, vírus, fungos, protozoários); Broncoaspiração que ocorre por aspiração de alimentos líquidos ou vômitos; Inalação de substâncias tóxicas ou cáusticas, fumaças, poeira ou gases. As principais causas infecciosas de pneumonia incluem: Bactérias/bacteriana: Streptococcus pneumoniae (também conhecida como pneumococo) e Mycoplasma pneumoniae. Vírus/viral: vírus influenza, parainfluenza e adenovírus (Haemophilus influenzae). Fungos/fúngica: Cândida Albicans e Aspergillus. Protozoários/parasitária: Pneumocistis carinii (pacientes com AIDS). OBS.: fungos e protozoários são considerados germes oportunistas, causam pneumonia após extenso uso de antibióticos, corticoides, antineoplásicos, ou em pessoas com AIDS, ou intensamente debilitadas. PNEUMONIA CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA • Comunitária: adquirida na comunidade (até 48h); • Hospitalar ou nosocomial: adquirida no hospital (depois de 48h até 72 horas após a alta); • Paciente imunocomprometido: transplantados, diabéticos, etc; portadores de Aids, • Aspirativa: por aspiração das vias aéreas chegando ao pulmão. As vias aéreas superiores impedem que as partículas potencialmente infecciosas alcancem o trato interior (estéril). O processo infeccioso surge a partir da flora normal do paciente cuja resistência foi alterada, ou resultante de aspiração da flora presente na orofaringe. FISIOPATOLOGIA DA PNEUMONIA • Pode ser consequência de microrganismos transportados pelo sangue, que entram na circulação pulmonar e ficam aprisionados no leito capilar pulmonar, tornando-se uma fonte potencial de pneumonia. • Progride para uma reação inflamatória nos alvéolos, produzindo um exsudato que interfere com a difusão do oxigênio e do dióxido de carbono. • As áreas do pulmão deixam de ser adequadamente ventiladas devido às secreções e ao edema da mucosa que provocam oclusão parcial do brônquio ou dos alvéolos, com diminuição na tensão alveolar de oxigênio. TIPOS DE PNEUMONIA Broncopneumonia: distribuída de forma macular, originada em uma ou mais áreas localizada dentro dos brônquios e estendendo-se para o parênquima pulmonar; Lombar: acomete parte de um ou mais lobos; FATORES DE RISCO-PNEUMONIA Queda da imunidade; Infecções virais; Doenças subjacentes (ICC- Insuficiência Cardíaca Congestiva, diabetes, DPOC, AIDS, Câncer); Tabagismo; Intoxicação alcoólica; Idade avançada; Reflexo de tosse diminuído; Antibioticoterapia; Anestésico geral; Sedativo (depressão respiratória); Broncoaspiração; Terapia respiratória sem técnica asséptica. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Febre >40°; Dor torácica; Dispneia; Calafrios; Cianose; Cefaleia; Escarro ferruginoso; Tosse dolorosa e produtiva; Náuseas e vômitos; Mialgia(dor nos músculos) e artralgia (dor nas articulações); Lábios e língua ressecada. DIAGNÓSTICO Histórico (infecção recente do trato respiratório); Exame físico; RX de tórax; Hemocultura para detecção de bacteremia (infecção na corrente sanguínea); Exame de escarro. COMPLICAÇÕES Derrame pleural (acúmulo anormal de líquidos na pleura), conhecida como água no pulmão. Empiema (acúmulo de pus); Hipotensão; Bronquite crônica; ICC- Insuficiência Cardíaca Congestiva- quando o coração já não consegue bombear o sangue, então fica acumulado, no fígado, pulmões, membros inferiores e superiores. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Avaliar o nível de tolerância do cliente a atividades diárias, observando possíveis alterações na FR, FC, ocorrência de dispneia, palidez ou cianose; Manter o paciente em repouso, proporcionando ambiente confortável, tranquilo, calmo e arejado; Oxigenoterapia conforme prescrição; Incentivar tosse; Verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4h, e oximetria de pulso; Administrar medicamentos conforme prescrição. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA • É uma condição caracterizada pela incapacidade do sistema respiratório em fornecer oxigênio necessário para manter o metabolismo, ou quando não consegue eliminar a quantidade suficiente de dióxido de carbono. A insuficiência respiratória pode ser: Aguda: é a falência respiratória que surge nos pacientes cujos pulmões eram estrutural e funcionalmente normais, ocorrendo rapidamente. Crônica: é a falência respiratória que surge nos pacientes com doença pulmonar crônica, persistindo por meses ou anos. • As principais causas incluem: Ventilação inadequada; Obstrução das vias aéreas superiores; Uso de drogas; Anestésicos; Doenças pulmonares pré-existentes; Complicações pós-operatórias; Politraumatismos, entre outras. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA • As principais manifestações clínicas incluem: Aumento da FC (Frequência Cardíaca); Aumento da FR (Frequência Respiratória); Hipóxia (baixa oxigenação dos tecidos, que pode ser observado através de dispneia, taquipneia e cianose); Hipotensão, taquicardia, bradicardia, arritmias; Desorientação, queda do nível de consciência, agitação psicomotora; Uso de músculos acessórios da respiração; Diaforese (transpiração intensa). INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA O diagnóstico é feito a partir da clínica do indivíduo, associado a exames laboratoriais (gasometria arterial) e de imagem. O tratamento da insuficiência respiratória depende da sua causa e de todos os mecanismos envolvidos em cada caso, podendo incluir o uso de medicamentos (broncodilatadores, corticoides, diuréticos e antibióticos), cirurgias (traqueostomia), desobstrução das vias aéreas (aspiração), oxigenoterapia e suporte ventilatório (Ventilação Mecânica). INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA • A oxigenoterapia se dá a partir dos seguintes dispositivos: Cateter nasal simples ou tipo óculos: introdução de um cateter/ posicionamento de um cateter nas narinas do indivíduo, ligado a um sistema de oxigênio umidificado– fluxo de 3 a 5 litros/min. Máscaras faciais (Venturi): máscaras que cobrem a boca e o nariz, de plástico, com orifício lateral, transparente e fornecem válvulas que as acompanha ligado a um sistema de umidificação. MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO A oxigenoterapia se dá a partir dos seguintes dispositivos: Bolsa válvula máscara (ambú): máscara que é comprimida na face do paciente, podendo ser conectado ao oxigênio. Tenda facial de oxigênio: Apresenta formato que permite o contorno do queixo, mais conforto para o paciente e facilidade para falar durante a terapia. Fornece oxigênio para o nariz e boca sem o desconforto de uma máscara convencional. MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO CUIDADOS DE ENFERMAGEM Ofertar oxigenoterapia conforme prescrição; Administrar medicamentos conforme prescrição; Monitorar sinais vitais e oximetria de pulso; Manter nível de água no umidificador adequado e trocar a água diariamente e/ou de acordo com instruções da CCIH. Explicar o procedimento ao paciente, mantendo comunicação eficaz durante todo o procedimento; Observar frequentemente as condições de permeabilidade dos cateteres e/ou sondas; Realizar troca dos cateteres nasais ou máscaras faciais conforme instruções da CCIH; Descartar materiais utilizados em expurgo. DISTÚRBIOS PLEURAIS • São complicações secundárias de outras doenças que levam a complicações patológicas da pleura. • A cavidade pleural é o espaço entre a pleura visceral, que cobre os pulmões, e a pleura parietal, que reveste internamente a cavidade torácica. Normalmente, o espaço pleural contém uma pequena quantidade de líquido (5 a 15 ml), o qual age como um lubrificante que permite que as superfícies pleurais se movimentem sem atritos. • Em determinados distúrbios, o líquido pode acumular-se no espaço pleural até o ponto onde ele se torna clinicamente evidente. O derrame pode ser composto de um líquido relativamente claro, sanguinolento ou purulento. • Os principais distúrbios pleurais são: Pleurisia: inflamação crônicaou aguda da pleura, membrana que envolve o pulmão e reveste a caixa torácica. Derrame Pleural: acúmulo excessivo de líquido no espaço pleural; Empiema: acúmulo de líquidos purulento na cavidade pleural. DISTÚRBIOS PLEURAIS Principais causas: Insuficiência cardíaca; Tuberculose; Pneumonia; Infecções Pulmonares (Principalmente as infecções virais). DISTÚRBIOS PLEURAIS Manifestações clínicas: Febre, calafrios, dor torácica pleurítica, dispneia, tosse. Diagnóstico: Tomografia Computadorizada, radiografia de tórax em DL, exame físico. DISTÚRBIOS PLEURAIS Tratamentos: Os derrames pleurais pequenos podem necessitar apenas do tratamento da causa subjacente. Os derrames maiores, especialmente aqueles que produzem dificuldades respiratórias, podem exigir a retirada do líquido (drenagem), através de uma toracocentese, procedimento no qual uma pequena agulha (ou cateter) é inserida no espaço pleural. Normalmente, a drenagem alivia significativamente a dificuldade respiratória. Embora ela comumente seja realizada com objetivos diagnósticos, a toracocentese permite a remoção de até 1,5 litro de líquido de cada vez. DISTÚRBIOS PLEURAIS Cuidados de enfermagem Preparo e posicionamento para toracocentese; Tratamento da dor; Posicionamento para posição menos dolorosas (dreno de tórax); Mudanças de decúbito e auxílio na deambulação (procedimentos que facilitam a drenagem); Avaliar padrão respiratório (frequência, profundidade e expansibilidade); Avaliar coloração da pele. Avaliar frequência e ritmo cardíaco. DISTÚRBIOS PLEURAIS TORACOCENTESE • A toracocentese é o procedimento de acesso à cavidade pleural através de punção a partir da parede torácica, por onde é possível obter amostras do líquido pleural. Realizada tanto para fins diagnóstico quanto terapêutico, a toracocentese pode ser utilizada para: Remoção de ar ou líquidos da cavidade pleural; Aspiração de líquidos pleural para análise; Biópsia; Administração de medicamentos no espaço pleural. DRENAGEM TORÁCICA • É uma técnica cirúrgica que consiste em acesso à cavidade pleural ou mediastínica, com inserção de dreno acoplado a um sistema de drenagem. Tem como objetivo a manutenção ou reestabelecimento da pressão negativa do espaço pleural, possibilitando a remoção de ar, líquidos e sólidos do espaço pleural. O dreno utilizado para drenagem torácica deve ser firme e flexível, com orifícios ao longo da porção que permanecerá na cavidade intrapleural e com marcas radiopacas que permitam visualização radiográfica; É fixado à parede torácica por meio de sutura na pele utilizando um fio de maior resistência. Sua extremidade externa deve ser conectada a um sistema em selo d`água estéril. DRENAGEM TORÁCICA CUIDADOS DE ENFERMAGEM- DRENO Observar as oscilações do líquido na tubulação; Troca drenagem-rotina (24/24hs) de maneira asséptica identificação (volume- selo, hora, data); Manter o selo d’água com 300-500 mL de SF 0,9%; Curativo oclusivo– avaliar ao redor do dreno; Garantir ação gravidade; Evitar flexão do sistema; Encorajar respiração profunda e deambulação para facilitar a drenagem; Nunca elevar o dreno acima do nível do tórax sem que o mesmo esteja clampeado; Manter a cabeceira do leito relativamente elevada, para facilitar a drenagem. Comunicar o médico a ocorrência de borbulhamento excessivo, taquipneia, cianose, sensação de pressão no tórax, sinais de hemorragia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM- DRENO Slide 1: TÉCNICO EM ENFERMAGEM Slide 2: PATOLOGIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Slide 3 Slide 4: PNEUMONIA Slide 5: PNEUMONIA Slide 6: CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA Slide 7: FISIOPATOLOGIA DA PNEUMONIA Slide 8: TIPOS DE PNEUMONIA Slide 9: FATORES DE RISCO-PNEUMONIA Slide 10: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Slide 11: DIAGNÓSTICO Slide 12: COMPLICAÇÕES Slide 13: CUIDADOS DE ENFERMAGEM Slide 14 Slide 15: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Slide 16: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Slide 17: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Slide 18: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA Slide 19: MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO Slide 20: MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO Slide 21: CUIDADOS DE ENFERMAGEM Slide 22 Slide 23: DISTÚRBIOS PLEURAIS Slide 24: DISTÚRBIOS PLEURAIS Slide 25: DISTÚRBIOS PLEURAIS Slide 26: DISTÚRBIOS PLEURAIS Slide 27: DISTÚRBIOS PLEURAIS Slide 28: DISTÚRBIOS PLEURAIS Slide 29: TORACOCENTESE Slide 30 Slide 31: DRENAGEM TORÁCICA Slide 32: DRENAGEM TORÁCICA Slide 33: CUIDADOS DE ENFERMAGEM-DRENO Slide 34: CUIDADOS DE ENFERMAGEM-DRENO Slide 35