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CLÍNICA MÉDICA - AULA 8

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TÉCNICO EM 
ENFERMAGEM 
PATOLOGIAS DO 
SISTEMA 
RESPIRATÓRIO 
PNEUMONIA
• É a inflamação do parênquima pulmonar,
associada ao aumento acentuado dos
líquidos intersticiais e alveolares.
• Causas:
Microrganismos (bactérias, vírus, fungos,
protozoários);
Broncoaspiração que ocorre por aspiração de
alimentos líquidos ou vômitos;
Inalação de substâncias tóxicas ou cáusticas,
fumaças, poeira ou gases.
As principais causas infecciosas de pneumonia incluem:
Bactérias/bacteriana: Streptococcus pneumoniae (também conhecida como
pneumococo) e Mycoplasma pneumoniae.
Vírus/viral: vírus influenza, parainfluenza e adenovírus (Haemophilus influenzae).
Fungos/fúngica: Cândida Albicans e Aspergillus. Protozoários/parasitária: Pneumocistis
carinii (pacientes com AIDS).
OBS.: fungos e protozoários são considerados germes oportunistas, causam pneumonia após 
extenso uso de antibióticos, corticoides, antineoplásicos, ou em pessoas com AIDS, ou 
intensamente debilitadas.
PNEUMONIA
CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA
• Comunitária: adquirida na comunidade (até 48h);
• Hospitalar ou nosocomial: adquirida no hospital (depois de 48h até 72 horas
após a alta);
• Paciente imunocomprometido: transplantados, diabéticos, etc; portadores de
Aids,
• Aspirativa: por aspiração das vias aéreas chegando ao pulmão.
As vias aéreas superiores impedem que as partículas potencialmente infecciosas alcancem o 
trato interior (estéril). O processo infeccioso surge a partir da flora normal do paciente cuja 
resistência foi alterada, ou resultante de aspiração da flora presente na orofaringe.
FISIOPATOLOGIA DA PNEUMONIA
• Pode ser consequência de microrganismos transportados pelo sangue, que 
entram na circulação pulmonar e ficam aprisionados no leito capilar 
pulmonar, tornando-se uma fonte potencial de pneumonia. 
• Progride para uma reação inflamatória nos alvéolos, produzindo um 
exsudato que interfere com a difusão do oxigênio e do dióxido de carbono. 
• As áreas do pulmão deixam de ser adequadamente ventiladas devido às 
secreções e ao edema da mucosa que provocam oclusão parcial do 
brônquio ou dos alvéolos, com diminuição na tensão alveolar de oxigênio.
TIPOS DE PNEUMONIA
Broncopneumonia: distribuída de forma
macular, originada em uma ou mais áreas
localizada dentro dos brônquios e
estendendo-se para o parênquima
pulmonar;
Lombar: acomete parte de um ou mais
lobos;
FATORES DE RISCO-PNEUMONIA
Queda da imunidade;
Infecções virais;
Doenças subjacentes (ICC- Insuficiência Cardíaca Congestiva, diabetes, DPOC, AIDS,
Câncer);
Tabagismo;
Intoxicação alcoólica;
Idade avançada;
Reflexo de tosse diminuído;
Antibioticoterapia;
Anestésico geral;
Sedativo (depressão respiratória);
Broncoaspiração;
Terapia respiratória sem técnica asséptica.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Febre >40°;
Dor torácica;
Dispneia;
Calafrios;
Cianose;
Cefaleia;
Escarro ferruginoso;
Tosse dolorosa e produtiva;
Náuseas e vômitos;
Mialgia(dor nos músculos) e artralgia (dor nas articulações);
Lábios e língua ressecada.
DIAGNÓSTICO
Histórico (infecção recente do trato respiratório);
Exame físico;
RX de tórax;
Hemocultura para detecção de bacteremia (infecção na corrente sanguínea);
Exame de escarro.
COMPLICAÇÕES
Derrame pleural (acúmulo anormal de líquidos na pleura), conhecida como água
no pulmão.
Empiema (acúmulo de pus);
Hipotensão;
Bronquite crônica;
ICC- Insuficiência Cardíaca Congestiva- quando o coração já não consegue
bombear o sangue, então fica acumulado, no fígado, pulmões, membros inferiores
e superiores.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Avaliar o nível de tolerância do cliente a atividades diárias, observando possíveis
alterações na FR, FC, ocorrência de dispneia, palidez ou cianose;
Manter o paciente em repouso, proporcionando ambiente confortável, tranquilo,
calmo e arejado;
Oxigenoterapia conforme prescrição;
Incentivar tosse;
Verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4h, e oximetria de pulso;
Administrar medicamentos conforme prescrição.
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
• É uma condição caracterizada pela incapacidade do sistema respiratório em
fornecer oxigênio necessário para manter o metabolismo, ou quando não
consegue eliminar a quantidade suficiente de dióxido de carbono.
A insuficiência respiratória pode ser:
Aguda: é a falência respiratória que surge nos pacientes cujos pulmões eram
estrutural e funcionalmente normais, ocorrendo rapidamente.
Crônica: é a falência respiratória que surge nos pacientes com doença pulmonar
crônica, persistindo por meses ou anos.
• As principais causas incluem: 
Ventilação inadequada; 
Obstrução das vias aéreas superiores; 
Uso de drogas; 
Anestésicos; 
Doenças pulmonares pré-existentes; 
Complicações pós-operatórias; 
Politraumatismos, entre outras.
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
• As principais manifestações clínicas incluem:
Aumento da FC (Frequência Cardíaca);
Aumento da FR (Frequência Respiratória);
Hipóxia (baixa oxigenação dos tecidos, que pode ser observado através de
dispneia, taquipneia e cianose);
Hipotensão, taquicardia, bradicardia, arritmias;
Desorientação, queda do nível de consciência, agitação psicomotora;
Uso de músculos acessórios da respiração;
Diaforese (transpiração intensa).
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
O diagnóstico é feito a partir da clínica do indivíduo, associado a exames
laboratoriais (gasometria arterial) e de imagem.
O tratamento da insuficiência respiratória depende da sua causa e de todos os
mecanismos envolvidos em cada caso, podendo incluir o uso de medicamentos
(broncodilatadores, corticoides, diuréticos e antibióticos), cirurgias
(traqueostomia), desobstrução das vias aéreas (aspiração), oxigenoterapia e
suporte ventilatório (Ventilação Mecânica).
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
• A oxigenoterapia se dá a partir dos seguintes dispositivos: 
Cateter nasal simples ou tipo óculos: introdução de um cateter/ 
posicionamento de um cateter nas narinas do indivíduo, ligado a um sistema 
de oxigênio umidificado– fluxo de 3 a 5 litros/min. 
Máscaras faciais (Venturi): máscaras que cobrem a boca e o nariz, de 
plástico, com orifício lateral, transparente e fornecem válvulas que as 
acompanha ligado a um sistema de umidificação.
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE 
OXIGÊNIO
A oxigenoterapia se dá a partir dos seguintes dispositivos: 
Bolsa válvula máscara (ambú): máscara que é comprimida na face do 
paciente, podendo ser conectado ao oxigênio. 
Tenda facial de oxigênio: Apresenta formato que permite o contorno do 
queixo, mais conforto para o paciente e facilidade para falar durante a terapia. 
Fornece oxigênio para o nariz e boca sem o desconforto de uma máscara 
convencional.
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE 
OXIGÊNIO
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Ofertar oxigenoterapia conforme prescrição;
Administrar medicamentos conforme prescrição;
Monitorar sinais vitais e oximetria de pulso;
Manter nível de água no umidificador adequado e trocar a água diariamente e/ou
de acordo com instruções da CCIH.
Explicar o procedimento ao paciente, mantendo comunicação eficaz durante todo
o procedimento;
Observar frequentemente as condições de permeabilidade dos cateteres e/ou
sondas;
Realizar troca dos cateteres nasais ou máscaras faciais conforme instruções da
CCIH;
Descartar materiais utilizados em expurgo.
DISTÚRBIOS PLEURAIS
• São complicações secundárias de outras doenças que levam a complicações
patológicas da pleura.
• A cavidade pleural é o espaço entre a pleura visceral, que cobre os pulmões, e a
pleura parietal, que reveste internamente a cavidade torácica. Normalmente, o
espaço pleural contém uma pequena quantidade de líquido (5 a 15 ml), o qual
age como um lubrificante que permite que as superfícies pleurais se
movimentem sem atritos.
• Em determinados distúrbios, o líquido pode acumular-se no espaço pleural até o
ponto onde ele se torna clinicamente evidente. O derrame pode ser composto de
um líquido relativamente claro, sanguinolento ou purulento.
• Os principais distúrbios pleurais são:
Pleurisia: inflamação crônicaou aguda da pleura, membrana que envolve o pulmão
e reveste a caixa torácica.
Derrame Pleural: acúmulo excessivo de líquido no espaço pleural;
Empiema: acúmulo de líquidos purulento na cavidade pleural.
DISTÚRBIOS PLEURAIS
Principais causas:
Insuficiência cardíaca;
Tuberculose;
Pneumonia;
Infecções Pulmonares (Principalmente as infecções virais).
DISTÚRBIOS PLEURAIS
Manifestações clínicas:
Febre, calafrios, dor torácica pleurítica, dispneia, tosse.
Diagnóstico:
Tomografia Computadorizada, radiografia de tórax em DL, exame físico.
DISTÚRBIOS PLEURAIS
Tratamentos: 
Os derrames pleurais pequenos podem necessitar apenas do tratamento da 
causa subjacente. 
Os derrames maiores, especialmente aqueles que produzem dificuldades 
respiratórias, podem exigir a retirada do líquido (drenagem), através de uma 
toracocentese, procedimento no qual uma pequena agulha (ou cateter) é 
inserida no espaço pleural. Normalmente, a drenagem alivia 
significativamente a dificuldade respiratória. 
Embora ela comumente seja realizada com objetivos diagnósticos, a 
toracocentese permite a remoção de até 1,5 litro de líquido de cada vez.
DISTÚRBIOS PLEURAIS
Cuidados de enfermagem
Preparo e posicionamento para toracocentese;
Tratamento da dor;
Posicionamento para posição menos dolorosas (dreno de tórax);
Mudanças de decúbito e auxílio na deambulação (procedimentos que facilitam a
drenagem);
Avaliar padrão respiratório (frequência, profundidade e expansibilidade);
Avaliar coloração da pele.
Avaliar frequência e ritmo cardíaco.
DISTÚRBIOS PLEURAIS
TORACOCENTESE
• A toracocentese é o procedimento de acesso à cavidade pleural através de
punção a partir da parede torácica, por onde é possível obter amostras do líquido
pleural.
Realizada tanto para fins diagnóstico quanto terapêutico, a toracocentese pode ser
utilizada para:
Remoção de ar ou líquidos da cavidade pleural;
Aspiração de líquidos pleural para análise;
Biópsia;
Administração de medicamentos no espaço pleural.
DRENAGEM TORÁCICA
• É uma técnica cirúrgica que consiste em acesso à cavidade pleural ou 
mediastínica, com inserção de dreno acoplado a um sistema de drenagem.
Tem como objetivo a manutenção ou reestabelecimento da pressão negativa 
do espaço pleural, possibilitando a remoção de ar, líquidos e sólidos do 
espaço pleural.
O dreno utilizado para drenagem torácica deve ser firme e flexível, com 
orifícios ao longo da porção que permanecerá na cavidade intrapleural e com 
marcas radiopacas que permitam visualização radiográfica; 
É fixado à parede torácica por meio de sutura na pele utilizando um fio de 
maior resistência. Sua extremidade externa deve ser conectada a um sistema 
em selo d`água estéril.
DRENAGEM TORÁCICA
CUIDADOS DE ENFERMAGEM-
DRENO
Observar as oscilações do líquido na tubulação;
Troca drenagem-rotina (24/24hs) de maneira asséptica identificação (volume-
selo, hora, data);
Manter o selo d’água com 300-500 mL de SF 0,9%;
Curativo oclusivo– avaliar ao redor do dreno;
Garantir ação gravidade;
Evitar flexão do sistema;
Encorajar respiração profunda e deambulação para facilitar a drenagem;
Nunca elevar o dreno acima do nível do tórax sem que o mesmo esteja 
clampeado; 
Manter a cabeceira do leito relativamente elevada, para facilitar a drenagem. 
Comunicar o médico a ocorrência de borbulhamento excessivo, taquipneia, 
cianose, sensação de pressão no tórax, sinais de hemorragia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM-
DRENO
	Slide 1: TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
	Slide 2: PATOLOGIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
	Slide 3
	Slide 4: PNEUMONIA
	Slide 5: PNEUMONIA
	Slide 6: CLASSIFICAÇÃO DA PNEUMONIA
	Slide 7: FISIOPATOLOGIA DA PNEUMONIA
	Slide 8: TIPOS DE PNEUMONIA
	Slide 9: FATORES DE RISCO-PNEUMONIA
	Slide 10: MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
	Slide 11: DIAGNÓSTICO
	Slide 12: COMPLICAÇÕES
	Slide 13: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
	Slide 14
	Slide 15: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
	Slide 16: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
	Slide 17: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
	Slide 18: INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
	Slide 19: MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
	Slide 20: MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
	Slide 21: CUIDADOS DE ENFERMAGEM
	Slide 22
	Slide 23: DISTÚRBIOS PLEURAIS
	Slide 24: DISTÚRBIOS PLEURAIS
	Slide 25: DISTÚRBIOS PLEURAIS
	Slide 26: DISTÚRBIOS PLEURAIS
	Slide 27: DISTÚRBIOS PLEURAIS
	Slide 28: DISTÚRBIOS PLEURAIS
	Slide 29: TORACOCENTESE
	Slide 30
	Slide 31: DRENAGEM TORÁCICA
	Slide 32: DRENAGEM TORÁCICA
	Slide 33: CUIDADOS DE ENFERMAGEM-DRENO
	Slide 34: CUIDADOS DE ENFERMAGEM-DRENO
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