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CLÍNICA MÉDICA - AULA 9

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TÉCNICO EM 
ENFERMAGEM 
PATOLOGIAS DO 
SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
ANATOMIA DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
O sistema cardiovascular ou sistema
circulatório humano é responsável pela
circulação do sangue, de modo a
transportar nutrientes e oxigênio por
todo o corpo;
É composto pelo coração, veias, artérias,
capilares e pelo sangue, uma vasta rede
de tubos de vários tamanhos e calibres,
que colocam em comunicação, todas as
partes do corpo.
• O sistema circulatório é responsável
por diversas atividades importantes,
tais como:
• Transporte de gases, transporte de
nutrientes, transporte de resíduos
metabólicos, transporte de hormônios,
coagulação sanguínea, distribuição de
mecanismos de defesa pelo corpo,
entre outros.
ANATOMIA DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
• O coração é um órgão muscular oco
localizado no mediastino. Possui dois átrios
(D e E) e dois ventrículos (D e E).
• É responsável pela circulação do sangue pelo
corpo, e para isso, apresenta movimentos de
contração ( sístole) e relaxamento (diástole),
por meio dos quais o sangue penetra em seu
interior e é impulsionado para os vasos
sanguíneos.
ANATOMIA DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
• As principais funções do coração são: o
fornecimento de oxigênio ao organismo e a
eliminação de produtos metabólicos (dióxido
de carbono) do organismo.
• Em resumo, o coração realiza essas funções
através da coleta do sangue com baixa
concentração de oxigênio do organismo e do
seu bombeamento para os pulmões, onde
ele capta oxigênio e elimina o dióxido de
carbono.
• Em seguida, o coração recebe o sangue rico
em oxigênio dos pulmões e o bombeia para
os tecidos do organismo.
ANATOMIA DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
• A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é uma condição grave na qual a
quantidade de sangue bombeado pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é
insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do
organismo.
• Ela se desenvolve quando a ação de contração ou a ação de relaxamento do
coração é inadequada, normalmente devido à fraqueza ou rigidez do músculo
cardíaco (ou ambos).
• Como resultado, o sangue pode não sair do coração em quantidades adequadas.
Também pode haver acúmulo de sangue nos tecidos, o que causa congestão. É
por esse motivo que a insuficiência cardíaca também é conhecida como
insuficiência cardíaca congestiva.
• O acúmulo de sangue que entra no lado esquerdo do coração provoca congestão
pulmonar e dificuldade respiratória.
• O acúmulo de sangue proveniente do lado direito do coração provoca congestão
e acúmulo de líquidos em outras partes do corpo, como nas pernas e no fígado.
Em geral, ambos os lados do coração são em certo grau afetados pela
insuficiência cardíaca. Todavia, um dos lados pode ser mais afetado do que o
outro.
• Nesses casos, a insuficiência cardíaca pode ser descrita como insuficiência
cardíaca direita ou insuficiência cardíaca esquerda.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
• Nessas situações o coração não pode bombear sangue suficiente para atender à
necessidade do corpo por oxigênio e nutrientes, que são fornecidos pelo sangue.
• Consequentemente, os músculos dos braços e pernas podem se cansar mais
rapidamente e os rins podem não funcionar normalmente.
• Os rins filtram líquidos e resíduos presentes no sangue, porém, quando o coração
não consegue bombear apropriadamente, eles funcionam de maneira incorreta e
não conseguem remover o excesso de líquido do sangue. Dessa forma, ocorre
aumento da quantidade de líquido na corrente sanguínea, o que aumenta a carga
de trabalho do coração debilitado, estabelecendo-se um círculo vicioso.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
• Qualquer situação biológica, física, química e
patológica, capaz de provocar a diminuição da
força de contração do músculo cardíaco, o
miocárdio, são as que mais comumente
provocam a ICC.
• Exemplo:
• Cardiopatia isquêmica(obstrução nas artérias
coronárias devido ao acúmulo de placas de
colesterol),
• Cardiomiopatia da doença de Chagas
(inflamatória e fibrosante).
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
• Outras situações podem levar ICC em
coração com força normal, mas com uma
sobrecarga de trabalho excessiva,
Exemplo: Estenose Aórtica (uma das válvulas
de saída do coração não se abre
perfeitamente), Insuficiência Aórtica (uma das
válvulas permite um refluxo de sangue,
fazendo com que o volume de sangue que o
coração precisa ejetar seja maior que o
normal) e cardiopatias congênitas
(malformação cardíaca decorrentes do período
gestacional).
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
Os sinais e sintomas incluem:
Dispneia de esforço e ortopneia;
Tosse;
Fraqueza (astenia);
Edema, principalmente em MMII;
Dor abdominal;
Palpitação;
Tonturas;
Diminuição do débito urinário;
Estase jugular (dilatação das veias jugulares no pescoço);
Hepatomegalia (Aumento do fígado).
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
• O diagnóstico inclui: eletrocardiograma, ecocardiograma, radiografia do tórax,
ressonância magnética.
• O tratamento tem por finalidade, prolongar a vida do paciente em melhorar a sua
qualidade de vida, e envolve tratamento farmacológico (diuréticos,
vasodilatadores periféricos, agentes inotrópicos que aumentam a força de
contração como os digitálicos) e procedimentos não farmacológico, utilizados
para corrigir defeitos estruturais do coração ou promover ajuda mecânica à
contração (estimulação artificial/marcapasso, remodelação cirúrgicas do coração,
transplante cardíacos).
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
Como cuidados da enfermagem podemos citar: 
Orientar sobre o tratamento; 
Monitorizar ingestão/eliminação a cada 2 horas (balanço hídrico); 
Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração; 
Monitorizar a resposta ao tratamento diurético; 
Avaliar a distensão venosa jugular e edema periférico; 
Promover restrição hídrica, conforme prescrição; 
Manter o paciente em repouso, observando o grau de atividade a que ele 
poderá se submeter;
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
Estimular e supervisionar a respiração profunda;
Executar exercícios ativos e passivos com os MMII;
Pesar o paciente diariamente;
Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídica;
Anotar alterações no funcionamento intestinal;
Administrar medicamentos conforme prescrição médica;
Observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa;
Incentivar e permitir espaços para o cliente exprimir medos e preocupações.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA 
CONGESTIVA
• Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica na qual ocorre a formação de
ateromas dentro dos vasos sanguíneos.
• Os ateromas são placas, compostas especialmente por lipídeos e tecido fibroso,
que se formam na parede dos vasos, e levam progressivamente à diminuição do
diâmetro do vaso, podendo chegar a obstrução total do mesmo.
• Em geral é uma doença fatal quando afetada áreas como artérias do coração ou
do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigênio.
ATEROSCLEROSE
ATEROSCLEROSE
Com isso, o território afetado recebe
uma quantidade menor de oxigênio e
nutrientes, tendo suas funções
comprometidas.
Essa complicação é a causa de diversas
doenças cardiovasculares, como infarto,
morte súbita e acidentes vasculares
cerebrais, representando a principal
causa de morte no mundo todo.
Em geral é uma doença fatal quando
afetada áreas como artérias do coração
ou do cérebro, órgãos que resistem
apenas poucos minutos sem oxigênio.
• Causas e fatores de risco
Na maioria das vezes, a aterosclerose está
relacionada tradicionais, aos fatores como de
risco sedentarismo, alimentação inapropriada,
pressão alta, diabetes, colesterol elevado,
tabagismo e obesidade.
Pequena parte é de causa hereditária, como por
exemplo em portadores de hipercolesterolemia
familiar, em que indivíduos da mesma família
têm o colesterol muito elevado desde criança.
ATEROSCLEROSE
Sintomas
A aterosclerose é uma doença perigosa, pois
muitas vezes a evolução é silenciosa. Quando
apresenta sintomas, estesvão depender
principalmente da localização de
acometimento. Incluem:
Dilatações de algumas áreas dos vasos
sanguíneos (aneurismas);
Dor no peito tipo facada (angina ou infarto);
Dores fortes na cabeça (AVE);
Dores em braços e pernas (trombose).
ATEROSCLEROSE
• Tratamento
• O melhor tratamento ainda é a prevenção, estilo de
vida saudável e tratamento dos fatores de risco.
• Uma vez estabelecida, o tratamento de forma geral se
resume a restabelecer o fluxo sanguíneo na região
afeta, sendo normalmente necessários tratamento
medicamentoso, procedimentos invasivos e/ou
cirurgias de revascularização.
• Quando afeta o coração e seus vasos, por exemplo, é
fundamental o tratamento medicamentoso com uso
de antiagregantes plaquetários (como a aspirina),
vasodilatadores, entre outras medicações.
ATEROSCLEROSE
Prevenção
Assim como a maioria das doenças
cardiovasculares, a melhor forma de
prevenção é manter uma rotina que
inclua exercícios físicos regulares,
alimentação balanceada, cessação do
tabagismo e com baixo consumo de
gorduras e sal, além do controle dos
fatores de risco para doenças como
obesidade, diabetes hipertensão e
colesterol.
ATEROSCLEROSE
ANGINA OU ANGINA PECTORIS
É uma dor ou desconforto no peito quando os músculos cardíacos não recebem
sangue suficiente, causada por uma doença aterosclerótica.
Está associada a uma obstrução (estreitamento) significativa de uma artéria
coronária importante. O fluxo insuficiente resulta em um suprimento de oxigênio
diminuído para satisfazer a uma demanda miocárdica de oxigênio aumentada em
resposta ao esforço físico ou estresse emocional.
A maior causa de angina é a denominada aterosclerose, ou seja, a deposição de
placas de gordura dentro dos vasos (coronárias) responsáveis por levar sangue ao
músculo do coração.
• Em situações nas quais o entupimento atinge
mais de 70 % do diâmetro do vaso, o coração,
ao ser submetido a uma demanda aumentada,
como esforço físico ou estresse emocional, tem
uma oferta de oxigênio insuficiente para
aquela demanda, levando à chamada isquemia
e com isso à angina de peito.
• A aterosclerose, por sua vez, é multifatorial,
sendo principalmente relacionada a outras
doenças ou fatores de risco, como idade
avançada, hipertensão, diabetes, tabagismo,
histórico familiar e sedentarismo.
ANGINA OU ANGINA PECTORIS
FATORES ASSOCIADOS A DOR 
ANGINOSA
Esforço físico: Aumenta a demanda 
miocárdica de oxigênio. 
Exposição ao frio: provoca 
vasoconstrição. 
Refeição pesada: Aumento o fluxo 
sanguíneo mesentérico (artéria 
mesentérica) para a digestão, 
reduzindo o fluxo sanguíneo 
disponível para o músculo cardíaco. 
Estresse: Causa a liberação de 
adrenalina, aumentando a pressão 
arterial.
TIPOS DE ANGINA
• Angina estável: dor previsível e consistente que acontece ao esforço e é 
aliviada pelo repouso, que surge quando a pessoa faz algum esforço ou sofre 
algum estresse emocional, por exemplo. 
• Angina instável: chamada de angina pré-infarto, é uma dor precordial que 
pode acontecer em repouso e tem duração > que 20 min. 
• É uma situação mais grave que a angina estável, pois é causada por uma 
obstrução maior da oxigenação do coração, devido a um rompimento e 
inflamação da placa de aterosclerose e, por isso, provoca sintomas mais 
intensos e constantes. 
• É considerada uma EMERGÊNCIA, por ser um sinal de IAM.
ANGINA
• Principais sintomas
A angina se manifesta como uma
sensação de dor ou desconforto no centro
do peito, de localização mal definida, mais
comumente descrita como aperto, peso,
sufocação, queimação ou
estrangulamento.
Sintomas como náusea, vômitos,
indigestão, suor frio, dispneia e palidez
podem acompanhar as crises.
Diagnóstico
O diagnóstico inicialmente é clínico, baseado nos sintomas e fatores de risco
apresentados pelo paciente, e em seguida alguns exames são utilizados para
pesquisar a causa e confirmar o diagnóstico.
Podem ser utilizados exames como o teste ergométrico, o ecocardiograma,
cintilografia com medicina nuclear. Já o exame que confirma definitivamente se a
pessoa apresenta obstrução nas artérias coronárias é o cateterismo cardíaco. Em
alguns casos, mais recentemente vem ganhando espaço a tomografia
computadorizada das artérias coronárias.
ANGINA
Medidas iniciais aplicadas no tratamento da angina 
Morfina: diminui a ansiedade, dor e demanda miocárdica de O2; 
Oxigênio: promove conforto, e diminui a sobrecarga cardíaca; 
Nitroglicerina: relaxa a musculatura vascular das artérias, diminui o consumo 
de O2 (atentar para PA e FC); 
Aspirina: Administrar o mais rápido possível após o início dos sintomas 
(diminui formação de coágulos e reduz a mortalidade).
ANGINA
Tratamento da angina
Em casos mais graves, podem ser feitas intervenções a fim de desobstruir as
artérias entupidas. Uma delas é a angioplastia, procedimento no qual um balão
dilata, pelo próprio cateterismo, o vaso com obstrução, sendo colocada uma
armação de metal (stent) para manter o vaso aberto.
Outra alternativa é a cirurgia de revascularização do miocárdio, em que enxertos
(vasos retirados ou desviados do próprio paciente, como a veia safena) são usados
para criar novos caminhos para o sangue chegar ao músculo cardíaco de maneira
adequada, desviando da obstrução.
ANGINA
Cuidados de enfermagem
Avaliar as características da dor precordial e sintomas associados;
Avaliar a respiração, a pressão sanguínea e frequência cardíaca em cada episódio
de dor torácica;
Fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto
posterior;
Monitorização a resposta ao tratamento medicamentoso;
Avisar o médico se a dor não diminuir;
Identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor;
ANGINA
Prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família;
Ajudar o paciente a estabelecer um plano para modificações dos fatores de risco;
Providenciar orientação nutricional ao cliente/família;
Esclarecer o cliente/família acerca dos medicamentos que deverão ser tomados
após a alta hospitalar;
Esclarecer o cliente acerca do plano terapêutico;
Explicar a relação entre a dieta, atividades físicas e a doença.
ANGINA
	Slide 1: TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
	Slide 2: PATOLOGIAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
	Slide 3: ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
	Slide 4: ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
	Slide 5: ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
	Slide 6: ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
	Slide 7
	Slide 8: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 9: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 10: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 11: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 12: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 13: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 14: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 15: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 16: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
	Slide 17
	Slide 18: ATEROSCLEROSE
	Slide 19: ATEROSCLEROSE
	Slide 20
	Slide 21: ATEROSCLEROSE
	Slide 22: ATEROSCLEROSE
	Slide 23: ATEROSCLEROSE
	Slide 24: ATEROSCLEROSE
	Slide 25
	Slide 26: ANGINA OU ANGINA PECTORIS
	Slide 27: ANGINA OU ANGINA PECTORIS
	Slide 28: FATORES ASSOCIADOS A DOR ANGINOSA
	Slide 29: TIPOS DE ANGINA
	Slide 30: ANGINA
	Slide 31: ANGINA
	Slide 32: ANGINA
	Slide 33: ANGINA
	Slide 34: ANGINA
	Slide 35: ANGINA
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