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Profa. Dra. Larissa Perez UNIDADE II Propedêutica e Processo de Cuidar na Saúde do Adulto Insuficiência Coronariana (ICO) A ICO é definida pela incapacidade das artérias coronárias em suprir a demanda de oxigênio do músculo cardíaco. Essa impossibilidade de manter o fluxo sanguíneo para o coração se dá por meio da obstrução de uma ou mais artérias coronárias. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular Fonte: https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/colunistas/leonardo- bez/2020/02/26/noticias-saude,256164/o-que-e-aterosclerose.shtml Artéria normal Artéria com estreitamento devido placa de aterosclerose Manifestações clínicas A ausência do fluxo coronariano tem como consequência a isquemia cardíaca, que produz diferentes sinais e sintomas, entre eles, a angina. Angina típica: pessoa apresenta dor retroesternal, que piora durante atividades físicas e situações de estresse e melhora com repouso e uso de vasodilatadores. Angina atípica: pessoa apresenta apenas dois dos fatores da angina típica. Angina torácica não cardíaca: pessoa apresenta apenas um dos fatores da angina típica ou nenhum. Outros sinais e sintomas que podem aparecer: confusão mental, diminuição do débito urinário, sudorese, taquicardia e diminuição da perfusão periférica. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – ICO Fatores de risco Modificáveis: hipercolesterolemia, tabagismo, hipertensão, DM, sedentarismo e obesidade. Não modificáveis: história familiar, idade e gênero. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – ICO ALIMENTAÇÃO Equilibre sua dieta com mais salada, legumes, frutas e nozes, peixe e grãos integrais. EXERCÍCIO Programe-se para realizar pelo menos 150 minutos de atividade física por semana. DIABETES Controle com reeducação alimentar e uma vida ativa. CIGARRO Existem métodos bem-sucedidos para se livrar do cigarro. COLESTEROL Familiarize-se com fatores que aumentam seu risco para doenças cardiovasculares. BOA PRESSÃO ARTERIAL Manter pressão abaixo de 130/80 mm Hg. Fonte: adaptado de: https://www.segs.com.br/saude/209 427-fatores-de-risco-modificaveis- podem-evitar-mortes-causadas-por- doenca-cardiovascular Tratamento Objetivos: evitar a progressão do trombo e posterior infarto agudo do miocárdio e diminuir os sintomas e o trabalho cardíaco a fim de prevenir a angina. O tratamento medicamentoso é realizado por meio do uso de antiagregantes plaquetários, hipolipemiantes, bloqueadores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA), bloqueadores dos canais de cálcio, bloqueadores beta-adrenérgicos e nitratos. Antiagregantes plaquetários (ácido acetilsalicílico – AAS, clopidogrel e ticlopidina) – diminuem a agregação plaquetária prevenindo trombos. Hipolipemiantes (estatinas e ezetimibe) – impedem a síntese de colesterol ou sua absorção. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – ICO Tratamento Inibidores do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) (captopril). Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – ICO Fonte: GUEDES, Adriana Cecel; CASSOTA, Raffaela Angel. Propedêutica e Processo de Cuidar Saúde do Adulto. São Paulo: Editora Sol, 2020. Angiotensinogênio Angiotensina I Angiotensina IIAldosterona Renina Estimula IECA Tratamento Antagonistas dos canais de cálcio (nifedipino, anlodipino) – atuam na musculatura lisa cardíaca causando relaxamento e diminuição do trabalho cardíaco, evitando isquemias. Bloqueadores beta-adrenérgicos (propranolol, atenolol) – agem nos receptores beta 1 do coração diminuindo a FC e o trabalho cardíaco. Nitratos (isossorbida) – vasodilatação e melhor perfusão cardíaca. Tratamentos invasivos: Stents ou revascularização do miocárdio. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – ICO Assistência de Enfermagem Avaliação de sinais e sintomas, a identificação dos problemas de enfermagem e o julgamento clínico na elaboração dos DEs são necessários. Exemplo do PE: 1º DE (NANDA-I): intolerância à atividade relacionada ao desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio, evidenciada por desconforto aos esforços. Intervenções baseadas no DE (NIC): Fornecer assistência até que o paciente seja capaz de realizar suas atividades por completo. Ajudar o paciente na aceitação da sua dependência. Encorajar a independência, mas interferir quando o paciente tiver dificuldade de desempenhar as atividades. Entre outros cuidados que podem ser prescritos... Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – ICO O que é aterosclerose? Interatividade Fonte: https://ideiasesquecidas.com/tag/perguntas-direcionadas/ O que é aterosclerose? É um acúmulo de gordura (placa de ateroma) que ocorre nas principais artérias do organismo, podendo causar obstrução parcial ou total de um vaso e, consequentemente, um infarto agudo do miocárdio, angina, entre outros problemas. Resposta Fonte: https://ideiasesquecidas.com/tag/perguntas-direcionadas/ Insuficiência Cardíaca (IC) Incapacidade do coração em fornecer sangue suficiente para perfundir o organismo. Também pode ser chamada de Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Etiologias: Hipertensão arterial sistêmica (HAS) – aumenta a pós-carga – lesão muscular pelo esforço. Cardiopatia coronária – infarto agudo do miocárdio (IAM). Miocardiopatia – processos inflamatórios, medicações tóxicas e uso de álcool. Valvulopatias – acúmulo de sangue nas câmaras cardíacas. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/triste- sofrimento-doente-coracao-humano-bonito-orgao-pede- ajuda-personagem_6399543.htm Manifestações clínicas Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – IC Manifestações clínicas da IC Fonte: GUEDES, Adriana Cecel; CASSOTA, Raffaela Angel. Propedêutica e Processo de Cuidar Saúde do Adulto. São Paulo: Editora Sol, 2020. Classificação da IC – atualmente temos a classificação da New York Heart Association (NYHA), que leva em consideração apenas progressão de sinais e sintomas, e a classificação da American Heart Association (AHA), que mescla sinais, sintomas e alterações estruturais no coração decorrentes da IC. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – IC Classificação funcional da IC segundo a NYHA Classe I Dispneia aos esforços não habituais (por exemplo: subir ladeira) Classe II Dispneia aos esforços médios (por exemplo: caminhar em terreno plano) Classe III Dispneia aos esforços pequenos (por exemplo: tomar banho, pentear-se) Classe IV Dispneia no repouso Classificação da IC segundo a AHA Estágio A: pacientes com risco aumentado de desenvolver IC, porém sem alteração estrutural cardíaca, sinais ou sintomas de IC. Pacientes hipertensos, com doença aterosclerótica, diabetes, obesidade, síndrome metabólica, em uso de medicações cardiotóxicas ou com história familiar de IC Estágio B: pacientes com doença estrutural cardíaca sem sintomas atuais ou prévios de IC. Pacientes com IAM, SVE, fração de ejeção baixa ou doença valvar assintomática Estágio C: pacientes com sinais e/ou sintomas de IC, atuais ou prévios Estágio D: pacientes com IC refratário ao tratamento tradicional, com indicação de intervenções especializadas Fonte: GUEDES, Adriana Cecel; CASSOTA, Raffaela Angel. Propedêutica e Processo de Cuidar Saúde do Adulto. São Paulo: Editora Sol, 2020. Tratamento O tratamento para IC é dividido em medicamentoso e não medicamentoso. O tratamento não medicamentoso é composto de dieta, restrição hídrica para alguns pacientes (1000a 1500 mL/dia), vacinação (influenza e pneumococo), atividade física e educação dos pacientes e seus familiares. Já o tratamento medicamentoso tem dois objetivos: melhora do prognóstico em longo prazo e diminuição dos sinais e sintomas. Os medicamentos incluem os que atuam no SRAA, os betabloqueadores, os diuréticos e os vasodilatadores. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – IC Tratamento Medicamentos que atuam no SRAA (captopril). Betabloqueadores (atenolo, propranolol, bisoprolol, carvedilol). Diuréticos (vários tipos) – objetivo é manter o estado de euvolemia dos pacientes. Vasodilatadores (hidralazina) – diminui pós-carga e aumenta o débito cardíaco. Digitálicos (digoxina) – ação inotrópica positiva. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – IC Fonte: https://hospitalsantamonica.com.br/uso- racional-de-medicamentos/ Assistência de enfermagem – exemplo da aplicação do PE: 1º DE (NANDA-I): volume de líquido excessivo relacionado a mecanismos reguladores comprometidos, evidenciado por congestão pulmonar, alteração da pressão arterial, anasarca, oligúria etc. Intervenções de Enfermagem baseadas no DE (NIC): Pesar diariamente. Manter um registro preciso de ingestão e eliminação. Inserir sonda vesical se o paciente não conseguir solicitar dispositivo para eliminação de urina. Observar sinais de excesso de líquidos: pressão venosa central aumentada, edema, distensão jugular e ascite. Distribuir a ingestão de líquidos nas 24 horas. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – IC Insuficiência cardíaca descompensada (ICD) A IC é chamada descompensada quando necessita de intervenção imediata. Pode ser classificada de acordo com sua etiologia em: Insuficiência cardíaca aguda: aparecimento abrupto de sinais e sintomas, gerada por IAM ou miocardiopatias. Insuficiência cardíaca crônica exacerbada: piora dos sintomas em repouso para o paciente que já possui IC. Insuficiência cardíaca crônica refratária: baixo DC e congestão pulmonar importante mesmo com todos os tratamentos. Edema agudo de pulmão: aumento abrupto da pressão capilar pulmonar – dispneia intensa. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular – IC Insuficiência cardíaca descompensada: O tratamento para ICD inclui a limitação da atividade física (entretanto, o repouso absoluto não é indicado), o uso de oxigênio e a restrição hídrica em casos de congestão pulmonar. O tratamento farmacológico é composto pelo uso de diuréticos endovenosos, antagonistas da aldosterona, Ieca e inibidores da angiotensina II, vasodilatadores periféricos, inotrópicos e digitais. Assistência de Enfermagem aos portadores de afecções do sistema cardiovascular Fonte: https://votacao.socergs.org.br/index.php/notici as-interna/conduta-para-internacao-de- paciente-com-insuficiencia-cardiaca-17 Cite 4 sinais ou sintomas do paciente com Insuficiência Cardíaca (IC). Interatividade Fonte: https://ideiasesquecidas.com/tag/perguntas-direcionadas/ Cite 4 sinais ou sintomas do paciente com Insuficiência Cardíaca (IC): Oliguria, confusão mental, perfusão periférica diminuída, pulsos finos e filiformes, digestão alterada, fadiga, congestão pulmonar, dispneia, estertores, bulha B3, tosse, secreção rósea, distensão da jugular, edema, ascite, hepatomegalia, anorexia e náusea. Resposta Fonte: https://ideiasesquecidas.com/tag/perguntas-direcionadas/ Pneumonias São causadas por um agente infeccioso ou por outras causas que levam ao dano do tecido pulmonar. Esse agente, ao invadir o tecido pulmonar, leva a uma reação inflamatória. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório Fonte: adaptado de: https://sp.unifesp.br/epe/d esm/noticias/dia-da- pneumonia ALVÉOLO NORMAL ALVÉOLO COM PNEUMONIA Bronquíolo Alvéolo Inflamação na parede do alvéolo Pneumonia (lobo inferior) Fluido de cor amarelada ou esverdeada ocupa espaço que deveria ser preenchido pelo ar. Classificação Quanto ao agente infeccioso: bactérias, vírus, fungos, outras etiologias ou não infecciosas. Quanto ao local: broncopneumonia, quando envolve as vias aéreas distais e os alvéolos; lobular, quando se restringe a parte de um lobo pulmonar; e lobar, quando atinge todo um lobo pulmonar. Quanto ao local de aquisição: comunitárias ou hospitalares – relacionadas à assistência à saúde. Pneumonias comunitárias: adquiridas fora do ambiente hospitalar ou que se manifestam 48 horas após acesso à unidade hospitalar. Pneumonias hospitalares: pacientes que estiveram internados ou permanecem em unidades hospitalares. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – pneumonias Classificação Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – pneumonias Bactérias Vírus Fungos Outras etiologias Não infecciosas S. pneumoniae, S. aureus, K . pneumoniae, H. influenzae, Legionella, plasmídia, micoplasma, Mycobaterium, Actymonmias, Rickettsia Influenza, parainfluenza, VSR, adenovírus, CMV, coronavírus, hantavírus P. brasiliensis, H. capsulatum, C. immitis, C. neoformans, C. albicans, Aspergillus, Pneumocystis Protozoários e helmintos Alérgica, tóxica, neoplásica e aspiração Fonte: adaptado de: GUEDES, Adriana Cecel; CASSOTA, Raffaela Angel. Propedêutica e Processo de Cuidar Saúde do Adulto. São Paulo: Editora Sol, 2020. Fatores de risco Condições que produzem muco ou obstrução brônquica: câncer, tabagismo, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Imunossupressão com baixa contagem de neutrófilos. Tabagismo. Imobilidade prolongada. Reflexo de tosse deprimido. Jejum prolongado. Uso de sonda nasogástrica e nasoentérica. Uso de tubo endotraqueal. Terapia com antibiótico. Intoxicação por álcool. Uso de substância que promova a depressão respiratória. Idade avançada. Higiene oral inadequada. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – pneumonias Manifestações clínicas Tosse e expectoração – pode ser seca ou produtiva (secreção espessa, amarelada, esverdeada ou sanguinolenta). Dispneia e dor torácica. Manifestações sistêmicas: confusão mental, calafrios, mialgias e febre. Exame físico: MV diminuídos, roncos e estertores; som maciço à percussão do tórax. Alterações de exames laboratoriais e de imagem: raio x de tórax com opacidade e infiltrados; aumento de leucócitos em pneumonias bacterianas. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – pneumonias Tratamento Pneumonias bacterianas: antibioticoterapia, pode precisar de internação a depender da gravidade do caso e do tipo de aquisição. Tratamento empírico, pode ser terapia combinada em casos de insuficiência respiratória associada. Antibióticos mais utilizados: Quinolonas: ciprofloxacina, levofloxacina, norfloxacina. Betalactâmico: penicilina, cefalosporina, carbapemênicos, clavulanato. Macrolídeo: azitromicina, claritromicina. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – pneumonias Tratamento Pneumonias virais: a conduta depende da gravidade da doença e do tipo de vírus que promoveu a infecção. Antivirais são indicados apenas para casos graves e para imunossuprimidos. Tipos de antivirais utilizados: Amantadina e rimantadina – influenza A e B. Zanamivir e oseltamivir – vírus sincicial respiratório. Ribavirina – parainfluenza e adenovírus. Ciclofovir – adenovírus. Realizar isolamento respiratório para vírus epidêmicos. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – pneumonias Assistência de Enfermagem – exemplo de PE: 1ºDE (NANDA-I): desobstrução ineficaz das vias aéreas relacionada à infecção e ao exsudato, evidenciado por dispneia, expectoração e agitação. Intervenções de Enfermagem baseadas no DE (NIC): Posicionar o paciente de modo a maximizar o potencial ventilatório. Remover as secreções por meio do estímulo à tosse ou aspiração orotraqueal. Estimular respiração lenta e profunda, mudança de posição e tosse. Orientar como tossir efetivamente. Auscultar sons respiratórios. Regular a ingestão de líquidos para manter o equilíbrio hídrico. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – pneumonias Como são classificadas as pneumonias de acordo com o local de aquisição da infecção? Interatividade Fonte: https://ideiasesquecidas.com/tag/perguntas-direcionadas/ Como são classificadas as pneumonias de acordo com o local de aquisição da infecção? Pneumonias comunitárias e hospitalares. Resposta Fonte: https://ideiasesquecidas.com/tag/perguntas-direcionadas/ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Consiste em limitação do fluxo de ar nas vias aéreas. Ocorre por reações inflamatórias anormais dos pulmões e dos brônquios partículas ou gases tóxicos cigarro (ativo e passivo). Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório Fonte: https://enfermagemflorence.com.br/doenca- obstrutiva-pulmonar-cronica-dopc/ Bronquite crônica: danos contínuos nas paredes brônquicas levam à cicatrização e ao espessamento (diminuição do lúmen), além do aumento de produção de muco e queda da atividade ciliar estreitamento das vias aéreas. Enfisema pulmonar: destruição dos alvéolos reduz a área de troca e perde sua capacidade de elasticidade hiperinsuflação. Aumenta ainda o fluxo de sangue na artéria pulmonar posterior problema cardíaco. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – DPOC Fonte: http://www.luzimarteixeira.co m.br/fisiopatologia-da-dpoc/ Inflamação das vias aéreas Obstrução das vias aéreas Disfunção mucociliar Alterações estruturais das vias aéreas Fatores de risco O principal fator de risco relacionado com a DPOC é o tabagismo. Outros fatores também podem precipitar os sinais e os sintomas: fumaça de lenha, irritantes químicos, poeira ocupacional, doenças respiratórias graves na infância e condição socioeconômica. O contato com componentes do cigarro de forma ativa e passiva é prejudicial. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – DPOC Fonte: https://unibave.net/noticia/unibave-abre- vagas-para-grupo-terapeutico-de-cessacao-ao- tabagismo/anexo_7658_10315/ Manifestações clínicas Tosse: mais frequente pela manhã com expectoração e secreção. Secreção: característica mucoide e fluida. Dispneia: consequência da queda de pressão de oxigênio no sangue. Graduada pelo índice de dispneia modificado do MRC (Medical Research Council): Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – DPOC Fonte: ARRABAL, Fernandes Frederico Leon, et al. Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. J. bras. pneumol. [Internet]. 2017 Aug [cited 2022 June 23]; 43(4): 290-301. Escore Sintomas 0 Tenho falta de ar ao realizar exercício intenso. 1 Tenho falta de ar quando apresso o meu passo ou subo escadas ou ladeira. 2 Preciso parar algumas vezes quando ando no meu passo ou ando mais devagar que outras pessoas de minha idade. 3 Preciso parar muitas vezes devido à falta de ar quando ando perto de 100 metros ou poucos minutos de caminhada no plano. 4 Sinto tanta falta de ar que não saio de casa ou preciso de ajuda para me vestir ou tomar banho. Manifestações clínicas Alterações na ausculta pulmonar: murmúrios vesiculares presentes com fase expiratória mais longa esforço em eliminar volume residual. O RA presente é o sibilo. Tórax em barril: hiperinsuflação esforço em eliminar o ar dos pulmões mudança de formato torácico. Emagrecimento: dispneia diminui o apetite e dificulta a deglutição. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – DPOC Fonte: adaptado de: https://www.jove.com/v/10028/respir atory-exam-i-inspection-and- palpation?language=Portuguese Posterior Anterior Tratamento medicamentoso Broncodilatadores: antagonistas de beta-2, anticolinérgicos e xantinas – indicados para todos os pacientes com DPOC; via inalatória; as xantinas devem ser a última opção nessa classe de medicamentos (ex.: Berotec® e Atrovent ®). Corticoides inalatórios: diminuem a reação inflamatória da via aérea – indicados em pacientes que apresentaram duas ou mais exacerbações da DPOC no ano anterior, que necessitaram de corticoide oral ou antibioticoterapia (ex.: budesonida). Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – DPOC Fonte: https://www.amazon.com.br/Máscara- para-Inalação-Infantil- NS/dp/B076X7SFQR Tratamento medicamentoso Corticoides sistêmicos: diminuem a reação inflamatória – indicados apenas quando há exacerbação da doença (ex.: prednisona). N-acetilcisteína: reduz o estresse oxidativo – não há literatura que suporte seu uso, pode ser usado em casos graves de exacerbação da doença. Oxigênio: aumenta a saturação de oxigênio no sangue – PaO2 ≤ 55 mmHg ou saturação ≤ 88% em repouso ou PaO2 entre 56 e 59 mmHg com evidências de hipertensão pulmonar e policitemia. Vacinação: influenza e pneumococo. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório – DPOC Fonte: https://www.metalvet.com.br/departamentos/a nestesia/cilindro-de-oxigenio-15l-completo Assistência de Enfermagem – exemplo de aplicação do PE: 1º DE (NANDA-I): troca de gases prejudicada relacionada ao desequilíbrio na relação ventilação-perfusão, evidenciado por dispneia, cor da pele anormal, gases sanguíneos arteriais anormais. Intervenções de Enfermagem baseadas no DE (NIC): Obter amostra solicitada para análise laboratorial do equilíbrio ácido básico (gasometria arterial). Observar a tendência do nível de PaCO2. Monitorar os sinais e os sintomas do excesso no nível de PaCO2: tremor das mãos, confusão, sonolência, cefaleia, diminuição da resposta verbal, náuseas, vômitos, taquicardia, extremidades quentes e sudoreicas. Assistência de Enfermagem a pessoas portadoras de alterações no sistema respiratório As doenças discutidas, com exceção da pneumonia, são crônicas, têm desenvolvimento progressivo e exigem diversas mudanças no estilo de vida dos indivíduos. O grande número de medicamentos prescritos, associado à necessidade de alterações de hábitos antigos e culturalmente instalados na vida de cada um, pode ter como consequência a baixa adesão ao tratamento. É papel do enfermeiro orientar, sanar dúvidas e auxiliar o paciente portador de uma doença crônica no controle e enfrentamento do problema de saúde. Considerações sobre a adesão ao tratamento Fonte: https://www.educamundo.com.br/cursos- online/a-enfermagem-e-o-processo-de-cuidar Está disponível um chat para interação com uma atividade complementar proposta para fixação do conhecimento adquirido nesta unidade. Participe!!! Convite para participação do chat ATÉ A PRÓXIMA!
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