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AFECÇÕES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO SUPERIOR EM GRANDES ANIMAIS Profª Med. Vet. Amanda Ribeiro UE: Clínica, Cirurgia e Anestesiologia em Grandes animais. ADENITE EQUINA • Conhecida como ‘’Garrotilho’’; • Doença Infecto Contagiosa – alta taxa de morbidade; • Streptococcus equi subsp. equi; • Acomete frequentemente animais jovens (até 5 anos de idade); • Acomete o trato respiratório superior e tecido linfóide. •Contaminação via oral ou via respiratória. • Transmissão: Descargas nasais, orais ou conteúdo drenado de linfonodos – contato direto, fômites, roupas e utensílios. •Período de incubação: 3 a 14 dias; Adenite Equina Adenite Equina • S. equi fixa-se às células epiteliais da mucosa nasal e bucal e invade a mucosa da nasofaringe; • Faringite aguda e rinite inicialmente; • O agente pode invadir a mucosa e o tecido linfático faríngeo. • Abscessos nos linfonodos mandibulares e retrofaríngeos – obstrução local por compressão. • 7 a 14 dias ocorre a fistulação dos abscessos. • Sinais Clínicos De 3 a 14 dias após a exposição às secreções contaminadas. Febre (39,0 a 41,0 ºc) – Apatia – Letargia – Hiporexia – Tosse - Espirro Secreção nasal serosa – Purulenta – Linfoadenopatia – Abscedação (1 a 2 semanas). Distensão dos linfonodos – Disfagia a dispneia. Adenite Equina • Diagnóstico Cultura – Swab nasofaringe – ‘’padrão ouro’’ PCR Elisa – Sorológico Hemograma ? Bioquímico ? Raio-x Ultrassom Endoscopia (Bolsas guturais) – Empiema das bolsas guturais. Adenite Equina Adenite Equina • Tratamento Antibioticoterapia:- Penicilina benzatina: 40000 UI/Kg/48 horas IM 3 aplicações. - Penicilina Procaína: 20000 UI/Kg/BID IM 7 dias - Sulfametoxazol +Trimetropim 30mg/kg/BID VO 7 a 10 dias - -Ceftiofur: 5mg/kg/BID IM 7 a 10 dias. • Antiinflamatórios: Fenilbutazona: 4,4mg/kg/SID VO/IV 5 dias Flunixin Meglumine: 1,1 mg/Kg/SID ou BID/IV 5 dias. Dipirona: 25mg/kg IV 6 a 12 horas se tiver febre. • Protetor Gástrico: Omeprazol: 1mg/Kg/VO SID até o final do tratamento. • Compressas quentes nos linfonodos reativos. • Lavagem da Bolsa Gutural ? EMPIEMA DA BOLSA GUTURAL Púrpura hemorrágica Adenite equina • Doenças Secundárias a Adenite: Empiema das bolsas guturais e Púrpura Hemorrágica. Cuidados: • Animais portadores: animais convalescentes ou, aparentemente recuperados; • Limpeza do Ambiente e isolamento dos animais contaminados. Profilaxia Vacinação: 3 doses da vacina com intervalos de 2 a 4 semanas por via intramuscular. Influenza Equina •Gripe Equina; •Causa por um vírus (Vírus da influenza Equina – H3N8 e H7N7); • Família Orthomyxoviridae, Gênero Influenzavirus A; •Alta Morbidade; • Tem maior prevalência em animais jovens – idade inferior a 2 anos. •Maior incidência em animais não vacinados. • Patogenia e Sinais clínicos Contaminação via aerógena direta - o vírus de adere ao epitélio do sistema respiratório superior – induz a morte celular e descamação do epitélio. Período de incubação: 1 a 3 dias. Sinais Clínicos: Apatia, febre (39,0 a 41 ºC após 48 hora da infecção e no 5º dias), tosse seca, secreção nasal serosa e linfoadenopatia mandibular. Influenza Equina • Diagnóstico – apenas nas primeiras 48 horas PCR – Swab Nasafaringe Elisa - Soro Isolamento Viral – Swab nasofaringe Hemograma ? Bioquímico ? • Isolamento do animal no mínimo de 2 a 3 semanas. Animais gravemente afetados podem convalescer por até 6 meses. Regeneração do epitélio é aproximadamente 21 dias. Influenza Equina • Tratamento Suporte – tratar apenas os sinais. Dipirona em casos de febre: 25mg/kg/IV a cada 6 - 12 horas de intervalo. Repouso absoluto – sem atividade atlética. Umidificação das vias aéreas : Nebulização com solução fisiológica. Antibióticos ?? Se a secreção ficar purulenta e/ou a febre persistir Influenza Equina •PROFILAXIA VACINAÇÃO – Alta eficácia A cada 6 meses em animais de prova e 1 vez ao ano nos animais que não viajam. Influenza Equina HERPES VÍRUS Herpes Vírus Equino tipo 1 e 4 (EHV-1 e EHV-4 ) – Rinopneumonia equina. • Vírus endotéliotrópico – endotélio vascular da mucosa nasal, pulmões, placenta e sistema nervoso central. •O tropismo pelo endotélio vascular é responsável pelos casos de aborto e encefalomielites. • Transmissão aerógena direta – até 5 metros. Transmissão por fômites. Sintomas respiratórios: tosse, febre e secreção nasal serosa. Aborto : entre 7º e 11º mês de gestação. Encefalomielite: Incoordenação, decúbito, paresia, paralisia, tetraplegia e óbito Hemorragia das meninges, encéfalo e medula, vasculite linfocítica e trombos HERPES VÍRUS HERPES VÍRUS Diagnóstico Isolamento do Vírus a partir de Swab Nasofaríngeo. Não pode conter sangue na amostra Deve ser refrigerada a 4ºC. Casos neurológicos: associar os sinais clínicos, o isolamento viral e a presença de alterações no Líquor. Tratamento Suporte Profilaxia Vacinação Isolamento dos animais contaminados 3 a 4 semanas SINUSITE •Acúmulo de exsudato nas cavidades sinusais. •Resultado de infecções primárias ou secundárias. • Primárias: infecções do trato respiratório superior, sendo os microrganismos estreptocócicos os mais comuns; neoplasias; granulomas fúngicos. • Secundária: Cirurgias próximas aos seios (bovinos) e secundária a infecções odontológicas em equinos. •Secreção nasal Unilateral ou bilateral •Fístulas •Febre •Assimetria Facial SINUSITE SINUSITE Diagnóstico: achados clínicos e exame radiográfico • Antibioticoterapia nos casos de Infecções do sistema respiratório Penicilinas Benzatina (30000 UI/Kg/IM/48 horas ) associada a Gentamicina (6,6mg/Kg/SID/IV). Ceftiofur (6,6 mg/Kg/IM/BID) associado a Gentamicina (6,6 mg/Kg/SID/IV). Doxiciclina 10mg/kg/BID/VO • Antiinflamatórios não - esteroidais: Fenilbutazona: 4,4mg/kg/SID VO/IV 5 dias Flunixin Meglumine: 1,1 mg/Kg/SID ou BID/IV 5 dias. Dipirona: 25mg/kg IV 6 a 12 horas se tiver febre. • Cirúrgico: Trepanação e lavagem dos seios paranasais afetados. SINUSITE HEMIPLEGIA LARINGEANA NEUROPATIA LARINGEANA RECORRENTE: ‘’CAVALO RONCADOR’’ • Disfunção do nervo laríngorecorrente IDIOPÁTICA; • Disfunção no músculo cricoaritenoideo; • Disfunção de abdução das cartilagens aritenoides. • Afeta na maioria das vezes o lado esquerdo. HEMIPLEGIA LARINGEANA HEMIPLEGIA LARINGEANA • Intolerância ao exercício; • Diminuição do fluxo inspiratório. SINAIS CLÍNICOS – DEPENDEM DO GRAU Queda no rendimento Ruídos anormais durante o exercício Cansaço •Diagnóstico: endoscopia HEMIPLEGIA LARINGEANA •Tratamento - cirúrgico Existem várias técnicas, as mais comuns são: Ventriculectomia e laringoplastia. HEMIPLEGIA LARINGEANA HEMIPLEGIA LARINGEANA ‘’Seu sucesso é do tamanho do seu esforço’’.