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Dermatopatias parasitárias

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Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de pequenos animais II 
SARNA DEMODÉCICA 
Animais jovens – a maior parte com menos de 1 ano de idade 
Lesões começam na cabeça 
Sem prurido – quando tem prurido existe piodermite 
secundária 
Não é contagiosa 
Sarna demodécica piora muito com uso de corticoide – causa 
imunossupressão e devido a isso aumenta o número de 
microrganismos 
Sarna demodécica faz muita infecção bacteriana 
Se prolifera no folículo piloso, lá ele destrói o folículo logo o 
pelo cai 
Regiões de cabeça e membros torácicos são os que primeiro 
são acometidos, já que para mamar na mãe essa parte é a 
que encosta primeiro 
 
Agente etiológico: Demodex canis 
É um ácaro que faz parte da microbiota normal de todos os 
cães 
Esse ácaro vem da mãe, cão nasce estéril e quando o animal 
vai mamar passa para a pele do filhote e vive a vida inteira 
na pele do cão 
O animal que tem a doença de sarna demodécica tem a 
proliferação grande de Demodex canis, além da imunidade que 
interfere (imunossupressão também aumenta a quantidade de 
ácaro na pele do animal) 
 
 
Raças: Poodle, buldogue francês e inglês, shit tsu, bullterrier, 
pug etc 
Qualquer doença que interfira no sistema imune contribui para 
sarna 
Quando o animal tem HAC começa com sarna demodécica com 
6 ou 7 anos, o que não é comum já que normalmente é com 
menos de 1 ano – aqui a sarna demodécica serve como 
sentinela 
Cachorros que passam por quimioterapia tem mais chance de 
ter sarna demodécica 
Cachorros que já tiveram sarna demodécica e foi tratado tem 
grandes chances de ter sarna demodécida novamente com 
uma baixa de imunidade, por exemplo 
CLASSIFICAÇÃO DA SARNA DEMODÉCICA 
 Sarna demodécica localizada: cão tem até 6 áreas 
de alopecia – Esta se retirar a causa de base pode 
se auto resolver 
 Sarna demodécica generalizada: mais de 6 áreas 
alopécicas ou uma área corporal afetada – Esta 
sempre temos que tratar 
 Sarna demodécica juvenil: menos de 1 ano de idade 
 Sarna demodécica em adultos: tem uma doença de 
base que precisa ser investigada 
A sarna em casos mais graves, principalmente, causa dor, 
deve administrar medicamento para dor 
DIAGNÓSTICO 
Exame parasitológico de raspado de pele – Raspado (EPRC) – 
Positividade em 100%, devemos achar o ácaro na lâmina 
Fita adesiva – quando apertar o folículo vem muita sujeira, o 
que dificulta a observação, o raspado é mais fácil 
Além de: dados de identificação e anamnese 
Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de pequenos animais II 
Raspado sempre profundo, já que o folículo está mais 
profundo 
Sempre procurar uma área bem inflamada, eritematosa, 
purulenta, sempre tem mais ácaros nessas regiões 
TRATAMENTO 
Antes de qualquer medicamento eram utilizados banhos 
Terapia sistêmica – lactonas macrocíclicas (antigamente era 
usada essa classe para tratamento) 
 
Pastor australiano, pastor de shetland, border collie, 
sheepdog, collie – são toxicas para essas raças (ivermectina 
e doramectina) são alterações neurológicas que podem levar 
a óbito 
 
Hoje utilizam a classe de Isoxazolinas (foram lançados para 
controle de pulga e carrapato, mas foi visto que funciona bem 
em sarnas demodécicas) 
Muito mais rápido e eficaz 
 
 
 
 
 
 
Quando há infecção bacteriana secundária: 
 
 
 
ESCABIOSE CANINA 
Sarcoptes scabieivar canis 
Transmissão por contato direto através de fômites 
Zoonose – transmissão em cerca de 30% dos contactantes 
humanos 
Prurido intenso 
Acomete mais animais jovens – imunossuprimidos 
Escava galerias na pele, fêmea vai colocando ovos, esses 
ácaros deixam restos de corpo na pele do animal isso causa 
intensa reação de prurido 
 
Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de pequenos animais II 
 
Ácaro que gosta de extremidades – não gosta de 
temperaturas altas 
Aumenta a camada córnea 
Tem reflexo otopodal 
O pelo cai devido a coceira intensa 
Hiperqueratose 
DIAGNÓSTICO 
Dados de identificação, anamnese e exame dermatológico 
Exame parasitológico – fechamos diagnóstico 
raspado para escabiose sempre dá preferência para borda 
do pavilhão auricular. Articulação umerorádio ulnar e tíbio 
társica, neste não precisa de raspado profundo, ácaro está 
na superfície da pele do animal 
EPRC – Positividade em 50% precisa de uma quantidade 
pequena do ácaro para causar a doença. Sempre tratar e ver 
se responde em uma semana se for escabiose vai melhorar 
Exame por fita 
Nos casos que o animal tem os 2 tipos de sarna focar em 
tratar a sarna demodécica, a escabiose irá curar junto 
 
SARNA NOTOÉDRICA – ESCABIOSE FELINA 
Sarcopites não curte muito os gatos 
Gostam mais de gato, pode pegar em cães e humanos 
(zoonose!!) 
Transmissão por contato direto e indireto 
Mais comum em gatos com acesso á rua 
Gatos jovens 
Gatos de gatis 
Tem preferência pela cabeça dos gatos 
Também escava galerias e causa hiperqueratose, tem prurido 
também, mas manifesta o prurido mais com coceira 
DIAGNÓSTICO 
Dados de identificação, anamnese e exame dermatológico 
Exame parasitológico 
EPRC – Positividade em 80% 
EPF 
Se não achar o ácaro fazer diagnóstico terapêutico – tratar 
e se responder a resposta será muito rápida 
TRATAMENTO – ESCABIOSE FELINA E CANINA 
 
Rvolution ou Moxidectina + Imidacloprina tópica (Advocate) – 
intervalo de 15 dias – também funciona muito, mas bem mais 
caro 
 
Tratar todos os contactantes e ambiente!!!