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Resumo 3 Anestesia local em pacientes especiais

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 Doenças Cardiovasculares 
 Doenças congênitas do 
coração. 
 Doença isquêmica. 
 Doença das válvulas cardíacas. 
 Arritmias. 
 Hipertensão arterial sistêmica. 
 
 Doenças congênitas do 
coração 
São os tipos mais comuns de problemas 
cardíacos em crianças; 
Podem ocorrer de forma isolada ou 
associadas a outros múltiplos efeitos do 
coração. 
Etiologia multifatorial, incluindo fatores 
genéticos, doenças maternas, como 
diabetes, LES, rubéola, sífilis, herpes, abuso 
de álcool, fumo. 
Cianóticas: tetralogia de fallot- T4F, Defeito 
do septo ventricular. 
Acianóticas: 
PCA: Persitência do canal arterial. 
CIA: Comunicação interarterial. 
CIV: Comunicação interventricular. 
Coactação da aorta. 
Cardiopatia Isquêmica (Doença Arterial 
Coronariana 
A doença cardíaca isquêmica é uma 
condição decorrente da obstrução gradual 
das artérias coronárias por ateromas 
(placas compostas especialmente de 
lipídeos e tecido fibroso), que acarreta uma 
diminuição do fluxo sanguíneo para o 
miocárdio 
Condição causada pela diminuição do fluxo 
sanguíneo no músculo cardíaco; 
Aterosclerose. 
Angina Estável; - Angina Instável; - IAM. 
Doeças das válvulas cárdiacas. 
Congênitas e adquiridas: Insuficiência em 
ambas. 
Arritmias 
Distúrbio do ritmo de condução elétrica do 
coração, tendo sua origem nos átrios 
(arritmia atrial) ou nos ventrículos 
(arritmias ventriculares). 
Protocolo 
Evitar epinefrina: 
Arritmias severas; Bloqueio 
atrioventricular- Arritmias sintomáticas – 
outras cardiopatias - Arritmias 
supraventriculares - Não usar 
norepinefrina ou fenilefrina 
Como a epinefrina está contida em muitas 
das soluções anestésicas de uso 
odontológico, seus efeitos devem ser 
considerados na frequência cardíaca (FC), 
no volume sistólico, no débito cardíaco, na 
demanda de oxigênio pelo miocárdio e na 
resistência vascular periférica 
Quando a epinefrina estiver contraindicada 
(p. ex., pacientes portadores de certos 
tipos de arritmia cardíaca), o cirurgião-
dentista tem a alternativa de empregar 
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uma solução de prilocaína 3% com 
felipressina 
Por não pertencer ao grupo das aminas 
simpatomiméticas, a felipressina não age 
sobre os receptores α e β adrenérgicos. 
Outra opção de que o dentista dispõe é 
aplicar uma solução que não contenha um 
agente vasoconstritor (mepivacaína 3%), 
para procedimentos nos quais não haja 
necessidade de anestesia pulpar 
prolongada e controle do sangramento. 
Hipertensão Arterial Sistêmica 
A hipertensão arterial sistêmica é a 
elevação persistente dos níveis da pressão 
arterial sanguínea (PA), com valores ≥ 
140/90 mmHg. 
Definição: PA > ou = 140 x 90 mmHg 
Hipertensão primária: 90 – 95% (sem causa 
aparente- fatores de risco – uso de 
antihipertensivos 
Hipertensão secundária – hipertireoidismo, 
feocromocitoma – tratar a patologia 
primária 
VER SLIDE 10 
Tratamento odontológico de 
paciente com DCV 
Deve-se lembrar que a dor é estressante 
para o organismo. Segundo Malamed,1 
durante uma situação de estresse, a 
secreção endógena de catecolaminas 
(epinefrina e norepinefrina) pelas adrenais 
aumenta em até ~ 40 vezes, se comparada 
aos níveis basais (com o indivíduo em 
repouso), e atinge níveis sanguíneos muito 
maiores se comparados aos obtidos após a 
aplicação de um tubete de solução 
anestésica contendo epinefrina 1:50.000 
 
Anestésicos locais: 
Vasoconstritor não é contra-indicado; 
2 tubetes de lidocaína com epinefrina 
1:100.000 (controlada); 
3 tubetes de prilocaína com 3% de 
felipressina 
Utilizar apenas a dose mínima necessária; 
Fazer aplicação lenta e aspiração; 
Lidocaina com epinefrina 1:100.000 – 2 
tubetes; 
Prilocaina com felipressina; 
Anestesiar um quadrante por vez; 
Não utilizar fio retrator gengival com 
vasoconstritor; Deve-se lembrar que a 
absorção de epinefrina pela mucosa oral é 
rápida, sendo ainda maior na presença de 
sangramento, decorrente do preparo 
protético subgengival 
ANESTÉSICO SEM VASOCONSTRITOR PARA 
URGÊNCIAS. 
Interações com medicações para 
tratamento da doença cardiovascular: 
 Alpha e beta bloqueadores; 
 Digoxina (digitálicos); 
 
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CUIDADO!!!! 
●Anestésicos com epinefrina ou similares 
em pacientes fazendo uso de β-
bloqueadores não seletivos pode provocar 
a elevação da pressão arterial 
Ação livre em alfa receptores, já que os 
receptores β encontram-se bloqueados 
pela ação da medicação. 
Como compensação ocorre uma 
diminuição significativa da frequência 
cardíaca (bradicardia reflexa). 
 
 
 Gestação 
A solução anéstesica deve ser aquela que 
proporcione a menor anestesia a gestante; 
Devem conter um vasoconstritor para 
evitar excesso de anestésicos na corrente 
sanguínea; 
A ARTICAÍNA possui baixa 
lipossolubilidade, alta taxa de ligação 
proteica e rápida metabolização e 
eleminação renal –FALTA ESTUDOS 
CLÍNICOS. 
A metemoglobinemia é um distúrbio 
hematológico no qual a hemoglobina é 
oxidada a metemoglobina, tornando a 
molécula funcionalmente incapaz de 
transportar oxigênio; 
Quadro semelhante à cianose, na ausência 
de anormalidades cardíacas; 
A metemoglobinemia pode resultar em 
eventuais erros inatos do metabolismo 
(hemoglobina com estrutura anormal ou 
deficiência da enzima metemoglobina-
redutase). 
Provocada por agentes químicos 
(PRILOCAINA) que aumenta a taxa de 
oxidação da hemoglobina. 
Alterações patológicas: 
Cardiovasculares: hipertensão 
Endócrinas: diabetes gestacional 
Hematológicas: anemia 
 
 
Anestésicos locais: 
 Prilocaína e Articaína = 
metahemoglobinemia; 
 Adrenalina= avaliar as condições 
cardiovasculares; 
 Felipressina= risco de contração 
uterina; 
Anestésicos locais (mais indicado): 
 Lidocaína (categoria B); 
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 Adrenalina= avaliar as condições 
cardiovascular e endócrina 
 
Diabetes mellitus 
 
HIPERGLICEMIA: Perda relativa ou absoluta 
na secreção e/ou ação da insulina. 
O DM pode ser do Tipo 1. É caracterizado 
pela destruição das células beta do 
pâncreas, provavelmente por mecanismos 
imunológicos, levando à deficiência total 
de insulina. Por esse motivo, os diabéticos 
do Tipo 1 são chamados de 
insulinodependentes. 
Tipo 2 (não insulinodependentes). Nesse 
tipo de diabetes, a deficiência na utilização 
da glicose é devida a um conjunto de três 
fatores: aumento da resistência à insulina 
(altas concentrações do hormônio são 
necessárias para produzir os efeitos 
fisiológicos), defeitos na secreção de 
insulina pelas células beta do pâncreas e 
aumento da produção de glicose 
endógena, primariamente pelo fígado 
Relação entre os níveis elevados de 
catecolaminas circulantes e o aumento da 
glicemia em pacientes diabéticos 
insulinodependentes. 
Pacientes diabéticos controlados 
apresentam uma melhor tolerância aos 
agentes vasoconstritores. 
Literatura controversa. 
Assim como o cortisol, a tireotoxina e o 
hormônio do crescimento, a epinefrina tem 
uma ação farmacológica completamente 
oposta à da insulina. Seu efeito na glicemia 
ocorre pela estimulação da gliconeogênese 
e da glicogenólise hepática. Em virtude 
dessa propriedade, é considerado um 
hormônio hiperglicêmico 
COMPLICAÇÕES: retinopatia, nefropatia, 
neuropatia, parestesi, dislipidemia, 
aterosclerose, doença coronariana, 
infecção, rigidez articular, cetoacidose 
(taquipnéia, desmaios, convulsões, coma e 
morte). 
Tratamento odontológico: 
Cautela na utilização de adrenalina 
(vasoconstritor); 
Cautela na utilização em pacientes 
diabéticos e cardiopatas. 
A ação hipoglicêmica das sulfonilureias 
pode ser potencializada por fármacos que 
apresentam alto grau de ligação proteica, 
como alguns dos anti-inflamatórios não 
esteroides (AINES). 
Hipertireoidismo 
O que é? 
Aumento excessivo na corrente sanguínea 
dos hormônios produzidos pela glândula 
tireoide (T3 e T4). 
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Doença de Graves- doença autoimune, quegera uma anomalia no funcionamento da 
glândula tireoide. 
Anticorpos- receptor de TSH (hormônio 
estimulante da tireoide)- Estimulação da 
glândula. 
Função dos hormônios T3 e T4 
 Crescimento e desenvolvimento de 
vários órgãos e tecidos. 
 Regulação do metabolismo 
(funcionamento e produção de 
energia) do organismo. 
Sinais e Sintomas • Irritabilidade • 
Sudorese • Ansiedade • Palpitações 
(Angina) • Hipertrofia da glândula • 
Tremores • Entre outros. 
Complicações do Hipertireoidismo: 
Cardiovasculares • Hematológicas 
Cardiovasculares: Arritmia, Insuficiência 
Cardíaca 
Hematológicos: anemia 
Uso de anestésicos locais 
Cardiovasculares: Evitar vasoconstrictores 
adrenérgicos 
Hematológicos: Evitar prilocaína e 
articaína 
Doença renal crônica 
O que é? 
A insuficiência renal aguda é a redução 
brusca da função renal que se dá em horas 
ou poucos dias, com diminuição da taxa de 
filtração glomerular 
A insuficiência renal crônica (IRC), por sua 
vez, é uma doença silenciosa, mais bem 
definida como uma síndrome metabólica, 
caracterizada pelo declínio progressivo e 
geralmente irreversível da filtração 
glomerular. 
Manifestações sistêmicas: Retenção de 
líquidos • Hipertensão arterial • Anemia – 
diminuição da produção de eritropoietina • 
Aumento do risco de sangramento – 
agregaçãoo plaquetária • Aumento do 
risco de infecção 
Uso dos anestésicos 
Anestesia local: 
 Menores volumes possíveis de uma 
solução de articaína 4% ou 
lidocaína 2%, com epinefrina 
1:100.000 ou 1:200.000 – 2 tubetes 
 Quando a epinefrina estiver 
contraindicada, empregar solução 
de prilocaína 3% com felipressina 
(exceto em pacientes com anemia). 
 Evitar o uso da mepivacaína, cujas 
metabolização hepática e excreção 
renal são mais lentas. 
Revisão 
Doenças cardiovasculares: 
 Vasoconstritor não é contra-
indicado; 
 2 tubetes de lidocaína com 
epinefrina 1:100.000 
 Prilocaína com felipressina. 
Gestantes: 
Prilocaína e Articaína= 
metahemoglobinemia; 
Lidocaína + Adrenalina: avaliar a condição 
cardiovascular; 
Diabetes: 
 Cautela na utilização de 
adrenalina; 
 Cautela na utilização em pacientes 
diabéticos cardiopatas. 
Hipertireoidismo: 
Evitar vasoconstritores adrenérgicos 
(doença não controlada); 
Evitar prilocaína e artcaína (se anemia); 
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Doença renal crônica: 
 Baixas doses de anestésico 
lidocaina ou articaína com 
epinefrina - 2 tubetes 
 Epinefrina contra indicada – se não 
houver anemia usar prilocaina 
 Evitar mepivacaína 
Contraindicação adrenalina 
Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou 
diastólica > 100 mmHg); 
História de infarto sem liberação pelo 
cardiologista; 
Período < 6 meses após AVC; 
Cirurgia recente de ponte ou stents; 
Angina no peito instável; 
Algumas arritmias cardíacas; 
Insuficiência cardíaca descompensada; 
Hipertireoidismo descompensado; 
Feocromocitoma; 
Alergia a sulfitos; 
Anfetaminas; 
Diabéticos insulino-dependentes 
Drogas iícitas.