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Seps� Conceitos ➥Infecção: resposta inflamatória reacional a um microrganismo ou invasão de tecido estéril; ➥Bacteremia: presença de bactéria viável (bactérias capazes de provocar infecção)no sangue; Síndrome da resposta inflamatória sistêmica(SIRS) ➥Trata-se de uma resposta inflamatória inespecífica do organismo a vários tipos de agressão (pancreatite, trauma, infarto agudo do miocárdio, entre outras), manifestada por duas ou mais das seguintes condições: ➤Temperatura > 38°C ou < 36°C ➤Frequência cardíaca > 90 bpm ➤Frequência respiratória > 20/irpm ou PaCO2 < 32 mm Hg ➤Leucócitos > 12.000/mm³ ou < 4.000/mm³ ou > 10% de formas jovens Sepse ➥Sepse pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, seja ela causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. ➥A sepse desencadeia uma resposta séria em todo o corpo que geralmente inclui: ➤febre, ➤fraqueza, ➤frequência cardíaca rápida, ➤frequência respiratória rápida e, ➤um número maior de glóbulos brancos do sangue. ➥A resposta afeta igualmente muitos órgãos internos, como os rins, o coração e os pulmões, que começam a falhar. ➥O paciente é portador de sepse caso apresente SIRS deflagrada por infecção; ➥Ordem da sepse: infecção - bacteremia- choque séptico- sepse (processo inflamatório e cascata da coagulação) ➥Sepse é sistêmico Conceitos ➥Sepse grave: é a sepse associada com disfunção de órgãos, hipoperfusão ou hipotensão, podendo haver acidose lática, oligúria ou alterações agudas do nível de consciência; ➥Choque séptico: a sepse que causa uma pressão arterial perigosamente baixa (choque) é o choque séptico. Como resultado, os órgãos internos geralmente recebem muito pouco sangue, causando seu mau funcionamento. O choque séptico representa uma ameaça à vida. ➥Síndrome da disfunção orgânica múltipla: presença de função orgânica alterada em pacientes agudamente enfermos, nos quais a homeostase não pode ser mantida sem intervenção. Diagnóstico Clínico ➥As manifestações clínicas são variadas e dependentes do sítio de infecção, presença de comorbidades, idade do paciente, resposta inflamatória, disfunção orgânica induzida e do momento em que o diagnóstico é feito. ➥Os achados clínicos da sepse são poucos específicos e estarão relacionados, na maioria dos casos, ao sítio primário de infecção. ➥As principais manifestações clínicas incluem: febre, calafrios, anorexia, mialgia, taquicardia, taquipneia, hipotensão, oligúria, irritabilidade e letargia. Fonte de infecção ➥O tratamento estará voltado para o sítio primário da infecção. ➥Através da anamnese e do exame físico detalhados, é possível determinar, na maioria dos casos, o foco infeccioso inicial. ➥Em alguns casos conseguimos reduzir o número de opções, o que permite reduzir o espectro do tratamento. ➥Quando não se identifica a fonte, deve-se lançar mão do diagnóstico por imagem (ultrassonografia ou tomografia computadorizada). A partir daí, efetua-se a coleta de material para cultura. Cultura de material biológico ➥Qualquer material biológico passível de coleta deverá ser enviado para cultura e teste de sensibilidade aos antimicrobianos. ➥É obrigatória a coleta de hemocultura quando houver suspeita de bacteremia. Fisiopatologia da Sepse ➥Mecanismo básico → desencadeamento da resposta do hospedeiro à presença de um agente agressor infeccioso. ➥Processo inflamatório ➤ativação de citocinas, produção de NO, radicais livres de oxigênio e expressão de moléculas de adesão no endotélio. ➤Ocorre vasodilatação - coração faz menos força, chegando a causar hipotensão ➤Ocorre aumento da permeabilidade- aumenta o espaço entre as células endoteliais deixando sair células e sangue ➤Depois de tudo isso o SN Simpático libera adrenalina, temos paciente hipotenso e taquicárdico ➥Cascata da coagulação ➤Alterações importantes nos processos de coagulação e fibrinólise. ➜Objetivo dessas alterações- combater a agressão infecciosa e restringir o agente ao local onde ele se encontra. ➜resposta do corpo a essas alterações: desencadeamento da resposta anti-inflamatória. ➤Trombos/hemorragia- formação de trombos, ocorre ativação de substâncias que dissolvem coágulos e impedem que surjam novos, é tão intenso que causa hemorragia ➜Depois de tudo isso os órgãos ficam sem oxigênio (hipóxia), glicose, sangue (choque séptico) e nutrientes ➥Essas duas respostas acontecem ao mesmo tempo ➥Importante: A recuperação do paciente depende do equilíbrio dessas duas respostas. ➥As alterações circulatórias ➤Vasodilatação e aumento da permeabilidade capilar → hipovolemia e hipotensão ➤Heterogeneidade de fluxo (microcirculação) → reduz a densidade capilar, o que pode levar a trombose e alterações reológicas nas células sanguíneas. ➥Consequências: ➤Desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio, levando o organismo ao metabolismo anaeróbio e hiperlactatemia. ➤A baixa oferta de oxigênio nas mitocôndrias desencadeia fenômenos de apoptose Mecanismos de disfunção orgânica na Sepse ➥Quando há o desequilíbrio entre a ação inflamatória e anti-inflamatória: ➤gera fenômenos que culminam em disfunções orgânicas. Estratégias de tratamento ➥Estabilização cardiovascular, restauração da volemia (soluções como Ringer lactato), dopamina para a vasoconstrição periférica e aumento da contratilidade do miocárdio, norepinefrina para hipotensão severa não responsiva. ➥Antibioticoterapia, baseado nos resultados de cultura e antibiograma, geralmente antibiótico de amplo espectro (penicilinas e cefalosporinas-gram-positivos) e (aminoglicosídeos e quinolonas- gram-negativos). ➥Monoterapia com os antibióticos carbapenem (imipenem e meropenem) e cefalosporinas de 3ª e 4ª geração, para sepse severa e choque séptico. ➥tratamentos recentes: anticorpos anti-endotoxinas (não prosperou) ➥proteína C ativada recombinante humana: aumenta a sobrevida dos pacientes.
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