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Exame físico do abdomên - pediatria

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Ava����do ���i��s ���ac���a��s a� �b�o��
→ Exame físico do abdome:
⇒ Divisão do abdome na pediatria:
↳ crianças escolares recebem a mesma classificação que os adultos: 9
quadrantes.
↳ crianças menores de 5 anos de idade recebem a divisão do abdome
apenas em 4 quadrantes.
(em crianças não existe padrão de exame físico/posição)
⇒ Ectoscopia:
↳ exame físico deve iniciar com a inspeção dessa região com o intuito
de determinar:
1- Forma e tipo do abdome;
2- Coto umbilical;
3- Tumorações, herniações e malformações.
⇾ Formação e tipo do abdome:
⇒ Abdome globoso:
↳ os recém nascidos possuem o abdome globoso por causa da
imaturidade da musculatura abdominal.
↳ abdome infantil pode se tornar globoso em situações patológicas
como obstrução intestinal, ascite, adiposidade, infecções congênitas,
disfunção hepática congênita e Kwashiorkor.
⇒ Abdome escavado:
↳ no recém nascido pode ter relação direta com hérnia diafragmática
(ocorre quando a parte do conteúdo abdominal extravasa para a
cavidade torácica, frequentemente do lado esquerdo), podendo cursar
com a insuficiência respiratória.
⇒ Abdome flácido:
↳ patologia: “abdome em ameixa”, deve-se considera a existência da
Síndrome de Prunne Belly (ausência da musculatura retroperitoneal, se
a criança tiver vísceras expostas, irá necessitar de intervenção
cirúrgica)
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* Síndrome de Prunne Belly = caracterizada pela aparência de pele de
ameixa seca na região da barriga, saída de urina pela cicatriz do
umbigo, não descida dos testículos nos meninos.
⇒ Abdome protuso:
↳ relacionado com distensão abdominal por aerofagia, diarreia,
desnutrição intoxicação alimentar, visceromegalias.
⇾ Coto umbilical:
↳ deve-se orientar a ser higienização com álcool 70%, quantas vezes
necessária, mas caso persista a secreção de pus, fezes, líquido
peritoneal ou urina, considerar a persistência do ducto
onfalomesentérico;
↳ possui ligação direta com o fígado;
↳ deve ser avaliado a sua implantação: verificar se a sua localização
está correta;
↳ avaliar o aspecto: processo de mumificação, presença de secreções,
hiperemia na pele (ao redor do coto pode indicar uma infecção grave
como onfalite (é uma importante causa de mortalidade neonatal pois
pode evoluir para peritonite e sepse);
* Processo de mumificação do coto umbilical:
↳ cordão umbilical: é responsável pela alimentação do feto durante a
gestação, estrutura constituída por uma fina camada que recobre um
tecido conectivo onde encontram-se duas artérias e uma veia (boa via
para fazer cateterismo, se necessário), após o nascimento, o cordão
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umbilical é seccionado da placenta, não recebe mais oxigênio, inicia
processo denominado mumificação;
↳ a mumificação ocorre por trombose e contração dos vasos umbilicais
seguido de uma epitelização, ocorrendo na 1º semana de vida do RN;
↳ separação do coto do cordão umbilical do neonato = cicatriz
(umbigo);
↳ tempo de queda leva em média entre 7 e 15 dias de vida, porém
existem crianças que levam mais de 15 dias para a cicatrização, sendo
necessário pesquisar doenças imunológicas.
⇾ Hérnias umbilicais:
↳ geralmente localizados na região umbilical com presença de
abaulamentos, sendo possível ser visualizados se possuírem tamanhos
grandes (as de menor tamanho necessita-se de manobras para serem
visualizadas);
* Manobra de Valsalva:
↳ em crianças maiores e colaborativas é uma boa estratégia; sendo
falha quando se trata de lactentes, no qual pode ser feita pelo estímulo
de choro (o esforço faz com que a hérnia se torne visível.
↳ espera-se que as hérnias se fechem espontaneamente até os 5 anos
de idade;
↳ hérnias muito volumosas podem ser encaminhadas para o cirurgião
antes da criança completar 5 anos de idade;
↳ em bebês abaixo do peso pode ocorre o risco de procedimento
cirúrgico;
↳ podem ser classificadas em:
- escrotal;
- inguinal;
- femoral;
- epigástrica.
⇒ Ausculta do abdome:
↳ avalia-se o peristaltismo (mais visualizado em desnutridos), bem como
sua intensidade que pode se encontrar:
- normal;
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- aumentado: indicador de gastroenterites agudas e obstruções
mecânicas; diarreia;
- diminuído: condição presente no pós operatório de cirurgias
abdominais;
- abolido: considerar íleo paralítico.
⇒ Palpação do abdome:
↳ devemos aquecer as mãos antes de tocar o abdome da criança;
↳ durante o exame é necessário observar as expressões faciais da
criança ou movimentações defensivas;
↳ composta por:
- palpação superficial: realizada suavemente com as mãos
espalmadas;
- palpação profunda: deve-se pesquisar sinais de dor e
tumorações;
* Pesquisa por visceromegalias:
↳ fígado: pode ser palpável nos lactentes (2 a 3 cm abaixo d rebordo
costal direito). Manobra de palpação: Lemos Torres e Mathieu;
↳ baço: não costuma ser palpável; Manobras de palpação: Mathieu e
Schuster.
⇒ Percussão abdome:
↳ necessária para realização da hepatimetria, manobra utilizada para
estimular o tamanho do fígado, com mais precisão do que na
palpação.
↳ composta por:
- percussão geral: normalmente estar heterogêneo, áreas maciças
e timpânicas;
- percussão específica: hepatimetria, Jobert, espaço de Traube,
macicez móvel, Piparote e Giordanio;
* Hepatimetria: feita na linha hemiclavicular com linha inter mamilar e
linha média.
⇒ Relacionadas ao abdome:
→Região inguinal - exame físico:
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↳ procurar por abaulamentos decorrentes de hérnias inguinais
(possuem alto risco de encarceramento), no qual geralmente são
cirúrgicas;
↳ encarceramento: acontece quando não é possível reduzir o conteúdo
de volta para a cavidade abdominal.
↳ estrangulamento: ocorre quando há isquemia do conteúdo no saco
herniário;
* toda hérnia inguinal é encarcerada, mas nem sempre é estrangulada.
↳ diagnóstico clínico confirmado: criança deve ser encaminhada para
cirurgia, devido ao alto risco de encarceramento e estrangulamento da
hérnia inguinal.
⇒ Abdome - Estômago:
→ Anamnese:
↳ queixa principal;
↳ HDA: as relações dos sintomas com fatores emocionais, psicológicos
e psiquiátricos tem grande relevância na avaliação de quadros de
origem gástricas;
→ Dor:
↳ sintoma mais frequente das doenças do estômago e duodeno;
↳ dor visceral do estômago e do bulbo duodenal: é percebida na linha
mediana do epigástrio, poucos cm abaixo do apêndice xifóide.
↳ doenças inflamatórias ou neoplásicas que afetam a face serosa do
estômago causam dor contínua e intensa na parte superior do
abdome, principalmente epigástrico;
↳ lesão gastroduodenal que se estende a estruturas retroperitoneais -
É comum que a dor seja percebida na região dorsal do tronco.
→ Dispepsia:
↳ grupo heterogêneo de sintomas localizados no andar superior do
abdome, na maior parte das vezes, na região epigástrica, atribuídos a
alterações gastroduodenais;
↳ associada a gastrite psicogênica;
↳ pode ser definida pela presença dos seguintes sinais:
- dor pós-prandial;
- saciedade precoce;
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- plenitude pós-prandial;
→ Pirose:
↳ dor ou sensação de queimação na região retroesternal;
↳ faz diferença no diagnóstico de doenças cardíacas (dor na região
retroesternal nas mulheres;
↳ causa mais frequente: DRGE
↳ diagnóstico diferencial de dor:
- dor de origem não dispéptica: parasitoses, isquemia
mesentéricas, litíase biliar, pancreatite, tumor do pâncreas;
- doenças não abdominais: pneumonia e infarto agudo do
miocárdio.
↳ pirose (dor retroesternal - DRGE) ≠ azia (dor em queimação epigástrica
- úlcera duodenal); localização de dor é diferenciada, mas uma pode
ser sinônimo da outra;
→ Vômitos:
↳ origem extra digestiva frequente;
↳ causados por doenças sistêmicas tão diversas como infarto do
miocárdio, intoxicações exógenas, litíase e insuficiência renal;
⇒ Exame físico - estômago
→ Inspeção:
↳ pode ser mais visualizada em pacientes desnutridos;
→ Percussão:
↳ suspeita de estase gástrica;
→ Palpação:
↳ em crianças a dor pode ser permanente e intensa; quanto menor a
criança, mais difícil será a realização da palpação;
↳ sempre começar a palpaçãopelo local de dor, pois a criança pode
não deixar palpar todo o abdome;
↳ palpação superficial: exercer suave pressão sobre o epigástrio com as
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polpas digitais de uma das mãos em movimentos circulares ou
digitiformes;
↳ palpação profunda: as mãos devem estar juntas e repousando sobre
a superfície abdominal com os seus eixos paralelos a linha mediana;
↳ dor brusca à descompressão brusca do abdome: sinaliza irritação
peritoneal;
→ Sinais de alarme de doença gástrica orgânica:
↳ idade > 55 anos;
↳ história familiar do câncer gástrico;
↳ perda de peso não intencional;
↳ hematêmese ou melena;
↳ disgafia progressiva;
↳ odinofagia;
↳ anemia ferropriva;
↳ vômitos persistentes;
↳ massa abdominal palpável;
↳ icterícia;
⇒ Exames complementares:
→ Principais exames utilizados para diagnosticar patologias no
estômago e duodeno:
↳ Endoscopia digestiva alta: vale a pena se houver hemorragia;
altamente invasiva; biópsia possui alto custo; depende do estado geral
para ser realizada; depende da genética;
↳ Raio X: geralmente na criança pode fechar diagnóstico; possui baixo
custo;
↳ Hemograma: baixo custo e alta eficácia;
↳ Cintilografia: indicada para gastroparesias;
→ H.pylori:
↳ pode habitar 50% do estômago da criança de países altos;
↳ pode causar gastrite, úlcera e neoplasia;
↳ os testes mais utilizados:
- testes respiratórios;
- histopatológico;
- antígeno fecal;
- sorologia;
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⇒ Doenças do estômago
→ Gastrite e gastropatias:
↳ gastrite: dados patológicos devem ser positivos;
H.pylori,frequentemente, presente em casos de gastrite pela forma de
transmissão;
→ Gastrite atrófica autoimune:
↳ destruição autoimune das glândulas corporais e fúndicas do
estômago;
↳ diminuição das pregas gástricas;
↳ diagnóstico diferencial com intolerância a lactose;
→ Úlcera péptica:
↳ lesão da mucosa com maior profundidade á endoscopia;
↳ causas: tumor produtor de gastrina - Síndrome de Zollinger Ellison;
AINE’S;
↳ sintomas:
- dor;
- presença de despertar noturno (clocking)
→ Câncer gástrico:
↳ principal: adenocarcinoma.
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