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Uroginecologia: Mastectomia e Câncer de Colo de Útero

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Uroginecologia – Pesquisa de Casos
Mastectomia/ linfedema
Fisiopatologia: O câncer de mama invade localmente e se dissemina através dos linfonodos regionais, da corrente sanguínea, ou de ambos. O câncer de mama metastático pode afetar qualquer órgão do corpo — mais comumente pulmões, fígado, ossos, cérebro e pele. A maior parte das metástases cutâneas ocorre na região da cirurgia mamária; as metástases de couro cabeludo são comuns 
Fatores de risco: Obesidade, estatura, álcool, atividade física, amamentação, anticoncepcionais 
Mastectomia: A mastectomia é uma forma de tratar o câncer de mama e consiste na retirada cirúrgica de toda a mama. A mastectomia pode ser realizada: Quando uma mulher não pode ser tratada com cirurgia conservadora que poupa a maior parte da mama. A principal complicação gerada pelo tratamento cirúrgico do câncer de mama é o linfedema.
Linfedema: alto acúmulo de líquido proteico, nos espaços intersticiais, seja ele devido a falhas de transporte, alterações da carga linfática, por deficiência de transporte ou por falha da proteólise extra linfática. Alguns dos fatores que podem influenciar no desenvolvimento dessa complicação são o número de linfonodos retirados durante o procedimento cirúrgico, radioterapia axilar, infecções no braço operado, idade avançada e obesidade. O linfedema traz incômodos físicos, diminuindo a amplitude de movimento, gerando sobrepeso do membro e assimetria na composição corporal, consequentemente afeta aspectos emocionais, causando perda de autoestima 
Tratamento: Drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, exercícios relaxamento, alongamento, flexão abdução de ombro.
Questionamentos Linfedema: Como e quando apareceu o linfedema? - Qual foi a forma de instalação do linfedema: rápida ou lenta? - Existe dor? Com que frequência, como e onde? - Há outra doença além do linfedema? - Teve ou tem alguma alteração dermatológica? - Foi submetida a radioterapia? - Complicação pós cirúrgica? - Estado oncológico
Inspeção: - Alteração ortopédica - Amplitude de movimento - Localização e extensão do linfedema - Cicatriz - Pele: cor e aspecto
Palpação: - Definir a extensão e a consistência do linfedema ( prega cutânea bilateral) - Trofismo muscular e cutâneo - Presença de dor, nódulos e de tecido adiposo em excesso 4. Perimetria: - Medida bilateral utilizando uma proeminência óssea como referência ( dividir o segmento em 3 partes).
tratamento: • linfodrenagem manual • enfaixamento compressivo funcional • cinesioterapia específica • cuidados com a pele • automassagem linfática • uso de contenção inelástica.
Câncer de Colo de Útero
Fisiopatologia: A ocorrência do câncer do colo do útero se dá pela infecção persistente através do papilomavírus humano (HPV), além de outros fatores, como infecções sexualmente transmissíveis, uso prolongado de anticoncepcionais e tabagismo, sendo caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido e podendo invadir estruturas e órgãos. No início pode não ter sintomas aparentes, porém pode evoluir para quadros de sangramento vaginal (até mesmo pós relação sexual), secreção vaginal e dor abdominal com queixas urinarias e intestinais em casos avançados.
Histerectomia: A histerectomia é um procedimento cirúrgico da área ginecológica que consiste na retirada do útero, podendo ser total, quando se retira o corpo e o colo do útero, subtotal, quando só o corpo é retirado ou Histerectomia radical, em que são retirados o útero, o colo do útero, a região superior da vagina e parte dos tecidos ao redor desses órgãos, sendo mais utilizado em casos de câncer em estágio avançado. Às vezes esta cirurgia é acompanhada da retirada dos ovários e trompas (histerectomia total com anexectomia bilateral ou radical), porém na maioria das vezes é feita através de uma incisão no abdome, por onde se retira o útero. Em alguns casos também pode ser feita através de uma incisão na vagina, por onde se retira o útero (histerectomia vaginal) . Também pode ser o método de preferência para casos de endometriose grave, infecções pélvicas, câncer, sangramento uterino, crescimentos não malignos do útero, problemas de relaxamento pélvico, prolapso e dano irreparável ao útero.
Braquiterapia/Radioterapia: A radioterapia é uma modalidade de aplicação local de radiação externa e distante da paciente, utilizando um arranjo de quatro pontos para que a dose seja concentrada no colo do útero, porém sintomas relacionados a disfunções miccionais podem surgir após este tratamento, bem como a incontinência urinaria de esforço. A braquiterapia é uma terapia que é com frequência associada com a radioterapia, porém sua modalidade de aplicação é interna, na cúpula vaginal, através de cilíndricos ou de anéis. Durante o tratamento com a radioterapia podem surgir efeitos colaterais como dor, ardência e inflamação na mucosa. A braquiterapia utilizada no tratamento do câncer em região de assoalho pélvico e /ou útero, pode levar à um quadro de estenose vaginal (estreitamento parcial ou total da luz vaginal e encurtamento de estruturas), induzida por radiação pode causar acometimento da mucosa, tecidos conectivos e vasos sanguíneos. A atrofia causa estreitamento da vagina, ausência de lubrificação, formação de aderência e fibrose. Essa estenose causa repercussão negativa na vida da mulher, podendo levar a uma disfunção sexual/urinaria.
Incontinência urinaria
A incontinência urinaria é um distúrbio que causa a perda involuntária de urina. Tem um impacto direto na qualidade de vida, pois afeta a interação social, prática de exercícios, a vida sexual e a vida profissional, e acarreta altos custos econômicos se tornando um problema de saúde pública.
Esse distúrbio é caracterizado por três tipos principais: Incontinência urinária de esforço onde a perda de urina é causada pela pressão intra-abdominal por algum esforço sendo ele espirro, tosse e/ou exercícios físicos; Incontinência urinária de urgência que ocorre perda de urina seguida de sensação urgente de urinar; Incontinência urinária Mista onde vai combinar os sintomas da IUE e IUU, quando há queixa de perca de urina associada à urgência e também a esforços.
Causas: As principais fatores de risco para o desenvolvimento de IU incluem os seguintes: fatores predisponentes, como fatores genéticos e gênero, fatores associados a danos no mecanismo de continência (por exemplo, cirurgia abdominal, nascimentos múltiplos) e fatores promocionais, como sobrepeso/obesidade, menopausa, drogas e infecções do trato urinário.
Fisioterapia: O treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP) e outras técnicas de fisioterapia desempenham um papel importante no tratamento não cirúrgico da IU, portanto, é particularmente importante implementar técnicas fisioterapêuticas destinadas à ativação precoce dos músculos do assoalho pélvico (MAP), atuando como tratamento conservado. Na abordagem fisioterapêutica podem ser usados a cinesioterapia, eletroestimulação, terapias manuais, Biofeedback e outros métodos. Na cinesioterapia são utilizados exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica, podendo ter a inclusão de programas de atividade física que incluem exercícios proprioceptivos e específicos para a musculatura pélvica. A eletroterapia associada à cinesioterapia é eficaz para tratar e /ou curar os sintomas de IU, independentemente do tipo clínico de incontinência apresentada. A eletroestimulação é utilizada para propiciar a contração passiva da musculatura perineal, apresentando grande importância na conscientização da contração desta musculatura em pacientes que têm dificuldade de identificá-la. O biofeedback é um método de reeducação de efeito modulatório sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). Consiste na aplicação de eletrodos acoplados na musculatura do assoalho pélvico e musculatura sinergista,que através de comandos verbais do fisioterapeuta orientará o que deve ser feito. Tendo como objetivo ajudar as pacientes a desenvolver maior percepção e controle voluntário dos músculos do assoalho pélvico. A terapia manual é muito efetiva, pois promove a normalização do tônus muscular por meio de ações reflexas e mecânicas, e ocorre um aumento da circulação sanguínea, da flexibilidade muscular e do fluxo linfático
Vaginismo
Fisiopatologia: O vaginismo é caracterizado como uma disfunção sexual onde há a contração persistente e involuntária dos músculos do assoalho pélvico durante a tentativa de introdução vaginal, seja com o pênis, dedo ou instrumentos de exame ginecológico. A contração da musculatura pode impedir a penetração parcialmente ou total.
Etiologia: Traumas sexuais e infantis, educação sexual rígida , abusos na infância, estupro, primeira relação sexual insatisfatória ou forçada , lesoes na vulga e vagina, infecções repetitivas, dispaurenia (dor durante a relação), rejeição ao parceiro, violência domestica.
Abordagem Fisioterapeutica: O fisioterapeuta deve iniciar sua abordagem com uma boa avaliação, identificando as queixas de sua paciente. Deve-se solicitar informações sobre o desejo sexual, nível de excitação, grau de lubrificação a qualquer percepção na área genital durante o ato sexual e sensação de entorpecimento, capacidade de atingir o orgasmo, presença de dor no momento do ato sexual, grau de satisfação coma relação, forma como é estimulada e sentimentos de intimidade emocional no ato sexual, inspeção no repouso e durante o movimento, palpação e provas de função muscular. A atuação fisioterapêutica se dá ao trabalhara musculatura do assoalho pélvico de forma a conscientizar as mulheres da contração voluntária destes músculos, estimulando seu fortalecimento e relaxamento, bem como um maior ganho proprioceptivo.
O tratamento fisioterapêutico para o vaginismo incide no relaxamento da musculatura do assoalho pélvico e dos músculos acessórios, como: adutores de coxa, obturadores internos e externos, piriforme, glúteo, abdominais e lombares. O relaxamento pode ser realizado por meio de alongamentos e de exercícios respiratórios, conforme a necessidade da paciente
· Eletroestimulação (dor, relaxamento, consciência e fortalecimento) – excercicios para propriocepção – exercícios contração – controle – relaxamento – fortalecimento.
Disfunção Erétil
Fisiopatologia: A disfunção erétil (DE) é a incapacidade recorrente de obter e manter uma ereção que permita atividade sexual satisfatória, sendo a disfunção sexual que mais afeta os homens no envelhecimento. Uma ereção normal depende do relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso, do aumento do fluxo.A principal explicação para a DE é a redução da disponibilidade de óxido nítrico, um importante vasodilatador, obstrução de vasos sanguíneos e problemas de transmissão de estímulos neurológicos. 
Fatores de risco: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo, dislipidemia, doenças neurológicas, distúrbios hormonais, uso crônico de alguns medicamentos e distúrbios psicológicos.
Períneo: Os músculos do períneo proporcionam o suporte muscular esquelético para os genitais. Eles incluem os músculos isquiocavernoso, bulboesponjoso e transverso superficial do períneo. O bulboesponjoso, de um lado liga-se com o do lado oposto formando uma constrição muscular em volta do penis. O músculo isquiocavernoso tem sua inserção no arco púbico e nos ramos do pênis e auxilia a ereção do pênis
Mecanismo de ação da ereção: A estimulação sexual provoca uma estimulação do sistema nervoso parassimpático, que leva à liberação de óxido nítrico (NO), o qual leva ao aumento da produção de Monofosfato de Guanina Cíclica (GMPc). Este causa o relaxamento do músculo liso do corpo cavernoso através da redução das concentrações intracelulares de cálcio e, por fim, o aumento do fluxo arterial da região, produzindo a ereção.
Etiologia: vascular, endócrina, neurológica, psicológica/psiquiátrica e relacionada às drogas ou às intervenções cirúrgicas.
Avaliação: O primeiro passo para a avaliação da DE é o método clínico. Após apresentação da queixa, o médico deve investigar o histórico sexual do paciente e de sua(seu) parceira(o) (preferências sexuais, ansiedade quanto ao desempenho sexual, repertório sexual, atração pela(o) parceira(o), conflito no relacionamento, entre outros.
Fisioterapia: Ao realizar a sessão, o fisioterapeuta deve explicar a anatomia do assoalho pélvico, e a função do músculo isquicavernoso e do músculos bulboesponjoso durante uma ereção. A cinesioterapia constitui na realização de exercícios ativos, ou seja realizado pelo próprio paciente, para os músculos perineais. Durate a reeducação muscular deve-se estabelecer a sensibilização da função dos músculos. Deve-se ensinar o paciente a contrair os músculos do assoalho pélvico. Pode ser sugerido ao mesmo que imite a interrupção do fluxo de urina e contraia os músculos propostos tão forte quanto conseguir. Os exercícios podem ser realizados em decúbito dorsal com os joelhos flexionados, pois se torna mais fácil sentir os músculos do assoalho pélvico, Dentre os tratamentos na fisioterapia a eletro-estimuação (EE) é um recente e eficiente método conservador através do quais pulsos elétricos suaves estimulam a musculatura do assoalho pélvico aumentando a percepção cortical do paciente e facilitando a capacidade do mesmo, de executar contrações voluntárias. Para o tratamento de distúrbios de ereção o aparelho de eletroterapia PHÉNIX pode ser usado os parâmetros pré-programados seguintes: - Pulso retangulário bifásico sem modulação. - Frequência de 15Hz. - Largura de pulso de 600μs. - Corrente emitida de forma: Prazo (0,0 seg), Subida ( 2,0 seg), Planalto ( 10,0 seg), Descida (2,0 seg) e Repuoso (0,0 seg).
Câncer de próstata/ Prostatectomia
Fisiopatologia: O câncer de próstata caracteriza-se pelo crescimento exagerado da próstata, com consequente diminuição do calibre e intensidade do jato urinário, sendo considerada uma das principais causas de doença e morte no mundo. 
Etiologia: Influências genéticas, história sexual, exposição a patógenos, substâncias químicas industriais, urbanização, hábitos alimentares, metabolismo hormonal, além da idade e do estilo de vida, são fatores postulados na promoção e início da doença.
Fatores de risco: O principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de próstata é a idade. Cerca de 65% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em pacientes com idade superior a 65 anos, sendo apenas 0,1% dos casos diagnosticados antes dos 50 anos de idade. Outro fator de risco importante é a raça. A mortalidade relacionada ao câncer é 2,4 vezes maior na população afro-americana quando comparados à raça branca. Outro fator de risco que parece ser importante e merece destaque é a hereditariedade. Se um parente de primeiro grau tem a doença, o risco é no mínimo duas vezes maior do indivíduo ter CaP. Se dois ou mais indivíduos da mesma família são afetados, o risco aumenta em 5 a 11 vezes. 
Prostatectomia: A prostatectomia consiste na retirada da próstata, incluindo a uretra prostática, as vesículas seminais e as ampolas dos ductos deferentes. A esta cirurgia pode ainda ser associada a realização de uma linfadenectomia bilateral, que consiste em retirar os nódulos linfáticos da região pélvica.
Fisioterapia: Um tratamento alternativo e conservador é o treinamento comportamental, usando exercícios para a musculatura pélvica, para ganho de força e resistência do assoalho pélvico. Para realizar a contração correta e isolada desses músculos, o paciente pode aprender a técnica através de alguns métodos: métodos comportamentais, incluindo exercícios sob instruções verbais ou usando biofeedback. Outra formade ganho muscular pode ser feita através da estimulação elétrica com o uso de dispositivos cutâneos, endo-anais. Eletrodos colocados no períneo por via percutânea, entre outros, promovem um aumento na resistência esfincteriana e redução na contração detrusora (estimulação dos nervos pudendo e pélvico). 
Dor pélvica 
· (muscular, neural, urológica e ginecológica).
As dores perineais crônicas de etiologia neural são, principalmente, decorrentes da compressão crônica do nervo pudendo que tem como base anatômica os processos espinhosos do ísquio; os ligamentos sacrotuberoso, sacroespinhoso e o processo falciforme do ligamento sacrotuberoso. A dor decorrente dessa compressão pode ser sentida no pênis, nos grandes lábios, no períneo e na região anorretal; é agravada quando a pessoa está sentada e aliviada quando a pessoa está em pé, deitada, ou no sentada no vaso sanitário.
O espasmo da musculatura do assoalho pélvico é considerado um dos mais comuns fatores etiológicos da dor pélvica crônica; as causas são múltiplas e a dor é apenas um dos sintomas, mas é o que desencadeia os distúrbios emocionais que por sua vez agrava e perpetua a hiperatividade muscular. Soma-se aos espasmos musculares persistentes as possíveis compressões crônicas dos nervos pudendos gerando dores localizada no triângulo perineal anterior (vulvar, vaginal ou escrotal) ou no triângulo perineal posterior (anorretal). Relacionada ao nervo, a dor tipo queimada, do lado direito ou do lado esquerdo, é exacerbada pela palpação. O exame de imagem recomendado é a ressonância magnética, meio pelo qual se podem ver as estruturas nervosas, os músculos e outros tecidos circunjacentes que devem ser minuciosamente analisados. O alívio da dor pode ser obtido pelos condicionamentos que visam obter completo relaxamento do assoalho pélvico, como veremos adiante.
Proctalgia fugaz Como o próprio nome indica, a proctalgia fugaz (PF) é dor que, aparentemente, surge no reto e cessa rapidamente, durando não mais que um ou dois minutos e que recorre em intervalos irregulares sem relação com doença orgânica. Presume-se que seja secundária às contrações espásticas do músculo puborretal ou de outros elementos musculares do assoalho pélvico.A dor é variável em intensidade e não acompanhada por alterações intestinais; difícil de ser descrita, é do tipo visceral, embora envolva, supostamente, uma estrutura somática31 - pode ser torturante, opressiva, espasmódica, aguda, apertada, variando de localização, em geral, logo acima do ânus, na região do reto30. A dor desaparece espontaneamente e o alívio pode ser precipitado pelo relaxamento do períneo como se faz na micção e na evacuação fecal
Coccix: O trauma é outro fator etiológico de considerável importância, já que pode ser associado à instabilidade do cóccix, particularmente à subluxação posterior. Outro fator importante é o peso corporal: índices elevados de massa corporal têm influência significativa na etiologia da dor (a dor no cóccix é três vezes mais frequente no obeso do que na população normal). Além disso, o padrão de lesão observado nos obesos, nos pacientes de peso normal e nos pacientes magros é bem diferente. Os obesos têm subluxação posterior; os normais têm hipermotilidade ou cóccix radiologicamente normal e os magros têm subluxação anterior ou espículas ósseas no cóccix.
Fisioterapia: O tratamento fisioterápico que envolve massagem, mobilização e estiramento do cóccix dá melhor resultado nos casos em que a mobilidade do cóccix é normal o que não ocorre tanto nos casos de hipermotilidade ou nos de subluxação do cóccix52.
Bexiga Neurogênica
Chama-se bexiga neurogênica o mau funcionamento da bexiga devido a doenças do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção, que fazem com que o indivíduo não consiga controlar adequadamente o ato de urinar. Tanto pode ser afetada a musculatura da bexiga como os seus esfíncteres. A bexiga pode se tornar hipoativa, incapaz de contrair-se voluntariamente ou hiperativa, com perda involuntária de urina. No primeiro caso ela se apresentará como relaxada e flácida e no segundo como hipertônica e contraída.
Fisiopatologia: Condições nervosas ou neurológicas anômalas alteram a contratilidade dos músculos da parede da bexiga, tornando-os hipotônicos ou hipertônicos e/ou afetando a sinergia entre esses músculos e os esfíncteres vesicais, necessária ao perfeito funcionamento do ato de urinar. A bexiga neurogênica é, pois, a bexiga em que o mau funcionamento se deve a transtornos do seu controle nervoso.
Sinais e sintomas: Os principais sinais e sintomas do paciente com bexiga neurogênica são esvaziamento incompleto da bexiga, perdas de pequenas ou grandes quantidades de urina e infecções urinárias frequentes. Uma bexiga hipoativa em geral tem pouca ou nenhuma atividade, não consegue se esvaziar e dilatase muito. Como esta dilatação se dá lentamente ela, na maioria das vezes, não é dolorosa. Algumas vezes a bexiga permanece aumentada de tamanho e perde pequenas quantidades de urina por extravasamento. Nessas pessoas a estase da urina proporciona as condições que estimulam o crescimento de bactérias e, assim, de infecções. Também são favorecidas as condições para se formarem cálculos na bexiga. A bexiga hiperativa, ao contrário, incapaz de reter a urina, pode encher e esvaziar involuntariamente, sem controle
Causas: As causas da bexiga neurogênica podem ser genéticas ou dever-se a doenças neurológicas reversíveis ou irreversíveis, compressão da cauda equina, acidente que lesiona a coluna ou doenças neurológicas degenerativas.
Bexiga Neurogênica Não-Inibida: Neste tipo de bexiga, o enchimento vesical desencadeia contrações não inibidas, que passam a ser interpretadas como urgência miccional ou incontinência urinária, tornando a capacidade vesical reduzida . Os exercícios de Kegel incluem-se no tratamento, consistem na contração voluntária da musculatura do assoalho pélvico, com o objetivo de impedir a incontinência urinária. Neste tipo de bexiga o objetivo principal é a inibição do desejo de urinar, que só é possível com a inervação integra do músculo do assoalho pélvico. O paciente deve ser orientado a realizar os exercícios que ajudam na força muscular, na resistência uretral e na pressão de fechamento uretral varias vezes ao dia. O Biofeedback com eletromiografia também é um recurso bastante utilizado pela fisioterapia em pacientes portadores de incontinência urinária, pois os músculos do períneo ou assoalho pélvico formam um apoio elástico para o conteúdo pélvico e abdominal. Esta técnica treina os pacientes quanto ao desenvolvimento de maior sensação de controle e domínio vesical Pode-se utilizar tanto o biofeedback eletromiográfico como o de pressão. O primeiro possui um sensor que detecta a atividade elétrica liberada pelos músculos quando contraem-se, esse sinal é amplificado e processado de forma visual ou sonora para o paciente. O biofeedback depressão utiliza uma sonda inflável colocado no interior da vagina ou do ânus (mulheres virgens ou homens) e registra a variação de pressão que é mostrada ao paciente, sendo útil para melhorar a visão cinestésica da região A fisioterapia miofascial é a técnica que utiliza alongamento e compressão dos pontos de gatilhos “triggerpoints” no assoalho pélvico, usado tanto para cistite intersticial, como para a incontinência urinária, comum na bexiga neurogênica.
Bexiga Neurogênica Autônoma É o tipo principal tipo de bexiga neurogênica flácida, sendo causada por lesão abaixo ou no centro da micção interrompendo o arco-reflexo. Este tipo de bexiga é comum na fase de choque medular. Neste caso utilizam-se as seguintes manobras: a manobra de valsalva, a manobra de credé e o ato de tossir. Segundo Gomes (1998), uma outra modalidade de tratamento para este tipo de bexiga é o uso de contrações isométricas dos músculos que se encontram adjacentes à bexiga, alguns favorecerão a profilaxia circulatória e, outros proporcionarão melhora da função respiratória. A estimulação da bexiga ocorrepela pressão exercida no trabalho isométrico. A técnica consiste em orientar o paciente a contrair a parede abdominal e manter por alguns segundos. O músculo ílio psoas em sua contração isométrica provoca a compressão das paredes laterais da musculatura da bexiga, gerando um estímulo desta parede. A contração isométrica da musculatura Glútea proporciona, posteriormente à estabilidade do quadril na deambulação e uma retroversão da pelve, aumentando a pressão intravisceral, consequentemente melhorando a estimulação da bexiga.
Bexiga Neurogênica Paralítico-Sensitiva e Bexiga Neurogênica Paralítica Motora: A bexiga neurogênica paralítico sensitiva consiste em um subtipo de bexiga neurogênica flácida, porém a lesão é limitada ao corno posterior da medula espinhal. E a bexiga neurogênica paralítico-motora é caracterizada por lesão dos neurônios ou nervos que controlam a bexiga .Assim como na bexiga neurogênica autônoma, a reeducação vesical da bexiga neurogênica paralítica sensitiva e bexiga neurogênica motora, necessitam de manobras que aumentem a pressão intravesical para desencadear a micção, utilizando-se a manobra de valsalva, crede, estímulo de tosse, contração muscular isométrica e isotônica da musculatura abdominal, do músculo íliopsoas, da musculatura glútea e musculatura para vertebral, acupuntura, eletro acupuntura, terapia comportamental com o esvaziamento vesical incitado e cronometrado, exercícios de kegel e biofeedback. Concluindo, os procedimentos fisioterapêuticos discutidos subdividem-se de acordo com o tipo de bexiga. Atualmente, os procedimentos mais utilizados são as manobras e técnicas de esvaziamento vesical, terapia comportamental com o esvaziamento vesical incitado e cronometrado, exercícios de contração isométrica e isotônica das musculaturas adjacentes à bexiga, exercícios de Kegel (exercícios para o assoalho pélvico) e,Biofeedback (utilizando-se tanto com eletromiográfico como o de pressão) e a acupuntura, eletro acupuntura e eletroestimulação.
Feridas 
Drenagem linfática: 
Avaliação Uroginecologica
OBS: Todos os dias tem anamnese, perguntar como o paciente esta, se esta sentindo algo, como foram os dias, se sentiu ou sente desconforto, se perdeu urina.
Queixa principal: Qual o motivo da sua consulta? (perda de urina, dor durante relação sexual etc.)
Impacto do problema: O que deixou de fazer por conta deste problema? 
História moléstia atual: Tudo que se encaixar em 24h se for incontinência, por exemplo: Quantas x por dia perde urina, quantas x por noite, quantas x por noite se levanta para urinar, vol urinado, se sente dor etc.
História da moléstia pregressa: A quanto tempo tem o problema, o problema vem melhorando ou piorando, o que piora o problema.
Avaliar Postura:
Avaliar Marcha: 
· Avaliação do assoalho pélvico: 
1. Vagina: Olhar coloração (pálida, amarelada), secreção, distancia anus-vulvar (3m), abertura vulvar (0,5cm), cicatriz himinal, etc. 
2. Pedir contração voluntaria do assoalho. Comando: Contrai, como se fosse segurar o xixi. Observar: Se contrai so o assoalho ou se faz outras contrações. 
3. Avaliar movimentos involuntários: Solicitar a tosse.
4. Saber se esta sustentando: Valsalva – se tiver com prolapso vai sair para fora. 
5. Palpaçao: Musculatura superficial (Bulbocavernoso – palpar nos grandes lábios e ver se tem tensão, toques firmes; isquiocavernoso – lateral do púbis; transverso do períneo). 
6. Sensibilidade: Pegar um cotonete ou espátula e da um estimulo para ver se o paciente sente dos dois lados iguais. Se o paciente for neurológico usar o estesiometro e passar nos dermatonos ( monte pubiano, grandes lábios, adutores, quadríceps). 
7. Introduzir o dedo e procurar pontos de tensão na vagina.
8. Avaliar força pela AFA( Os dedos estão levemente abertos, na contração, o paciente deve fechar os dedos e levantar, se o paciente fizer a contração esta ok).
9. Potência: Avalia a quantidade de contração por 15segundos – não dá comando pois não pode estimular. A partir de 15 contrações e bom. * o dedo está dentro da vagina* 
10. Endurance: Contrair e sustentar – ver quantos segundos ficou.
11. Analisar se a paciente sabe relaxar
12. Avaliar novamente o involuntário, o dedo está dentro da vagina
13. Valsalva.
Cif 
Composta por: 
- Condição de saúde: Doença/lesão que o paciente possa vir a apresentar
- Estrutura e função: Estrutura (partes anatômicas), função (parte fisiológica – força, equilíbrio, coordenação, tônus).
- Atividade: Tarefa/ação – andar, resolver problemas
- Participação: Sair com os amigos, trabalhar, ginastica 
- Fatores ambientais: Externo ao paciente, seja social, físico: cultura, acesso a saúde, clima, apoio familiar. 
- Fatores pessoais: Gênero, idade, estilo de vida, profissão. 
Exemplo: Paralisia cerebral 
- Condição de saúde: Paralisia cerebral (diplegica espástica)
- Estrutura e função: Fraqueza muscular de membros inferiores, abdominais e músculos escapulo torácicos. Alteração no alinhamento articular em ortostatismo. 
- Atividade: Limitação em atividades motoras grossas mais complexas como apoio unipodal, correr e pular.
- Participação: Dificuldade em participar das aulas de educação física escolar. 
- Fatores ambientais: Suporte familiar adequado, uso de palmilhas e órtese bilateralmente, boa condição socioeconômica. 
- Fatores pessoais: Sexo feminino, 4 anos de idade, motivada, timidez excessiva para interagir com pessoas desconhecidas. 
Protocolo 5fs
1 – Find (1-2 Sessões): Trabalhar propriocepção. 
2 – Feel (2-4 Sessões): Trabalhar contração e relaxamento.
3 – Force (5-8 Sessões): Trabalhar força, explosão, endurance.
4 – Follow through (2-6 Sessões): Evoluir ainda mais a funcionalidade, ou seja, tirar o paciente da maca e trabalhar conforme a funcionalidade do dia. 
5 – Functional training (paciente levar para a vida): Evoluir de forma para o paciente realizar os exercícios da vida, em domicílio, integrada com a atividade que ele se queixou.

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