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Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 PERICARDITE • Inflamação aguda do pericárdio – membrana que recobre o epicárdio • Camada visceral interna e parietal externa, com 15-50ml de liquido no espaço virtual entre elas • Se evolução com acúmulo de líquido – derrame pericárdico o Quando extenso – tamponamento cardíaco o Inflamação crônica = fibrose → pericardite constritiva • Pericardite aguda em 5% dos pctes com dor torácica não isquêmica • Acomete qualquer idade mas mais comuns em adolescentes e adultos jovens ETIOLOGIA ❖ Infecciosa e idiopática 2/3 do total → ambos autolimitados • Virais – adenovírus, coxsackie, echovirus tipo 8 (+ HIV se imunossupressão) o Pródromo de IVAS, precedendo 1-3sem • Bactérias – alta mortalidade e risco de tamponamento – S. aureus, S. pneumoniae, E. coli, *TB* • Geralmente complicação de infecção bacteriana torácica ou abd alta ou de bacteremia o Uma das complicações infecciosas do pós-op de cirurgia torácica / trauma torácico. • Quadro agudo de febre alta, calafrios, sudorese noturna, prostração, dispneia, atrito pericárdico o Hemograma c/ leucocitose acentuada e desvio p/ E, associado a CMG. o Líquido pericárdico de aspecto turvo e purulento → colher e fazer cultura • Muitos pctes dx na fase de tamponamento cardíaco – 40% casos - principal causa de óbito o Outra complicação - pericardite constritiva precoce ❖ Não infecciona apenas 1/3 o Autoimune → LES, AR, febre reumarica o Neoplasia metastática → pulmão, mama o Metabólica → uremia, hipotireoidismo ▪ Ação direta de toxinas nitrogenadas urêmicas nos folhetos pericárdicos - se tornam friáveis e propensos a hemorragia → derrame geralmente sanguinolento. o Radiação precoce ou tardia na região torácica o Cardiovascular → sd dressler, 2-4 semanas após IAM, por liberação de proteínas do musculo cardíaco no sangue e formação de autoanticorpos ▪ E após cirurgia cardíaca - pleuropericardite, febre baixa, fraqueza e dor no corpo, leucocitose e ↑ do VHS QUADRO CLINICO • Pericardite aguda → dor torácica pleurítica, aguda, contínua – pode irradiar p cervical e trapézio o Melhora ao inclinar p frente/deitar/sentar, pois diminui a pressão intrapericárdica > diminui expansão torácica e consequentemente o atrito entre pleura e pericárdio – pode gerar dispneia • Atrito pericárdico presente em 85% - camadas encostando umas às outras o Som áspero sistodiastólico, mais audível em borda esternal E baixa, sentado + tronco inclinado o Em muitos pacientes não aparece, pode ser transitória • Taquicardia pela inflamação e dor • Febre, sintomas de IVAS ou GECA, outros sintomas de acordo com etiologia - rash malar, perda ponderal Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 Derrame Pericárdico • Geralmente assintomático, manifestações dependem da velocidade do acúmulo de líquido • Manifestações dependem da velocidade do acúmulo de liquido o Efusão lenta – alcança o limite de estiramento pericárdico lentamente, havendo adaptação *Hipotireoidismo o Efusão rápida – aumenta pressão muito rápida, volume pequeno já consegue causar tamponamento *Uremia, neoplasias Tamponamento Cardíaco – tríade de BECK o Bulhas abafadas – pelo acúmulo de líquido o Estase jugular pelo aumento da pressão intracardíaca, veias dilatadas, túrgidas ▪ Pressão das 4 câmaras se equaliza - reduz fluxo entre AD e VD > retorno venoso > DC o Choque circulatório – hipotensão com PA pinçada (PAS e PAD com valores próximos) • Pode haver pulso paradoxal – queda PAS > 10mmHg com a inspiração profunda • Redução do descenso y e pulso venoso – momento em que os átrios ejetam sangue aos ventrículos o Abre as válvulas mitral e tricúspide > cai pressão atrial > reduz pulso na jugular o Quando a pressão intracardíaca esta alta isso não é visto ❖ PERICARDITE CONSTRITIVA • Sinais de congestão direita – sistêmica o Estase jugular, edema de mmii, hepatoesplenomegalia, ascite • Knock pericárdico – som que acontece no começo da diástole o Ventrículo perde a complacência e gera turbilhonamento do sangue • Sinal de Kussmaul – inspiração aumenta a estase jugular por aumento das pressões atriais o Abaixamento diafragma > reduz pressão intratorácica > aumenta RV e pressão VD o Septo desvia p esquerda > reduz enchimento VE > queda PAS > 10 • Descenso y do pulso venoso proeminente – pericárdio duro, não relaxa o musculo cardíaco DIAGNOSTICO ❖ ECG • Supra de ST difuso (em diversas derivações) + infra de PR • Baixa amplitude de QRS (< 5 quadradinhos nas derivações dos membros e < 10 nas precordiais) + alternância elétrica dos batimentos (movimento do coração dentro do pericárdio) → DERRAME ❖ RX tórax • Cardiomegalia por congestão das câmaras → Coração em moringa – mínimo 250ml de liquido o Na pericardite constritiva – espessamento da borda do pericárdio → casca de ovo ❖ ECO transtoracico importante para identificar derrame – 20ml já detecta ❖ LABS – provas inflamatórias, função renal, TSH, FAN se mulher jovem • Critérios → 2/4 fecha dx o Dor torácica característica; Atrito pericárdico; Elevação difusa de ST ou depressão de PR; Derrame pericárdico • Critérios adicionais → elevação de provas inflamatórias o Inflamação pericárdica em TC ou RNM Feito por Kamila Maragno Peruch MEDICINA UNESC – Turma 192 TRATAMENTO • Por ser viral/idiopática na maioria – autolimitada – tratar causa base nas outras • Internação, repouso, investigação diária p tamponamento • AINE >= 2 semanas – ibuprofeno (14d) ou indometacina • Corticoide 2ª linha, se contraindicação ao AINE – aumenta recorrência o Sempre associar colchicina por 3 meses se 1º episodio, ou 6 meses se recorrente - previne • Tamponamento – punção de MARFAN o Região subxifóide, 45º em direção ao lado esquerdo do coração • Pericardite constritiva – pericardiectomia – se muito graves PERICARDITE SUBAGUDA/CRÔNICA • Geralmente não gera síndrome pericárdica – sem dor torácica, atrito pericárdico ou alterações de ECG. • Pode ter evolução insidiosa em semanas ou menos, com emagrecimento, astenia, febre baixa, dor retroesternal ou precordial contínua leve a moderada e caráter opressivo o Derrame pericárdio crônico assintomático • Abrir o quadro com complicações → tamponamento cardíaco, pericardite constritiva, efusivo-constritiva. • Dx suspeitado pelo achado de CMG RX de tórax, e confirmando derrame pericárdico no ECO o Em um quadro clínico de pericardite, a persistência do derrame pericárdico / sintomas > 3 semanas indica pericardiocentese diagnóstica ETIOLOGIA → pericardite tuberculosa principal - neoplásicas, mixedema, uremia, radioterapia, colagenoses, pericardite por cristais de colesterol, derrame pericárdico crônico idiopático. *****RESUMO FEITO COM BASE NOS MATERIAIS MED/CEL E MED/CURSO*****
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