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RCC 10 - Hemorroidas

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RCC 10 - Hemorroidas 
Compreender as Hemorroidas 
❖ A doença hemorroidária (DH) surge 
quando os mamilos hemorroidários 
prolapsam, inflamam e produzem 
sintomas. 
ETIOLOGIA 
❖ A causa da DH não é completamente 
entendida, porém há três teorias: 
1. Com o passar dos anos ou com 
situações agravantes, o tecido 
conjuntivo que ancora o plexo 
hemorroidário ao esfíncter, se 
deteriora. Então o plexo começa a 
deslizar pelo canal, levando ao 
aumento dos sintomas. 
2. Sugere que os sintomas da DH surgem 
pela hipertrofia ou aumento do tônus 
do esfíncter anal interno. Durante as 
evacuações, o bolo fecal forçaria o 
plexo hemorroidário contra o esfíncter 
interno, causando seu aumento e 
tornando-se sintomático (mais comum) 
3. Os sintomas ao edema dos coxins 
hemorroidários. Esses teriam 
propriedades anatômicas semelhantes 
àquelas do tecido erétil 
❖ Dentre os fatores etiológicos estão: 
✓ Bloqueio evacuatório, fezes 
endurecidas e esforço evacuatório 
exagerado e repetitivo, longos 
períodos sentado no banheiro; 
✓ Uso crônico de laxativos; 
✓ Gravidez; 
✓ Rotinas profissionais ou esportivas, 
podem ainda aumentar mais esta 
pressão dentro das veias, o que as 
leva a dilatar. 
✓ A hereditariedade (herança genética) 
CLASSIFICAÇÃO 
❖ As hemorroidas são classificadas 
conforme sua localização anatômica em: 
• Externas – localizadas na extremidade 
inferior do canal anal, abaixo da linha 
pectínea; 
• Internas – localizadas acima da linha 
pectínea, porém podem se 
exteriorizar; 
• Mistas - apresentam tanto o 
componente externo quanto o interno 
MANIFESTAÇÕES 
❖ Os sintomas mais comuns são 
sangramento anal indolor que é o mais 
comum, mas também prolapso, prurido, 
dor ou desconforto anal e, menos 
frequentemente, exsudação periana. 
Também pode haver queixa de sujidade 
em região perianal, por dificuldade de 
higiene. 
❖ Hemorroidas internas não costumam ser 
dolorosas. O principal sintoma é o 
sangramento anal "vivo", indolor, 
ocorrendo ao final da evacuação, 
percebido no papel higiênico ou no vaso 
sanitário em pingos ou esguichos 
• O sangramento em grande quantidade 
é incomum e a presença de anemia 
ferropriva é rara e deve ser 
investigada. 
• Pode haver queixa de prurido anal e 
prolapso durante evacuação ou aos 
esforços. 
• Há classificação da forma interna com 
base no grau de prolapso e 
sangramento para guiar a terapêutica 
em: 
o Grau I: quando há sangramento, 
porém não prolaba abaixo da linha 
pectínea aos esforços ou 
evacuação 
o Grau II: quando prolaba abaixo da 
linha pectínea, ao esforço 
evacuatório, com prolapso pelo 
ânus, porém retraindo 
espontaneamente após cessado o 
esforço 
o Grau III: quando prolaba à 
evacuação e/ou aos esforços, com 
prolapso pelo ânus, porém sem 
retração espontânea, sendo 
necessário redução digital; 
o Grau IV: quando o prolapso é 
irredutível e o mamilo 
hemorroidário permanece 
permanentemente prolabado. 
❖ Hemorroidas externas em geral 
tornam-se sintomáticas na ocorrência 
de quadros agudos como trombose 
hemorroidária e crise hemorroidária. 
Cronicamente podem estar associadas 
à desconforto anal, sangramento e 
dificuldade de higiene 
• A trombose hemorroidária se 
caracteriza pela presença de nódulo 
perianal bem delimitado, 
usualmente azulado e doloroso. 
Sua história natural é de início 
abrupto de dor, que aumenta nas 
primeiras 48 horas e apresenta 
regressão após o quarto dia. A pele 
sobre a hemorroida trombosada 
pode necrosar e ulcerar, causando 
sangramento ou saída de secreção 
• Crise hemorroidária é o quadro 
doloroso causado pelo prolapso de 
hemorroidas internas de grau III e IV 
que se tornam encarceradas devido 
a edema prolongado. Pode estar 
associado com trombos 
hemorroidários. 
DIAGNÓSTICO 
❖ O diagnóstico de doença hemorroidária é 
clinico. Além dos sintomas, é importante 
questionar ao paciente sobre o 
funcionamento intestinal (presença de 
diarreia ou constipação), ingesta de fibras 
na dieta e hábitos de higiene anal. 
❖ O exame físico deve ser sempre realizado 
e inclui inspeção anal e toque retal. Na 
inspeção podem ser identificados outros 
achados como: fissuras, fístulas, 
abscessos e plicomas (hipertrofias da pele 
perianal em resposta a processo 
inflamatório crônico- fissuras). A manobra 
de Valsalva é útil para verificar o prolapso 
de mamilos internos. O toque retal deve 
ser feito com lidocaína gel ou lubrificante 
• A anuscopia, embora pouco 
disponível na APS, auxilia para 
observar a presença de mamilos 
hemorroidários internos. 
Geralmente não se utiliza nenhum 
preparo, além do uso de lidocaína 
gel ou lubrificante, pois o uso de 
laxativos costuma deixar as fezes 
líquidas, dificultando a avaliação. 
Se houver conteúdo fecal no reto, 
esse pode ser limpo durante o 
exame com auxílio de gazes. 
❖ Retossigmoidoscopia 
❖ Colonoscopia (se houver dúvida se os 
sintomas apresentados pelo paciente 
devem-se somente à doença 
hemorroidária). 
TRATAMENTO 
❖ Evitar esforço exagerado ao defecar 
❖ Evitar a obstipação utilizando alimentos 
ricos em fibras, cereais, frutas, legumes 
e verduras (uso contínuo de laxantes é 
prejudicial) 
❖ Abolir bebidas alcoólicas, alimentos 
condimentados, frituras, pimenta, 
chocolate 
❖ Não usar papel higiênico (após 
defecação, lavar com água e sabonete 
neutro) 
❖ Para aliviar o prurido ou sensação de 
queimadura e pequeno sangramento: 
• Cuidados higiênicos e dietéticos 
• Corticoide tópico 
• Banhos de assento com água 
morna 
❖ Para dor intensa: 
• Anestésico tópico na forma de 
pomada 
• Pomadas à base de heparina 
• Analgésicos ou AINEs 
❖ Protrusão e/ou sangramento das 
hemorroidas internas: 
• Ligadura elástica 
• Escleroterapia 
• Raios infravermelhos. 
❖ Cirurgia indicado em: 
• Prolapso hemorroidário para fora do 
canal anal 
• Grandes hemorroidas externas ou 
internas e nos casos de doença 
hemorroidária mista.

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