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Artrogripose múltipla congênita Definição: síndrome presente ao nascimento contraturas articulares não progressivas graves e atrofia muscular. Esquema Não é um diagnóstico específico É um achado clínico em mais de 300 desordens diferentes Diferentes graus de severidade Incidência 1 em cada 3000 nascimentos Características clinicas Deformidades articulares Pelo menos em 2 articulações afetadas Atrofia muscular Ausência de alguns grupos musculares Pele fina, pouco tecido subcutâneo, sem pregas na superfície da articulação, membros cilíndricos Classificações Amioplastia – Forma clássica da Artrogripose 43% dos casos Características Ombros rodados internamente; cotovelos estendidos, punhos fletidos com desvio ulnar; Quadris em flexão e subluxados, joelho em extensão, pés equinovaros 84% das crianças: comprometimento simétrico dos MMSS e MMII Outras variações Comprometimento apenas dos MMSS Comprometimento apenas dos MMII Padrões assimétricos de envolvimento Partes do corpo mais acometidas: pé, quadril e punho Partes do corpo menos acometidas: joelho, cotovelo e ombro. Inteligência normal Fala preservada Artrogripose sindrômica Lesão no SNC: hidranencefalia, microcefalia, desordens de migração neuronal. Causa comum: pouca ativação dos neurônios motores pelo trato cortiespinhal Etiologia neuromuscular Neuropatias periféricas genéticas, distrofia muscular congênita. Atrogripose Distal Contratura congênita de 2 ou mais articulações Sem envolvimento neurológico ou doença muscular Padrão consistente de envolvimento das mãos e dos pés Podem ter anormalidades orofaríngeas, escoliose e características faciais específicas Etiologia Fatores genéticos, ambientais e desconhecidos Febre materna no 1º trimestre, infecções virais, útero bicórneo, gestação múltipla, defeito genético autossômico dominante. Diminuição do líquido amniótico menor espaço para o feto (oligohidrâmnio) Durante a gestação, quanto mais precocemente ocorrer a restrição dos movimentos, mais graves serão as contraturas ao nascimento. Diagnóstico feito por ultrassom, biopsia muscular (alterações fibrogordurosas) Músculos podem ser substituídos por tecido fibroso e gorduroso Problemas associados Cardiopatia congênita Anormalidades faciais Problemas respiratórios Hérnias abdominais Escoliose Hemangiomas Distúrbios alimentares devido a anomalias nos maxilares e na língua Avaliação fisioterapêutica Na avaliação fisioterapêutica, após a coleta de dados pessoais e da história clínica, o bebê é observado e estimulado a se movimentar em supino, prono, decúbito lateral e sentado com apoio. O que é importante? 1. História Clínica; 2. Entrevista com a família da criança – detalhes sobre a gestação, parto, nascimento; idade que a criança atingiu os marcos motores; 3. Estabelecimento de metas terapêuticas em parceria com a família – quais são as habilidades da criança? Quais são as dificuldades da criança? 4. Avaliação multidimensional da função e das deficiências – aplicação de testes específicos de acordo com a meta terapêutica, idade da criança e nível funcional. Ex: PEDI Estrutura e funções corporais – Funções neuromusculo esqueléticas e relacionadas ao movimento: Hipotonia Hipomobilidade articular Diminuição das ADMs faqueza muscular Avaliar: ADM passiva, posição de repouso de cada art., habilidade em mover as extremidades contra a gravidade, força muscular; --Envolvimento dos tecidos periarticulares Não há anquilose óssea Atividade Mobilidade: atraso nas aquisições motoras Dificuldade p/ engatinhar, ficar de pé e andar Dificuldade nas ADVs Participação Participação em jogos e brincadeiras Atividades esportivas Interação com outras crianças Intervenção Médica Cirurgias ortopédicas programadas para criança tenha benefício ótimo Idade, nível funcional, criança deve ser um paciente ativo do processo Necessidade de cirugia na maior parte dos casos : nos pé, joelhos, quadris , cotovelos, punhos, mãos e coluna Intervenção 80% das crianças com amioplasia recebem tratamento fisioterapêutico até a adolescência Promover mobilidade efetiva Promover função com auxílio de órteses e equipamentos Uso de dispositivos de auxílio para marcha Suporte para a família Incentivar o desenvolvimento e ensinar estratégias compensatórias e formas alternativas de mobilidade Incentivar a participação Uso de órteses e splints para favorecer melhor posicionamento Prognóstico – Ganho de força muscular progressiva e à medida que a criança recupera a ADM passiva. – Crianças podem adquirir a marcha e realizar atividades de vida diária • Em torno de 3 anos de idade tende a estar resolvido em 85% dos casos.