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abate de suinos - tpoa de carne

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@yascrelier_vet 
Abate de suínos 
Introdução 
Para o abate dos suínos é necessário que o animal 
esteja dentro das condições de bem-estar animal, 
sendo elas; 
• Livre de sede, fome e má-nutrição 
• Livre de desconforto 
• Livre de dor, injuria e doença 
• Livre para expressar seu comportamento 
normal 
• Livre de medo e estresse 
Transporte 
Necessário de caminhões de transporte que sejam 
divididos entre os lotes de animais 
Rampa de desembarque 
Necessário que seja em um local protegido do sol e da 
chuva, tendo lateral fechada, piso antiderrapante e o 
ideal é que não haja inclinação/ 10 a 15 graus 
É usado um chucalho para ajudar no desembarque dos 
animais. 
Pocilgas 
As pocilgas devem estar localizadas de maneira que os 
ventos predominantes não levem poeiras e emanações 
em direção ao estabelecimento. As mesmas devem 
estar afastadas no mínimo 15m da área de 
insensibilização e do bloco industrial. As pocilgas são 
classificadas em: 
• Pocilgas de chegada e seleção 
• Pocilgas de sequestro 
• Pocilgas de matança 
Pocilgas de chegada de seleção 
É destinada ao recebimento, passagem e classificação 
dos suínos para a formação de lotes, de acordo com o 
tipo e a procedência. Devem atender aos seguintes 
requisitos; 
• Área suficiente aos trabalhos de desembarque, 
passagem e classificação 
• Iluminação adequada 
• Rampa móvel metálica, antiderrapante, para o 
desembarque de suínos sendo de forma que 
permita a movimentação do nível do piso até 
as diversas alturas das carrocerias dos 
transportes, devendo ser protegida por 
cobertura 
As rampas de acessos; 
• Até 800 suínos/dia – 1 rampa 
• Até 1600 suínos/dia – 2 rampas 
• Até 2400 suínos/dia – 3 rampas 
• Acima de 3200 suínos/dia – 4 rampas 
Recomenda-se a instalação de choque elétrico para 
conduzir o desembarque de suínos, proibindo-se o uso 
de varas e objetos contundentes 
A pavimentação adequada com declividade de 2% em 
direção à parte externa, com superfície plana e sem 
fendas que possam ocasionar acidentes nos animais ou 
dificultar a limpeza e desinfecção 
Pocilgas de matança 
É destinada ao recebimento dos animais após a 
chegada, pesagem e seleção que estão em condições 
normais, onde permanecerão em descanso e dieta 
hídrica, aguardando o abate. 
• Deverão dispor de no mínimo 0,60m por suíno 
até 100kg 
• O corredor central deve ter esgoto próprio e o 
número de ralos necessários em um dos lados 
ligados ao esgoto geral das pocilgas 
• Os portões serão metálicos (recomendados 
canos galvanizados, sem pintura), com largura 
 
@yascrelier_vet 
igual ao do corredor, possuindo dobradiças de 
giro de maneira que permitam a sua abertura 
para ambos os lados, regulando o fluxo de 
entrada e saída dos animais 
• Os bebedouros deveram ser do tipo aéreos de 
maneira que permitam beber 
simultaneamente no mínimo 15% dos suínos 
de cada pocilga 
• O corredor de comunicação das pocilgas com o 
box do chuveiro anterior à insensibilização 
deverá ter largura mínima de 1m e será 
construído em alvenaria, permitindo o uso de 
canos galvanizados. Será obrigatoriamente 
coberto. 
Pocilgas de sequestro 
Destina-se exclusivamente ao recebimento de suínos 
que na inspeção “ante-mortem” foram excluídos da 
matança normal por necessitarem de exame clínico e 
observação mais acurada antes do abate. Os suínos 
destinados a pocilga de sequestro, são considerados 
como animais para matança de emergência, 
obedecendo à legislação em vigor. A capacidade 
correspondente no mínimo a 3% do total das pocilgas 
de matança 
Sala de necropsia 
A área mínima interna deve ser de 20m², tendo em 
anexo, um forno crematório ou autoclave que permita 
a colocação de suínos inteiro, funcionando no mínimo 
a 125°C, sendo os produtos obtidos destinados a fins 
industriais. 
Estrutura das salas 
Pé direito – min de 3,5m 
Paredes – com azulejos ou outro material aprovado 
pelo DIPOA 
Piso – impermeável e integro, com declividade para um 
ralo central e escoamento separado dos efluentes da 
indústria, sofrendo tratamento das águas residuárias, 
visando evitar a propagação de doenças 
infectocontagiosas antes de serem jogadas no esgoto 
geral 
Fluxograma do abate 
 
 
Seringa 
Os suínos só serão retirados da pocilga de espera, 
apenas quando tiver certeza de que serão 
insensibilizados e sangradas. Necessário manter a 
iluminação e piso constantes até o momento da 
insensibilização. Manter a uniformidade do lote para 
aumentar a eficiência da insensibilização (restrainer) 
Insensibilização 
A baia coletiva (sem contenção) são pequenos grupos 
colocados em uma única baia, e a insensibilização é 
realizada manualmente em casa animal. Densidade de 
1,2m²/suínos 
O restrainer (com contenção) é onde os suínos são 
imobilizados para o melhor posicionamento dos 
eletrodos durante a insensibilização, causando um 
maior stress. E é preciso manter as esteiras laterais 
ajustadas de acordo com o tamanho médio do lote e 
sempre com velocidade sincronizada 
Existem alguns modelos de insensibilização, sendo 
eles; 
Modelo de restrainer em V – os suinos são 
imobilizados pela lateral do corpo atraves de esteiras 
transportadoras que os levam, até o local de 
insensibilização eletrica, podendo ser de dois pontos 
 
@yascrelier_vet 
(ambos os labos da cabeça) ou três pontos (ambos os 
lados da cabeça + regiao cardiaca) automatizados ou 
não. A aplicação dos eletrodos é feito manualmente 
 
 
 
Modelo de restrainer midas – consiste em conduzir o 
animal pelo peito através de uma esteira 
transportadora que se encontra combinada com o 
insensibilizador elétrico automatizado de três pontos 
(ambos os lados da cabeça e região cardíaca). Diversos 
trabalhos demostraram que 
os níveis de estresse no 
manejo pré-abate e os 
defeitos de qualidade da 
carne dos suínos são 
menores com a utilização 
desse tipo de restrainer 
 
Tipos de insensibilização 
Eletronarcose - A insensibilização 
é elétrica. É um método reversível 
que transmite uma corrente 
elétrica através do cérebro do 
suíno. Prova a insensibilização em 
15 milésimos de segundo. As 
resistências de condução; 
• Tipo de material e estado de conservação dos 
eletrodos 
• Desenho do eletrodo 
• Pele e pelos 
• Sujeira nos suínos 
• Tamanho do crânio 
 A corrente min é de 1,3A 
Tempo: 3 segundos 
Voltagem mín. 240V 
Posicionamento do eletrodo 
– o ideal é entre os olhos e a 
base da inserção das orelhas 
(região das têmporas), 
posicionando os eletrodos 
em cada lado da cabeça 
Posicionamento do eletrodo – o aceitável é: 
 
Os animais considerados insensíveis apresentam as 
seguintes respostas aos estímulos ambientais, 
respeitadas as particularidades da espécie animal 
abatida 
l – Ausência de respiração rítmica 
ll – ausência de reflexo córneo/piscar espontâneo 
lll – ausência de intenção de restabelecer posição 
corporal (levantar-se) 
IV – Presença de mandíbula relaxada (língua pendular) 
V – Ausência de vocalização 
No monitoramento são observadas 2 fases; a fase 
tonica e fase clônica 
Fase tônica – duração de 10 a 20seg ocorrendo a; 
perda da consciência, musculatura contraída, ausência 
de respiração rítmica, pupila dilatada, ausência do 
reflexo da córnea e chutes involuntários 
Fase Clônica – duração de 15 a 45seg. tendo como 
resultado; a ausência de respiração rítmica, ausência 
de reflexo corneal, chutes involuntários e relaxamento 
gradual da musculatura 
A má insensibilização, tem como resultados – ausência 
da fase tônica ou clônica, o retorno à respiração 
rítmica, os movimentos oculares são coordenados e 
focados, a vocalização durante e/ou após a aplicação 
dos eletrodos e o reflexo de endireitamento da cabeça 
e tentativa de recuperar a postura 
 
@yascrelier_vet 
O sistema de três pontos (onde dois eletrodos estão 
aplicados primeiro n cabeça e em seguidano coração) 
onde ele transmite uma corrente elétrica primeiro para 
o cérebro, provocando inconsciência, e em seguida 
para o coração do animal, causando uma parada 
cardíaca seguindo para a morte do animal 
Eletrocussão - A eletrocussão pode ser feita de 2 
formas: 
• 1 ciclo: eletrodo na cabeça, mas a corrente 
chega ao coração 
• 2 ciclos: o 1° aplicado na cabeça e o 2° no 
coração. Podendo ser com o mesmo eletrodo, 
ou com 2 eletrodos na cabeça e outro 
independente para o coração 
Fase tonica – perda de consciência, colapso imediato, 
contração muscular, ausência de respiração rítmica, 
reflexo corneal e sensibilidade a dor 
Fase Clônica – dilatação da pupila, relaxamento 
gradual da musculatura (são pouco evidente ou 
inexistente) 
Os sinais de má insensibilização podem indicar falha na 
eletrocussão e; retorno da respiração rítmica, 
movimentos oculares coordenados e focados, 
vocalização durante e/ou após a aplicação dos 
eletrodos, reflexo de endireitamento da cabeça e 
tentativa de recuperar a postura. 
Sangria 
É recomendado que o tempo máximo entre a 
insensibilização e a sangria seja de 15seg pois a 
recuperação da consciência, quando se utiliza a 
eletronarcose, ocorre próximo de 37 a 40seg. portanto 
a sangria efetuada no tempo correto irá assegurar a 
inconsciência do suíno até a morte 
 
 Os cortes dos grandes vasos que emergem do coração 
(artérias carótidas e veias jugulares). Ao seccionar 
ambas artérias e veias, a inconsciência ocorre em torno 
de 25seg 
 
O tamanho e a localização do corte determinam a 
eficiência da sangria, quanto < corte + lenta a perda de 
sangue, > tempo para atingir a inconsciência e a morte 
por hipovolemia. O corte eficiente, hipovolemia 
acontece em 30seg, min 3min 
 
 
Escalda 
O processo de afrouxamento dos pelos com água 
quente à temperatura de 62 a 65°C. O tempo de 
escaldagem e de 2 a 5min. Podendo ser no vapor ou 
em imersão. Deve haver renovação constante da água 
e termômetro para controlar a temperatura. O crítico 
para a redução da carga microbiana 
 
Depilação 
É realizada 
mecanicamente, o 
suíno deve 
permanecer no 
mínimo a 15” 
 
 
 
@yascrelier_vet 
Chamuscamento 
Não é obrigatório. É realizado com um lança-chamas 
direcionado ao corpo do animal para a retirada dos 
pelos. 
Limpeza externa 
E a eliminação de pelos residuais e lavagem da carcaça 
com água fria sob pressão (3 ATM) 
Toalate 
É a retirada do ouvido médio 
Chuveiro 
É a área limpa 
Onde é realizada as etapas de: 
Oclusão do reto - É obrigatório a retirada para evitar a 
contaminação fecal. Faz-se uma incisão peri-anal, 
liberando esta extremidade do tubo digestivo e realiza 
uma ligadura 
Liberação da máscara e orelhas - Permite a inspeção 
dos músculos mastigadores e dos linfonodos 
Evisceração - Deve-se separar as vísceras brancas 
(intestino, estomago, baço e pâncreas) das vísceras 
vermelhas pulmões e figado) 
• A ruptura de orgaos pode contaminar a carcaça 
Divisão de meia-carcaça 
Toalete final - Retirada da medula, resíduos de sangria, 
restos da traqueia e dos rins e gordura cavitaria 
Carimbagem 
Lavagem da carcaça – feito com jatos com pressão de 
3 ATM, concentração de Cl de 5ppm e temperatura de 
38°C 
DIF 
Refrigeração – as meias carcaças devem ser 
acondicionadas na câmara de resfriamento, onde 
devem 
permanecer em 
repouso de 12 a 
24Hrs até 
atingirem a 
temperatura de 7°C. Só pode expedir ou desossar 
abaixo dos 7°C 
Triparia – separação das vísceras grossas e finas, e se 
retira todo o pâncreas manualmente. O 
beneficiamento das tripas: limpar e retirar estomago, 
limpar o reto, salgar e armazenar as tripas 
Miúdos – compreende as operações que envolvem os 
miúdos externos como; orelhas, rabo e pés, onde é 
realizado também a limpeza e o branqueamento 
desses miúdos. E dos miúdos internos como; vísceras 
vermelhas, retalhos da cabeça 
• Pode haver uma parte destinada a cozimento 
de estômago e bexiga para a exportação

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