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Instituto Federal de Santa Catarina Campus São Miguel do Oeste Curso Técnico em Alimentos Disciplina de Tecnologia de Bebidas Docente: Fernanda Stoffel GraspaGraspaGraspa Integrantes: Abigail Soares Carla Alexsandra Da Silva Moraes Evelin Laura Thomé De Lima Luana Zapani Siebel https://sigaa.ifsc.edu.br/sigaa/public/RedirectDocente/fernanda.stoffel Graspa é uma bebida destilada, feita do bagaço de uva; Por volta do ano 1400, já havia indicação da produção de graspa na região de Friuli, na Itália; É considerada uma bebida típica de pessoas que desenvolvem atividades agrícolas; História da GraspaHistória da GraspaHistória da Graspa Na Itália é onde a graspa atinge maior produção mundial; As maiores regiões produtoras são o Vêneto e Piemonte; No Brasil, existem poucas referências históri cas da graspa, no entanto, há indícios de que ela já tenha sido elaborada no final do século XIX, pelos imigrantes italianos, na Serra Gaúcha. História da GraspaHistória da GraspaHistória da Graspa Grappa: grafia italiana, de origem germânica; Grapa: Lombardia; Rapa: Piemonte; Graspa: Vêneto. GrafiasGrafiasGrafias Segundo a LEI Nº 10.970, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2004, bagaceira ou grappa ou graspa é a bebida com teor alcoólico de 35% a 54% em volume, a 20º C, obtida a partir de destilados alcoólicos simples de bagaço de uva, com ou sem borras de vinhos; Graspa e a Legislação BrasileiraGraspa e a Legislação BrasileiraGraspa e a Legislação Brasileira Retificada parcial ou seletivamente; Adicionado de açúcar, em quantidade não superior a 10 g/L; É admitido o corte com álcool etílico potável da mesma origem para regular o conteúdo de congêneres. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.970-2004?OpenDocument Os limites analíticos estabelecidos pela legislação brasileira são aqueles indicados na Tabela abaixo: Graspa e a Legislação BrasileiraGraspa e a Legislação BrasileiraGraspa e a Legislação Brasileira 35,0 O bagaço de uva é a matéria- prima para produ zir a graspa; É um subproduto da vinifica ção e corresponde ao conjunto formado pela película, semente e eventualmente a ráquis; Matéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboração de graspade graspade graspa O bagaço utilizado para a elaboração da graspa é classificado em três grupos. É a matéria preferida; Maior extração de compostos fenólicos, aromas primários, pectinas, ácidos orgânicos e elementos minerais; Bagaço fermentado (8 a 12 dias) Matéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboração de graspade graspade graspa Deve ser destilado o mais rápido possível, para se ter uma qualidade maior. É a matéria mais comum no Brasil; Ensilagem obrigatória para completar a Fermentação alcoólica Bagaço parcialmente fermentado (4 a 6 dias) Matéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboração de graspade graspade graspa É aquele que não fermentou com o mosto, obtido do processo de vinificação em branco; Aroma herbáceo, cor viva; Ensilagem obrigatória. Bagaço doce (Vinho branco) Matéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboraçãoMatéria-prima para elaboração de graspade graspade graspa "O valor comercial do bagaço depende mais de sua conservação do que da qualidade do vinho que lhe deu origem" Qualidade da matéria-primaQualidade da matéria-primaQualidade da matéria-prima Realizada devido a dificuldade de obter e de operar sempre com bagaço fresco Silos: Concreto , Madeira. Momento ideal: Logo após a prensagem – evita contaminações pH elevado (4 a 5)> bactérias acéticas e lácticas. –pH menor favorece a formação de bons aromas Ensilagem do BagaçoEnsilagem do BagaçoEnsilagem do Bagaço Compactação: em camadas –Evita a formação de bolsas de ar. –Deve ser fechado hermeticamente. Ensilagem do BagaçoEnsilagem do BagaçoEnsilagem do Bagaço Fermentação alcoólica doFermentação alcoólica doFermentação alcoólica do Bagaço DoceBagaço DoceBagaço Doce População microbiana elevada; Dificuldades: SO2 – Elevado >> inibe – Ausência >> Bactérias – Ideal: 6 a 8 g de metabissulfito de potássio para 100 Kg de bagaço Fermentação alcoólica doFermentação alcoólica doFermentação alcoólica do Bagaço DoceBagaço DoceBagaço Doce pH elevado - bactérias Temperatura elevada ou baixa - Bactérias acéticas Oxigênio em excesso - multiplicação de bactérias – Umidade ajuda a manter a acidez elevada e portanto o pH baixo. o Alterações do BagaçoAlterações do BagaçoAlterações do Bagaço Fermentação tinto sem remontagens - Bactérias acéticas; Ensilagem: Vinificação em Branco; Leveduras autóctones, bactérias e mofos degradam ácido tartárico e formam ácido propiônico e butírico; Maior teor de metanol quando tempo de ensilagem é maior que 30 dias. o Alterações do BagaçoAlterações do BagaçoAlterações do Bagaço Metal muito maleável; Bom condutor de calor; Fácil de limpar; Apresenta resistência à corrosão causada pelo fogo e por produtos destilados; Fixa os ácidos graxos e os componentes com enxofre, precipitando os na forma de combina ções insolúveis; Favorece determinadas reações de esterificação. O cobre é o metal escolhido, pois apresenta as seguintes características: o Alambique para obter graspaAlambique para obter graspaAlambique para obter graspa A qualidade da graspa depende, principalmente, do tipo e das características do bagaço, da técni ca de destilação e do alambique utilizado. O alambique para elaboração da graspa, difundi do na região vitícola da Serra Gaúcha, é fabricado to talmente em cobre martelado ou laminado. o Alambique para obter graspaAlambique para obter graspaAlambique para obter graspa Alambique para obter graspaAlambique para obter graspaAlambique para obter graspa O alambique é formado por 5 partes: Caldeira e sistema de aquecimento; Capitel ou capacete; Pescoço de cisne; Serpentina; Porta-alcoômetro. Manutenção do alambiqueManutenção do alambiqueManutenção do alambique Retirada de resíduos orgânicos; Detergente alcalino a 2 - 3 %; Escova e aguagem; Ácidos devem ser evitados agridem o cobre; Limpeza externa da serpentina com soluções ácidas para retira as incrustações que reduzem a troca térmica. Destilação do bagaço paraDestilação do bagaço paraDestilação do bagaço para elaboração da graspaelaboração da graspaelaboração da graspa O termo destilação corresponde à separação das substâncias voláteis presentes no bagaço; O princípio da destilação se baseia na diferença entre o ponto de ebulição da água (100 °C) e do ál cool (78,4 °C). Destilação do Bagaço : PassosDestilação do Bagaço : PassosDestilação do Bagaço : Passos 1º Colocar o bagaço na caldeira. 2º Adicionar água até submergir o bagaço ( +/- 1/1). 3º Fechar o capitel. 4º Acender o fogo forte no início até saída do 1º destilado. Depois diminuir a intensidade. 5º Separar todo o destilado que recebe o nome de Corrente ( 15 a 20 ºGL). * Não encostar o bagaço no fundo ( grade de ferro, palha de trigo, milho...) Destilação do bagaço : 2ª Destilação do bagaço : 2ª Destilação do bagaço : 2ª destilaçãodestilaçãodestilação Separação das partesSeparação das partesSeparação das partes Cabeça: 75 a 70 ºGL = 2 a 4 % do volume. Corpo ou coração: 70 a 40 º GL = 70 a 80 % do volume. Cauda: 10 a 20 % do volume Cabeça e cauda: podem ser armazenadas e destiladas separadamente ou junto com a próxima corrente Aldeído acético, acetato de etila Ponto de ebulição de 78,4 a 100 ºC. Ponto de ebulição maior que 100 ºC. Furfural , Lactato de etila. Rendimento da gRendimento da gRendimento da grasparasparaspa De modo geral, 100 kg de uva originam entre 70 e 75 L de mosto e 25 a 30 kg de resíduos da fer mentação; O rendimento médio do processo, consideran do o destilado a 50 °GL, é de aproximadamente 10L de graspa para 100 kg de bagaço; 100 Kg de uva = 30 Kg de bagaço = 3 Litros de graspa a 50 ºGL. Redução do grau alcoólico da graspaRedução do grau alcoólico da graspaRedução do grau alcoólico da graspa O destilado alcoólico obtido a partir do bagaço da uva apresenta graduação entre 50 e 60 °GL; Quando a graspa é destinada à venda direta, sem envelhecer, deve- se reduzir o grau alcoólico para 38 a 40 °GL; A le gislação brasileira estabelece que a graspa deve ter entre 35 e 54 °GL de álcool; A água utilizada para reduzir o grau alcoólico deve possuir baixo teor de sais especialmente de cálcio. Para reduzir o grau alcoólico da graspa, pode se utilizar a seguinte fórmula: Redução do grau alcoólico da graspaRedução do grau alcoólico da graspaRedução do grau alcoólico da graspa onde: X = quantidade em litros de água a adicionar em 100 L de destilado; A = grau alcoólico inicial do destilado; B = grau alcoólico desejado para a graspa. A graspa apresenta na sua constituição um nú mero elevado de compostos aromáticos, que lhe atribuem características particulares de aroma e sa bor; 6 meses na madeira; Melhora qualidade sensorial; Não corrige os defeitos. Envelhecimento da graspaEnvelhecimento da graspaEnvelhecimento da graspa Determinados componentes da graspa se insolubilizam, precipitam e causam turva ções; Esses componentes devem ser eliminados por meio da clarificação e da refrigeração seguida de filtração, antes do engarrafamento. Clarificação: Gelatina líquida 30 a 100 g / 100 litros. Refrigeração: Insolubilisação de óleos - 10 a 15 ºC. Filtração: somente após a refrigeração Preparação da graspa paraPreparação da graspa paraPreparação da graspa para engarrafamentoengarrafamentoengarrafamento O copo mais adaptado para degustar a graspa é o tipo tulipa pequeno; Temperatura ideal para a avaliação sensorial está entre 18 e 20 °C; Deve sempre apresentar- se lím pida; A sua tonalidade varia entre amarela ou branca, vai depender do recipiente aonde foi armazenada. Características sensoriais daCaracterísticas sensoriais daCaracterísticas sensoriais da graspagraspagraspa Ésteres; Alcoóis superiores; Ácidos voláteis; Aldeídos. As sen sações olfativas provêm dos componentes voláteis contidos na graspa, os quais pertencem, na maior parte, a quatro grupos de compostos: Características sensoriais daCaracterísticas sensoriais daCaracterísticas sensoriais da graspagraspagraspa Alterações da graspaAlterações da graspaAlterações da graspa Alterações da graspaAlterações da graspaAlterações da graspa Alterações da graspaAlterações da graspaAlterações da graspa Alterações da graspaAlterações da graspaAlterações da graspa Referências bibliográficasReferências bibliográficasReferências bibliográficas FILHO, Ventur Waldemar G. Bebidas alcoólicas . [Digite o Local da Editora]: Editora Blucher, 2016. E-book. ISBN 9788521209577. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521209577/. Acesso em: 08 out. 2022. BRASIL. Leis, decretos etc. Portaria nº 009, 13 de janeiro de 1983. Diário Oficial, Brasília, 17 de janeiro de 1983. Dispõe sobre a complementação dos padrões de identidade e qualidade para o destilado alcoólico simples, conhaque (Cognac) e graspa ou bagaceira. Obrigada pela atenção! abigail.s24@aluno.ifsc.edu.br carla.ad@aluno.ifsc.edu.br evelin.l2005@aluno.ifsc.edu.br luana.zs24@aluno.ifsc.edu.br