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IESC II 
Redes de atenção a saúde 
Portaria 4279/2010 
• Estruturação da RAS como estratégia 
de superação da fragmentação da 
atenção. 
• Gestão das regiões de saúde e 
aperfeiçoar o funcionamento político 
institucional do SUS. 
• Assegurar ao usuário o conjunto de 
ações e serviços que necessita com 
efetividade e eficiência. 
Porque organizar a rede de atenção à 
saúde no SUS? 
- Qualificar a gestão do cuidado no 
contexto atual. 
- Superar a intensa fragmentação das 
ações e serviços de saúde. 
Lacunas assistenciais importantes: 
• Financiamento público insuficiente, 
fragmentado e baixa eficiência no 
emprego dos recursos: 
• Configuração inadequada de modelos 
de atenção, marcada pela incoerência 
entre a oferta de serviços e a 
necessidade de atenção. 
• Fragilidade na gestão do trabalho com 
o grave problema de precarização e 
carência de profissionais. 
• A pulverização dos serviços nos 
municípios. 
• Pouca inserção da Vigilância e 
Promoção em Saúde no cotidiano dos 
serviços de atenção, especialmente na 
APS. 
- Perfil epidemiológico brasileiro: tripla 
carga de doenças (parasi tár ias, 
infecciosas e desnutrição), problemas 
de saúde reprodutiva com mortes 
maternas e óbitos infantis por causas 
consideradas evitáveis, doenças 
crônicas e seus fatores de risco e 
crescimento das causas externas em 
decorrência do aumento da violência e 
dos acidentes de trânsito. 
Por que organizar a rede de atenção à 
saúde no SUS? 
O Pacto pela Saúde foi um acordo firmado 
pelos gestores do SUS que ressalta a 
importância desse sistema ser organizado 
em rede e traz o reforço aos princípios e 
diretrizes do SUS. 
Pacto de gestão: compromisso com os 
p r i n c í p i o s e d i r e t r i z e s p a r a 
descen t ra l i zação , reg iona l i zação , 
f i n a n c i a m e n t o , p l a n e j a m e n t o , 
programação pactuada e integrada, 
regulação, participação social, gestão do 
trabalho e da educação em saúde. 
Pacto pela vida: compromisso com as 
prioridades que apresentam impacto sobre 
a situação de saúde da população 
brasileira. 
Pacto em defesa do SUS: compromisso 
com a consolidação dos fundamentos 
políticos e principios constitucionais do 
SUS. 
Redes de atenção à saúde (RAS) 
São arranjos organizativos de ações e 
serv iços de saúde, de d i ferentes 
densidades tecnológicas, que, integradas 
por meio de sistemas de apoio técnico, 
logístico e de gestão, buscam garantir a 
integralidade do cuidado. 
Os pontos de atenção à saúde são 
entendidos como espaços onde se 
ofertam determinados serviços de saúde, 
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como ambulatórios, centros de apoio 
psicossocial, residências terapêuticas, 
domiclios, unidades básicas de saúde, etc. 
Os hospitais possuem diversos pontos de 
atenção, como clínica pediátrica, clínica 
médica, clínica cirúrgica, dentre outros. 
Objetivos da RAS: 
• Promover a integração sistêmica, de 
ações e serviços de saúde com 
provisão d atenção contínua, integral 
d e q u a l i d a d e , r e s p o n s á v e l e 
humanizada. 
• Incrementar o desempenho do 
Sistema, em termo de acesso, 
equidade, eficácia clínica e sanitária 
• Incrementar a eficiência econômica. 
Fundamentos da RAS: 
- Economia de escala aumenta-se a 
produção para diminuir os gastos. 
Cada município possui um serviço 
especializado para o qual a população 
interessada se dirige. 
- Qualidade: envolve segurança (evitar 
situações que gerem confl i tos), 
e fe t iv idade das ações (causar 
benefícios), centralidade na pessoa 
(respeitar os valores e culturas), 
pontualidade, eficiência (evitar ações 
desnecessárias). e equidade (evitar a 
desigualdade dos cuidados). 
Suficiência: conjunto de ações e serviços 
disponíveis na quantidade adequada à 
demanda da população. 
Acesso: ausência de barreiras físicas, de 
gênero, preconceituosas, que impedem o 
usuário de acessar a rede. 
Disponibilidade: oferta da atenção 
necessária em todas as situações. 
Aceitabilidade: satisfação do usuário 
quanto aos serviços que consegue 
usufruir. 
Disponibilidade: oferta de recursos para 
que a assistência seja contínua. 
Integração horizontal: consiste na 
articulação ou fusão de unidades e 
serviços de saúde de mesma natureza ou 
especialidade. É utilizada para otimizar a 
escala de atividades, ampliar a cobertura e 
a eficiência econômica na provisão de 
ações e serviços de saúde através de 
ganhos de escala. 
Integração vert ical : cons is te na 
articulação de diversas organizações ou 
un idades de p rodução de saúde 
responsáveis por ações e serviços de 
n a t u r e z a d i f e r e n c i a d a , s e n d o 
complementar (agregando resolutividade e 
qualidade nesse processo). 
P r o c e s s o d e s u b s t i t u i ç ã o : 
reagrupamento contínuo de recursos entre 
e dentro dos serviços de saúde para 
explorar soluções melhores e de menores 
custos, em função das demandas e das 
necessidades da população e dos 
recursos disponíveis. 
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Regiões de saúde: a organização da 
RAS exige a definição da região de saúde 
que implica na definição dos seus limites 
geográficos e sua população e no 
estabelecimento do rol de ações e 
serviços que serão ofertados nessa região 
de saúde. 
 
Dentro dos fundamentos houve a 
mudança da RAS. 
 
 
Antes era um s is tema p i ramida l , 
hierarquizado e fragmentado, no qual só 
se tinha acesso à atenção terciária 
passando pela primária e secundária. 
Essa concepção hierárquica piramidal foi 
substituída pela organização em redes 
poliárquicas de atenção à saúde, em que. 
respei tando-se as d i ferenças nas 
densidades tecnológicas, rompem-se as 
relações verticalizadas, conformando-se 
redes policêntricas horizontais 
Atributos da RAS: 
o População e território definidos com 
conhecimento de suas necessidades que 
determinam a oferta de serviços de saúde: 
• Extensa gama de estabelecimentos de 
saúde que pres ta serv iços de 
promoção, prevenção, diagnóstico, 
t r a t a m e n t o , g e s t ã o d e c a s o s , 
reabilitação e cuidados paliativos e 
integra os programas focalizados em 
doenças , r i scos e popu lações 
especificas, os serviços de saúde 
individuais e os coletivos. 
• A t e n ç ã o P r i m á r i a e m S a ú d e 
estruturada como ponto de atenção e 
po r ta de en t rada do s i s t ema , 
constituída de equipe multidisciplinar 
q u e c o b r e t o d a a p o p u l a ç ã o , 
integrando, coordenando o cuidado e 
atendendo às suas necessidades de 
saúde. 
• Prestação de serviços especializados 
em lugar adequado. 
• Ex i s tênc ia de mecan ismos de 
coordenação, continuidade de cuidado 
e integração assistencial por todo o 
continuo da atenção. 
• A tenção à saúde cen t rada no 
indivíduo, na família e na comunidade, 
tendo em conta as particularidades 
culturais e de gênero, assim como, a 
diversidade da população. 
• Sistema de governança único para 
toda a rede com o propósito de criar 
uma missão, visão e estratégias nas 
organizações que compõem a região 
de saúde. 
• Participação social ampla. 
• Gestão integrada dos sistemas de 
apoio administrativo, clínico e logístico: 
• Recursos humanos suf ic ientes, 
competentes, comprometidos e com 
incentivos pelo alcance de metas da 
rede: 
• Sistema de informação integrado que 
vincula todos os membros da rede, 
com identificação de dados por sexo, 
idade, lugar de residência, origem 
étnica e outras variáveis pertinentes. 
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• Financiamento tripartite, garantido e 
suficiente, alinhado com as metas da 
rede. 
• Ação intersetorial e abordagem dos 
determinantes da saúde e da equidade 
em saúde. 
• Gestão baseada em resultado. 
Ferramentas de micro-gestão dos serviços 
Diretrizes clínicas: Os guias de prática 
cínica e protocolos assistenciais orientam 
as linhas de cuidado e viabilizam a 
comunicação entre as equipes e serviços, 
programação de ações e padronização de 
determinados recursos. 
Linhas de cuidado: Visa à coordenação 
ao longo do cuidado assistencial, através 
da pactuação/contratualização e a 
conectividade de papeis e de tarefas dos 
d i f e r e n t e sp o n t o s d e a t e n ç ã o e 
profissionais. 
Gestão da condição de saúde: É a 
mudança de um modelo de atenção 
focada no individuo, por meio de 
p r o c e d i m e n t o s c u r a t i v i s t a s e 
reabilitadores, para uma abordagem 
baseada na população adscrita, que 
identifica pessoas em risco de adoecer ou 
adoecidas, com foco na promoção da 
saúde e/ou ação preventiva, ou a atenção 
adequada, com intervenção precoce, com 
vistas a alcançar melhores resultados e 
menores custos. 
Gestão de caso: É um processo que se 
d e s e n v o l v e e n t r e o p r o f i s s i o n a l 
responsável pelo caso e o usuário do 
serviço de saúde para planejar, monitorar 
e avaliar ações e serviços, de acordo com 
as necessidades da pessoa, com o 
objetivo de propiciar uma atenção de 
qualidade e humanizada. 
Auditoria clínica: É uma análise clínica 
da qualidade do serviço prestado dento da 
comunidade, observando os custos e 
gastos dentro do orçamento das políticas 
públicas. Tem-se a auditoria implícita, 
explicita e por meio de eventos-sentinelas. 
Lista de espera: Tecnologia que 
normal iza o uso de serv iços em 
determinados pontos de atenção à saúde, 
estabelecendo critérios de ordenamento 
por necessidades e riscos, promovendo a 
transparência. 
Elementos constitutivos do RAS 
População e região de saúde: a RAS 
deve ser capaz de identificar claramente a 
população e a área geográfica sob sua 
responsabilidade. 
APS: centro de comunicação que ordena 
a rede de atenção, coordena o cuidado, 
possui território definido e população 
adscrita. 
Pontos de atenção secundários e 
terciários: formados por especialistas 
para onde os pacientes são encaminhados 
para suprir suas necessidades e possuem 
serviços mais complexos como os 
hospitais. 
Sistemas de apoio à rede de atenção: 
engloba o sistema de apoio diagnóstico e 
terapêutico, sistema de assistência 
farmacêutica, teleassistência e sistemas 
de informação a saúde. 
Sistemas logísticos: engloba o sistema 
de acesso regulado, registro eletrônico em 
saúde e sistema de transporte em saúde. 
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Sistema de governança: constitui-se de 
complexos mecanismos, processos, 
relações e instituições através das quais 
os cidadãos e os grupos sociais articulam 
seus interesses, exercem seus direitos e 
obrigações e mediam suas diferenças. 
Diretrizes e estratégias para implementação 
da RAS 
• Fortalecer a APS para realizar a 
coordenação do cuidado e ordenar a 
organização das redes de atenção. 
• Fortalecer o papel do Conselho de 
Gestão Regional no processo de 
governança da RAS. 
• Fortalecer a integração das ações de 
âmbito coletivo da vigilância em saúde 
com as da assistência (âmbito 
individual e clínico), gerenciando o 
c o n h e c i m e n t o n e c e s s á r i o à 
implantação e acompanhamento da 
RAS e o gerenciamento de risco e de 
agravos à saúde. 
• Fortalecer a política de gestão do 
trabalho e da educação na saúde na 
RAS. 
• I m p l e m e n t a r o s i s t e m a d e 
planejamento da RAS. 
• Desenvolver os sistemas logísticos e 
de apoio da RAS: 
• F inanc iamen to do S i s tema na 
perspectiva da RAS 
RAS credenciada 
Rede psicossocial 
 
Rede cegonha 
 
Rede hospitalar 
 
 
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