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TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO P4 MT3

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TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
TEMA: RESÍDUOS HOSPITALARES
Objetivos de aprendizagem:
1. Classificar os resíduos hospitalares segundo as normas sanitárias
2. Descrever o manejo e o tratamento dos resíduos hospitalares
3. Compreender os cuidados ambientais para a prevenção de doenças
infectocontagiosas
4. Descrever o fluxo de atendimento e conduta para os acidentes com suspeita
de contaminação* (*IMPORTANTE PARA A PROVA)
1. Classificar os resíduos hospitalares segundo as normas sanitárias
De acordo com a definição publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
resíduos hospitalares ou resíduos de serviços de saúde (RSS) são todos os descartes
produzidos por estabelecimentos da saúde, como centros de pesquisa, hospitais,
laboratórios e unidades de atendimento da saúde humana ou animal. Por suas
características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não
tratamento prévio à sua disposição final.
RDC 222/18: Esta Resolução se aplica aos geradores de resíduos de serviços de
saúde – RSS cujas atividades envolvam qualquer etapa do gerenciamento dos RSS; sejam
eles públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem
ações de ensino e pesquisa; Para efeito desta resolução, definem-se como geradores de
RSS todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde
humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios analíticos de
produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de
embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal;
drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa
na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos, importadores, distribuidores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e
tatuagem, salões de beleza e estética, dentre outros afins.
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
→ GRUPO A (RISCO BIOLÓGICO)
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção.
Subgrupo A1
Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados; descarte de vacinas de
microrganismos vivos, atenuados ou inativados; meios de cultura e instrumentais utilizados
para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de
manipulação genética.
Resíduos resultantes da atividade de ensino e pesquisa ou atenção à saúde de
indivíduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes
classe de risco 4, microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação
ou causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo
mecanismo de transmissão seja desconhecido.
Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
oriundas de coleta incompleta.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou
líquidos corpóreos na forma livre.
Subgrupo A2
Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos, bem como
suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de
microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de disseminação, que foram
submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou confirmação diagnóstica.
Subgrupo A3
Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais
vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha
havido requisição pelo paciente ou seus familiares.
Subgrupo A4
Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.
Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.
Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter
agentes classe de risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de
disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou
com suspeita de contaminação com príons.
Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.
Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
Peças anatômicas (órgãos e tecidos), incluindo a placenta, e outros resíduos
provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de
confirmação diagnóstica.
Cadáveres, carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de
animais não submetidos a processos de experimentação com inoculação de
microrganismos.
Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
Subgrupo A5
Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos
suspeitos ou confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de
indivíduos ou animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos
e fluidos de alta infectividade para príons.
GRUPO B (RISCO QUÍMICO)
Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade
e quantidade.
Produtos farmacêuticos
Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais
pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
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Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).
Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
Demais produtos considerados perigosos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos.
GRUPO C (REJEITOS RADIOATIVOS)
Qualquer material que contenha radionuclídeo em quantidade superior aos níveis de
dispensa especificados em norma da CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou
não prevista.
Enquadra-se neste grupo o rejeito radioativo, proveniente de laboratório de pesquisa
e ensino na área da saúde, laboratório de análise clínica, serviço de medicina nuclear e
radioterapia, segundo Resolução da CNEN e Plano de Proteção Radiológica aprovado para
a instalação radiativa.
GRUPO D (LIXO COMUM)
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de
vestuário, gorros e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em
antissepsia e hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em
contato com sangue ou líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros
similares não classificados como A1.
Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
Resto alimentar de refeitório.
Resíduos provenientes das áreas administrativas.
Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.
Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.Pelos de animais.
GRUPO E (PERFUROCORTANTES)
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de
bisturi, lancetas; tubos capilares; ponteiras de micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas;
e todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea
e placas de Petri) e outros similares.
2. Descrever o manejo e o tratamento dos resíduos hospitalares
Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, o gerenciamento dos resíduos
de serviços de saúde (RSS) é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão.
Estes procedimentos são planejados e implementados a partir de bases científicas e
técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos de
serviços de saúde e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de
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João Marcos Carvalho - P4
forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos
recursos naturais e do meio ambiente.
O gerenciamento inicia pelo planejamento dos recursos físicos e dos recursos
materiais necessários, culminando na capacitação dos recursos humanos envolvidos.
Todo laboratório gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde - PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados.
O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas federais, estaduais e
municipais, e ainda deve estar de acordo com os procedimentos institucionais de
Biossegurança, relativos à coleta, transporte e disposição final.
→ Manejo
O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de ações voltadas ao
gerenciamento dos resíduos gerados. Deve focar os aspectos intra e extra-estabelecimento,
indo desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas:
1) Segregação
Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo
com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos
envolvidos. (A, B, C, D, E)
2) Acondicionamento
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que
evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes
de acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos resistentes à ruptura e
vazamento e impermeáveis, de acordo com a NBR 9191/2000 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT). Deve ser respeitado o limite de peso de cada saco, além de ser
proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento.
Colocar os sacos em coletores de material lavável, resistente ao processo de
descontaminação utilizado pelo laboratório, com tampa provida de sistema de abertura sem
contato manual, e possuir cantos arredondados.
Os resíduos perfurocortantes devem ser acondicionados em recipientes resistentes à
punctura, ruptura e vazamento, e ao processo de descontaminação utilizado pelo
laboratório.
3) Identificação
Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o reconhecimento dos resíduos contidos
nos sacos e recipientes, fornecendo informações sobre o correto manejo dos RSS.
Os sacos de acondicionamento, os recipientes de coleta interna e externa, os
recipientes de transporte interno e externo, e os locais de armazenamento devem ser
identificados de tal forma a permitir fácil visualização, de forma indelével, utilizando-se
símbolos, cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR 7.500 da
ABNT, além de outras exigências relacionadas à identificação de conteúdo e ao risco
específico de cada grupo de resíduos.
O Grupo A de resíduos é identificado pelo símbolo internacional de risco biológico,
com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.
O Grupo B é identificado através do símbolo de risco associado, de acordo com a
NBR 7500 da ABNT e com discriminação de substância química e frases de risco.
O Grupo C é representado pelo símbolo internacional de presença de radiação
ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos, acrescido
da expressão “Rejeito Radioativo”.
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O Grupo D são resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico
à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares
O Grupo E possui a inscrição de RESÍDUO PERFUROCORTANTE, indicando o
risco que apresenta o resíduo
4) Transporte Interno
Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até local
destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente
definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e
medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser
feito separadamente de acordo com o grupo de resíduos e em recipientes específicos a
cada grupo de resíduos.
Os carros para transporte interno devem ser constituídos de material rígido, lavável,
impermeável, resistente ao processo de descontaminação determinado pelo laboratório,
provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas
arredondados, e identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo neles
contidos. Devem ser providos de rodas revestidas de material que reduza o ruído. Os
recipientes com mais de 400 L de capacidade devem possuir válvula de dreno no fundo. O
uso de recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga permitidos para o
transporte pelos trabalhadores, conforme normas reguladoras do Ministério do Trabalho e
Emprego.
5) Armazenamento Temporário
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do
estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à
apresentação para coleta externa. Não pode ser feito armazenamento temporário com
disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em
recipientes de acondicionamento.
O armazenamento temporário pode ser dispensado nos casos em que a distância
entre o ponto de geração e o armazenamento externo justifiquem.
A área destinada à guarda dos carros de transporte interno de resíduos deve ter
pisos e paredes lisas, laváveis e resistentes ao processo de descontaminação utilizado. O
piso deve, ainda, ser resistente ao tráfego dos carros coletores. Deve possuir ponto de
iluminação artificial e área suficiente para armazenar, no mínimo, dois carros coletores, para
translado posterior até a área de armazenamento externo. Quando a sala for exclusiva para
o armazenamento de resíduos, deve estar identificada como “Sala de Resíduos”.
Não é permitida a retirada dos sacos de resíduos de dentro dos recipientes ali
estacionados.
Os resíduos de fácil putrefação que venham a ser coletados por período superior a
24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob refrigeração, e quando não
for possível, serem submetidos a outro método de conservação.
O armazenamento de resíduos químicos deve atender à NBR 12235 da ABNT.
6) Tratamento
O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou
esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em condições de segurança e eficácia
comprovada, no local de geração, a fim de modificar as características químicas, físicas ou
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
biológicas dos resíduos e promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes
nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.
Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de
licenciamento ambiental,de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são
passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio
ambiente.
O processo de esterilização por vapor úmido, ou seja, autoclavação, não de
licenciamento ambiental. A eficácia do processo deve ser feita através de controles químicos
e biológicos, periódicos, e devem ser registrados.
Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido
na Resolução CONAMA nº. 316/2002.
7) Armazenamento Externo
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. Neste
local não é permitido a manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali
estacionados.
8) Coleta e Transporte Externos
Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até
a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da
população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de
limpeza urbana.
A coleta e transporte externos dos resíduos de serviços de saúde devem ser
realizados de acordo com as normas NBR 12.810 e NBR 14652 da ABNT.
9) Disposição Final
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,
obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental
de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.
O tratamento faz parte da destinação, pois consiste na aplicação de processo que
modifique as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo ou
eliminando o risco de dano ao meio ambiente ou à saúde pública, após tratamento
disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente preparados para
recebê-los. (Aterro sanitário ou Incinerador de resíduos)
ATENÇÃO:
Somente os rejeitos do grupo D que não são recicláveis devem ser encaminhados ao
aterro sanitário.
Após coleta dos resíduos para posterior destinação final, a empresa responsável
deve emitir à instituição geradora um manifesto de transporte de resíduos - MTR, esse
documento contém dados do gerador, tipo e quantidade de resíduos, dados do transportador
e dados do local de destinação final.
O documento deve estar assinado pelo gerador, pelo transportador e pelo
destinatário dos resíduos, ficando uma cópia com cada um destes. O documento deve ficar
armazenado na área contratante do serviço pelo prazo mínimo de cinco anos.
Manejo GRUPO A
Os sacos brancos leitosos e vermelhos utilizados para o acondicionamento dos
resíduos sólidos do grupo A devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua
capacidade ou o mais breve possível em casos de resíduos de fácil putrefação.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
Descartar os resíduos sólidos infectantes, nos recipientes com sacos plásticos de cor
branca, encaminhar para o abrigo interno (sala de utilidades) para posterior coleta interna e
armazenamento em abrigo externo onde será realizada a coleta externa para destinação
final, incineração;
Resíduos de Grupo A1 e A2 devem receber tratamento intrahospitalar como é o caso
de resíduos laboratoriais e vacinas que devem ser submetidos à autoclave 121ºC e
recolhidos em saco branco como resíduo biológico.
Os resíduos do Grupo A4 não precisam de tratamento intrahospitalar por tanto
devem ser armazenados no saco branco e encaminhado para o abrigo de resíduos e
posterior coleta pela empresa responsável.
ATENÇÃO:
As peças anatômicas deverão ser acondicionadas em saco vermelho, caso
necessário, utilizar um segundo saco, devendo este ser lacrado e identificado “PEÇAS
ANATÔMICAS”, deve ser realizada caracterização, listar as peças, informar formalmente ao
setor de Hotelaria Hospitalar quais as peças e encaminhá-las ao abrigo de resíduos onde
será pesado para posterior coleta e incineração.
Identificação de membros com o nome do paciente após prévio acordo e encaminhar
para sepultamento, cremação, incineração ou outra destinação licenciada pelo órgão
ambiental competente.
Acondicionamento de blocos de parafina em saco branco e descarte como resíduo
infectante.
Para os resíduos do subgrupo A5, utilizar dois sacos vermelhos como barreira de
proteção, com preenchimento somente até 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o
esvaziamento ou reaproveitamento, na ausência do saco vermelho e em acordo com as
empresas responsáveis pela coleta e incineração utilizar o saco branco.
Manejo GRUPO B
Medicações vencidas devem ser recolhidas pela farmácia dispensadas em
bombonas, realizada caracterização com nome das medicações, onde será encaminhada a
Hotelaria Hospitalar para que o profissional da coleta recolha o material para o abrigo de
resíduos e acione as empresas da coleta e tratamento para posterior destinação final.
Resíduos de equipamentos do laboratório devem ser inativados com hipoclorito a
2,5% (conforme pop da instituição) e descartado na rede de esgoto no local de sua geração.
Em relação ao Xilol e Formol o serviço de anatomia patológica deve realizar uma
caracterização encaminhar ao serviço de Hotelaria Hospitalar para que possa ser informado
as empresas responsáveis pela coleta e tratamento e posterior destinação final.
Glutaraldeído 2% residual deve ser neutralizado com Bissulfito de sódio 2%(
conforme pop da instituição) e descartado na rede de esgoto no local de sua geração.
ATENÇÃO:
Os resíduos químicos devem ser acondicionados em sacos plásticos na cor laranja
com simbologia de resíduo tóxico e encaminhado para incineração.
As embalagens primárias vazias de produtos químicos com algum tipo de
periculosidade, submetidas à limpeza com técnicas validadas ou reconhecidas, são
consideradas rejeitos e devem ser encaminhadas para disposição final ambientalmente
adequada.
Os reveladores utilizados em radiologia devem ser tratados, podendo ser submetidos
a processo de neutralização para alcançarem pH entre 7 e 9 e serem posteriormente
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
lançados na rede coletora de esgoto com tratamento, atendendo às determinações dos
órgãos de meio ambiente e do serviço de saneamento.
Os fixadores usados em radiologia, quando não submetidos a processo de
recuperação da prata, devem ser encaminhados para tratamento antes da disposição final
ambientalmente adequada.
O descarte de pilhas, baterias, acumuladores de carga e lâmpadas fluorescentes
deve ser feito de acordo com as normas ambientais vigentes/Logística reversa retornando
ao fabricante. Caso não retorne ao fabricante deve ser contratada empresa para coleta
destes.
Quadro com substâncias que devem ser segregadas, acondicionadas e identificadas
separadamente:
Manejo GRUPO C
Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com o radionuclídeo ou
natureza da radiação, estado físico, concentração e taxa de exposição. Seu
acondicionamento deve ser adequado às características físicas, químicas, biológicas e
radiológicas dos rejeitos, possuir vedação e ter o seu conteúdo identificado, conforme
especificado nas normas vigentes.
Os RSS químicos radioativos devem ser acondicionados em coletores próprios,
identificados quanto aos riscos radiológico e químico presentes, e armazenados no local de
decaimento até atingir o limite de dispensa.
Os rejeitos radioativos devem ser armazenados em condições adequadas, para o
decaimento do elemento radioativo, podendo ser realizado na própria sala de manipulação
ou em sala específica, identificada como "SALA DE DECAIMENTO".
Manejo GRUPO D
Descartar os resíduos comuns não recicláveis desde que não estejam contaminados
por produtos químicos, radioativos ou materiais infectantes, nos recipientes com sacos
plásticos de cor preta, deve ser encaminhado para o abrigo interno (sala de utilidades) para
posterior coleta interna e armazenamento em abrigo externo onde será realizada a coleta
externa para destinação final no aterro municipal;
TUT06- PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
Reciclagem:
Processo de transformação dos resíduos sólidos, transformando suas propriedades
físicas, químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos;
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado
por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;
A PNRS tem como objetivo: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Entre os instrumentos definidos pela PNRS estão a coleta seletiva; os sistemas de
logística reversa; o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas e outras
formas de associação dos catadores de materiais recicláveis, e o Sistema Nacional de
Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).
Os contentores e coletores, assim como os sacos plásticos ou quaisquer outros
recipientes de acondicionamento de resíduos deverão ser identificados com as cores
padronizadas pela Resolução CONAMA n° 275/01: Amarelo (metal em geral), Azul (papel,
papelão), Branco (resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde), cinza (resíduo geral não
reciclável ou misto, ou contaminado não passível de separação), Laranja (resíduos
perigosos), Marrom (resíduos orgânicos), Preto (madeira), Roxo (resíduos radioativos),
Verde (vidro), Vermelho (plástico).
ATENÇÃO:
Os efluentes líquidos podem ser lançados em rede coletora de esgotos. O
lançamento de rejeitos líquidos em rede coletora de esgotos, conectada à estação de
tratamento, deve atender às normas ambientais e às diretrizes do serviço de saneamento.
Artigos e materiais utilizados na área de trabalho, incluindo vestimentas e
Equipamento de Proteção Individual (EPI), desde que não apresentem sinais ou suspeita de
contaminação química, biológica ou radiológica, podem ter seu manejo realizado como RSS
do Grupo D.
Só podem ser destinadas para compostagem forrações de animais de biotérios que
não tenham risco biológico associado, os resíduos de flores, podas de árvores, jardinagem,
sobras de alimentos e de seu pré-preparo, restos alimentares de refeitórios e restos
alimentares de pacientes que não estejam em isolamento.
Os restos e sobras de alimentos só podem ser utilizados como rações animais se
forem submetidos a processo que garanta a inocuidade do composto, com a concordância
do órgão competente do Ministério da Agricultura e de Vigilância Sanitária.
Manejo GRUPO E
Os materiais perfurocortantes devem ser descartados em recipientes identificados,
rígidos, providos com tampa, resistentes à punctura, ruptura e vazamento. Devendo estes
recipientes serem substituídos de acordo com a demanda ou quando o nível de
preenchimento atingir 3/4 (três quartos) da capacidade ou de acordo com as instruções do
fabricante, sendo proibidos seu esvaziamento manual e seu reaproveitamento.
Após o lacre da caixa que deve ser realizado pela equipe de enfermagem a mesma
deve ser envolvida em saco branco leitoso identificado e encaminhado para o abrigo interno
(sala de utilidades) para posterior coleta interna e armazenamento em abrigo externo onde
será realizada a coleta externa para destinação final.
ATENÇÃO:
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
Os RSS do Grupo E, quando contaminados por agentes biológicos, químicos e
substâncias radioativas, devem ter seu manejo de acordo com cada classe de risco
associada.
É permitida a separação do conjunto seringa agulha com auxílio de dispositivos de
segurança, sendo vedada a desconexão e o reencape manual de agulhas.
Perfurocortantes radioativos devem ser transportados do local de geração até o local
de armazenamento para decaimento em recipiente blindado.
3. Compreender os cuidados ambientais para a prevenção de doenças
infectocontagiosas (?) DAR UMA OLHADA NESSE OBJETIVO EM OUTRAS
FONTES
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Saúde Ambiental são todos
aqueles aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que estão determinados
por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente. Também
se refere à teoria e prática de prevenir ou controlar tais fatores de risco que, potencialmente,
possam prejudicar a saúde de gerações atuais e futuras (OMS, 1993).
Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde (SINVAS)
O Sinvas é um sistema de característica multiinstitucional e multidisciplinar criado
para atuar em vigilância ambiental, estando inserido no arcabouço da vigilância à saúde.
Visando a efetivar a implantação da vigilância ambiental em saúde no Brasil, o Sinvas tem
como objetivos principais:
- normatizar os principais parâmetros, atribuições, procedimentos e ações
relacionadas à vigilância ambiental em saúde nas diversas instâncias de
competência;
- identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores condicionantes e
determinantes das doenças e agravos à saúde relacionados aos ambientes naturais
e antrópicos;
- intervir, com ações diretas de responsabilidade do setor ou demandando para outros
setores, com vistas a eliminar os principais fatores ambientais de riscos à saúde
humana;
- promover ações junto aos órgãos afins, para proteção, controle e recuperação da
saúde e do meio ambiente, quando relacionadas aos riscos à saúde humana;
- conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento
visando ao fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e
qualidade de vida.
Assim sendo, as atribuições da vigilância ambiental em saúde são pertinentes aos
processos de integração, processamento e interpretação de informações visando ao
conhecimento dos problemas de saúde existentes, relacionados aos fatores ambientais, sua
priorização para tomadas de decisão e execução de ações relativas às atividades de
promoção, prevenção e controle recomendadas e executadas por este sistema e sua
permanente avaliação.
Como características norteadoras do sistema de vigilância destacam-se:
- ser um sistema descentralizado, em cada esfera de governo, observando os
princípios gerais que orientam as ações de saúde no SUS, quais sejam: de
universalidade do acesso, integralidade das ações, eqüidade no atendimento e
solidariedade no financiamento;
- promover ações para a melhoria da saúde humana;
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
- colaborar na proteção e recuperação do meio ambiente visando à promoção da
saúde humana;
- participar da formulação de políticas das áreas de meio ambiente e saúde.
Em relação à atuação da vigilância ambiental em saúde em todas as esferas de
governo, o Sinvas destaca a necessidade de articulação constante com os diferentes
agentes institucionais públicos, privados e com a comunidade para que as ações integradas
sejam implementadas de forma eficiente, a fim de assegurar que os setores assumam suas
responsabilidades de atuar sobre os problemas de saúde e ambiente em suas respectivas
áreas.
A vigilância ambiental em saúde tem como universo de atuação todos os fatores
ambientais de riscos que interferem na saúde humana com as inter-relações entre o homem
e o ambiente nos dois sentidos. Considerando que tais fatores ambientais abrangem fatores
físicos, químicos, biológicos e antrópicos, com uma grande diversidade nas respectivas
áreas, implicando em formas diferenciadas de abordagem tanto para a vigilância quanto
para o controle dos riscos, a vigilância ambiental em saúde divide-se em duas grandes
subáreas:
- vigilância e controle de fatores de risco biológicos;
- vigilância e controle de fatores de risco não biológicos.
Estas subáreas de atuação englobam atividades que devem ser prioritariamente
tratadas na estruturação das ações integradas na vigilância ambiental em saúde, onde se
destacam:
- desenvolvimento de estudos e métodospara ações integradas em saúde e as
relacionadas com a Agenda 21;
- diagnóstico da situação de saúde e ambiente no Brasil, nos estados e municípios;
- definição de linhas de pesquisa e estudos em saúde e ambiente, visando à adoção
de novas abordagens para o enfrentamento dos problemas surgidos pela adoção de
novas tecnologias do setor produtivo e às formas de consumo;
- estabelecimento de sistema de informação integrado visando aos indicadores de
desenvolvimento sustentável;
- avaliação de riscos de locais e/ou atividades relativas aos processos produtivos que
tenham impacto para a saúde e o ambiente;
- apoio na implementação de banco de dados para o Sistema de Vigilância Ambiental
em Saúde.
Vigilância e controle de fatores de risco biológicos
Em relação aos fatores de risco biológicos para a saúde humana, já existe uma longa
e histórica atuação do setor saúde, tanto nos aspectos de vigilância, quanto em relação ao
controle, podendo-se listar as ações do setor quanto às chamadas doenças transmitidas por
vetores, hospedeiros e reservatórios (malária, febre amarela, dengue, esquistossomose,
leptospirose, raiva, etc.).
A abordagem da vigilância dos fatores de risco biológicos objetiva viabilizar ações
integradas de vigilância e controle desses fatores permitindo que se tenha uma maior
efetividade de ações e maximização dos recursos aplicados.
Quanto aos fatores de risco não biológicos para a saúde humana, a atuação do setor
saúde esteve predominantemente voltada para aspectos relacionados às questões
assistenciais, tratando diretamente os indivíduos quanto aos impactos dos produtos e
atividades envolvendo tais fatores.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
Destes destaca-se que a vigilância ambiental em saúde tem necessariamente um
caráter integrador inter e intrassetorial, considerando-se que é impossível realizar atividades
de vigilância e controle de riscos ambientais para a saúde humana, relacionados a qualquer
de seus fatores, sem uma avaliação e ação conjunta de todos os setores envolvidos com o
ambiente e a saúde humana em um determinado território.
A divisão operacional entre fatores de risco biológicos e não biológicos não implica a
dissociação entre tais áreas. A necessidade de integração é imprescindível inclusive com a
vigilância epidemiológica.
A vigilância ambiental dos fatores de risco biológicos apresenta três áreas de
agregação que são: 1) vetores; 2) hospedeiros e reservatórios; e 3) animais
peçonhentos.
- Vetores: A vigilância e controle de fatores de risco biológicos relacionados aos
vetores (Anopheles, Aedes aegypti, Culex, Flebótomos e Triatomíneos) de doenças
(malária, febre amarela, dengue, etc.) têm como finalidade o mapeamento de áreas
de risco em determinados territórios, utilizando a vigilância entomológica
(características, presença, índices de infestação, avaliação da eficácia dos métodos
de controle, etc.), ações de controle (químico, biológico ou físico) e as relações com
a vigilância epidemiológica quanto à incidência e prevalência destas doenças e do
impacto das ações utilizadas.
- Hospedeiros e reservatórios: A vigilância e controle de fatores de risco biológicos
relacionados aos hospedeiros e aos reservatórios (caramujos, cães/gatos, morcegos,
roedores, sagüis, raposas, suínos/bovinos e aves) de doenças (raiva, leishmaniose,
equinococose, leptospirose, peste, chagas, sarna, toxoplasmose, etc.) têm como
finalidade o mapeamento de áreas de risco em determinados territórios utilizando a
vigilância, ações de controle e as relações com a vigilância epidemiológica quanto à
incidência e prevalência dessas doenças e do impacto das ações utilizadas.
- Animais peçonhentos: A vigilância e controle de fatores de risco biológicos
relacionados a animais peçonhentos (serpentes, escorpiões, aranhas, heminópteros
e lepidópteros), que podem resultar em acidentes de interesse para a saúde pública,
têm como finalidade o mapeamento de áreas de risco em determinados territórios,
ações de controle e as relações com a vigilância epidemiológica para avaliação dos
acidentes e das medidas de controle utilizadas.
Vigilância e controle de fatores de risco não biológicos
A vigilância ambiental dos fatores de risco não biológicos apresenta, por sua vez,
também, três áreas de agregação: 1) água de consumo humano; 2) contaminantes
ambientais; e 3) desastres naturais e acidentes com produtos perigosos.
- Água para consumo humano: A vigilância e controle de poluentes ambientais têm
como finalidade o mapeamento de áreas de risco em determinado território,
mantendo a constante vigilância desses poluentes, de forma a minimizar os riscos de
doenças decorrentes da exposição aos mesmos, quer seja na atmosfera, nas
coleções hídricas ou no solo. Caracteriza-se por uma série de ações,
compreendendo a identificação de poluentes, de fontes de poluição e de
modificações no meio ambiente que derivem em risco à saúde. O levantamento de
dados e a análise dessas informações, incluindo a coleta de amostras, para exames
laboratoriais e para o cruzamento dessas informações com outras variáveis
epidemiológicas e ambientais, são definidas como ações de controle. Em situações
detectadas como de risco iminente à saúde, decorrente de poluição ambiental,
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
algumas ações de controle poderão ser realizadas pelo setor saúde e também
demandadas aos responsáveis por essa poluição ambiental quando for o caso.
- Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos: Na vigilância e controle
de desastres naturais são enfatizados os riscos e os efeitos causados à saúde
decorrentes de eventos relacionados a inundações, a secas, a desmoronamentos e a
incêndios em vegetações. A integração com as instituições locais que atuam nas
situações de emergência é imprescindível para o levantamento e análise das
informações referentes às situações de risco e aos efeitos dos desastres naturais
sobre a população e as repercussões nos serviços de saúde. Acidentes com
produtos perigosos são eventos ou situações perigosas provocadas por descargas
acidentais de substâncias que envolvam riscos para a saúde humana ou para o meio
ambiente. As atividades de vigilância e controle são articuladas com as instituições
que atuam com a prevenção, preparação para emergências e respostas aos
acidentes químicos.
4. Descrever o fluxo de atendimento e conduta para os acidentes com suspeita de
contaminação
Recomendações:
Condutas após o acidente:
1) Cuidado com a área exposta:
- Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou
cutânea.
- Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução
salina fisiológica
- Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a expressão do local do ferimento
reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de antisséptico não é
contra-indicado.
- Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como
cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído,
hipoclorito de sódio) também está contra-indicada.
2) Avaliação do acidente:
- Estabelecer o material biológico envolvido: sangue, fluidos orgânicos potencialmente
infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, líquido pleural,
peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes
(suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue.
- Tipo de acidente: perfurocortante, contato com mucosa, contato com pele com
solução de continuidade.
- Conhecimento da fonte: fonte comprovadamente infectada ou exposta à situação de
risco ou fonte com origem fora do ambiente de trabalho; Fonte desconhecida.
3) Aconselhar o acidentado:
- Com relação ao risco do acidente.
- Possível uso de quimioprofilaxia.
- Consentimento para realização de exames sorológicos.
- Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses.
- Prevenção da transmissão secundária.
- Suporte emocional devido ao estresse pós-acidente.- Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas: linfoadenopatia,
rash, dor de garganta, sintomas de gripe (sugestivos de soroconversão aguda).
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
- Reforçar a prática de biossegurança e precauções básicas em serviço.
4) Notificação do acidente (CAT/Sinan):
- Registro do acidente em CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).
- Preenchimento da ficha de notificação do Sinan (Portaria n.º 777) (BRASIL, 2004a).
Como deve ser avaliado a exposição no acidente com material biológico?
Deve ocorrer imediatamente após o acidente e, inicialmente, basear-se em uma
adequada anamnese do acidente, caracterização do paciente fonte, análise do risco,
notificação do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto.
A exposição ocupacional a material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial de
transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios:
a. Tipo de exposição
b. Tipo e quantidade de fluido e tecido
c. Status sorológico do acidentado
d. Susceptibilidade do profissional exposto
No que tange ao tipo de exposição as exposições ocupacionais podem ser:
- Exposições percutâneas: lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou
cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias).
- Exposições em mucosas: respingos em olhos, nariz, boca e genitália.
- Exposições em pele não-íntegra: por exemplo: contato com pele com dermatite,
feridas abertas, mordeduras humanas consideradas como exposição de risco,
quando envolverem a presença de sangue. Nesses casos, tanto o indivíduo que
provocou a lesão, quanto aquele que foi lesado, devem ser avaliados.
Quanto ao tipo de fluido e de tecido, as exposições de maior gravidade envolvem:
Maior volume de sangue: Lesões profundas provocadas por material cortante. Presença de
sangue visível no instrumento. Acidentes com agulhas previamente utilizadas em veia ou
artéria de paciente-fonte. Acidentes com agulhas de grosso calibre. Agulhas com lúmen.
Maior inoculação viral:
- Paciente-fonte com HIV/AIDS em estágio avançado
- Infecção aguda pelo HIV
- Situações de viremia elevada
- Deve-se observar, no entanto, que há a possibilidade de transmissão, mesmo
quando a carga viral for baixa e quando houver a presença de pequeno volume de
sangue.
Deve-se observar o status sorológico da fonte, ou seja, a origem do acidente. O
paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à infecção pelo HIV, hepatite B e hepatite C, no
momento da ocorrência do acidente. Somente serão consideradas as informações
disponíveis no prontuário sobre resultados de exames laboratoriais, história clínica prévia e
diagnóstico de admissão se positivos para determinada infecção (HIV, HBV, HCV).
Quando a fonte é conhecida:
- Caso a fonte seja conhecida mas sem informação de seu status sorológico, é
necessário orientar o profissional acidentado sobre a importância da realização dos
exames HBsAg, Anti-HBc , Anti-HCV e Anti-HIV.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
- Deve ser utilizado o teste rápido para HIV, sempre que disponível, junto com os
exames acima especificados.
- Caso haja recusa ou impossibilidade de realizar os testes, considerar o diagnóstico
médico, sintomas e história de situação de risco para aquisição de HIV, HBC e HCV.
- Exames de detecção viral não são recomendados como testes de triagem.
Quando a fonte é desconhecida:
- Levar em conta a probabilidade clínica e epidemiológica de infecção pelo HIV, HCV,
HBV – prevalência de infecção naquela população, local onde o material perfurante
foi encontrado (emergência, bloco cirúrgico, diálise), procedimento ao qual ele esteve
associado, presença ou não de sangue, etc.
O risco de transmissão de algum patógeno, após um acidente com material
perfurocortante, depende de vários fatores. O primeiro é o próprio patógeno. No caso do
HIV, o risco estimado após acidente por material perfurocortante contaminado é em torno de
0,23%. No HCV, estima-se o risco em cerca de 1,8%. Já na HBV, depende da pessoa-fonte
estar em período de replicação viral. Caso esteja, o risco é de 22-31% da pessoa exposta
(acidentada) desenvolver hepatite clínica e de 37-62% para conversão sorológica de
infecção. Se não estiver em fase replicante, o risco é de 1-6% para a hepatite clínica e de
23-37% para soroconversão.
→ Condutas frente à exposição ao HIV
Paciente-fonte HIV positivo: Um paciente-fonte é considerado infectado pelo HIV
quando há documentação de exames Anti-HIV positivos ou o diagnóstico clínico de aids.
- Conduta: análise do acidente e indicação de quimioprofilaxia anti-retroviral
(ARV)/Profilaxia Pós-Exposição (PPE), conforme o fluxograma.
Paciente-fonte HIV negativo: Envolve a existência de documentação laboratorial
disponível e recente (até 60 dias para o HIV) ou no momento do acidente, através do teste
convencional ou do teste rápido.
- Conduta: Não está indicada a quimioprofilaxia anti-retroviral.
Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida: Um paciente-fonte com
situação sorológica desconhecida deve, sempre que possível, ser testado para o vírus HIV,
depois de obtido o seu consentimento; deve-se colher também sorologias para HBV e HCV.
Paciente-fonte desconhecido: Na impossibilidade de se colher as sorologias do
paciente-fonte ou de não se conhecer o mesmo (p.ex., acidente com agulha encontrada no
lixo), recomenda-se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo
de exposição, dados clínicos e epidemiológicos.
Indicação da Profilaxia Pós-Exposição (PEP):
Quando indicada, a PEP deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas
primeiras duas horas após o acidente. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia
não é eficaz quando iniciada de 24 a 48 horas após a exposição. Recomenda-se que o
prazo máximo, para início de PEP, seja de até 72 horas após o acidente. A duração da
quimioprofilaxia é de 28 dias. Atualmente, existem diferentes medicamentos anti-retrovirais
potencialmente úteis, embora nem todos indicados para PEP, com atuações em diferentes
fases do ciclo de replicação viral do HIV.
- OBS: Mulheres em idade fértil: oferecer o teste de gravidez para aquelas que não
sabem informar sobre a possibilidade de gestação em curso. Nos casos em que se
suspeita que o paciente-fonte apresenta resistência aos anti-retrovirais, iniciar a PEP
com os anti-retrovirais habituais e encaminhar o acidentado para um especialista.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
Esquemas PEP:
Os esquemas preferenciais para PPE estabelecidos pelo Ministério da Saúde são:
1) Básico: – ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) – Preferencialmente
combinados em um mesmo comprimido.
2) Expandido: AZT + 3TC + INDINAVIR OU NELFINAVIR.
Doses habitualmente utilizadas na infecção pelo HIV/aids devem ser prescritas nos
esquemas de PPE. O esquema padrão de AZT (zidovudina) associado à 3TC (lamivudina)
está indicado para a maioria das exposições.
O esquema preferencial da profilaxia para o HIV é feito com antirretrovirais (ARV),
sendo eles o Tenofovir (TDF)/Lamivudina (3TC) e Dolutegravir (DTG), na dose de 01
comprimido coformulado de TDF/3TC 300mg/300mg, uma vez ao dia, associado a 01
comprimido DTG 50mg, também uma vez ao dia. A duração total da profilaxia é de 28
dias.
Para a escolha do esquema profilático em exposições envolvendo pacientes-fonte
infectados pelo HIV/aids, deve-se avaliar a história prévia e atual de uso dos anti-retrovirais
e os parâmetros que possam sugerir a presença de vírus resistentes como o tratamento
anti-retroviral prolongado e a ocorrência, durante o tratamento, de progressão clínica,
aumento de RNA viral, queda dos níveis de linfócitos CD4+ e falta de resposta na troca do
esquema medicamentoso.
Medicamentos anti-retrovirais diferentes do esquema padrão podem ser indicados
quando há suspeita de exposição a cepas virais resistentes. Nestes casos, uma avaliação
criteriosa deve ser feita por médicos especialistas na área de infecção pelo HIV/aids.
Ressalta-se quea falta de um especialista, no momento imediato do atendimento
pós-exposição, não é razão suficiente para retardar o início da quimioprofilaxia. Nestes
casos, recomenda-se o uso dos esquemas habituais (como AZT + 3TC + IP) até que o
profissional acidentado seja reavaliado quanto à adequação da PPE, iniciada
preferencialmente nas duas primeiras horas, dentro do prazo ideal de até 72 horas após a
exposição.
Prevenção à transmissão secundária: Nos casos de exposição ao HIV, o
profissional acidentado deve realizar atividade sexual com proteção pelo período de
seguimento, mas principalmente nas primeiras seis a 12 semanas pós-exposição. Deve
também evitar: gravidez, doação de sangue, plasma, órgãos, tecidos e sêmen. O
aleitamento materno deve ser interrompido.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
→ Condutas frente à exposição ao HBV
As recomendações vão depender do status sorológico do paciente fonte e dos níveis
de Anti-HBs do profissional acidentado. A dosagem de anticorpos, para verificação de
imunidade passiva, após a aplicação de IGHAHB, deve aguardar um período de três a seis
meses.
Com o objetivo de excluir a possibilidade da fonte ou acidentado estarem na janela
imunológica de um quadro agudo ou em fase de convalescença de hepatite B, quando o
HBs Ag pode ser negativo, solicita-se também o Anti-HBc Total para o acidentado. Os
acidentados cuja fonte for HBs Ag positiva, Anti-HBc Total positiva ou desconhecida e não
estiverem imunizados para hepatite B, devem entrar em protocolo de seguimento realizando
HBs Ag, três e seis meses após o acidente.
A vacina atual para HBV é aplicada, na dosagem de 10 a 20 mcg/ml (conforme o
fabricante), no esquema de três doses, exclusivamente em deltóide, com intervalos de zero,
um e seis meses.
Após obter-se uma dosagem de Anti-HBs Ag >10 UI/l não estão indicadas dosagens
posteriores. As pessoas que fizeram um esquema vacinal completo e não respondem à
vacinação, ou seja, Anti-HBs < 10 UI/ L, devem receber uma dose de reforço, testar
novamente o nível de anticorpos e, caso continuem não-respondedoras, devem receber
mais duas doses de vacina e após um a três meses realizar o Anti-HBs. Se ainda
persistirem não-respondedoras, são indicadas outras doses da vacina convencional ou a
vacina “hiperantigênica”.
Não há nenhuma restrição quanto às atividades laborais, para as pessoas que não
responderam à vacinação para hepatite B. No entanto, caso sofram acidente com material
biológico, elas devem procurar o serviço médico de referência com a maior brevidade para
avaliar a necessidade de profilaxia pós-exposição. As pessoas que trabalham nos centros
de hemodiálise e que são não-respondedoras devem realizar Anti-HBc e HBs Ag a cada seis
meses.
Prevenção da transmissão secundária: : O profissional de saúde exposto ao vírus
da hepatite B precisa tomar precauções especiais para transmissão secundária, durante o
período de seguimento. Deve evitar doação de sangue, plasma, órgãos, tecidos ou sêmen.
Deve adotar práticas sexuais seguras e interromper o aleitamento materno.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
→ Condutas frente à exposição ao HCV
Até o momento não existe nenhuma profilaxia pós-exposição contra o HCV. A
incubação do HCV é de duas a 24 semanas (em média seis a sete semanas). Pode ocorrer
alteração na TGP em torno de 15 dias e a positividade do RNA-HCV (PCR – reação em
cadeia da polimerase) aparece entre oito e 21 dias. O Anti-HCV (3.ª geração) já pode ser
detectado cerca de seis semanas após a exposição. Considerando que a positivação do
Anti-HCV pode ser tardia e que grande parte dos profissionais acidentados terão a
eliminação espontânea do vírus até 70 dias após a exposição, é recomendada a realização
do RNA-VHC qualitativo (que já se apresenta detectável dias após a contaminação) 90 dias
após a data do acidente. Caso positivo, o profissional acidentado será orientado a realizar o
tratamento.
Dessa forma, o acompanhamento preconizado para trabalhadores que se
acidentaram com fonte HCV positiva ou desconhecida consiste na realização dos seguintes
exames:
Em caso de soroconversão deve-se realizar teste confirmatório por PCR. Quando se
identifica precocemente a infecção pelo HCV, o acidentado deve ser informado sobre a
possibilidade de tratamento e encaminhado para um serviço de referência.
Prevenção da transmissão secundária: O profissional de saúde exposto ao vírus
da hepatite C precisa tomar precauções especiais para transmissão secundária, durante o
período de seguimento. Deve evitar doação de sangue, plasma, órgãos, tecidos ou sêmen.
Sugere-se adotar práticas sexuais seguras e evitar a gravidez. Não há necessidade de
interromper o aleitamento materno.
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
João Marcos Carvalho - P4
Vigilância
Está centrado na Ficha de Investigação do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan) que levará ao registro do acidente de trabalho nos níveis municipal e
estadual, cabendo ao órgão local o acompanhamento e a fiscalização dos locais de trabalho
com maior incidência de acidentes de trabalho.
Registros
Todos os casos de acidente com material biológico devem ser comunicados ao INSS
por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e ao Ministério da Saúde por meio
do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), conforme previsto na Portaria
n.º 777, de 28 de abril de 2004, do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004a). Além disso, a
instituição deve manter um registro interno com os dados do acidente: setor em que ocorreu,
data e hora do acidente, função que exerce o acidentado, tipo de acidente (contato com
mucosa, perfurocortante, pele íntegra, pele lesada), material biológico implicado (sangue,
soro, outros), uso de EPI, modo e condições que podem ter favorecido a ocorrência do
acidente (falta de espaço nas coletas no leito, paciente agitado, descarte inadequado,
recapeamento de agulha, etc).
De posse desses dados deve-se proceder da seguinte maneira:
1) Relacionar todos os motivos implicados na geração dos acidentes.
2) Verificar os motivos mais frequentes.
3) Iniciar o processo de busca de soluções.
4) Implementar as ações corretivas como parte de um projeto piloto.
5) Verificar a eficácia das mesmas nesse projeto.
6) Finalmente, adotar as ações corretivas como rotina.
DIRETRIZES LEGAIS
- A Lei nº 12.305/2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo
sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os
perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos
instrumentos econômicos aplicáveis.
- RDC nº 222/2018 da Anvisa Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos
Resíduos de Serviços de Saúde.
- RDC nº 306/2004 da Anvisa dispõe sobre o Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
- A Resolução Conama nº 358/2005 dispõe sobre o tratamento e a disposição final
dos resíduos dos serviços de saúde, preocupando-se com os riscos ao meio
ambiente.
- Resolução Conama nº 275/2001 no 117-E, dispõe sobre o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
- NBR 12810/2016 esta norma fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna e
externa dos resíduos de serviços de saúde, sob condições de higiene e segurança.
- NBR 7500 esta norma estabelece os símbolos convencionais e seu
dimensionamento, para serem aplicados nas unidades de transporte e nas
TUT06 - PROBLEMA 1 - FECHAMENTO
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embalagens para indicação dos riscos e dos cuidados a tomar no seu manuseio,
transporte e armazenamento, de acordo com a carga contida.
- ABNT NBR 10.004 esta norma classifica os resíduos sólidos quanto aos seus
riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser
gerenciados adequadamente.
- Portaria 344/98 aprova o regulamento técnicosobre substâncias e medicamentos
sujeitos a controle especial.
- Norma Regulamentadora 32 - NR 32 estabelece as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores
dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção
e assistência à saúde em geral.
- Norma Regulamentadora 7 – NR 7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e
implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, docência Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da
saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

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