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UFF - IME - Departamento de Matemática Aplicada Gabarito da Segunda avaliação presencial AS2- 11h às 13h - 30/11/2022 1. Considere a função f(x) = ex x+ 1 , definida em seu maior domı́nio posśıvel. (a) Determine, caso existam, as asśıntotas verticais do gráfico de f e os limites laterais nessas asśıntotas. (b) Determine os limites no infinito e, caso existam, as asśıntotas horizontais do gráfico de f . (c) Determine em quais intervalos a função é crescente e em quais ela é decrescente, apresentando os pontos de máximo ou mı́nimo locais, se existirem. (d) Determine os intervalos onde f tem concavidade para baixo e onde tem concavidade para cima. Determine também os pontos de inflexão, caso existam. (e) Faça um esboço do gráfico, utilizando todas as informações dos itens anteriores. Solução: (a) Como o domı́nio de f é R\{−1} e a função é cont́ınua, por ser o quociente de funções cont́ınuas, então poderá ter asśıntota vertical somente em x = −1. Como lim x→−1− f(x) = lim x→−1− ex x+ 1 = −∞, pois e−1 > 0 e analogamente lim x→−1+ f(x) = lim x→−1+ ex x+ 1 = +∞, conclúımos que x = −1 é asśıntota vertical bilateral. (b) Para verificar se tem asśıntotas horizontais, estudaremos os limites da função no infinito. Como lim x→−∞ f(x) = lim x→−∞ ex x+ 1 = 0, o gráfico de f tem asśıntota horizontal y = 0 quando x tende para −∞. Por outro lado, ao calcular o limite lim x→+∞ f(x) = lim x→+∞ ex x+ 1 , obtemos uma indeterminação do tipo [∞/∞] e usando a regra de l’Hospital obtemos: lim x→+∞ ex x+ 1 = [∞/∞] lim x→+∞ ex 1 = lim x→+∞ ex = +∞. Portanto o gráfico de f não tem asśıntota horizontal quando x tende para +∞. (c) Para estudar os intervalos de crescimento e decrescimento da função, estudamos o sinal da primeira derivada. Usando a regra de derivação do quociente, temos: f ′(x) = ex(x+ 1)− ex (x+ 1)2 = xex (x+ 1)2 Como ex > 0 e (x + 1)2 > 0 para todo x ∈ R \ {−1}, então o sinal da derivada de f depende apenas do sinal do polinômio de primeiro grau x. x (−∞,−1) −1 (−1, 0) 0 (0,+∞) f ′(x) − ND − 0 + f(x) decresce ND decresce 1 cresce Assim, conclúımos que, a função é decrescente nos intervalos (−∞,−1) e (−1, 0) e é crescente no intervalo (0,+∞). Pelo teste da primeira derivada vemos que x = 0 é ponto de mı́nimo local. (d) Para estudar os intervalos onde a concavidade está voltada para baixo ou para cima, estudamos o sinal da segunda derivada. Usando, novamente, a regra de derivação do quociente, temos: f ′′(x) = (ex + xex)(x+ 1)2 − xex · 2(x+ 1) (x+ 1)4 = ex(x2 + 1) (x+ 1)3 . Como ex > 0 e x2 + 1 > 0 para todo x ∈ R, então o sinal da segunda derivada de f depende apenas do sinal do polinômio de segundo grau (x+ 1)3. x (−∞,−1) −1 (−1,+∞) f ′′(x) − ND + f(x) ∩ ND ∪ Assim, conclúımos que, o gráfico da função tem concavidade para cima no intervalo (−1,+∞) e tem concavidade para baixo no intervalo (−∞,−1). Como a função não está definida no ponto x = −1, então o gráfico não tem pontos de inflexão. (e) Usando as informações obtidas nos itens anteriores, podemos esboçar o gráfico da função: 2. Determine os pontos sobre a elipse de equação x2 + y2 = xy + 6, tais que a reta tangente é paralela à reta y = x. Solução: Derivando implicitamente, em relação a x, a equação x2 + y2 = xy + 6, obtemos: 2x+ 2yy′ = y + xy′ ⇔ (2y − x)y′ = y − 2x ⇔ y′ = y − 2x 2y − x . A reta tangente à elipse é paralela à reta y = x, nos pontos onde y′ = 1, ou seja, nos pontos onde 2y − x = y − 2x e portanto y = −x. Substituindo na equação da elipse o y por −x obtemos: x2 + x2 = −x2 + 6 ⇔ 3x2 = 6 ⇔ x2 = 2 ⇔ x = ± √ 2. Portanto os pontos da elipse onde a reta tangente é horizontal são:( − √ 2, √ 2 ) e (√ 2,− √ 2 ) . 3. Encontre dois números x, y ∈ (0, 50) cuja soma seja 50 e a diferença x − 121 y seja máxima. [A solução seria 11 e 39] Solução: Como x+ y = 50 ⇒ y = 50− x, assim temos que maximizar a função f(x) = x− 121 50− x , para 0 < x < 50 Vamos então estudar a primeira derivada de f . Como f ′(x) = 1− 121 (50− x)2 = (50− x)2 − 121 (50− x)2 = x2 − 100x+ 2379 (5− x)2 , podemos ver que • f ′(x) = 0 ⇔ x = 39, pois 0 < x < 50 • f ′(x) < 0 ⇔ 39 < x < 50 • f ′(x) > 0 ⇔ 0 < x < 39 Pelo teste da primeira derivada obtemos que x = 39 é ponto de máximo local e absoluto de f . Então, a diferença x− 121 y será máxima quando x = 39 e y = 11. E o valor da diferença é 28. 4. Calcule os limites abaixo, caso existam. (a) lim x→0+ ln(x) tg(x) (b) lim x→0+ (1 + 3x) 1 x Solução: (a) lim x→0+ ln(x) tg(x) = [0·∞] lim x→0+ ln(x) cotg(x) = [∞/∞],LH lim x→0+ 1 x −cossec2(x) = lim x→0+ −sen(x)sen(x) x = [0/0] lim x→0+ −sen(x)sen(x) x = 0, pois lim x→0+ −sen(x) = 0 e pelo Limite trigonométrico fundamental lim x→0+ sen(x) x = 1 (b) lim x→0+ (1 + 3x) 1 x = [1∞] lim x→0+ e ln ( (1+3x) 1 x ) = lim x→0+ e ln(1+3x) x Vamos então calcular o limite lim x→0+ ln (1 + 3x) x , que é uma indeterminação do tipo [0/0] e usando L’Hospital, obtemos lim x→0+ ln (1 + 3x) x = lim x→0+ 3 1+3x 1 = lim x→0+ 3 1 + 3x = 3 Portanto o nosso limite original é lim x→0+ (1 + 3x) 1 x = e3. 5. Decida se cada afirmativa é falsa ou verdadeira. Justifique fazendo os cálculos ou utilizando alguma definição ou resultado estudado. (a) Se f : R → R é diferenciável e tal que f(0) = 3, f(1) = 2 e f(2) = 4, podemos garantir que existem c1, c2 ∈ (0, 2) tais que f ′(c1) = −1 e f ′(c2) = 1/2. (b) Se f(x) = x3 − x2 + 4x − 1, x ∈ R, então a função f é invert́ıvel em R, f−1(3) = 1 e (f−1) ′ (3) = 1 25 . Solução: (a) A afirmação é verdadeira. Como a função f é diferenciável, podemos aplicar o Torema do Valor médio no intervalo [0, 1] e obtemos que existe c1 tal que f ′(c1) = f(1)−f(0) 1−0 = 2−3 = −1. Analogamente, aplicando o TVM no intervalo [0, 2] vemos que existe c2 tal que f ′(c2) = f(2)−f(0) 2−0 = 4−3 2 = 1 2 . (b) A afirmação é falsa. Como a função f é diferenciável e f ′(x) = 3x2−2x+4 = 3 ( x− 1 3 )2 + 11 3 > 0, então f é estritamente crescente e portanto injetiva, logo é invert́ıvel em R. Além disso, como f(1) = 3 então f−1(3) = 1 e ( f−1 )′ (3) = 1 f ′(1) = 1 5 ̸= 1 25 .
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