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27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 1/27 TRABALHO E SUBJETIVIDADE UNIDADE 4 – COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Autoria: Patricia Kinast de Camillis – Revisão técnica: Sandra Regina Santana Costa 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 2/27 Introdução Hoje em dia, já é consenso que as habilidades humanas no ambiente organizacional são de extrema importância. Essa temática geral é estudada dentro do que chamamos de comportamento organizacional (CO), um campo de estudos que busca compreender como indivı́duos, grupos e a estrutura do ambiente de trabalho impactam o comportamento dos colaboradores. Os objetivos dos estudos são melhorar a e�icácia organizacional e trazer benefı́cios às pessoas (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010). O comportamento organizacional estuda três elementos que determinam as ações nas empresas: indivı́duos, grupos e estrutura. Nesta unidade, veremos alguns aspectos relacionados a esses determinantes. Com relação ao grupo, trataremos de trabalho em equipe e comportamento em conjunto, além de questões acerca de liderança; no que tange à estrutura, o foco será a comunicação organizacional; para estudar o indivı́duo, analisaremos suas atitudes, crenças e valores. Bons estudos! 4.1 Trabalho em equipe Você já ouviu que “duas cabeças pensam melhor que uma”? Cada vez mais, as empresas têm estruturado o trabalho no formato de equipes com o objetivo de melhorar o desempenho organizacional. Porém, segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), evidências apontam que os grupos são superiores apenas quando existem certos elementos combinados. O grupo ou equipe é superior ao indivı́duo quando há diversidade entre os membros, quando os participantes são capazes de comunicar suas ideias de forma aberta e livre e quando a tarefa a ser realizada é complexa. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 3/27 Existem autores que não diferenciam grupo e equipe, porém, o cotidiano organizacional tem mostrado que existe diferença entre uma mera união de pessoas, um grupo de trabalho e uma equipe de trabalho. Spector (2006) a�irma que equipe é um tipo de grupo com caracterı́sticas próprias: os membros realizam ações interdependentes e coordenadas, possuem papéis especı́�icos e tarefas com o mesmo objetivo. Fiorelli (2018) ainda acrescenta que as equipes dispõem de senso de identidade. No grupo de trabalho, de acordo com Spector (2006), as pessoas dividem tarefas e apresentam objetivos inter-relacionados. Assim, todas as equipes são grupos, mas nem todos os grupos são equipes. Dessa forma, os conceitos e análises que veremos a seguir tratam de grupo, mas podem ser estendidos às equipes. 4.1.1 Fundamentos do comportamento em grupo Para compreendermos os fundamentos do comportamento em grupo, precisamos de�inir e classi�icar os grupos e aprender a identi�icar seus estágios de desenvolvimento. Vamos lá? Robbins, Judge e Sobral (2011, p. 262) de�inem que um grupo é composto de “[...] dois ou mais indivı́duos, interdependentes e interativos que se reúnem visando a atingir determinado objetivo”. Os grupos se dividem, basicamente, entre formais e informais, mas há subdivisões. A seguir, veja as caracterı́sticas que distinguem essas duas tipologias. Grupos formais VOCÊ QUER LER? A Revista da SBDG, que está disponıv́el no site da Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo, possui diversos artigos interessantes. Aqui, sugerimos a leitura do texto O trabalho coletivo entre líderes: ampliando a concepção do líder-herói nas organizações, dos psicólogos Patrıćia Martins Fagundes Cabral e Nedio Seminotti, disponıv́el em: http://www.sbdg.org.br/arquivos/REVISTA-N4/018a028.pdf (http://www.sbdg.org.br/arquivos/REVISTA-N4/018a028.pdf ). Depois dessa leitura inicial, recomendamos que você navegue pelo site da Revista da SBDG e escolha outros tıt́ulos para aprofundar seu aprendizado. Aproveite os conteúdos! • http://www.sbdg.org.br/arquivos/REVISTA-N4/018a028.pdf 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 4/27 São aqueles de�inidos pela estrutura da organização. Com atribuições e tarefas especı�́icas necessárias à realização de um trabalho, geralmente possuem metas organizacionais que acabam por dirigir o comportamento dos membros. Grupos informais Não têm estrutura formal. Conhecidos como espontâneos, eles surgem como resposta à necessidade de interação social. Nas organizações, os grupos informais também afetam o comportamento e desempenho dos indivıd́uos. Na subdivisão dos grupos, temos quatro classi�icações: de comando, de tarefa, de interesse e de amizade. Grupos de comando são determinados pelo organograma da organização, no qual os membros se reportam ao superior imediato. Os grupos de tarefa são organizados pela empresa visando à realização de determinada tarefa; entretanto, não estão limitados às relações de comando. Por exemplo, um grupo de tarefa pode ser formado por membros de diferentes grupos de comando para a realização de uma tarefa especı́�ica. A coordenação das atividades pode ser de�inida entre os membros do grupo e, assim que o trabalho for concluı́do, o grupo se desfaz. Nas organizações, “[...] todos os grupos de comando são também grupos de tarefa, mas nem todos os grupos de tarefa são grupos de comando” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011, p. 263). Esses dois tipos de grupos são formais. Temos ainda os grupos de interesse, que se formam porque as pessoas querem atingir um objetivo comum pelo qual cada indivı́duo se interessa. Por exemplo, dentro das organizações, os funcionários podem se reunir para tentar mudar algo, como as condições de trabalho e o esquema de férias. Por �im, existem os grupos de amizade, nos quais as pessoas possuem caracterı́sticas comuns que as aproximam. São alianças sociais que costumam extrapolar o ambiente de trabalho, cuja formação tem motivos diversos (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). Esses dois últimos grupos são informais. Nesse contexto, vale destacar a Teoria da Identidade Social, desenvolvida pelo psicólogo polonês Henri Tajfel (1919-1982) e pelo polı́tico e advogado canadense John Turner (1929-2020) em 1986. Ela ajuda a explicar o motivo pelo qual nós formamos grupos. Para Robbins, Judge e Sobral (2011), essa concepção teórica a�irma que os indivı́duos expressam reações emocionais frente ao fracasso ou sucesso do grupo com o qual se identi�icam, pois a autoestima �ica ligada ao desempenho grupal. Isso ocorre porque desenvolvemos várias identidades sociais durante a vida que nos ajudam a entender quem somos e onde nos encaixamos nas relações com os outros indivı́duos. Entretanto, as identidades sociais podem ter um lado negativo: o favoritismo intragrupo, que faz com que enxerguemos os membros do nosso grupo como pessoas melhores que as outras (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). A identidade social possui caracterı́sticas importantes, conforme explicam Robbins, Judge e Sobral (2011). • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 5/27 Similaridade E� comum pessoas que possuem os mesmos valores ou caracterı́sticas apresentarem um grau mais elevado de proximidade e identi�icação de grupo. Distinção As pessoas tendem a notar as identidades que as diferem de outros grupos. Embora busquemos pertencer a grupos com os quais nos identi�icamos, faz parte da nossa identidade social termos distinções, as quais fortalecem nossa identidade. Status E�usual buscarmos nos conectar a grupos com status superiores, já que usamos nossa identidade para nos de�inir e aumentar nossa autoestima. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 6/27 Também é importante compreendermos os estágios de desenvolvimento do grupo para conseguirmos identi�icá-los nas organizações, de modo a colaborar para seu desenvolvimento ou encerramento, caso necessário. Segundo Robbins, Judge, Sobral (2011), Albuquerque e Puente-Palácios (2014), o modelo mais utilizado é o dos cinco estágios. A primeira etapa é a de formação, em que os membros estão buscando descobrir quais são os comportamentos aceitáveis no grupo. E� um estágio de incertezas quanto a propósito, liderança e estrutura, o qual se conclui quando os membros começam a se ver como parte do grupo. A segunda fase é a da tormenta, na qual é comum haver con�litos com relação ao controle do grupo e aos limites impostos à individualidade. Quando essa etapa é concluı́da, há uma liderança clara. O terceiro estágio é o da normatização, no qual o grupo passa a demonstrar coesão e sentido de identidade coletiva. Assim que ele se completa, a estrutura do grupo se solidi�ica; criam-se expectativas comuns e há a de�inição dos comportamentos esperados (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011; ALBUQUERQUE; PUENTE- PALA� CIOS, 2014). A quarta etapa é a de desempenho (para grupos permanentes, é o último estágio). A estrutura se torna funcional e é aceita; a energia do grupo está direcionada para a realização articulada das tarefas. Por �im, os grupos temporários, que possuem uma tarefa especı́�ica e com prazo determinado para cumprimento, passam pelo estágio �inal de interrupção, que prepara o grupo para sua dissolução. Alguns membros podem se mostrar otimistas nessa etapa, porém, alguns �icam abatidos por sentirem a perda da amizade que nasceu do convı́vio em grupo (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011; ALBUQUERQUE; PUENTE- PALA� CIOS, 2014). E� preciso pontuar que os grupos nem sempre passam de uma etapa para outra de forma linear e que pode haver sobreposição ou regressão entre os estágios. Redução da incerteza Pertencer a um grupo, muitas vezes, ajuda as pessoas a compreender quem são e como se encaixam no mundo. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 7/27 #PraCegoVer: na foto, de fundo cinza, há seis pessoas sentadas lado a lado sorrindo abraçadas. Da esquerda para a direita, aparecem: um homem de camisa de manga comprida cinza escuro; uma mulher negra com várias tranças �inas até o ombro vestindo uma blusa de manga comprida de cor creme; um jovem oriental vestindo camiseta branca com listras pretas, casaco preto e com um par de óculos pendurado na camiseta; um homem de barba, bigode e óculos vestindo camisa de manga comprida azul e gravata cinza; uma mulher loira de cabelos curtos usando uma blusa de mangas compridas creme e um colar longo; uma jovem negra com os cabelos levemente loiros e volumosos presos no topo da cabeça vestindo uma blusa de tricô marrom. Uma temática bastante atual com relação a grupos e equipes de trabalho é a diversidade. Muitos gestores ainda questionam se uma corporação diversa ajuda ou atrapalha no desempenho do grupo. De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2011), pesquisas realizadas no inı́cio dos anos 2000 mostravam que a diversidade pode ajudar, mas também atrapalhar. Por exemplo, a pluralidade demográ�ica (de gênero, idade, raça ou etnia) é neutra, enquanto a intelectual e a mistura de pessoas conscienciosas e interessadas em trabalho com outras pouco envolvidas com as tarefas atrapalham o desempenho. Já os grupos com diferentes tipos de especializações e educação são mais e�icientes que os homogêneos. Entretanto, as diferenças podem ser alavancadas com o objetivo de haver um desempenho superior. Aqui está a importância da gestão da diversidade nas organizações: os grupos formados por indivı́duos diversos podem ser mais e�icazes se seus lı́deres conseguirem mostrar aos membros o quanto possuem em comum na busca pelo sucesso do grupo ou da equipe (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). Nos últimos anos, esse debate tem crescido na sociedade brasileira e gerado uma consciência social a favor da diversidade nas organizações, a qual exige uma atenção maior das empresas, especialmente com relação à diversidade de gênero e sexual (GOMES FILHO et al., 2020). 4.1.2 Compreendendo as equipes de trabalho De acordo com Fiorelli (2018), se uma equipe possui metas e objetivos bem de�inidos, seus membros demonstram um comportamento voltado à e�icácia, além de comprometimento, que provém do vı́nculo emocional existente entre os indivı́duos. Entretanto, o autor aponta vantagens e desvantagens no trabalho em Figura 1 - Equipes de trabalho com diversidade Fonte: PeopleImages, Mediapool, 2020. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 8/27 equipe, as quais precisam ser equilibradas. As vantagens que se destacam são: melhor tratamento das informações: equipes conseguem comparar com mais transparência suas percepções e pensamentos a respeito das informações, o que reduz interpretações subjetivas. Com confiança mútua e respeito, as equipes proporcionam aos membros mais segurança para expor suas opiniões e avaliações (FIORELLI, 2018); #PraCegoVer: ao redor de uma mesa de cor clara sobre a qual aparecem um notebook e algumas xı́caras de porcelana branca, cinco pessoas realizam uma reunião. O grupo é formado por três pro�issionais de saúde (dois homens e uma mulher), que vestem jalecos azuis caracterı́sticos, e por um homem e uma mulher que aparentam ser ligados a negócios, porque estão vestindo roupas sociais (o homem está usando terno e gravata; a mulher, um casaco social). Atrás, há uma grande tela com grá�icos coloridos, para a qual uma mulher de cabelos loiros usando jaleco azul claro está virada enquanto faz anotações em uma prancheta. redução da ansiedade em situações de incerteza: isso ocorre porque as equipes favorecem o apoio mútuo e compartilham a experiência da ansiedade, o que contribui para enfrentarem melhor esse sentimento. Além disso, os grupos são um espaço seguro para experimentar novos comportamentos quando as transformações do ambiente exigem; maior geração de ideias: resultado de diferenças de conhecimentos, habilidades e de capacidades de associação de ideias (FIORELLI, 2018). Entretanto, como já foi apontado, as equipes que exploram dão sustentação ou viabilizam ideias de • Figura 2 - Equipe com diferentes habilidades e conhecimentos Fonte: sturti, Mediapool, 2020. • • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&cd… 9/27 pessoas altamente criativas e inteligentes, que têm mais chances de serem altamente produtivas (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2001); interpretação mais flexível dos fatos e situações: as equipes, em geral, desenvolvem esquemas menos rígidos de pensamento. Assim, com a confrontação de diferentes esquemas de pensamentos dos profissionais, a equipe chega a um pensamento mais flexível; maior probabilidade de evitar erros de julgamento: está relacionado ao fato de haver diferentes esquemas de pensamento, que se originam de variadas visões de mundo e experiências pessoais. Esse conjunto de pensamentos, visões de mundo e experiências enriquece as avaliações, que são importantes nas tomadas de decisão; simplificação da supervisão: para tal, as equipes devem ter objetivos e metas bem definidos, porque essa delimitação permite a existência de comportamentos que estão de acordo com os padrões de procedimentos estabelecidos.Os profissionais da equipe realizam entre si uma supervisão informal para que todos sigam os padrões, a qual facilitada pelo vínculo emocional existente nas equipes, o que promove o comprometimento; simplificação das comunicações interpessoais: equipes, em sua maioria, prescindem da estrutura formal para se comunicar e fazem com que a transmissão de informações seja mais ágil entre seus membros; fidelidade às decisões tomadas: segundo Fiorelli (2018, p. 153), “[...] os integrantes de uma equipe costumam ser mais fiéis a decisões em colegiado do que as tomadas individualmente”. Isso porque as equipes, geralmente, envolvem-se nas decisões e criam deliberações mais coletivas e elaboradas por intermédio de consenso; maior aceitação às diferenças individuais: essa receptividade acontece porque há sentimento de identidade e emoções favoráveis à compreensão recíproca dos membros da equipe. Isso reduz conflitos desnecessários por diminuir a ansiedade • • • • • • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 10/27 relacionada à incerteza da aceitação, o que contribui para aumentar a produtividade. Essa vantagem também se reflete no combate ao preconceito no ambiente de trabalho, uma vez que a equipe consegue lidar melhor com as diferenças; melhor aproveitamento das potencialidades individuais: com a aceitação das diferenças, a equipe pode se tornar cada vez mais integrada e ter maior conhecimento mútuo de suas habilidades e deficiências. Quando o profissional consegue dispor de mais oportunidades para mostrar suas aptidões e desenvolver sua criatividade, suas tensões tendem a reduzir e, além disso, aumentam na equipe a integração e o suporte mútuo; mais chance de sucesso em ações complexas: mudanças organizacionais conduzidas por equipes têm mais chance de serem bem-sucedidas. As equipes têm maior capacidade de influenciar pessoas, visto que são mais aceitas como modelo de comportamento do que indivíduos sozinhos. Os demais integrantes da organização percebem que a equipe é fiel às decisões tomadas, o que aumenta a aceitação das propostas de mudança ou outras ações complexas que precisam ser realizadas na organização (FIORELLI, 2018). • • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 11/27 Por outro lado, é importante compreendermos que podem haver desvantagens no trabalho em grupo. Os gestores e pro�issionais da Psicologia Organizacional devem estar atentos a esses possı́veis pontos negativos das equipes de trabalho, relacionados por Fiorelli (2018): uso de informações para preservar o poder de integrantes ou da equipe: é uma estratégia às vezes inconsciente, feita no sentido de manter a coesão, a integridade e a segurança da equipe; inibição do exercício da perícia: conforme apontado por Robbins, Judge e Sobral (2011), nem sempre duas cabeças pensam melhor do que uma. O perito, por exemplo, atua com mais rapidez e eficácia do que um grupo de leigos. Porém, equipes excessivamente coesas podem inibir a atuação dos peritos como um mecanismo de defesa à sua coesão; criação da cultura de consenso obrigatório: a ideia de que o consenso é sempre a melhor alternativa para a tomada de decisões pode ser um esquema rígido de pensamento que faz CASO Integrantes de um televendas, estimulados pela supervisora, criaram um ritual diário: chegam um pouco antes do horário de inıćio das atividades e reúnem-se para conversar a respeito do trabalho e praticar exercıćios de alongamento corporal. Esse momento de concentração em grupo favorece o “espıŕito de equipe”, pois todos os participantes iniciam as atividades revigorados pelo sentimento de união. Nessas conversas, a equipe revisa as metas de desempenho e, com o auxıĺio da supervisora, desenvolve táticas de suporte mútuo na operação do sistema para dar conta de atrasos, afastamentos, treinamentos e integração de novos funcionários. Quando alguém enfrenta uma situação nova ou inusitada, anota suas observações para depois compartilhar com os demais membros para a troca de ideias. Nessa equipe, existe um forte sentimento de pertencimento, com elos emocionais que contribuem para que, em muitos momentos, os pro�issionais superem suas di�iculdades pessoais em benefıćio do resultado comum, embora cada colaborador atue individualmente em sua posição de atendimento. A equipe é tão entrosada que, mesmo durante a contingência do coronavıŕus, quando todos precisaram desenvolver o trabalho remoto, as reuniões migraram para o modelo virtual de forma muito rápida. • • • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 12/27 ideias divergentes soarem enfraquecedoras ou serem negadas pela maioria da equipe, suprimindo discordâncias essenciais; redução excessiva da supervisão: para Fiorelli (2018, p. 155), “[...] supervisores e gerentes que adquirem demasiada confiança no trabalho de suas equipes acabam por se distanciar dos acontecimentos”, o que compromete o conhecimento a respeito do cotidiano de trabalho; radicalização em torno das decisões tomadas: isso é prejudicial quando, mesmo constatada sua inadequação, a equipe resiste em revertê-la. As pessoas desenvolvem artifícios para justificar suas deliberações com receio de quebrar vínculos de fidelidade ou demonstrar fraqueza ao recuar; sentimento de identidade excessivo: é reflexo de esquemas rígidos de pensamento e pode dificultar a aceitação de novos integrantes, novas ideias e tendências ou atrapalhar a participação de especialistas e a busca por novas informações; comprometimento do profissionalismo: o envolvimento emocional excessivo pode levar à assunção de compromissos particulares entre os membros da equipe e colocar em risco o profissionalismo. As pessoas podem acobertar algumas ações a fim de proteger os colegas de trabalho; redução da ousadia em tomadas de decisão: existem questões culturais e psicológicas relevantes neste item. As equipes podem maximizar o sentimento de aversão ao risco à medida que esta for uma característica da maioria de seus integrantes. Além disso, a impossibilidade de atribuir responsabilidades individuais em decisões de equipes pode reduzir o cuidado na avaliação dos riscos. Atualmente, uma discussão que tem preocupado os gestores é a adaptação dos indivı́duos em equipes virtuais, uma vez que, devido à contingência da pandemia de covid-19, o trabalho remoto, que já vinha sendo praticado em algumas organizações, tornou-se necessário e, por vezes, a única alternativa para a continuidade das atividades em muitas empresas. Euko e Cazarini (2020) realizaram uma revisão sistemática da literatura a respeito do tema e chegaram a algumas conclusões importantes. De acordo com os autores, nesse contexto, as organizações devem direcionar seus esforços para três eixos de ações: o papel dos métodos de treinamentos, o domı́nio das ferramentas de tecnologia da informação e o desenvolvimento de relações baseadas na con�iança entre as pessoas. Além disso, a pesquisa mostra o importante papel de gestores e lı́deres na coordenação de equipes virtuais (EUKO; CAZARINI, 2020). • • • • • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 13/27 4.2 Comunicação organizacional Você conhece a frase “quem não se comunica se trumbica”? Se não, pesquise na internet quem foi o Chacrinha, comunicador de rádio e TV no Brasil entre os anos de 1950 e 1980. E� dele esse bordão. Mas qual é o signi�icado dessa frase? A comunicação de�icitária é provavelmente a principal fonte de con�litos interpessoais e de retrabalho nas organizações. A comunicação, contudo, é mais do quetransmitir uma informação ou intento; o signi�icado precisa ser compreendido. Por mais que uma ideia seja boa, se não for transmitida e compreendida pelos demais, não terá utilidade, e todo o esforço que evolveu a projeto terá sido em vão. A comunicação ocorre quando um pensamento ou ideia é transmitido de uma pessoa para outra de tal forma que a �igura mental percebida pelo transmissor é idêntica à �igura mental visualizada pelo receptor (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). Apesar de a teoria parecer simples, na prática a comunicação perfeita nem sempre é alcançada facilmente. 4.2.1 Funções e processos Em uma organização, a comunicação possui quatro funções básicas: controle, motivação, expressão emocional e informação (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). A organização possui hierarquia e orientações formais que devem ser seguidas, daı́ o propósito do controle. A comunicação informal também tem a função de controlar: quando um grupo hostiliza um colega que não age conforme esperado, o grupo busca monitorar seu comportamento. Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), a comunicação facilita a motivação na medida em que esclarece o que deve ser feito, qual deve ser o desempenho e como melhorá-lo. O feedback é uma boa fonte motivacional. Quanto ao papel de expressão emocional, considera-se que os grupos de trabalho são fontes de interação social e, assim, espaços para seus membros expressarem frustrações e satisfações. A função �inal da comunicação é facilitar a tomada de decisão, sendo necessário haver informações relevantes para identi�icar e avaliar alternativas. Entretanto, essa responsabilidade, para Robbins, Judge e Sobral (2011), não é mais importante do que as outras. Para seu bom desempenho, as organizações precisam ter controle sobre seus membros e estimular o esforço deles com meios para sua expressão emocional e informações para a tomada de decisões. A seguir, veja os elementos que participam do processo de comunicação. E� comum haver di�iculdades ou mesmo equı́vocos no processo de comunicação. Pode acontecer, por exemplo, a escolha de um canal inadequado. Emissor Tem uma mensagem a ser enviada e faz a sua codi�icação. O código pode ser a fala, a escrita, nossos gestos e nossas expressões. Canal Meio pelo qual a mensagem é transmitida. Selecionado pelo emissor, ele pode ser formal ou informal. Receptor Indivı́duo ao qual a mensagem se dirige e quem decodi�icará a mensagem, isto é, traduzirá seus sı́mbolos de modo compreensı́vel. Ruído Barreira à comunicação, como problemas de percepção, excesso de informações, di�iculdades semânticas, diferenças culturais – tudo que distorce a clareza da mensagem. Feedback Veri�ica se a transmissão foi bem-sucedida e se a mensagem foi compreendida ou não. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 14/27 4.2.2 Comunicação organizacional e questões atuais Atualmente, diante de tantos meios de comunicação, que oferecem volume e disponibilidade grandes de informação, as empresas devem se preocupar, cada vez mais, com dois desa�ios: o excesso informacional e a segurança da informação. #PraCegoVer: trata-se da imagem desfocada do tronco de uma mulher de negócios usando o celular. A pro�issional está vestindo camisa branca e casaco azul escuro com riscas. Com a mão direita, ela segura o aparelho, de cor cinza claro; com a mão esquerda, ela está digitando. Do lado direito, há várias luzes brancas, amarelas e azuis. Lidar com o excesso informacional é algo bastante complexo, visto que as organizações trabalham com informações o tempo todo. De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2011), grandes empresas, como Intel, Microsoft, Google e IBM, têm feito pesquisas com seus colaboradores para tentar lidar com a questão. Algumas ações são limitar contatos digitais e pessoais por um número determinado de horas durante o trabalho, permitir a conexão com tecnologia com menos frequência e monitorar o tempo gasto com e-mails não prioritários e navegação na web. A� medida que a tecnologia e a comunicação instantânea tornaram-se algo comum no ambiente organizacional, os colaboradores passaram a sentir que nunca conseguem �icar desconectados. Muitas vezes, isso é algo real no cotidiano de trabalho. Nesse contexto, os impactos negativos da comunicação podem extrapolar o ambiente empresarial e interferir na vida pessoal dos trabalhadores, com o aumento dos con�litos e dos nı́veis de estresse. Diante desse cenário de excesso de informações e conexão constante, a preocupação com a segurança das informações tem sido algo cada vez mais presente. O receio deixou de ser apenas com vı́rus e hackers; agora, há cuidados para evitar o vazamento de informações (quando um funcionário sai da empresa e vai trabalhar em uma concorrente, por exemplo). Algumas organizações adotam sistemas de vigilância e monitoramento de e-mails e conversas telefônicas. No entanto, uma solução que equilibra privacidade e supervisão pode ser a conscientização dos funcionários e o seu envolvimento na criação de polı́ticas de segurança (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). Figura 3 - Comunicação ágil e constante Fonte: apichon_tee, Mediapool, 2020. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 15/27 4.3 Liderança Quando estudamos o ambiente organizacional, é comum confundirmos liderança com administração (ou gestão). De acordo com Robbins, Judge e Sobral (2011), o termo administração diz respeito ao gerenciamento da complexidade e está relacionado à elaboração de planos formais, enquanto a liderança está ligada à gestão de mudanças. Os lı́deres estabelecem direcionamentos visando ao futuro; engajam as pessoas e inspiram a superação de obstáculos. Conforme Bendassolli, Magalhães e Malvezzi (2014), a primeira con�iguração teórica acerca de liderança elaborada pela Psicologia atribuı́a a força da in�luência sobre os outros às caracterı́sticas do indivı́duo considerado lı́der. Propunha-se investigar, então, o per�il psicológico do lı́der. Porém, ao longo da história dos experimentos, houve uma mudança de foco: os estudiosos começaram a analisar as circunstâncias que formam o contexto no qual ocorre a in�luência da liderança. Assim nasce a expressão da liderança situacional, que deixa de ver a liderança como uma caracterı́stica do indivı́duo e a enxerga como propriedade da relação entre líder e liderados. 4.3.1 Desafios da conceituação da liderança Apesar de o foco das pesquisas ter sido cada vez mais as relações de comando, não existe na literatura uma única de�inição de liderança que seja consenso entre os pesquisadores. Bendassolli, Magalhães e Malvezzi (2014) explicam que isso se deve ao fato de o fenômeno ser bastante complexo, in�luenciado por distintas variáveis. Hoje se sabe que a liderança é um processo de via dupla entre lı́der e liderados. Uma di�iculdade à de�inição é a existência de várias abordagens e perspectivas teóricas: o viés psicológico se interessa pelas caracterı́sticas, traços, comportamentos, estilos e competências do lı́der de maneira mais individual, enquanto o estudo sociológico enxerga o fenômeno sob um panorama social, vinculado à dinâmica de grupos (BENDASSOLLI; MAGALHA� ES; MALVEZZI; 2014). Entretanto, vale dizer que essas perspectivas não são excludentes e que os pesquisadores se esforçam para aliar as visões, preocupando-se tanto com as questões do indivı́duo que é lı́der quanto com o contexto no qual a liderança acontece. Outros impasses, já citados, são a proximidade e a confusão com conceitos correlatos, como liderança e gestão (administração), lı́der e gestor (administrador). Bendassolli, Magalhães e Malvezzi (2014) apontam que existe um con�lito entre o processo e arepercussão do fenômeno da liderança. De acordo com os autores, alguns colocam ênfase nos comportamentos e de�inem liderança como um mecanismo de in�luência, de obtenção de con�iança e de adesão por parte dos liderados, independentemente das consequências. Algumas de�inições focam no resultado: a liderança é avaliada com base nos resultados concretos obtidos por meio do curso de in�luenciar e direcionar pessoas para o alcance de determinados objetivos. Por �im, a liderança se distingue entre um papel especializado e como um processo de in�luência social mais amplo. O papel especializado surge de tarefas e responsabilidades especı́�icas dentro de um grupo. E� um dever formal, por meio do qual a pessoa é designada para exercer a função de lı́der. A liderança informal, por sua vez, emerge de um conjunto dinâmico de relações e interações em um dado contexto ou situação. Assim, podemos dizer que a liderança é um processo multidimensional (BENDASSOLLI; MAGALHA� ES; MALVEZZI, 2014). 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 16/27 Sendo assim, as várias abordagens e perspectivas teóricas produzem conceitos de liderança que, embora distintos, são importantes para o entendimento multidimensional do tema. Aqui, analisaremos as mais conhecidas e pesquisadas, começando pela Teoria dos Traços de Liderança, que foca nas qualidades e caracterı́sticas pessoais. Segundo Robbins, Judge e Sobral (2011), essa concepção teórica busca traços sociais, fı́sicos, intelectuais ou de personalidade que possam descrever os lı́deres e diferenciá-los. A perspectiva remonta aos estágios iniciais das pesquisas acerca da temática. Existem as teorias comportamentais, que sugerem ser possı́vel treinar pessoas para serem lı́deres abordando duas dimensões: a estrutura de iniciação e a consideração. Entretanto, ainda mantêm o foco na distinção de lı́deres efetivos ou não a partir dos seus comportamentos. Robbins, Judge e Sobral (2011) ensinam que a estrutura de iniciação refere-se ao grau em que um lı́der é capaz de estruturar o próprio papel e dos colaboradores na busca dos objetivos, incluindo a organização do trabalho e as relações de trabalho, além da de�inição de metas. A consideração é o nı́vel em que uma pessoa é capaz de manter relacionamentos de trabalho baseados em con�iança mútua, respeito às ideias dos colaboradores e cuidado com os sentimentos do grupo. Outras duas dimensões comportamentais podem ser consideradas, conforme Bendassolli, Magalhães e Malvezzi (2014): o líder orientado para pessoas enfatiza as relações interpessoais e aceita as diferenças entre os membros, enquanto o líder orientado para a produção prioriza aspectos técnicos e práticos do trabalho, preocupado com a realização das tarefas e com o cumprimento das metas. A liderança orientada para o colaborador é semelhante à dimensão da consideração; a orientada para a produção é próxima à dimensão da iniciação. As abordagens centradas na situação ou no contexto indicam que o estilo de liderança a ser utilizado depende das caracterı́sticas situacionais, das pessoas lideradas, da tarefa, da organização e de outras variáveis do ambiente. Assim, os lı́deres devem identi�icar as caracterı́sticas crı́ticas da situação, escolher comportamentos pertinentes e ser �lexı́veis (BENDASSOLLI; MAGALHA� ES; MALVEZZI, 2014). O Modelo de Contingência de Fiedler (1967 apud BENDASSOLLI; MAGALHA� ES; MALVEZZI, 2014) é pioneiro ao aliar duas dimensões do comportamento do lı́der (orientado para a tarefa e orientado para relacionamentos) a três critérios situacionais: relações lı́der-membros (grau de sociabilidade, lealdade e apoio entre lı́der e liderados), estrutura da tarefa (grau de estruturação da tarefa) e poder de posição (grau de VOCÊ QUER VER? No �ilme A dama de ferro, Meryl Streep interpreta uma �igura forte: a ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher. A atriz conseguiu demonstrar toda a di�iculdade e as barreiras que Thatcher precisou superar ao ser a primeira mulher liderando uma das nações mais poderosas do mundo. Para assistir ao trailer do �ilme, clique no link: https://www.youtube.com/watch? v=QvZ8LF0Cs7U (https://www.youtube.com/watch?v=QvZ8LF0Cs7U) https://www.youtube.com/watch?v=QvZ8LF0Cs7U 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 17/27 poder, autoridade e autonomia do lı́der). A situação é considerada favorável quando os critérios são elevados, porque, dessa forma, o lı́der tem o apoio da situação e possui maior controle. A concepção aponta que lı́deres orientados para a tarefa são mais efetivos em situações favoráveis e desfavoráveis, enquanto os orientados para relacionamentos têm mais chances de serem bem-sucedidos em situações moderadamente favoráveis (BENDASSOLLI; MAGALHA� ES; MALVEZZI, 2014; ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). Existe o Modelo da Liderança Situacional, que coloca a efetividade do comportamento do lı́der como algo que depende do nı́vel de maturidade (prontidão ou desenvolvimento) dos seus membros da equipe. Conforme explicam Bendassolli, Magalhães, Malvezzi (2014), Robbins, Judge e Sobral (2011), o lı́der deve tornar seus comportamentos adequados ao nı́vel de desenvolvimento dos liderados, podendo: Direcionar responsabilidades Quando há baixa motivação e os liderados têm baixa capacidade. Vender suas ideias Se for necessário convencer a equipe a respeito das decisões apropriadas. Participar das tarefas Quando é possıv́el considerar as opiniões dos liderados. Delegar responsabilidades Se os liderados estiverem totalmente conscientes de suas atribuições. Na sequência, veremos como se comporta a liderança atualmente. Vamos lá? 4.3.2 Questões contemporâneas de liderança As teorias contemporâneas de liderança têm foco em abordagens centradas nas relações. A liderança carismática, a transformacional e a transacional são processos bastante discutidos na atualidade. Pense em lı́deres carismáticos. De alguma forma, podemos considerar que são pessoas excepcionais, porque se destacam entre tantas outras. Na teoria da liderança carismática, os liderados atribuem capacidades heroicas ou extraordinárias a seus lı́deres ao observarem certos comportamentos. Essas habilidades, segundo Bendassolli, Magalhães, Malvezzi (2014), Robbins, Judge e Sobral (2011), estão relacionadas a quatro caracterı́sticas: • • • • • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 18/27 Entretanto, a liderança carismática pode ser desastrosa. Quer um exemplo? Lembre-se do “carisma” de Adolf Hitler (1889-1945). O líder transformacional tem a capacidade de in�luenciar pessoas a transcender seus próprios interesses em prol de metas coletivas. As ações do lı́der sensibilizam os indivı́duos para valores e missões com signi�icado, promovendo um senso de propósito e atitudes de comprometimento. Esse tipo de liderança é composto por quatro elementos, de acordo com Bendassolli, Magalhães, Malvezzi (2014), Robbins, Judge e Sobral (2011). Conheça-os no quadro a seguir: #PraCegoVer: trata-se de um quadro em tons de cinza com uma coluna e quatro linhas que apresenta as caracterı́sticas do lı́der considerado transformacional. Esses lı́deres expressam de maneira compreensı́vel uma visão que propõe um futuro melhor que o status quo. Assumem os custos de suas atitudes e sacri�icam-se em prol da sua visão. Percebem as capacidades dos outros e são sensı́veis às necessidades. Que são vistos como inovadores e que vão contra as normas. • • • Quadro 1 - Elementos da liderança transformacional Fonte: Adaptado de Bendassolli, Magalhães, Malvezzi (2014), Robbins, Judgee Sobral (2011). Visão e articulação Risco pessoal Sensibilidade às necessidades dos liderados Comportamentos não convencionais 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 19/27 A liderança transacional é baseada em relações de troca, que podem ser econômicas, polı́ticas e psicológicas, e são estabelecidas em processos de barganha, apelando-se para os interesses pessoais dos liderados. Assim, a gestão que o lı́der realiza é um processo convencional, ou seja, os liderados conhecem suas responsabilidades e são recompensados quando atingem os objetivos. Além disso, são avaliados e corrigidos conforme seu desempenho. E� comum que o lı́der transacional evite tomar decisões e abdique de suas responsabilidades (BENDASSOLLI; MAGALHA� ES; MALVEZZI, 2014; ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2011). Atualmente, um tema importante, que merece ser debatido, é a questão da liderança feminina. De acordo com Hryniewicz e Vianna (2018), a representatividade da mulher em altos cargos vem aumentando ao longo dos anos, mas as di�iculdades ainda persistem. Os obstáculos mais relatados pelo público feminino são: homens ainda têm salários mais altos e progressões mais rápidas de carreira; a licença-maternidade ainda é vista como um problema; muitas vezes, o cargo exige a mudança da aparência (como emagrecer); ainda é recorrente a associação de promoções aos atributos fı́sicos e a casos amorosos com os chefes, desmerecendo a atuação das mulheres. Uma visão tradicional ainda associa a �igura do lı́der ao sexo masculino, o que causa resistência. #PraCegoVer: em primeiro plano, aparece uma mulher com os braços cruzados sorrindo. Ela está vestindo uma blusa preta com rendas nas mangas e tem o cabelo, preto e liso, solto. Em seu dedo anelar esquerdo, há um anel dourado e suas unhas estão pintadas de lilás. Atrás, do lado direito, há um grupo de cinco mulheres observando um papel. A sala é bastante iluminada, com paredes brancas e objetos de escritório de madeira clara. Além disso, devido às expectativas sociais, as mulheres continuam gastando mais horas por semana com tarefas domésticas e cuidando dos �ilhos. Por causa disso, acabam fazendo mais opções a favor da famı́lia do que os homens, muitas vezes renunciando a oportunidades no trabalho. Entre outros obstáculos identi�icados na pesquisa de Hryniewicz e Vianna (2018), ainda existe o pouco investimento social feito pelas mulheres em função de preconceitos e estereótipos. E� comum elas terem di�iculdade para criar uma relação de proximidade com o chefe ou conseguir tempo para a socialização com colegas e networking. Figura 4 - Liderança feminina Fonte: FG Trade, Mediapool, 2020. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 20/27 Para pensar na liderança do futuro – em especial, na liderança nas organizações –, vale destacar um conceito recente, mas que se mostra bastante promissor por dar ênfase à importância da ética e da con�iança: a liderança autêntica. Conforme explicam Bendassolli, Magalhães, Malvezzi (2014), Robbins, Judge e Sobral (2011), os lı́deres autênticos sabem quem são, no que acreditam e conhecem seus valores; agem de forma aberta e honesta de acordo com seus princı́pios, o que produz con�iança. E� tica e liderança estão entrelaçadas em diversas situações. Robbins, Judge e Sobral (2011) esclarecem que líderes transformacionais podem enaltecer a virtude moral ao mesmo tempo que manipulam atitudes e comportamentos dos liderados. Líderes carismáticos sem ética têm mais probabilidade de utilizar o carisma para aumentar o seu poder sobre os liderados em proveito próprio. Essas situações também re�letem uma con�iança cega em um lı́der, por isso a importância de promover a discussão entre liderança, ética e con�iança. VOCÊ O CONHECE? Ram Charan, indiano que completou 80 anos em 2020, é um consultor de negócios e professor especialista em liderança. Em 2010, ele participou de um evento em São Paulo e compartilhou com os brasileiros alguns ensinamentos. Conheça a vida e obra de Charan na matéria disponıv́el no link http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI132208-17197,00- OS+ESQUEMAS+DE+RAM+CHARAN.html (http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI132208-17197,00- OS+ESQUEMAS+DE+RAM+CHARAN.html). O importante professor da renomada universidade americana de Harvard desenvolveu o modelo Pipeline de liderança. Você o conhece? Clique no link e descubra seus detalhes: https://paraempresas.catho.com.br/pipeline-de-lideranca-a-teoria-de-lideranca-de- ram-charan/ (https://paraempresas.catho.com.br/pipeline-de-lideranca-a-teoria-de- lideranca-de-ram-charan/) 4.4 Atitudes, crenças e valores Para falarmos de atitudes, crenças e valores, precisamos primeiro compreender o conceito de ética. Segundo Maximiano (2015), ética é a disciplina que trata da de�inição e avaliação do comportamento de pessoas e organizações. Ela lida com a aprovação ou reprovação das atitudes observadas, tomando como ponto de comparação as ações ideais, de�inidas em códigos de conduta ou de ética. “Os valores formam a base dos http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI132208-17197,00-OS+ESQUEMAS+DE+RAM+CHARAN.html https://paraempresas.catho.com.br/pipeline-de-lideranca-a-teoria-de-lideranca-de-ram-charan/ 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 21/27 códigos de ética, orientam o comportamento ético e permitem classi�icar os comportamentos” (MAXIMIANO, 2015, p. 118). Nesse contexto, é importante pontuar que a noção de comportamento correto pode variar conforme o lugar e o momento. #PraCegoVer: trata-se da imagem de um jogo de quebra-cabeças com peças na cor branca. Uma mão feminina, com unhas pintadas com esmalte branco, está segurando uma das peças, que completa o jogo, na qual está escrita a palavra “ética” em vermelho. O espaço vazio, disponı́vel para o encaixe da última peça do quebra- cabeça, tem fundo vermelho. A preocupação com a ética nas organizações surgiu quando a sociedade percebeu que o sistema de valores organizacionais nem sempre bene�icia clientes, funcionários, fornecedores ou pensa na proteção da natureza e dos recursos naturais. Para cuidar desses diferentes aspectos, Maximiano (2012) lembra que surgem os códigos de defesa do consumidor, as leis de proteção ao meio ambiente, entre outras iniciativas. Internamente, as organizações também passaram a se preocupar com os chamados “comportamentos duvidosos”: oferecer presentes a compradores, aceitar regalias de vendedores ou fornecedores, usar informações da empresa em benefı́cio próprio, empregar recursos da organização para �inalidades pessoais ou ainda difamar deliberadamente a imagem dos concorrentes (MAXIMIANO, 2012). 4.4.1 A importância dos valores e crenças De acordo com uma revisão feita por Martins, Sales e Reis Neto (2020), a estrutura de valores mais citada em pesquisas preocupadas com a liderança lista 10 qualidades descritas por Schwartz (1992 apud MARTINS; SALES; REIS NETO, 2020). Observe o quadro a seguir: Figura 5 - E� tica como valor essencial nos negócios Fonte: Adaptada de Rei Imagine, Mediapool, 2020. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 22/27 #PraCegoVer: trata-se de um quadro com três colunas e dez linhas em tons de azul e cinza que pontua as caracterı́sticas de 10 valores da liderança. Para compreendermos o comportamento humano e das organizações, precisamos considerar as crenças presentes na sociedade atual. Os autores Brant e Borges-Andrade (2014) esclarecem que o termo crençapode ser relacionado à noção de percepção, fé, expectativa ou julgamento. Conforme Martins, Sales e Reis Neto (2020, p. 2703), “[...] crença é um estado mental que tem na sua formação uma proposição que é aceita como verdadeira pelo indivı́duo que a possui, mesmo que este indivı́duo reconheça que existam crenças diferentes”. As crenças in�luenciam nossas ações e atitudes. Martins, Sales e Reis Neto (2020) lembram que os indivı́duos organizam suas crenças dentro de um sistema cognitivo que de�ine o conjunto de hipóteses que são aceitas como verdadeiras no contexto em que vivem, de forma a auxiliar na compreensão do signi�icado da ação humana. O homem se apoia em crenças que acredita serem verdadeiras para realizar suas ações e moldar seus comportamentos. Quadro 2 - Estrutura de valores humanos Fonte: Adaptado de Martins, Sales e Reis Neto (2020, p. 2702-2703). 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 23/27 Existe uma relação entre valores, crenças e atitudes (ou comportamentos). Martins, Sales e Reis Neto (2020, p. 2705) explicam que “[...] as crenças são bases de alguns valores, e os valores guiam as atitudes, in�luenciando na tomada de decisão”. Entretanto, as atitudes de uma pessoa podem não coincidir com suas crenças, uma vez que fatores externos in�luenciam o comportamento do indivı́duo, sem necessariamente se sobrepor a suas crenças (MARTINS; SALES; REIS NETO, 2020). Por exemplo, é possı́vel que o comportamento de uma pessoa com crenças preconceituosas não se manifeste verdadeiramente, caso o ambiente não seja favorável. 4.2 Atitudes e consistência Segundo Procópio (2012), quando um princı́pio minimamente re�lexivo é aplicado às atitudes do indivı́duo, o resultado é uma ação ou comportamento baseado em suas experiências de vida, no conhecimento adquirido, em suas crenças ou, ainda, uma combinação – mesmo que imprevisı́vel – desses três elementos. Salvo em casos de coerção (in�luência externa) ou em situações de puro impulso interior (compulsão), atitudes humanas são produto de uma avaliação consciente da realidade conhecida e aceita pelo indivı́duo como verdadeira. Ou seja, as ações expressam, em algum grau, as crenças das pessoas. Dessa forma, espera-se que as ações do ser humano tenham certa consistência. Entretanto, o homem é um ser que age de maneira intuitiva ou emotiva, por isso a importância, no ambiente organizacional, de as crenças e valores organizacionais serem expressos de forma clara e objetiva, com a certeza de que serão compreendidos. Além disso, as crenças e valores precisam ser constantemente debatidos e avaliados pelos colaboradores. VOCÊ QUER LER? A religiosidade pode ser considerada um valor que contribui para a criação de outros valores humanos. Para entender a relação entre religião e o desempenho dos indivıd́uos nas empresas, sugerimos a leitura do artigo Religiosidade e suas interposições na relação indivíduo-organização, disponıv́el em: http://www.sustenere.co/index.php/rbadm/article/view/CBPC2179- 684X.2020.001.0011/1887 (http://www.sustenere.co/index.php/rbadm/article/view/CBPC2179- 684X.2020.001.0011/1887) http://www.sustenere.co/index.php/rbadm/article/view/CBPC2179-684X.2020.001.0011/1887 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 24/27 #PraCegoVer: na imagem, em preto em branco, aparecem várias pessoas de costas olhando para um quadro negro no qual há vários termos e desenhos. No topo, dentro de um retângulo, está escrito “ética nos negócios”. A partir dele, em sentido horário, aparecem os seguintes termos e sı́mbolos: “honestidade” junto com uma lupa; “contrato” junto com um documento, “polı́ticas e comportamento” junto com um cadeado e uma bandeira; “regras” junto com uma engrenagem. A partir da palavra “regras”, uma seta aponta para a palavra “responsabilidade”, que aparece no meio do quadro junto com o desenho de uma medalha. E� válido que o psicólogo organizacional, em parceria com a gestão da empresa, avalie em qual estágio de desenvolvimento moral a organização se encontra, de modo a compreender as atitudes tomadas e, inclusive, buscar modi�icá-las. Figura 6 - Re�lexo dos valores nos negócios Fonte: Adaptada de Rawpixel.com, Mediapool, 2020. 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 25/27 Maximiano (2015) ensina que existe o estágio pré-convencional da ética, no qual o que vale é cada um por si; é o chamado “mundo dos espertos”, em que o desejo é levar vantagem em tudo. Na etapa convencional da ética, existe obediência às regras por conveniência, porque isso garante benefı́cios e evita retaliações. “Muito do comportamento socialmente responsável é determinado mais pela pressão social ou pela conformidade com as expectativas da comunidade que pela internalização de valores” (MAXIMIANO, 2015, p. 120). Existem organizações que se encontram no estágio pós-convencional da ética, cujas atitudes são fundamentadas em princı́pios morais que reconhecem os direitos universais, o impacto do comportamento sobre os outros, o cuidado com as gerações futuras; são pautadas em conceitos como justiça, honra, dignidade, autorrealização e respeito (MAXIMIANO, 2015). Nessas organizações, o comportamento é orientado pelos princı́pios e convicções, e não por meras convenções. O universo do trabalho é bastante complexo, porque re�lete a complexidade humana. Conforme estudamos no decorrer das unidades, o trabalho é central na vida das pessoas. Por isso, é importante que os colaboradores tenham o suporte necessário para que desempenhem suas tarefas com a�inco e bem-estar. Cabe à Psicologia fornecer o apoio necessário para que o dia a dia laboral seja bom para todos os indivı́duos que participam dele. VOCÊ SABIA? Apesar de haver certa confusão entre os termos “moral” e “ética”, existem �ilósofos que os diferenciam. De acordo com La Taille (2010), Immanuel Kant (1724- 1804) foi um dos pioneiros. O �ilósofo prussiano propunha de�inir a ética como a ciência das leis da liberdade, deixando a moral para expressar deveres coerentes com o amor universal. Conclusão O comportamento organizacional é um campo de estudos que busca compreender o que as pessoas fazem nas organizações e o modo como suas atitudes afetam o desempenho e a dinâmica organizacional. Visto que é um tema bastante amplo e complexo, este material trabalhou alguns aspectos importantes e atuais capazes de gerar re�lexões e discussões relacionadas a questões contemporâneas. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: conhecer os fundamentos do comportamento em grupo e a importância das equipes de trabalho; compreender o processo de comunicação organizacional; • • 27/11/2022 20:17 Trabalho e subjetividade https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=NbC7Eh9EwyMXRPHi%2flp8jQ%3d%3d&l=lnsn%2fOA0xTez%2fDOHDqhhyQ%3d%3d&c… 26/27 analisar questões acerca de liderança, crenças e valores que afetam o comportamento das pessoas nas organizações. • Bibliografia A DAMA DE FERRO – Trailer legendado Full HD. [S. l., s. n.], 25 jan. 2012. 1 vı́deo (2 min). Publicado pelo canal Lixeira Dourada. Disponı́vel em: https://www.youtube.com/watch?v=QvZ8LF0Cs7U (https://www.youtube.com/watch?v=QvZ8LF0Cs7U). Acesso em: 11 out. 2020. ALBUQUERQUE; PUENTE-PALA� CIOS. Grupos e equipes de trabalho nas organizações. In: ZANELLI, J. C.; BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, A. V. B. (org.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. BENDASSOLLI, P. 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