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Determinação da MS utilizando estufa a 105°C por 24h: 1. Secar os recipientes por 24h à 105°C; 2. Coloque os recipientes no dessecador até atingirem a temperatura equilibrada com o meio ambiente; 3. Pese os recipientes, sendo um de cada vez; 4. Adicionar a amostra ao recipiente, tendo o cuidado de registrar o peso da amostra; 5. Coloque os recipientes na estufa por 24h à 105°C; 6. Retire os recipientes e coloque no dessecador até que esfriem; 7. Pese os recipientes com as amostras e registre os pesos para os cálculos. Micro-ondas para medida de matéria seca de volumosos: Um método de determinação de MS bastante prático e que pode ser feito na própria fazenda é a evaporação de toda a água da forragem através do aquecimento do forno micro-ondas. A seguir é apresentada a marcha analítica e algumas dicas para realização desta determinação: 1. Pese a bandeja e anote o peso; 2. Coloque uma amostra representativa do material a ser analisado sobre a bandeja. Anote o peso da bandeja + amostra; 3. É necessário colocar um copo com água no micro-ondas, que ajuda evitar que a amostra carbonize; 4. Coloque a bandeja + amostra no micro-ondas; 5. Ajuste o temporizador do micro- ondas para 3 minutos, na potência máxima e ligue-o; 6. Retire a bandeja + amostra do micro-ondas. Pese e anote; 7. Repita os itens “5” e “6” até que as leituras das pastagens repitam o mesmo valor por duas vezes (ou mais) ou que o valor não afete o cálculo em mais de 1% do valor da umidade; 8. Faça os cálculos. Determinação de Matéria Seca Outro método de determinação de MS Liofilização: é a técnica de retirada de água que mais preserva as características originais da amostra. No processo, o primeiro passo é congelar a amostra à sua temperatura eutética (aquela em que 100% da água contida na amostra está congelada e que é obtida a temperaturas muito inferiores a 0°C, por causa dos solutos dissolvidos na água). A amostra assim congelada, é colocada numa câmara com altíssimo vácuo. Nessa situação, ocorre a sublimação, ou seja, a passagem diretamente do estado sólido para o gasoso. Problemas na determinação Perda de MS da amostra: o problema mais frequente na análise de matéria seca se dá especialmente em amostras com muita umidade, quando há perda de água antes de ser feita a análise. A consequência é a superestimativa desta variável. Perda de substâncias voláteis na secagem: a perda de substâncias voláteis durante a secagem é uma preocupação maior com as forragens ensiladas que tem parte de sua matéria seca com ácidos orgânicos produzidos no processo de fermentação. Secagem incompleta: não é comum ocorrer problema de secagem incompleta, pois os tempos de secagem propostos nas metodologias costumam ser mais que suficientes para a secagem das amostras usuais de alimento. Falta de correção para a segunda matéria seca: isso é bastante incomum, mas pode ocorrer. Se esse erro for feito, dificilmente iremos percebe-lo. É apenas interessante chamar atenção para sua possibilidade. A única solução para ele é ter rígido regime de trabalho que evite que um resultado deixe de ser corrigido pelo valor da segunda MS. Importância da determinação da matéria seca A água é um nutriente essencial a todos os animais. Mas como: A recomendação é tê-la para consumo à vontade; Ela não tem valor energético; O valor econômico considerado para ela é zero. E como, também, no caso de ruminantes: A umidade das dietas pode variar de 20 a 90% (ou 10 a 80% de MS), especialmente em função de uma maior ou menor quantidade de forragem na dieta -> Fica bastante complicado comparar dietas em MO. E, mesmo com a dieta com uma quantidade fixa de volumoso, pode haver grande variação no teor de umidade da dieta ao longo do tempo -> Isto pode ter complicações no balanceamento da dieta e na quantidade de fornecimentos destas. Na nutrição destes animais, trabalhamos com os valores dos alimentos e MS. Assim, ela é uma das análises mais importantes e de cuja exatidão dependem das demais. Importância da determinação da MS no correto fornecimento do alimento Costuma-se dizer que, para cada situação de fornecimento de alimento para animais, existem 3 dietas: a que formulamos, a que fornecemos para o animal e aquela que efetivamente o animal ingere. A questão específica da correção do fornecimento é um bom exemplo da implicação da MS na nutrição de ruminantes, apesar de obviamente não se limitar a isto. Variação na ingestão de MS em função do teor de umidade da cana em dieta com relação 50:50, volumoso:concentrado e quantidade fixa sendo oferecida in natura. Exemplo: Calculamos em 65% o valor de FDN (fibra detergente neutro) de uma forrageira na primeira matéria seca. A segunda matéria seca deste mesmo alimento teve como resultado valor de 95%. Qual o teor de FDN em 100% de matéria seca? 95% ----- 65% FDN 100% --- X x= (100 . 65) / 95 = 68,42% de FDN na matéria seca