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Cálculo Diferencial Aplicações de Derivadas Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Profa. Dra. Ana Lúcia Manrique Revisão Textual: Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin 5 Nesta Unidade, estudaremos como utilizar os conceitos de limites e de derivadas para fazermos uma análise geral do comportamento de uma função de uma variável real, identificando seus pontos de máximo e de mínimo, as inflexões, os intervalos de crescimento e de decrescimento e de concavidade do gráfico da função, bem como possíveis assíntotas. Com relação aos conteúdos, dividimos em: • Máximo e Mínimo; • Crescimento e Decrescimento; • Inflexão; • Concavidade. Ao término deste estudo, desejamos que você seja capaz de esboçar o gráfico de uma função de uma variável real, utilizando a primeira e a segunda derivadas. Para ajudar, realize a leitura dos textos indicados, acompanhe e refaça os exemplos resolvidos, além de treinar com as atividades práticas disponíveis e suas resoluções ao final do conteúdo. Finalmente, e o mais importante, fique atento às atividades avaliativas propostas e ao prazo para realização. Nesta unidade, a discussão é sobre a análise do comportamento de uma função de uma variável real. Nesta análise, estudaremos os pontos críticos, mais especificamente, os pontos de máximo e de mínimo, e os intervalos de crescimento e de decrescimento da função. Continuaremos nessa análise com a identificação dos intervalos de concavidade para cima e de concavidade para baixo, bem como dos pontos de inflexão. Aplicações de Derivadas · Introdução · Análise do Comportamento de uma Função · Teorema de Fermat 6 Unidade: Aplicações de Derivadas Contextualização Fazemos uso de derivadas em diferentes campos do saber e em problemas do dia a dia. Um dos problemas que ocorre em diversas situações práticas refere-se à otimização de recursos, por exemplo, em determinar quais são os recursos a serem comprados ou usados de maneira a obter o máximo lucro ou o mínimo custo. Dado um problema em que se quer maximizar ou minimizar um objetivo que depende de algumas variáveis, torna-se necessário, primeiramente, determinar quais são as variáveis que afetam este objetivo. Vejamos um problema. Considere que temos um terreno para lotear e cada lote terá dimensões retangulares, com 100 m de perímetro. Queremos determinar as dimensões do lote retangular de forma a obter a maior área. Resolução Como o lote terá a forma retangular, então, podemos pensar que este lote terá uma medida x de comprimento e uma medida y de largura. X y Foi dado no enunciado do problema que o lote terá 100 m de perímetro; então, podemos escrever que: 2 2 100x y+ = Alem disso, se quer que a área do lote seja a máxima possível, considerando este perímetro. ( ) ( ) . máximizar Área máx x y 7 Como as medidas de comprimento e largura estão relacionados pelo perímetro, podemos escrever que: 2 2 100 50x y y x+ = ⇒ = − Substituindo y na expressão da área do lote retangular, temos que: ( ) ( ) 2 . . 50 50 Área A x y x x A x x x = = − = − Como queremos saber em que valores de x a área do lote será máxima, podemos derivar esta função área e igualar a zero, para verificar se existe um valor de x em que a área seja máxima. Então, derivando esta função e igualando a zero temos: Desta forma, podemos concluir que em x=25 a função área terá seu valor máximo. E para determinar o valor de y voltamos para a equação do perímetro, que relaciona as duas variáveis x e y. 2 2 100 2.25 2 100 25 x y y y + = + = = Assim, obtemos as dimensões do lote, 25 m de largura e 25 m de comprimento. Este é um exemplo da utilização de derivadas para resolver problemas. ( ) ( ) ( ) ' 50 2 0 25 ' 0 50 2.0 50 0 ' 30 50 2.30 10 0 A x x A A x = − = → = = − = > = − = − < 'A 8 Unidade: Aplicações de Derivadas Introdução Nesta Unidade, estudaremos como utilizar os conceitos de limites e de derivadas para fazermos uma análise geral do comportamento de uma função de uma variável real, identificando seus pontos de máximo e de mínimo, as inflexões, os intervalos de crescimento e de decrescimento e de concavidade do gráfico da função. Análise do Comportamento de uma Função Consideremos o gráfico da função f(x) = x4 - 2x2 - 1. Podemos dizer que esta é uma função contínua e diferenciável em todo o seu domínio. Vamos detalhar um pouco mais estas análises, identificando alguns pontos no gráfico. Consideremos, primeiramente, valores negativos para x. Isto significa que estamos analisando a parte do gráfico da função que está no 2o e 3o quadrantes. Se tomamos o valor de x1 = - 1, 7, então o que posso dizer do valor da função em x1 = -1, 7, ou seja, do valor de f(- 1, 7)? Podemos identificar o ponto (- 1, 7; f(- 1, 7)) no gráfico e verificar que f(-1, 7) > 0. E se x3=-1,3, o que podemos dizer de f(-1,3)? Podemos também identificar esse ponto (-1,3;f(-1,3)) no gráfico e verificar que f(-1,3)< 0. 9 Como f(- 1, 7) > 0 e f(- 1, 3) < 0 e f é contínua, temos que o gráfico da função f cruza o eixo das abscissas, o eixo x. Também podemos dizer que existe um valor x2 tal que o gráfico corta o eixo x, ou seja, que f(x2 )=0 e que o valor que zera a função pertence ao intervalo [- 1, 6;-1,5]. Consideremos outro intervalo fechado [- 1, 8; - 1, 2] e peguemos alguns valores de x deste intervalo. Percebemos que, quando os valores de x aumentam, os valores de f(x) diminuem. Além de identificarmos que o gráfico da função corta o eixo x, podemos também verificar que o gráfico da função está decrescendo neste intervalo. Vamos considerar, agora, o valor de x5=-0,8. Então, o que posso dizer do valor da função em x5= - 0, 8, ou seja, do valor de f(- 0, 8)? Podemos identificar o ponto (- 0, 8; f(- 0, 8)) no gráfico e verificar que f(- 0, 8) < 0. E se x6= - 0, 4, o que podemos dizer de f(- 0, 4)? Podemos também identificar esse ponto (- 0, 4; f(- 0, 4)) no gráfico e verificar que f(- 0, 4) < 0. Consideramos o intervalo fechado [- 0, 9; - 0, 2] e pegamos alguns valores de x deste intervalo. Percebemos que, quando os valores de x aumentam, os valores de f(x) também aumentam, ou seja, podemos verificar que o gráfico da função está crescendo neste intervalo. Façamos uma análise do que acontece com o gráfico da função quando consideramos apenas valores negativos para x. Percebemos que o gráfico da função que estava decrescendo começa a crescer. Então, existe um ponto no qual o gráfico muda de decrescimento para crescimento. Vamos pensar em retas tangentes ao gráfico desta função. Pensemos em um caso bastante especial, no qual temos retas tangentes horizontais, ou seja, em que valores de x tem coeficientes angulares nulos, ou mais especificamente, para quais valores do domínio temos derivada da função igual a zero? Percebemos que para x4 = -1 temos uma reta tangente horizontal. Além disso, é nesse ponto que o gráfico da função deixa de apresentar um decrescimento para apresentar um crescimento. Neste caso, dizemos que no ponto (x4, f(x4)) a função apresenta um ponto de mínimo local, sendo f(x4) esse valor mínimo. Vejamos a derivada da função: ( ) ( ) 4 2 3 2 1 ' 4 4 f x x x f x x x = − − = − Se identificamos no gráfico um ponto em que a tangente é horizontal, então é possível determinar este valor utilizando a expressão algébrica da função derivada. Deste modo, queremos saber os valores de x tais que f’(x)=0. Então, vamos igualar a expressão da derivada a zero. ( ) 3' 4 4 0f x x x= − = Percebemos que temos o termo (4x) em comum e o colocamos em evidência na expressão. 10 Unidade: Aplicações de Derivadas 24 ( 1) 0x x − = Se temos o produto de dois números com resultado zero, é porque um dos dois números é zero ou os dois são zero. Assim, podemos separar este produto em duas sentenças: 2 4 0 0 1 0 1 0 1 0 1 1 x x x x ou x x ou x = ⇒ = − = ⇒ + = − = ⇒ ⇒ = − = Temos agora outras informações: existem três pontos do gráfico nos quais a função possui uma reta tangentehorizontal, ou seja, nos quais a derivada é nula, quais sejam: x = -1 e x = 0 e x = 1. E, ao analisarmos o gráfico da função nestes pontos, percebemos que nestes pontos existe a mudança de crescimento para decrescimento, ou vice-versa. No ponto x7=0, percebemos que a função apresenta um crescimento e, a partir deste ponto, a função apresenta um decrescimento. Neste caso, dizemos que no ponto (x7, f(x7)) a função apresenta um ponto de máximo local, sendo f(x7) esse valor máximo. E ao verificarmos o que ocorre no gráfico próximo ao último valor encontrado, em que temos a derivada igual a zero, x = 1, percebemos que a função apresenta um valor mínimo neste ponto, pois a função apresenta um decrescimento em valores menores que x = 1 e um crescimento em valores maiores que x=1. Coloquemos algumas destas informações no quadro: x1 x2 x3 x4 = -1 x5 x6 x7 = 0 f(x1)>0 f(x2)=0 f(x3)<0 f'(x4)=0 f(x5)<0 f(x6)<0 f'(x7 )=0 Gráfico corta o eito x. Decrescimento da função Crescimento da funçãoReta tangente horizontal Mínimo Reta tangente horizontal máximo Vejam quantas informações já temos da função f(x)=x4-2x2-1 ao analisarmos seu gráfico e sua expressão algébrica! Iremos sintetizar estas informações. Definição Uma função f tem máximo absoluto em x = c, se f(c) ≥ f(x), para todo x pertencente ao domínio da função. E o número f(c) é chamado de valor máximo da função f em seu domínio. Definição Uma função f tem mínimo absoluto em x = c, se f(c) ≤ f(x), para todo x pertencente ao domínio da função. E o número f(c) é chamado de valor mínimo da função f em seu domínio. 11 Entretanto, quando a função apresentar estas condições nas proximidades de x = c, ou seja, em um intervalo aberto contendo c, chamamos estes valores de máximo local e mínimo local. E chamamos estes valores máximos e mínimos da função de valores extremos da função. Retomando a análise que estamos realizando da função f(x) = x4 - 2x2 - 1, percebemos que: » em x = - 1 a função apresenta um valor mínimo absoluto, pois não existe outro valor do domínio da função que tenha f(x) < f(c); » em x = 0 a função apresenta um valor máximo local, pois nas proximidades deste valor temos f(x) < f(c); e » em x = 1 a função apresenta um valor mínimo absoluto, pois não existe outro valor do domínio da função que tenha f(x) < f(c). Percebemos que em x = 0 temos um máximo local, mas este valor não é absoluto, pois, existem valores de x tais que f(x) > f(0) – por exemplo, para x = 2, temos f(2) > f(0). Podemos, também, apontar outra característica destes valores extremos da função: eles ocorreram nos pontos em que a derivada da função é zero. Este é um teorema. Teorema de Fermat Se f tiver um máximo ou mínimo local em c e f ‘(c) existir, então f ‘(c) = 0. Este teorema sugere como devemos proceder para que encontremos os valores extremos da função: derivar a função e igualar a zero. Voltamos a fazer um estudo da derivada da função f(x)=x4-2x2-1. Qual será o sinal da derivada para x < – 1? Consideremos x = – 2 ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 ' 4 4 ' 2 4 2 4 2 32 8 24 0 f x x x f = − − = − − − = − + = − < Já vimos que para x < – 1, a função é decrescente. Vejamos o sinal da derivada para um valor no intervalo – 1 < x < 0. Consideremos x = – 0,5. ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 ' 4 4 0,5 4 0,5 4 0,5 0,5 2 1,5 0 f x x x f = − − = − − − = − + = >′ 12 Unidade: Aplicações de Derivadas Já vimos que para – 1 < x < 0, a função é crescente. E qual o sinal da derivada para um valor no intervalo 0 < x < 1? Consideremos x = 0,5. ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 ' 4 4 ' 0,5 4 0,5 4 0,5 0,5 2 1,5 0 f x x x f = − = − = − = − < Para 0 < x < 1, a função é decrescente. E para um valor no intervalo x > 1, qual será o sinal da derivada? Consideremos x = 2. ( ) ( ) ( ) ( ) 3 3 ' 4 4 ' 2 4 2 4 2 32 8 24 0 f x x x f = − = − = − = > Para x > 1, a função é crescente. Coloquemos todas essas informações em um esquema. Assim, podemos concluir que: » se f ‘(x) > 0 em um intervalo, então f é crescente neste intervalo; » se f ‘(x) < 0 em um intervalo, então f é decrescente neste intervalo; » f apresenta valor mínimo local em c quando f ‘(c) = 0, ou não existe, e se a derivada mudar do sinal negativo para o positivo » f apresenta valor máximo local em c quando f ‘(c) = 0, ou não existe, e se a derivada mudar do sinal positivo para o negativo. Além dessas análises, podemos realizar um estudo sobre a concavidade da curva do gráfico da função por meio da segunda derivada. f 13 Vamos analisar novamente o gráfico da função f(x) = x4 - 2x2 - 1. É possível perceber que a função apresenta decrescimento em dois intervalos: para x < –1 e para 0 < x < 1. Entretanto, as concavidades das curvas nestes dois intervalos são diferentes, no primeiro intervalo, a concavidade é para cima e no segundo intervalo a concavidade é para baixo. Estudemos a segunda derivada da função. ( ) ( ) ( ) 4 2 3 2 2 1 ' 4 4 '' 12 4 f x x x f x x x f x x = − − = − = − Para quais valores a segunda derivada é zero? ( ) 2 2 '' 12 4 0 4 1 12 3 1 3 33 3 3 3 3 f x x x x x ou x = − = = = = ± = ± = = − E vamos estudar o sinal da segunda derivada. • para 3 3 x < − , seja x = –1. ( ) ( ) ( ) 2 2 " 12 4 " 1 12 1 4 8 0 f x x f = − − = − − = > 14 Unidade: Aplicações de Derivadas • para 3 3 3 3 x− < < , seja x = 0. ( ) ( ) ( ) 2 2 " 12 4 " 0 12 0 4 4 0 f x x f = − = − = − < • para 3 3 x > , seja x = 1. ( ) ( ) ( ) 2 2 " 12 4 " 1 12 1 4 12 4 8 0 f x x f = − = − = − = > E coloquemos estas informações sobre a segunda derivada em um esquema. Podemos perceber que os valores encontrados como raízes da segunda derivada da função correspondem aos pontos do gráfico da função f em que existe a mudança de concavidade. Em 3 3 x = − , o gráfico da função f muda de uma concavidade para cima para uma concavidade para baixo. E em 3 3 x = o gráfico da função f muda de uma concavidade para baixo para uma concavidade para cima. E estes pontos são chamados de pontos de inflexão. Definição Um ponto P sobre uma curva é chamado de ponto de inflexão se a curva mudar de concavidade para cima para concavidade para baixo ou vice-versa em P. Então, podemos concluir que se a segunda derivada de uma função possuir sinal positivo em um intervalo, a concavidade da função será para cima. E se a segunda derivada de uma função possuir sinal negativo em um intervalo, então, a concavidade da função será para baixo. Ainda podemos fazer um estudo sobre a existência de assíntotas ao gráfico da função. Como a função é contínua no conjunto dos números reais, por ser uma função polinomial, então, não existe assíntota vertical. f 15 E para saber se o gráfico da função possui uma assíntota horizontal, precisamos verificar os seguintes limites: ( ) ( ) ( ) ( ) 4 2 4 2 lim lim 2 1 lim lim 2 1 x x x x f x x x f x x x →+∞ →+∞ →−∞ →−∞ = − − = +∞ = − − = −∞ Portanto, o gráfico da função não possui assíntota horizontal nem assíntota vertical. Vamos propor um Roteiro para esboçar o gráfico de uma função f de uma variável real: 1. Como primeira ação, começamos determinando o domínio da função f; 2. Dependendo da expressão algébrica dada para a função, é possível determinar os valores de x que zeram a função, ou seja, tal que f(x)=0 – determinamos os pontos do gráfico que cortam o eixo x; 3. Determinamos, também, o ponto do gráfico que corta o eixo y, ou seja, qual é o valor de f(0); 4. Começamos a estudar o sinal da derivada da função, com a determinação dos intervalos de crescimento e decrescimento. E nos valores que zeram a derivada da função, identificamos os possíveis pontos de máximo e de mínimo locais; 5. Depois, passamos a estudar o sinal da segunda derivada da função, com a determinação dos intervalos de concavidade para cima e de concavidade para baixo, identificando os possíveis pontos de inflexão; 6. E, por último, verificamos se a função possui assíntotas horizontaise verticais. Com estas informações podemos esboçar o gráfico da função. Exemplos 1. Seja f(x) = x3 - 2x2 + 1. Como a função é polinomial Df= . Primeiramente, vamos analisar o comportamento desta função por meio de sua derivada. ( ) ( ) 2 2 ' 3 4 3 4 0 3 4 0 40 ou 3 f x x x x x x x x x = − − = − = = = Por meio da derivada, encontramos dois valores de x que podem ser extremos da função. 16 Unidade: Aplicações de Derivadas Vamos realizar um estudo do sinal da derivada. Queremos saber se a função apresenta um crescimento ou um decrescimento nas proximidades destes pontos para identificarmos se a função apresenta máximo ou mínimo local. Sabemos que nestes pontos encontrados, a derivada é nula. E o que ocorre antes e após estes valores? Se encontrarmos o sinal da derivada positivo, significa que temos um crescimento da função. E se encontrarmos o sinal da derivada negativo, significa que temos um decrescimento da função. Para estudar o sinal da derivada f ’(x) = 3x2 - 4x, necessitamos saber do sinal da função derivada para qualquer valor de x nos seguintes intervalos: ( ) 2 2 0 : 2, ( 2) 3( 2) 4( 2) 12 8 20 0 0 : ' 0 0 40 : 1, (1) 3(1) 4(1) 3 4 1 0 3 4 4: ' 0 3 3 x seja x então f x f x seja x então f x f ′− < = − − = − − − = + = > − = = ′− < < = = − = − = − < − = = 24 : 2, (2) 3(2) 4(2) 12 8 4 0 3 x seja x então f ′− > = = − = − = > Coloquemos estes sinais da derivada da função em um esquema, que facilitará a identificação do crescimento e decrescimento e os valores de máximo e de mínimo locais. Desta forma, podemos afirmar que a função f(x) = x3 - 2x2 + 1 apresenta: » crescimento no intervalo ]-∞,0[ » decrescimento no intervalo 40, 3 » crescimento no intervalo 4 , 3 +∞ » valor máximo local em f(0)=1 » valor mínimo local em 3 24 4 4 5 2 1 3 3 3 27 f = − + = − f 17 Estudemos, agora, a segunda derivada da função f(x) = x3 - 2x2+1. ( ) ( ) ( ) 3 2 2 2 1. ' 3 4 " 6 4 f x x x f x x x f x x = − + = − = − Igualando a zero a segunda derivada, teremos os possíveis pontos de inflexão do gráfico que mostram a mudança de concavidade do gráfico da função. 6 4 0 4 2 6 3 x x − = = = E estudemos o sinal da segunda derivada nos dois intervalos que este ponto nos fornece: 2 2 ou 3 3 x x< > » para 2 3 x < , seja x = 0, então f”(0) = 6 . 0 - 4 = - 4 < 0 ⟹ f tem concavidade para baixo para 2 3 x < ; » para 2 3 x > , seja x=1, então f”(1) = 6 . 1 - 4 = 2 > 0 ⟹ f tem concavidade para cima para . Desta forma, como existe a mudança de concavidade do gráfico da função em x=2/3 , podemos concluir que este é o ponto de inflexão do gráfico da função. Vejamos o gráfico da função f(x) = x3 - 2x2 + 1. 18 Unidade: Aplicações de Derivadas 2. Seja f(x) = x3 e estudemos o comportamento desta função. Como a função é polinomial Df= . Primeiramente, vamos estudar a primeira derivada da função. ( ) ( ) 3 2' 3 f x x f x x = = Igualamos a zero a derivada da função e determinamos os possíveis candidatos a extremos da função, máximos e mínimos. 23 0 0 x x = = Estudemos o sinal da derivada em pontos dos seguintes intervalos: ( ) 2 2 0 0 0 : 1, ( 1) 3( 1) 3 0 0 : ' 0 0 0 : 1, (1) 3(1) 3 0 x x x seja x então f x f x seja x então f < > ′− < = − − = − = > − = = ′− > = = = > Estas informações nos mostram que o sinal de derivada é sempre positivo para x≠0. Desta forma, a função só cresce e não possui nem máximo e nem mínimo. Estudemos a segunda derivada para determinarmos a concavidade do gráfico da função. ( ) ( ) ( ) 3 2' 3 " 6 f x x f x x f x x = = = Igualando a zero a segunda derivada, obtemos os candidatos a pontos de inflexão. 6 0 0x x= ⇒ = Estudemos o sinal da segunda derivada em pontos dos seguintes intervalos: • ( ) ( )0 : 1, " 1 6. 1 6 0x seja x então f< =− − = − = − < ⇒ a função tem concavidade para baixo em x<0 • ( )0 : " 0 0x f= = • ( )0 : 1 , " 1 6.1 6 0x seja x então f> = = = > ⇒ a função tem concavidade para cima em x>0. 19 Vejamos o gráfico da função f(x) = x3 3. Seja f(x)= 2 + 3x - x3, Df= . Primeiramente, vamos analisar o comportamento desta função por meio de sua derivada. ( ) 2 2 2 ' 3 3 3 3 0 1 1 ou 1 f x x x x x x = − − = = = − = Encontramos por meio da derivada dois valores de x que podem ser extremos da função. Vamos realizar um estudo do sinal da derivada. Queremos saber se a função apresenta um crescimento ou um decrescimento nas proximidades destes pontos para identificarmos se a função apresenta máximo ou mínimo local. Sabemos que nestes pontos encontrados, a derivada é nula, e o que ocorre antes e após estes valores? Se encontrarmos o sinal da derivada positivo, significa que temos um crescimento da função. E se encontrarmos o sinal da derivada negativo, significa que temos um decrescimento da função. Para estudar o sinal da derivada f’ (x)= 3 - 3x2, necessitamos saber do sinal da função derivada para qualquer valor de x nos seguintes intervalos: ( ) ( ) 2 2 2 1: 2, ( 2) 3 3( 2) 3 12 9 0 1: ' 1 0 1 1: 0, (0) 3 3(0) 3 0 1: ' 1 0 1: 2, (2) 3 3(2) 3 12 9 0ã x seja x então f x f x seja x então f x f x seja x ent o f ′− < − = − − = − − = − = − < = − = ′− < < = = − = > − = = ′− > = = − = − = − < 20 Unidade: Aplicações de Derivadas Coloquemos estes sinais da derivada da função em um esquema, que facilitará a identificação do crescimento e decrescimento e os valores de máximo e de mínimo locais. Desta forma, podemos afirmar que a função f(x) = 2 + 3x - x3 apresenta: » decrescimento no intervalo ]-∞,-1[ » crescimento no intervalo ]-1,1[ » decrescimento no intervalo ]1,+∞[ » valor máximo local em f(1)= 2 + 3 - 1 = 4 » valor mínimo local em f(-1)= 2 + 3 . (-1) - (-1)3 = 0 Estudemos agora a segunda derivada da função f(x) = 2 + 3x - x3. ( ) ( ) ( ) 3 2 2 3 ' 3 3 " 6 f x x x f x x f x x = + − = − = − Igualando a zero a segunda derivada, teremos os possíveis pontos de inflexão do gráfico que mostra a mudança de concavidade do gráfico da função. 6 0 0 x x − = = E estudemos o sinal da segunda derivada nos dois intervalos que este ponto nos fornece. • para x < 0, seja x = -1, então f”(-1) = - 6 . (-1) = 6 > 0 ⟹ f tem concavidade para cima para x<0; • para x > 0, seja x = 1, então f”(1) = - 6 . 1 = - 6 < 0 ⟹ f tem concavidade para baixo para x > 0. Desta forma, como existe a mudança de concavidade do gráfico da função em x = 0 , podemos concluir que este é o ponto de inflexão do gráfico da função. Vejamos o gráfico da função f(x) = 2 + 3x - x3. f 21 22 Unidade: Aplicações de Derivadas Material Complementar Para pesquisar e aprofundar seus estudos sobre Derivadas consulte o site e as referências a seguir. Sites » https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/visualizing- derivatives-tutorial/v/graphs-of-functions-and-their-derivatives-example-1 » https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/visualizing- derivatives-tutorial/v/where-a-function-is-not-differentiable » http://omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/derivadas/derivadas.html Referências Bibliográficas ANTON, H. Cálculo, Um Novo Horizonte. v. 1. Porto Alegre: Bookman, 2000; STEWART, J. Cálculo. v. 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2009; THOMAS, G. Cálculo. v. 1. São Paulo: Addison Wesley, 2003. https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/visualizing-derivatives-tutorial/v/graphs-of-functions-and-their-derivatives-example-1 https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/visualizing-derivatives-tutorial/v/graphs-of-functions-and-their-derivatives-example-1 https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/visualizing-derivatives-tutorial/v/where-a-function-is-not-differentiable https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/taking-derivatives/visualizing-derivatives-tutorial/v/where-a-function-is-not-differentiablehttp://omatematico.com/Novo/NIVELSUPERIOR/derivadas/derivadas.html 23 Referências STEWART, J. Cálculo. v.1 4.ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2001. LARSON, R.; HOSTETLER, R. P.; EDWARDS, B. H. Cálculo. v.1. São Paulo: McGraw-Hill, 2006 24 Unidade: Aplicações de Derivadas Anotações
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