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@bene.med TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA Câncer mais comum em mulheres, geralmente diagnosticados em estádio II. Quando vem BI-RADS 0 (não é um rastreio bom), tem que completar com exames, pois o achado foi inconclusivo. Quando tem microcalcificação tem que fazer microagulhamento. Quando tem um nódulo muito pequeno, melhor fazer uma mamotomia. Mais no QSD, com tipo histológico mais comum o câncer ductal (carcinoma invasivo) em 75%, e em 15% é o lobulado. Câncer in situ é uma categoria a parte (10%). ➢ 1% dos Ca de mama é em homem. Associado a mutação genética em BRCA. Estadiamento: ➢ TNM clinico: história, exame físico, exames de imagem. Descrever as características do nódulo. Palpar axila, supra e infraclavicular pra classificar o “N”. Na diferença entre exame físico e exame (como uma RNM no caso de Ca lobular), faz biopsia. Metástase principal é ossos (câncer luminal), pulmão, fígado e cérebro. Porem, em alguns tipos de canceres, as metástases podem ser inicialmente viscerais. Pede RX de tórax, TC de crânio caso tenha sintomas, cintilografia óssea, marcadores, US abdominal total. Pra operar, sempre é feito RNM. ➢ TNM patológico: quando tem numeração no “T” é câncer invasivo. Tis é “in situ”. Estadiamento prognostico clinico: ter o estudo imunofenotiípico. Ve se a mulher tem marcadores ou não. ➢ HER-2: proteína transmembrana, depende da coloração da membrana, o quão colorido é, e o quantos % coloriu. Positivo quando coloração circunferencial completa, intensa e em > 10% das células tumorais. Classifica ainda em “+”. Quando inconclusivo, faz teste de “fish” (quando negativo, é HER2 LOW). Quando tem coloração incompleta, é HER-2 1+ (HER2 LOW) ➢ RE ➢ RP ➢ Ki67: marcador de proliferação celular, quanto mais alto, mais proliferação tumoral (G3, por exemplo). Não existe nivel 0. Classificação molecular: 14% das vezes que recidiva, é diferente do tipo primário, por isso faz biopsia de novo. Luminal A: RE+, RP+/-, HER2 negativo, Ki67 < 15%. Melhor prognostico. Mais comum nas mulheres mais velhas. Luminal B: RE+/- RP+/- HER 2 negativo KI67 > ou igual a 15%. @bene.med Luminal HER ou híbrido: triplo positivo, tem estrógeno, progesterona e HER2+. O fato de expressar HER traz mais agressividade, prognostico um pouco menor. Triplo negativo: não tem progestágeno, estrógeno e HER. Mais comum em mulheres mais jovens, pois a celula mamaria não teve desenvolvimento completo. Cirurgia conservadora: é a quadrantectomia, faz quando ficar esteticamente adequado. ➢ Tumor único ➢ Ausência de comprometimento da pele ➢ Margens livres ➢ Acesso ao serviço de radioterapia: ela trata a mama que sobrou. Gravidas não podem fazer radio. Radioterapia local previa não pode também. Doenças locais, tumor > 5cm, margem focal +, pcte com predisposição genética, são contraindicações relativas. ➢ Proporção da mama em relação ao tumor de pelo menos 30%. Linfonodos: quando tem axila acometida, sobrevida cai bastante, é o fator prognostico mais importante. Não realizar esvaziamento em tumores T1/T2 em cirurgia conservadora (radioterapia). So tira linfonodos no nivel 3 se macroscopicamente na cirurgia eles estiverem comprometidos. Caso retirada do sentinela, e ele ainda fique positivo, não esvazia e faz radioterapia. Radioterapia: Linfonodo positivo na axila é sinônimo de radioterapia. Geralmente após mastectomia quando tumor > 5cm. @bene.med Quando acomete a pele, não pode fazer cirúrgica conservadora. Mesmo tirando toda a mama, faz radioterapia. Também casos de dissecção inadequada. Cada tecido do corpo tem uma dose máxima de radioterapia que pode receber. Canal medular é bem frágil (pode dar mielite). Tratamento sistêmico: ➢ Hormônioterapia: na pós-menopausa pode bloquear receptor de estrógeno (tamoxifeno), inibidores da aromatase (letrozol, exemestano), antagonista do RE (fulvestranto, faz downregulation na pós-menopausa), agonista do LHRH (leuprolide), agonista GNRH (goserelina), radioterapia ovariana (ooforectomia). Terapia ideal são os inibidores da aromatase, 2ª opção é o tamoxifeno (usa preventivamente). Efeitos do letrozol: pode aumentar androgênio, aumentar pilificaçao, efeitos osseos como osteoporose. Efeitos do tamoxifeno: hiperplasia endometrial, eventos tromboembólicos. Terapia de bloqueio hormonal é geralmente por 10 anos, depende da idade do pcte. O estrogênio estimula a expressão de ciclina D1 facilitando assim a ativação de CDK4 & 6 e a progressão do ciclo celular. A inibição contínua leva à parada sustentada do ciclo celular, o que pode levar à senescência ou apoptose. Inibidores da ciclina D1 acima. ➢ Quimioterapia: analisar resposta ou não da quimioterapia. ➢ Drogas alvo @bene.med ➢ Imunoterapia: inibidores do HER2 (trastuzumab). É um quimérico. Usa nos pctes HER2 +++. Seguimento: após tratamento adjuvante, deve-se proceder à historia, exame físico, mamografia e exame ginecológico. Não há indicação de realização de hemograma, bioquímica no sangue, radiografia de tórax, US abdominal ou USGTV, cintilografia óssea, marcadores tumorais na ausência de sintomas ou de indicações clinicas.