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Banco de horas o que diz a CLT

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Banco de horas: o que diz a CLT 
 
Como funciona o banco de horas? 
Todo funcionário tem uma jornada de trabalho a cumprir, contudo, nem sempre ela 
será cumprida de forma regular e existem dias em que a jornada pode variar um 
pouco, seja ficando um tempo a mais ou um tempo a menos no trabalho. 
Essas horas ou minutos vão todas para um banco onde ocorre a soma das horas 
positivas ou negativas. 
Na prática o banco de horas funciona da seguinte forma: as horas negativas ficam em 
forma de “dívida”, e as positivas como um “saldo”, e por isso, é utilizado o termo banco 
de horas, pois as horas do colaborador ficam guardadas, como em uma poupança. 
Essas horas, quando forem positivas, podem ser compensadas por meio de folgas ou 
diminuição de jornada. E pagas, quando o funcionário estiver com débitos por meio 
da laboração de horas a mais na jornada. 
Nesse caso, ao invés da empresa pagar horas extras ao funcionário, ela acumula 
suas horas excedentes reduzindo a jornada ou concedendo folgas a ele. E o 
funcionário por sua vez, ao invés de ter descontado os dias de sua ausência, pode 
acumular horas no banco e pagá-las posteriormente. 
Para que o banco de horas serve? 
A principal função do banco de horas é permitir que a empresa e o funcionário tenham 
uma maior flexibilização da jornada de trabalho. Os colaboradores podem, por 
exemplo, trabalhar horas a mais em sua jornada em períodos de alta demanda, e 
folgar em períodos de baixa demanda. 
Ou até mesmo caso precise se ausentar do trabalho por algum compromisso, ele 
pode compensar essa ausência em outros dias, evitando descontos na sua 
remuneração. 
O que diz a Lei sobre o Banco de Horas – art 59 clt 
O banco de horas é regulamentado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 
em seu artigo 59, parágrafo 2. Esse trecho fala sobre a hora extra durante a jornada 
e a possibilidade do banco de horas. 
O artigo 59 da CLT, afirma que a duração de um dia de trabalho pode ser acrescida 
de 2 horas extras, mediante acordo individual, convenção coletiva ou acordo 
coletivo de trabalho. 
E em seu parágrafo 1, a lei prevê que essas horas excedentes deverão ser pagas 
com no mínimo 50% de acréscimo da hora normal. 
Entretanto, mais adiante no parágrafo 2, está previsto que o empregador pode ser 
dispensado do pagamento desse acréscimo se as horas excedentes forem 
compensadas por diminuição da jornada em outro dia. Essa previsão torna possível 
o banco de horas. 
De acordo com a redação do parágrafo 2, do artigo 59: 
• O empregador pode ser dispensado do pagamento de horas extras, se por 
acordo ou convenção coletiva, a empresa adotar a compensação de horas; 
• O colaborador nunca pode realizar mais do que 10 horas de trabalho em um 
dia, isso quer dizer que em uma jornada regular de 8 horas, só podem ser 
realizadas duas horas extra. 
• Um banco de horas só pode durar até um ano quando feito por acordo 
coletivo ou convenção coletiva; 
A nova Lei – O que mudou no banco de horas com a reforma trabalhista? 
Com a Reforma Trabalhista, o regime de banco de horas tornou-se mais flexível e 
aberto a mais possibilidades, trazendo mais autonomia para negociação entre 
empregador e empregado. 
Antes da reforma, o banco de horas só poderia ser adotado se tivesse previsto em 
convenção coletiva, portanto, era imprescindível a participação do sindicato da 
categoria na implementação do banco de horas. 
Após a reforma, surgiu a possibilidade de o banco de horas ser adotado por meio de 
um acordo individual, porém, a sua validade cai para 6 meses. 
Além disso, a nova lei também trouxe a possibilidade do banco de horas mensal, 
nesse caso, ele pode ser feito por acordo tácito ou escrito, entre empregador e 
empregado, porém, as horas acumuladas no mês devem ser compensadas no 
mesmo mês. 
Veja o que diz o trecho: 
“§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por 
acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de 
seis meses; 
§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo 
individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.” 
De acordo com a implementação desses dois parágrafos após a reforma trabalhista, 
o banco de horas também pode funcionar da seguinte forma: 
• O banco de horas pode ser feito em acordo individual e precisa ser 
compensado em até no máximo 6 meses. 
• Em casos de acordos individuais, o colaborador e o empregador podem 
combinar que as horas extras serão compensadas no mesmo mês. 
Benefícios do Banco de Horas para Empresa 
Podemos dizer que os principais benefícios do banco de horas são: 
• Redução na folha de pagamento; 
• Flexibilidade para empresa e colaboradores; 
• Facilita o trabalho do RH; 
• Diminui o número de pagamentos indevidos; 
• Reduz chances de erros de cálculo; 
• Reduz custos. 
 
 
 
	Banco de horas: o que diz a CLT
	Como funciona o banco de horas?
	Para que o banco de horas serve?
	O que diz a Lei sobre o Banco de Horas – art 59 clt
	A nova Lei – O que mudou no banco de horas com a reforma trabalhista?
	Benefícios do Banco de Horas para Empresa