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Camila Shelly de V. Ramos NEOPLASIAS CUTÂNEAS • CARCINOMA BASOCELULAR -Neoplasia maligna de melhor prognóstico -Crescimento lento -Capacidade invasiva localizada, mas destrutiva -Muito raramente provoca metástase -Predomina em área superior do rosto ↳Não acomete lábios e regiões palmo-plantares *origem na unidade pilossebácea →CONSTITUIÇÃO -Células morfologicamente semelhantes as células basais da epiderme →EPIDEMIOLOGIA -Neoplasia maligna mais comum -Relacionado a exposição a raio ultravioleta ↳Exposição crônica -Acomete mais ↳Indivíduos a partir da 5° década de vida ↳Pessoas de pele clara (fototipos I e II) ↳Profissões de maior exposição a radiação →ETIOLOGIA -Radiação ↳De todos os tipos (calóricas a ionizantes) -Substâncias químicas ↳Derivados do alcatrão e arsênico →CLÍNICA -Pápula de superfície lisa e brilhante ↳Com aspecto perolado e telangectasias ↳Local? Áreas fotoexpostas ↳Evoluem com ulceração ↳Crescimento lento (em anos) ↳Sangramento espontâneo ou por traumas →TIPOS ✓ NODULAR -Mais comum -Apresentação clínica ↳Clássica = pápula normocrômica com aspecto perolado e com telangectasias -Diagnóstico diferencial ↳Nevo melanocítico intradérmico ↳Hiperplasia sebácea ↳Siringoma *glândulas sudoríparas ↳Melanoma amelanótico ↳CEC ✓ PIGMENTADO ✓ SUPERFICIAL -Não é comum aspecto perolado Camila Shelly de V. Ramos -Placas eritemato-descamativas ↳Local? Tronco ↳Bem delimitadas ↳Bordas podem ser perláceas -Diagnóstico diferencial ↳Doença de Bowen *tipo de CEC in situ ↳Ceratose actínica *lesão pré maligna ↳Doença de paget extramamária ↳Eczema ↳Lúpus ↳Psoríase ✓ ESCLERODERMIFORME -Forma rara de caráter mais agressivo ↳Altamente recidivante -Atrofia ✓ FIBROEPITELIOMA DE PINKUS ✓ TENEBRANTE ✓ PLANO CICATRICIAL ✓ VEGETANTE OBS:SÍNDROMES CBC →DIAGNÓSTICO -Suspeita clínica ↳Dermatoscopia -> folha de porto (bandeira do Canadá) ✓ HISTOPATOLÓGICO -Proliferação de células basofílica com disposição em paliçada na periferia (semelhante a uma cerca na periferia do tumor) e retração justatumoral Camila Shelly de V. Ramos ✓ PROGNÓSTICO -Zonas de risco -> recidivas ->10x mais chance de apresentar CBC subsequente ↳H da face -Metástase ↳Linfonodos, pulmão, ossos e fígado →TRATAMENTO -Mesmo do CEC • CARCINOMA ESPINOCELULAR -Neoplasia maligna ↳Maior gravidade quando células menos diferenciadas (no sentindo de queratinização) →CONSTITUIÇÃO -Proliferação de queratinócitos atípicos da camada espinhosa da epiderme ↳Que invadem a derme na pele e mucosas *capacidade de invasão local e metástase →EPIDEMIOLOGIA -2° tipo mais comum de CA de pele -Acomete mais? ↳Sexo masculino ↳A partir da 5° década de vida *mais tardio do que o CBC ↳Fototipos I e II ↳Maior exposição solar ↳História prévia de CA de pele →ETIOLOGIA →CLÍNICA -Pápula/placa/nódulo eritemato-ceratósica infiltrada ↳Pode evoluir com ulceração ↳Com descamação, crostas, corno cutâneo (proliferação de queratina -> lesão endurecida) ↳Local? Áreas fotoexpostas (cabeça, pescoço, MMSS), mucosas (oral) *mucosa oral -> lesões precursoras -> queilite actínicas, leucoplasias ↳Crescimento mais lento (em semestres), mas mais rápido do que CBC Camila Shelly de V. Ramos -Capacidade de gerar metástase depende da localização (Mucosa > semimucosa > pele) ↳Para gânglios, pulmões fígado, SNC, pele, ossos -Pode surgir em áreas de pele sã, mas é mais frequente em áreas previamente afetadas ↳Ceratoses acténicas e tóxicas, radiodermites, úlceras crônicas, doenças cutâneas crônicas, cicatrizes antigas (queimadura), genodermatoses OBS:DOENÇA DE BOWEN X CERATOSE ACTÍNICA -Doença de Bowen (maligna) ↳Apresentação de CEC in situ ↳Lesão eritematosa de limites precisos com fina descamação e crostas ↳Geralmente única ↳Local? Tronco -Lesões pré-malignas ↳Ceratose actínica *lesão eritemato descamativas *mais palpável do que visível -> áspera *pele ao redor possui outras características *campo de cancerização -> lesões subclínicas confluentes -> a longo prazo podem desenvolver lesões malignas →DIAGNÓSTICO ✓ HISTOPATOLOGIA -Proliferação de queratinócitos atípicos ↳Com amplo citoplasma disqueratótico, pontes intercelulares evidentes e alterações discarióticas nos núcleos -Perólas córneas ↳Característica de CEC bem diferenciados →PROGNÓSTICO -Grau histológico do tumor é associado ao risco de recorrência e ao risco de metástase Quanto a quantidade de células indiferenciadas = quanto menos diferenciado, pior prognóstico -Fatores de mal prognóstico: →DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL -Ceratoacantoma ↳Lesão benigna que se assemelha a CEC -Granuloma piogênico ↳Crescimento em áreas de trauma -PLECT (lesões verrucosas) Camila Shelly de V. Ramos →TRATAMENTO Varia de acordo com a localização e tipo histológico -Exérese cirúrgica convencional ↳Primeira escolha devido as altas taxas de cura ↳Possibilita avaliação histológica das margens -Cirurgia micrográfica de MOHS ↳Exérese + biópsia *avaliação histológica das margens -> conservação de tecido, otimiza conservação de tecidos sadios ↳Desvantagem? Custo elevado ↳Quando realizar? Tumores recidivados, tumores primários agressivos a histologia, áreas de risco para recidivas, limites mal definidos, locais com necessidade de preservação de tecido (pálpebra, região genital) -Curetagem e eletrocoagulação ↳Quando realizar? Tumores pequenos (<1cm) e de baixo risco ↳Desvantagem? Método destrutivo, sem avaliação de margens -Criocirurgia ↳2 ciclos de congelamentos com margem de segurança ↳Desvantagem? Cicatrizes hipertróficas, dificultam identificação de recidivas ✓ TRATAMENTO MEDICAMENTOSO -5-fleoracil = quimioterápico de uso tópico ↳Mais usado na prática ↳Desvantagem? Irritação na pele ↳Indicações? Ceratoses actínicas, CBC superficial, Doença de Bowen e CEC in situ -Imiquimod = agonista de toll-like receptor ↳Reconhece a célula tumoral como antígeno -> destruição de células tumorais ↳Desvantagem? Irritação na pele, mais caro ↳Indicações? Ceratoses actínicas, CBC superficial, Doença de Bowen e CEC in situ -Terapia fotodinâmica ↳Droga fotossensibilizante + luz de espectro visível -> destruição célula maligna ↳Indicações? Ceratoses actínicas, CBC superficial, Doença de Bowen e CEC in situ -Radioterapia ↳Indicada quando? Casos em que a cirurgia convencional não é possível, adjuvância nos tumores com margens comprometidas, medida paliativa de tumores intratáveis • MELANOMA** -Neoplasia maligna originária dos melanócitos cutâneos ↳Eventualmente pode ocorrer nos olhos, mucosas, meninges -Alto potencialmente metastático →EPIDEMIOLOGIA -Acomete mais? ↳Indivíduos de pele, cabelos e olhos claros -Nas mulheres -> mais comum nos MMII -Nos homens -> mais comum no tronco →FATORES DE RISCO -Exposição solares ↳Agudas, intermitentes e muito intensas *queimadura com bolha Camila Shelly de V. Ramos →CLÍNICA -Lesão pigmentada ↳De novo (surgem em uma área em que não havia nenhuma lesão prévia) ↳Bordas irregulares ↳Coloração não uniforme ↳Assimetria -Pode surgir de nevo preexistente ↳Que se torna assimétrico, bordas irregulares, alteração na coloração, aumento do diâmetro -Sinal do patinho feio ↳Sinal diferente dos outros sinais OBS:REGRA ABCDE X MELANOMA -A = assimetria -B = bordas irregulares -C = coloração -D = diâmetro (>6mm) -E = evolução (modificações abruptas ao longo do tempo) →TIPOS ✓ SUPERFICIAL (70%) -Tipo mais comum -Acomete preferencialmente? Pacientes de pele clara, 30-60 anos -Lesão pigmentada ↳Discretamente elevada↳Coloração com tonalidades variadas ↳Bordas irregulares ↳Crescimento assimétrico *Fase inicial -> crescimento radial -> Posterior crescimento vertical ↳Evolução 1-5 anos ✓ NODULAR (15%) -Acomete preferencialmente? Pacientes de 50 anos -Pápula ou nódulo enegrecido ↳Crescimento vertical desde o início -Pior prognóstico Camila Shelly de V. Ramos ✓ ACRAL (10%) -Acomete preferencialmente? Pacientes pele negra, amarelada; idade média 60 anos -Melanoma que se manifesta nas regiões palmo plantares e região periungueal ↳Evolução de 2-3 anos ↳Crescimento horizontal seguido do vertical -Sinal de huntchinson ↳Derrame ungueal ✓ LENTIGO MALIGNO (5%) -Evolução lenta ↳Crescimento radial por muito tempo ↳Maior benignidade -Melanose solar (mácula hipercrômica) que passa a ter cor e borda irregulares ↳Em áreas expostas cronicamente ao sol -Invasivo = lentigo maligno melanoma ✓ AMELANÓTICO -Raro -Comportamento agressivo ↳Células muito diferenciadas -Diagnóstico tardio ↳Baixa suspeita -Incapaz de produzir melanina →DIAGNÓSTICO -Suspeita clínica ↳Dermatoscopia *avaliação ABCDE *lesão pigmentar melanocítica *coloração irregular/imprecisa ✓ BIÓPSIA EXCISIONAL (OU INCISIONAL) -Preferencialmente excisional – 2mm HISTOPATOLOGIA #mais importante? Breslow #resposta inflamatória linfocítica = bom prognóstico IMUNOHISTOQUÍMICA -Proteína S100 e HMB-45 Camila Shelly de V. Ramos -Para que? Descobrir origem da metástase →DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ✓ LESÕES PIGMENTADAS -Ceratose seborreica -CBC -Dermatofibroma ↳Tumor de fibroblasto ↳Sinal do botão -Tumores vasculares trombosados ✓ FORMAS AMELANÓTICA -Granuloma piogênico -CEC -Sarcoma →ESTADIAMENTO -Biópsia linfonodo sentinela ↳1° linfonodo da cadeia que recebe circulação linfática do tumor ↳Quando há indicação? Espessura >0,8mm; lesão ulcerada ou número de mitoses >1/mm²; clark IV/V -Rx tórax -USG abdominal -Função hepática -DHL →PROGNÓSTICO -Depende da fase do diagnóstico -Mestástase (via hemática ou linfática ↳Pele, subcutâneo, linfonodos ↳Pulmão, SNC, ossos →TRATAMENTO -Ampliação das margens da biópsia excisional -Imunoterapia -Terapia de células alvo →SEGUIMENTO -Acompanhamento para o resto da vida! -Exames a serem solicitados?
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