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Turismo Gastronômico UNIDADE I Prof. Rodrigo Stolf Esta unidade irá apresentar: As tipologias relacionadas ao turismo gastronômico. As regiões do Brasil e seus principais produtos potenciais para o desenvolvimento do turismo gastronômico. As principais funções da equipe de cozinha e salão em um empreendimento gastronômico. Uma seleção dos chefs mais importantes que influenciaram a evolução da gastronomia. Turismo gastronômico A ação de se alimentar, principalmente quando está envolvida no turismo gastronômico, transcendeu sua necessidade funcional para se tornar algo relacionado ao prazer, para vivenciar e compartilhar a experiência. A gastronomia é um dos setores mais valorizados pelos turistas, muitos procuram descobrir os sabores e ingredientes que pertencem à cultura alimentar local do destino visitado, além de explorar os seus restaurantes, bares, mercados, de saborear os produtos típicos, de conhecer as tradições e poder viver experiências surpreendentes, únicas e especiais. Turismo gastronômico Tipo de atividade turística que se caracteriza pela experiência do visitante durante sua viagem ligada a produtos e atividades correlacionadas à gastronomia. Em conjunto com experiências culinárias autênticas, tradicionais e/ou inovadoras, o turismo gastronômico também pode envolver outros tipos de atividades, como visitação de produtores locais, participação em festivais gastronômicos e em aulas de cozinha. O enoturismo é uma forma de turismo que está inserida no Turismo Gastronômico e refere- se ao turismo praticado com o objetivo de visitar locais como vinícolas, vinhedos, adegas, além de possibilitar ações como degustações, harmonizações e compra de vinho, muitas vezes direto do produtor. Definição de turismo gastronômico Rota gastronômica A rota turística gastronômica poderá ser uma estrada, um caminho, um percurso que se notabilize pelos seus atrativos alimentares. Pode diferenciar-se pelas suas características naturais e/ou por permitir a visita e conhecimento de um patrimônio cultural gastronômico ou histórico de destaque. Ressalta-se que uma rota gastronômica pode contemplar vários atrativos e localidades turísticas. Um dos produtos gastronômicos com maior relevância histórica são as rotas do vinho. As primeiras rotas ou circuitos turísticos desses produtos na França datam da década de 50, como a rota dos vinhos da Alsácia. As tipologias do turismo gastronômico Fonte: https://www.caminhosdoturismo.com.br/wine-food-tours/tour-gastronomico-brasil/serra- do-itaqueri-gastronomico Roteiro turístico gastronômico É mais amplo e temático, pode abranger várias rotas vinculadas à gastronomia de cada local ou região. A rota de diversos produtos, como queijos, frutas, cerveja, vinho e cachaça, poderia estar presente dentro de um mesmo roteiro gastronômico. O objetivo principal da elaboração dos roteiros e rotas gastronômicas é desenvolver a gastronomia nos municípios e regionalmente, onde os turistas e residentes terão a oportunidade de conhecer o potencial desse segmento nos diversos tipos de serviços, movimentando a economia. As tipologias do turismo gastronômico As principais informações necessárias para uma criação adequada das rotas e roteiros gastronômicos em um país ou região são: Formar uma base de dados com os principais atrativos turísticos, culturais e gastronômicos e a identificação dos produtos com maiores potenciais em relação aos ingredientes e pratos. Elaborar um mapa para identificar e localizar as atrações gastronômicas mais importantes. Projetar os roteiros e rotas para que combinem a gastronomia com outros aspectos de interesse turístico cultural. Criar formas para assegurar que os serviços oferecidos e fornecedores tenham um padrão de qualidade. Identificar as melhores formas para divulgar os roteiros e rotas gastronômicas. As tipologias do turismo gastronômico Festival gastronômico São eventos que possuem maior porte e visam apresentar as tradições, culturas e manifestações típicas da gastronomia de uma cidade ou região. Proporcionam, além de opções de alimentação, uma programação cultural variada, geralmente com músicas, shows, feiras de produtos e competições culinárias. Os festivais objetivam prolongar a atividade turística, principalmente, nos períodos de baixa estação e oferecem diversas opções de experiências gastronômicas em eventos paralelos, como degustações, palestras, seminários, workshops com chefs de cozinha, aulas-show, entre outros. As tipologias do turismo gastronômico Fonte: https://registro.portaldacidade.com/noticias/cultura/festival-gastronomico-mesa- caicara-foi-prorrogado-ate-o-dia-30-de-novembro-3639 Feiras gastronômicas As feiras oferecem ao público alimentos e bebidas, em sua maioria, baseados na cultura regional, normalmente de maneira mais informal, em stands ou barracas. As feiras gastronômicas podem ser temáticas e fixas em dias determinados ou ainda itinerantes. Atualmente, as feiras gastronômicas diversificaram-se e são projetadas para proporcionar uma maior visibilidade a uma determinada gastronomia regional; valorização da alimentação como as feiras de produtos de pequenos produtores orgânicos e para a promoção do turismo. As tipologias do turismo gastronômico Concursos gastronômicos Os concursos podem ser importantes ferramentas de divulgação dos produtos da gastronomia de uma região. Nesse tipo de evento são apresentados produtos gastronômicos, pratos ou mesmo receitas para eleição de juízes especialistas nos temas, os concursos podem ser um tipo de evento único ou poderão estar inseridos em outros eventos de maior porte, como um festival gastronômico. Em alguns países também são comuns concursos gastronômicos sobre quem consegue comer uma maior quantidade de determinado tipo de alimento. As tipologias do turismo gastronômico Fonte: https://portalcantu.com.br/news/cantagalo/concurso-gastronomico-aromas-e- sabores-aconteceu O tour/passeio gastronômico Também chamado, em inglês, de food tour. Trata-se de um roteiro/excursão no qual o turista/cliente pode conhecer a história e a cultura gastronômica de uma cidade por meio da degustação de diferentes ingredientes, pratos e bebidas, em locais previamente determinados, e pode haver um espaço de tempo estipulado. A construção de tour gastronômico geralmente se concentra em uma região reconhecida pela qualidade da gastronomia e entretenimento ou em um determinado segmento do mercado. Geralmente, os roteiros desses passeios são temáticos e buscam trazer uma imersão nas atividades preparadas durante o tempo determinado. As tipologias do turismo gastronômico Circuitos gastronômicos Os circuitos gastronômicos de maior porte podem compreender um conjunto de municípios próximos, caracterizam-se por valorizar elementos da cultura gastronômica regional como atrativo aos turistas. Possuem uma amplitude menor que os festivais e sua principal característica é enaltecer a identidade gastronômica local. Muitas cidades apresentam circuitos gastronômicos aproveitando as potencialidades dos restaurantes e bares locais, bem como circuitos vinculados a ações sociais em comunidades. As tipologias do turismo gastronômico Revitalização de bairros e regiões de pouco apelo turístico. Converter a gastronomia brasileira em uma referência internacional. Estreitar a relação dos produtores locais com restaurantes e chefs. Tornar a gastronomia nacional um potencial e diferenciado atrativo turístico e uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento das localidades. Expandir o fluxo de turistas nos munícipios, regiões e países. Transformar pratos e ingredientes locais/regionais conhecidos nacionalmente. Oportunidades para o turismo gastronômico Gerar oportunidades de trabalho para os diversos profissionais da área da gastronomia. Criar novas possibilidades para os empreendedores do setor da hospitalidade. Valorizar o uso dos ingredientes locais e das PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais). Integrar a gastronomia a projetos sociais das comunidades. Incrementar os setores da hospitalidade, como a procura pelos meios de hospedagem. Oportunidades para o turismo gastronômico As práticas sustentáveis devem ser incorporadas na organização das atividades turísticas gastronômicas: a valorização do pequeno produtor da região e da identidade da gastronomia local e as ações voltadas ao comércio justo são exemplos de realizações que valorizam a cadeia da sustentabilidade. A visibilidade da gastronomia pôs em evidência as formas de produção dos alimentos locais e a integração destes com chefs de cozinha e restaurantes. A aproximação dos setores da hospitalidade e do campo gera um processo virtuoso para o desenvolvimento sustentável alinhado com o incremento da qualidade da oferta de produtos gastronômicos nas localidades. Turismo gastronômico sustentável O enoturismo é uma forma de turismo gastronômico que se refere ao turismo praticado com o objetivo de visitar qual tipo de local? a) Praias. b) Vinícolas e vinhedos. c) Cervejarias. d) Castelos e monumentos históricos. e) Museus. Interatividade O enoturismo é uma forma de turismo gastronômico que se refere ao turismo praticado com o objetivo de visitar qual tipo de local? a) Praias. b) Vinícolas e vinhedos. c) Cervejarias. d) Castelos e monumentos históricos. e) Museus. Resposta Observa-se três etapas importantes para a formação da gastronomia brasileira: Entre os séculos XVI e XIX houve um grande intercâmbio das espécies nativas dos principais continentes: Europa, África, Ásia e Américas. No período que abrange os séculos XIX e XX ocorreu uma maior identificação e valorização da cozinha regional brasileira e o estudo de sua formação a partir das influências indígenas, africanas e europeias. E, na atualidade, as referências na gastronomia são globais, porém com ênfase na utilização de ingredientes regionais, a fusão de cozinhas de diversos países e o uso de técnicas tradicionais e modernas. O turismo gastronômico no Brasil Região Norte A região Norte é aquela que possui a cozinha mais autóctone do país, ou seja, a que sofreu menos influência externa e que está mais próxima da cozinha original dos índios que habitavam o Brasil. Muitos dos alimentos consumidos atualmente na região são os mesmos que a população indígena se alimentava, como: mandioca, milho, cará, peixes diversos, como tambaqui, piranha, tucunaré, jaraqui, pirarucu, pacu e matrinchã, e frutas locais. O turismo gastronômico no Brasil Entre os principais pratos típicos destacam-se: os mingaus de tapioca e milho branco, carne de jacaré, caldeirada de filhote, sobremesas com cupuaçu, biscoito de castanha-do-pará, mousse de açaí, sorvete de tapioca, arroz de pato e o cuscuz preparado com farinha de milho e geralmente servido quente, acompanhado de leite e coco ralado açucarados. O estado do Pará, atualmente, é responsável por cerca de 95% da produção de açaí no Brasil, e o estado de São Paulo é o principal mercado consumidor. A cadeia de produção do açaí movimenta em torno de US$ 1,5 bilhão no mercado paraense. Região Norte A cozinha da região Nordeste é fruto da miscigenação entre indígenas, africanos e portugueses. A culinária nordestina transformou ingredientes que a natureza oferecia, como o uso do azeite de dendê, herança africana, em pratos simbólicos para o turismo gastronômico nacional, por exemplo, a moqueca, o acarajé e o bobó de camarão. Todos os estados nordestinos apresentam uma imensa variedade de ingredientes e pratos típicos que são atrativos para o turista gastronômico. Região Nordeste As influências indígenas na gastronomia da região estão representadas no consumo dos pratos elaborados com produtos como a macaxeira (mandioca), o milho, diferentes tipos de feijão, carne de sol, rapadura, peixes e frutos do mar. Já a gastronomia do sertão e interior nordestino apresenta à mesa pratos preparados com ingredientes como a carne de boi seca e de sol, carne de bode, manteiga de garrafa, queijos de manteiga e de coalho, carne de carneiro, feijões de corda, batata-doce, jerimum, milho e frutas nativas. Região Nordeste As cidades nordestinas localizadas nas proximidades de mangues e rios utilizam na sua gastronomia ingredientes como pitus, caranguejos e sururus. No nordeste brasileiro, todos os estados são banhados pelo mar, estimulando uma gastronomia pautada no consumo de peixes, como: sirigado, pargo, pescada-amarela e branca, cioba, robalo, arabaiana (olho-de-boi), cavala, carapeba, arraia, camarão, lagosta, marisco, guaiamum e outros frutos do mar presentes na região litorânea. O leite de coco é um ingrediente de destaque na gastronomia nordestina e compõe diversas preparações com peixes e frutos do mar. Região Nordeste Com a influência da doçaria portuguesa e em decorrência da grande produção de açúcar, muitas receitas de tradicionais sobremesas foram criadas e adaptadas de acordo com os ingredientes regionais no Nordeste. Destacam-se as cocadas, quindins, pudim de tapioca, bala e doce de jenipapo, rapadura, pé de moleque, caju em calda, pamonha doce, ambrosia, sequilhos, torta búlgara, bolo Souza Leão, mungunzá e diversos outros doces feitos com as frutas regionais. Em Pernambuco, o bolo de rolo e a “cartola” são doces típicos reconhecidos nacionalmente. Região Nordeste A gastronomia da região Centro-oeste recebeu diversas influências dos povos indígenas, africanos e portugueses, além de países como Bolívia e Paraguai. Receitas como a sopa paraguaia, as chipas e as saltenhas são exemplos da cozinha desses países. A sopa paraguaia, na verdade, é uma espécie de torta salgada preparada com milho, ovos, queijo e cebola. Região Centro-oeste A gastronomia do Centro-oeste também tem características das tradições das cozinhas paulista e mineira, perpetradas pelos bandeirantes, e demonstradas no consumo de pratos como leitão à pururuca, arroz com suã, galinhada e de doces de mamão, caju e outros tipos de frutas cristalizadas. O milho é bastante utilizado no preparo da canjica, da farinha e do angu, além do curau e da pamonha, principalmente salgada. A região possui ingredientes típicos que distinguem sua gastronomia, como a guabiroba e o pequi. A doçaria da região Centro-oeste tem herança portuguesa em receitas como a ambrosia, doces de ovos e o alfenim. Região Centro-oeste A gastronomia do estado de São Paulo possui características das culturas indígenas e europeias. Os principais produtos, no início da colonização portuguesa, eram a mandioca e o milho, se consumiam ainda farinha, feijão, abóbora, cará, batata-doce, amendoim, taioba e cambuquira (brotos e flores da abóbora, abobrinha, brócolis, chuchu). Muitas dessas culturas eram plantadas pelos bandeirantes durante suas viagens. O milho se fez bastante presente na forma de canjica, curau, milho cozido, farinhas e pamonhas. Outros ingredientes consumidos pelos paulistas nesse período eram pinhão, araçá, cambuci, jabuticaba, pitanga, carne de caças, como capivaras, cotias, pacas, jacarés, tatus e peixes diversos. Região Sudeste Os hábitos alimentares dos tropeiros permaneceram enraizados na cozinha paulista com o tripé arroz, feijão e farinha. Diversos pratos apresentam influência dos tropeiros e bandeirantes, como o feijão tropeiro, a paçoca de carne seca, o virado à paulista, a tigelada de chuchu, angu de fubá, pastéis de farinha de milho, entre outros. O virado à paulista, prato tradicional da culinária, servido às segundas-feiras no almoço do paulistano, surgiu no período dos primeiros colonizadores. Região Sudeste A necessidade de mão de obra para as lavourasde café e outras culturas possibilitou a chegada de diversos imigrantes italianos, franceses, espanhóis, japoneses, alemães, libaneses, entre outros que modificaram profundamente a gastronomia paulista e brasileira. Atualmente, se incorporaram a essas culturas gastronômicas novos povos, como os peruanos, bolivianos e coreanos. Essa imensa miscigenação tornou a cidade de São Paulo um dos polos gastronômicos mais importantes do mundo. Região Sudeste O Rio de Janeiro, por ter recebido a corte portuguesa em 1808, foi a cidade que mais prosperou gastronomicamente no Brasil, principalmente com a chegada de uma mão de obra mais qualificada de confeiteiros e padeiros portugueses e franceses. A gastronomia, geralmente, de influência portuguesa dos bares e botequins cariocas também é um grande atrativo para os turistas gastronômicos. Região Sudeste Alguns dos pratos tradicionais consumidos no estado do Rio de Janeiro são: sopa Leão Veloso, camarão com chuchu, filé à francesa, arroz de polvo com brócolis, camarão ensopado, filé à Osvaldo Aranha, caldo de mocotó, bobó de camarão, pirão de peixe, caruru, vatapá e feijoada. Logicamente que a feijoada, ícone da cozinha brasileira, notabiliza-se nas tradições culinárias de diversas regiões do país. Região Sudeste O historiador e folclorista brasileiro, Luiz da Câmara Cascudo, coloca que a alimentação dos escravos consistia basicamente de angu de milho, ou de farinha de mandioca, e feijão temperado com sal e gordura, que era servido bem ralo; apenas ocasionalmente poderia haver um pedaço de carne. A origem da feijoada ocorre a partir das influências de pratos europeus, como a feijoada à transmontana portuguesa, a olla podrida/puchero espanhol ou mesmo o cassoulet francês. Há também um recibo de compra, da Casa Imperial de 1889, no qual consta a compra de produtos como tripas, linguiça, língua e miolos, ou seja, esses ingredientes não poderiam ser considerados restos para serem distribuídos. Origem da feijoada A gastronomia do Espírito Santo também possui grande influência das cozinhas portuguesa, africana e indígena e conserva o hábito secular de preparar diversos pratos em panelas de barro, como a moqueca capixaba, um dos pratos afamados de sua cozinha. A partir da chegada dos imigrantes europeus, novas receitas foram incorporadas ao cardápio da cozinha capixaba, como o tortei, a sopa pavese e a polenta. Entre os pratos típicos mais tradicionais destaca-se também a torta capixaba e a caranguejada. Região Sudeste Com a decadência da mineração, a agricultura e a pecuária prosperaram no estado de Minas Gerais e tornaram os laticínios, como queijos de várias regiões e tipos, doce de leite e o pão de queijo, alguns dos principais produtos da gastronomia mineira. Os pratos mais representativos da cozinha mineira são: tutu de feijão, leitão à pururuca, torresmo, vaca atolada, angu com quiabo e muitos outros. A doçaria mineira de influência luso-brasileira traz à mesa: curau, pamonha, doce de cidra, queijadinha, doce de abóbora, marmelada, ambrosia, biscoito de polvilho doce, goiabada, e, para encerrar a refeição, café coado na hora com as quitandas mineiras, como a broa de fubá, bolos, biscoitos e rosquinhas. Região Sudeste A gastronomia da região Sul inicialmente foi marcada pelas características alimentares dos indígenas e bandeirantes, mas a partir do século XIX, foi a influência dos imigrantes europeus que definitivamente delineou a culinária dessa região. Os alemães reforçaram, no Brasil, o consumo de produtos utilizados pelos portugueses desde o século XVI, a exemplo da cerveja, linguiças, carnes salgadas e defumadas e batatas. A cachaça e a carne de porco são produtos que conquistaram os alemães e italianos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Região Sul Em relação à influência dos italianos, desembarcaram no Brasil cerca de 974 mil pessoas oriundas desse país entre 1860 e 1890, contingente que modificou profundamente a formação da gastronomia brasileira. Os italianos trouxeram para a região Sul pratos tradicionais de sua cultura, como os galetos, a polenta, o vinho, os queijos, os pães, as massas em geral e os sorvetes. Influenciaram a gastronomia brasileira com as massas feitas com farinha de trigo e servidas com molhos, como o de tomate, o uso do azeite e banha de porco no preparo das receitas e a utilização de queijo ralado em doces, sopas e massas. Região Sul Entre as principais heranças dos indígenas para a gastronomia da região Sul destaca-se o barreado, prato característico do turismo gastronômico paranaense e o hábito gaúcho de tomar chimarrão. Pratos típicos do Paraná: o carneiro no buraco, pierogi, costela no fogo de chão, carneiro ao molho de vinho, pintado na telha, porco no rolete, entre outros. A origem do pierogi, ou varenike, é polonesa e ucraniana e foi difundida pelos imigrantes que vieram para o estado. As receitas elaboradas com pinhão estão presentes no Paraná e em todos os outros estados da região Sul. Região Sul A gastronomia em Santa Catarina apresenta a cozinha litorânea de influência portuguesa baseada em frutos do mar, e no interior do estado há diversos núcleos de colonização germânica, onde os produtos com carne suína, como as linguiças e salames, e as cervejas são característicos. Além desses elementos, a cultura alimentar dos imigrantes italianos, poloneses, austríacos, húngaros, ucranianos e holandeses e a influência da cozinha gaúcha e dos tropeiros fazem de Santa Catarina um dos estados de maior destaque para a prática do turismo gastronômico. Região Sul A formação da gastronomia no Rio Grande do Sul também recebeu influências da imigração italiana e alemã, assim a cozinha dessa região é um amalgamado dessas culturas somado à indígena, portuguesa e espanhola. Na gastronomia gaúcha, os italianos foram responsáveis pela introdução das massas, como o capeletti, e os tortéis com moranga (abóbora); e os alemães iniciaram a produção do queijo colonial, importante produto gastronômico na região da Serra Gaúcha e introduziram comidas típicas, como eisbein, apfelstrudel, cucas e embutidos artesanais. Região Sul Os doces mais famosos do Rio Grande do Sul são os tradicionais doces de tradição portuguesa da cidade de Pelotas, muitos deles feitos à base de gemas de ovos, como ninhos, baba de moça, fios de ovos, ovos moles e bem-casados. Realiza-se, em Pelotas, a Fenadoce (Feira Nacional do Doce), que atrai turistas gastronômicos de vários lugares. As bebidas mais consumidas na região Sul são o café, o chimarrão, o vinho, a cerveja e a cachaça. Região Sul Qual estado é responsável por cerca de 95% da produção de açaí no Brasil? a) Acre. b) Paraíba. c) Pernambuco. d) Amazonas. e) Pará. Interatividade Qual estado é responsável por cerca de 95% da produção de açaí no Brasil? a) Acre. b) Paraíba. c) Pernambuco. d) Amazonas. e) Pará. Resposta De acordo com a dimensão do negócio, os setores e profissionais da cozinha podem ser agrupados ou expandidos. Por exemplo, em um food truck ou um empreendimento de alimentação de pequeno porte, o tamanho da cozinha e a quantidade de funcionários são completamente diferentes de um restaurante internacional de um hotel de luxo. No entanto, independente da tipologia do estabelecimento gastronômico, todos devem adequar seu espaço de cozinha ao seu cardápio, à sua categoria e ao objetivo do empreendimento. Organização da cozinha profissional Foi o chef francês George Auguste Escoffier (1846-1935) que desenvolveu o sistema de brigadas de trabalho na cozinha. A criação desse sistema foi responsável por organizar e disciplinar esse ambiente de trabalho que era marcado pela desordem na época. Os principais cargos que compõem a hierarquia da cozinha profissional são: Chef de cozinha A palavra chefderiva da língua francesa e o dicionário Houaiss a define como “grande cozinheiro encarregado da direção da cozinha de um restaurante, um hotel, uma residência, notáveis pela qualidade da alimentação”. A formação de uma equipe de cozinha Ser chef é ser um administrador da cozinha com capacidade para gerir equipe, determinar as compras de mercadorias, criar as fichas técnicas, entender os custos envolvidos, além de, obviamente, ser um cozinheiro profissional e competente. O chef deve ter a capacidade para planejar, organizar, dirigir e controlar, de maneira crítica e sustentável, as diferentes atividades e departamentos da cozinha. As qualificações exigidas para esse profissional incluem possuir espírito de liderança para coordenar a equipe de cozinha, capacidade de gerenciar, habilidade no trato das relações humanas, iniciativa e criatividade. Hierarquia na cozinha profissional Subchef de cozinha Principal auxiliar e substituto do chef. Também precisa conhecer as demais funções hierárquicas da cozinha. É o encarregado por verificar a execução e produção dos pratos e treinamento dos funcionários. É ainda um dos responsáveis por planejar o cardápio e cozinhar para os empregados. O subchef traz as sugestões e necessidades da equipe para o conhecimento e providência do chef. Hierarquia na cozinha profissional Chef garde-manger Possui a função de elaborar os pratos, entradas e molhos frios, como: saladas, terrines, gelatinas, patês, carnes, canapés. Elabora receitas com defumações, curas, embutidos e conservas. Responsável pela disposição inicial dos alimentos, isto é, o mise-en-place, que significa separar e deixar preparados os utensílios e ingredientes para a produção dos pratos. Em cozinhas de maior porte podem estar subordinados ao chef garde-manger o chef poissonier, que é responsável exclusivamente pela preparação de peixes e pratos com frutos do mar em geral, e o chef volailleur, que trabalha apenas com aves. Hierarquia na cozinha profissional Chef rotisseur É o cozinheiro responsável pela preparação especialmente dos pratos de carnes, aves e peixes que são assados no forno, na grelha ou na chapa. Está também sob sua responsabilidade o processo de frituras desses alimentos. As atribuições do chef rotisseur incluem cortar e preparar legumes, carnes, aves e outros alimentos para serem grelhados, braseados, fritos ou assados. Hierarquia na cozinha profissional Chef entremetier É o chef conhecedor do preparo de legumes e das guarnições quentes e frias, como arroz, massas, suflês, sopas, ovos e suas derivações. É o encarregado por preparar, picar e tornear legumes e verduras. No sistema completo de uma brigada, o chef entremetier coordena o chef potager, especialista em consomês, sopas, cremes e bisquês, e o chef legumier que, no próprio nome traz o significado, é aquele especialista no preparo de legumes. Hierarquia na cozinha profissional Chef saucier “Sauce”, em francês, significa molho. Assim, chef saucier é o profissional da cozinha especializado em caldos básicos, nos molhos quentes, e naqueles pratos preparados com todo tipo de alimentos, desde que sejam feitos ou cozidos em molhos. É o encarregado de refogar, ensopar, guisar e brasear alimentos e responsável por preparar os fundos, caldos e molhos básicos e derivados. Hierarquia na cozinha profissional Chef pâtissier (confeiteiro-chefe) É o chef do setor de confeitaria. Profissional encarregado pela elaboração das sobremesas, pratos doces, sorvetes, tortas e bolos para o cardápio. Encarregado também por coordenar a equipe de confeiteiros. O setor da confeitaria, sempre que possível, deve ser independente das demais praças da cozinha. Hierarquia na cozinha profissional Boulanger (padeiro) É o chef especializado em pães e nos produtos diversos da panificação. Na hierarquia das grandes cozinhas, pode ser subordinado ao chef pâtissier. Entre as principais funções do boulanger (padeiro), ele deve preparar as receitas de massas, pães diversos, doces e salgados, e pizzas. Hierarquia na cozinha profissional Boucher (açougueiro) É o encarregado da limpeza, cortes, desossa e porcionamento das carnes e aves para a cocção adequada. Na hierarquia da cozinha, sua praça pode ser subordinada ao chef garde- manger e ao chef rotisseur. Tem a função de limpar, porcionar, cortar e conservar todos os tipos de carnes, bovina, suína, ovina, entre outras. Hierarquia na cozinha profissional Aboyeur Sua principal função, a partir do recebimento das comandas com os pedidos, é repassá-los para as diversas praças da cozinha. O controle da saída dos pedidos para as mesas também é de sua responsabilidade. O aboyeur é fundamental para estabelecer a ligação entre a cozinha e o salão, visto que sua função é coordenar e conferir a entrada e saída dos pedidos. Nos empreendimentos menores, essa função é desempenhada pelo chef de cozinha. Hierarquia na cozinha profissional Tournant Esse profissional deve ser polivalente na cozinha, conhecendo todas as praças e estando apto a exercer qualquer função, visto que sua responsabilidade é de substituir os diferentes chefs de partida dos diversos setores durante as ausências dos mesmos, em períodos de férias e folgas semanais. Hierarquia na cozinha profissional Commis (ajudante/auxiliar de cozinha) É o aprendiz de cozinha e trabalha respondendo a um chef de partida para aprender as operações do setor e responsabilidades. Chef steward (chef de limpeza) É aquele profissional que exerce a função de verificar a manutenção e higiene dos utensílios, equipamentos e louças de cozinha. Deve avaliar os inventários do setor. Hierarquia na cozinha profissional Plongeur O plongeur é responsável pela limpeza pesada da cozinha e dos equipamentos e utensílios. Faz os serviços gerais de apoio a todos os setores da cozinha. A formação de uma brigada completa, conforme apresentada, normalmente ocorre em grandes restaurantes de redes hoteleiras e cruzeiros. Hierarquia na cozinha profissional Equipe de salão A formação da equipe de brigada para o serviço do salão de um restaurante irá depender do tamanho e da categoria do estabelecimento, visto que nas estruturas menores essas funções serão acumuladas e desempenhadas por profissionais multifacetados. Habitualmente, a brigada do salão é composta pelos seguintes profissionais: Hierarquia na cozinha profissional Maître Responsável por monitorar e garantir a qualidade dos atendimentos, por meio da supervisão e controle do trabalho executado pelos demais funcionários no restaurante. Apresenta como função receber os clientes e orientar os garçons sobre o funcionamento do salão. O maître deve auxiliar na elaboração de cardápios, planejar as rotinas de trabalho, fazer as escalas de revezamento e acompanhar a organização do salão. Também é o responsável pelo treinamento dos funcionários. Hierarquia na cozinha profissional Sommelier Responsável por elaborar as cartas de bebidas, em especial, vinhos e cervejas especiais, para restaurantes, bares e demais empreendimentos gastronômicos, deve demonstrar as cartas de bebidas e proporcionar sugestões aos clientes conforme suas preferências e de acordo com a harmonização do cardápio. Encarregado de supervisionar e executar o serviço de bebidas, orientar sobre as compras, controlar o estoque dos produtos, solicitar reposição e armazenar adequadamente as bebidas. Também deve oferecer treinamento para a brigada do restaurante. Atualmente, encontra-se sommeliers em bebidas como vinho, saquê, cachaça, cerveja e whisky, entre outras. Hierarquia na cozinha profissional Chefe de fila Tem como função recepcionar os clientes e encaminhá-los à mesa correspondente, conforme reserva ou disponibilidade. Responsável por monitorar os serviçosde garçons e cumins. Tem a função de substituir tanto o maître, quanto o garçom, caso seja necessário. Garçom/garçonete As suas responsabilidades incluem organizar o salão, as mesas e os aparadores, receber os pedidos dos clientes, conhecer e orientar sobre opções do cardápio, entre outros afazeres. Hierarquia na cozinha profissional Cumim Exerce a função de auxiliar o garçom no atendimento aos clientes, servir as entradas/couvert e, caso necessário, servir também as refeições e bebidas. É o encarregado pela organização e montagem das mesas e do salão. Barman/bartender É o profissional responsável por planejar e elaborar a carta de coquetéis e drinks e controlar o estoque de bebidas. Deve ter o conhecimento do preparo e serviço de drinks e coquetéis, a fim de atender com maestria os pedidos dos clientes. Hierarquia na cozinha profissional Barista Profissional especialista em preparar cafés, drinks e bebidas à base de café, essa área de atuação apresentou crescimento em virtude da valorização do mercado de cafés especiais e da expansão do número de cafeterias. O barista deve dominar os processos de extração do café, seja em máquinas de café expresso ou em outras formas de preparo. Ele utiliza ingredientes como leite, licores e outras bebidas alcoólicas para criar e aperfeiçoar bebidas com café. Hierarquia na cozinha profissional Obviamente, nem todos restaurantes possuem toda essa gama de profissionais. Em várias cozinhas, os profissionais acumulam funções, por razões como o custo da mão de obra e pouco espaço para mais empregados. Hoje, dependendo do tipo de cozinha do estabelecimento, os administradores preferem comprar ingredientes pré-elaborados e produtos porcionados para terem uma menor quantidade de pessoas na operação. Por essa razão, muitas vezes, um chef responde por mais de uma função na divisão das tarefas de cozinha. Hierarquia na cozinha profissional Qual chef de partida é o responsável pela limpeza, cortes, desossa e porcionamento das carnes e aves para a cocção adequada? a) Pâtissier. b) Garde-manger. c) Saucier. d) Tournant. e) Boucher. Interatividade Qual chef de partida é o responsável pela limpeza, cortes, desossa e porcionamento das carnes e aves para a cocção adequada? a) Pâtissier. b) Garde-manger. c) Saucier. d) Tournant. e) Boucher. Resposta Serão demonstradas algumas das personalidades mais importantes para a evolução da gastronomia. A maioria dos chefs destacados são franceses, devido à importância histórica desse país e de seus personagens para o desenvolvimento da gastronomia. Guillaume Tirel (Taillevent) – (1310-1395) Esse cozinheiro francês é o autor de um dos livros de receitas mais significativos para a evolução da gastronomia, o Le Viandier. Essa obra é de suma importância, primeiramente por exibir um inventário de alimentos do século XIV, e também por ser fundamental para o desenvolvimento da tradição francesa na gastronomia. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia François Pierre de La Varenne (1615-1678) La Varenne foi o autor de Le Cuisinier François (O cozinheiro francês), publicado em 1651. Considerada a mais influente obra da culinária francesa moderna. Ele inspirou qualquer um que tenha feito um roux ou um doce do tipo mil-folhas. Descreve também a receita do molho bechamel, sendo o primeiro chef a documentá-lo e divulgá-lo por meio de sua obra. Algumas expressões comuns na gastronomia como au naturel (ao natural), fonds de cuisine (fundos de cozinha) e bouquet garni apareceram pela primeira vez em seu livro. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia François Vatel (1635-1671) Foi o primeiro grande mestre de cerimônias, um organizador de eventos suntuosos para a nobreza. Prestou serviço no castelo de Chantilly, sendo o responsável pela organização dos banquetes, compras, escolha e controle dos fornecedores de alimentos. Sua profissão pode ser comparada ao "maitre d'hotel" atualmente. Vatel é considerado o responsável por consagrar o uso e batizar o creme chantilly, que foi nomeado em homenagem ao castelo onde ele trabalhava. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia Marie Antoine (Antonin) Carême Considerado o pai da haute cuisine (alta culinária) e um dos primeiros chefs de renome internacional. Carême foi chamado de "cozinheiro dos reis e rei dos cozinheiros”. Os molhos de base, usados ainda hoje na culinária profissional, foram reunidos e aperfeiçoados por Carême para fundamentar as bases da cozinha profissional. Também foi Carême que, preocupado com a higiene dos funcionários nas cozinhas, instituiu o uso de uniforme e da touca branca (toque blanche) para os chefs. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia Auguste Escoffier Foi o chef mais notável e influenciador do final do século XIX. Responsável por simplificar as preparações e as decorações suntuosas de Carême, sua cozinha privilegiava destacar os gostos dos alimentos sem as grandes ornamentações. Escoffier modernizou e sistematizou a haute cuisine (alta gastronomia). Em 1884, foi contratado por César Ritz e estabeleceu uma parceria duradoura para assumir o controle das cozinhas de seus hotéis de luxo. Em 1898, eles inauguraram o Ritz de Paris, considerado um dos hotéis mais luxuosos na época. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia Alexandre Balthazar Laurent Grimod de La Reynière É considerado o primeiro crítico gastronômico e responsável por escrever, em 1803, o primeiro guia gastronômico da história, o Almanaque dos Gourmands. Também estabeleceu os padrões de etiqueta que deveriam ser seguidos à mesa com a publicação do Manual dos Anfitriões, em 1808. Entre 1803 e 1812, publicou uma edição por ano do Almanaque dos Gourmands, que continha críticas dos pratos, chefs e restaurantes e destacava a nova imagem da gastronomia, que, depois da Revolução Francesa, havia deixado os palácios e os nobres e ficado ao alcance da burguesia. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia Fernand Point Considerado um dos maiores chefs franceses e precursor da nouvelle cuisine. O restaurante La Pyramid foi considerado a meca da cozinha francesa na época. Diversas personalidades influentes vieram provar sua cozinha. Fernand Point foi considerado um dos três grandes chefs franceses do período entre as guerras, juntamente com Alexandre Dumaine e André Pic. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia Paul Bocuse Nasceu em Lyon, na França, e tornou-se uma lenda no mundo da gastronomia. Foi um dos chefs que participou ativamente do movimento da nouvelle cuisine. Sua cozinha valorizava o sabor natural dos alimentos e a importância de ingredientes frescos e de alta qualidade. Além de ser um chef reconhecido mundialmente, foi um grande empresário. Pioneiro em misturar a arte de cozinhar com táticas comerciais de negócios para a valorização da gastronomia e de sua personalidade. Os principais chefs franceses que inspiraram a expansão da gastronomia Ferran Adrià O espanhol Ferran Adrià é reverenciado como um dos maiores e mais importantes chefs da atualidade. A Revista The Restaurante Magazine elegeu o seu restaurante El Bulli, por cinco vezes, o melhor do mundo, que também ganhou o prêmio S. Pellegrino por quatro anos consecutivos. Ferran Adrià foi o criador do conceito da cozinha tecnoemocional. Suas preparações sempre buscaram surpreender os clientes, aliando os princípios científicos às técnicas de cozinha. Os principais chefs contemporâneos Observa-se a seguir um prato clássico do chef, a esferificação de chá: Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Esferifica ci%C3%B3n_de_T%C3%A9.jpg Rene Redzepi O chef dinamarquêstrabalhou no renomado El Bulli com Ferran Adrià e também com o americano Thomas Keller. Em 2003, ele abriu o restaurante Noma, que já foi premiado como o melhor restaurante do mundo, por quatro vezes, pela Revista Restaurant. Rene Redzepi é considerado um dos chefs mais influentes do cenário gastronômico atual e foi responsável por revolucionar e trazer a cozinha nórdica para os holofotes. Os principais chefs contemporâneos Ruibarbo com ervas e óleo extraído de algas marinhas: Os principais chefs contemporâneos Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Restaurant_Noma- _Rabarber_med_urter_og_tangolie_(27585732676).jpg Joan Roca Premiado chef catalão do restaurante El Celler de Can Roca, tem como sócios no empreendimento seus irmãos Josep, que trabalha como sommelier, e Jordi, que exerce a função de pâtissier. No restaurante, elaboram pratos tradicionais com técnicas de vanguarda, o que implica pesquisa e equipamentos especiais. As principais técnicas utilizadas são o sous-vide, cozinha com perfumes e a destilação. O restaurante El Celler de Can Roca foi eleito, em 2013 e 2015, o melhor restaurante do mundo pela Revista Restaurant. Os principais chefs contemporâneos Fonte: https://www.theworlds50best.com/blog/News/joan- roca-el-celler-can-roca-best-beyond.html Massimo Bottura O chef italiano é considerado um dos maiores da atualidade. Nasceu e cresceu em Modena, na Itália, e desenvolveu o interesse pela cozinha desde jovem ao observar sua tia, mãe e avó na cozinha preparando as grandes refeições familiares. Hoje em dia, é proprietário do restaurante Osteria Francescana, um ponto turístico de quem visita a cidade de Modena, visto que ficou em 1º lugar no prêmio 50 Best, de 2016, da Revista Restaurant – foi o primeiro restaurante italiano a chegar ao topo dessa premiação. Os principais chefs contemporâneos Fonte: https://www.cntraveller.in/story/6-dishes-define-massimo-bottura/ Joël Robuchon O chef francês Joël Robuchon foi intitulado "Chef of the Century" (chef do século) pelo Guia Gault Millau, em 1989. Publicou vários livros de cozinha e opera uma grande cadeia de restaurantes ao redor do mundo, em locais como Paris, Hong Kong, Las Vegas, Londres, Singapura, Tóquio e Nova Iorque. Os principais chefs contemporâneos Fonte: https://www.timeout.com/london/restaurants/latelier-de-joel-robuchon Alain Passard Aos 26 anos, tornou-se o mais novo chef premiado com duas estrelas do Guia Michelin. Em 1986, Passard comprou de seu "mestre" seu atual restaurante, o L'Arpege, onde, em 1996, obteve sua terceira estrela do Guia Michelin, as quais mantém até hoje. Em 2001, decidiu remover todo o tipo de carnes do seu cardápio e passou a oferecer aos clientes verduras e legumes plantados em hortas próprias. Alain Passard possui o único restaurante três estrelas Michelin a gerir sozinho sua produção de vegetais, ervas e frutas. Os principais chefs contemporâneos Fonte: https://www.bonappetit.com/p eople/chefs/article/larpege Fonte: https://www.bonappetit.com/people/chefs/article/larpege Atualmente, muitos chefs desenvolvem e consolidam sua carreira no país, criando uma cozinha autoral com pratos preparados a partir de ingredientes brasileiros com técnicas europeias, ou mesmo criando uma cozinha identitária que destaca as técnicas e ingredientes regionais brasileiros. A seguir, apresenta-se alguns dos principais chefs de cozinha do Brasil que são figuras importantes para o desenvolvimento do turismo gastronômico nacional. Os principais chefs do cenário gastronômico brasileiro Alex Atala É considerado o principal chef de cozinha no Brasil e um dos grandes divulgadores do potencial da gastronomia brasileira. O seu restaurante D.O.M possui duas estrelas no renomado Guia Michelin e foi eleito, em 2012, o 4º melhor do mundo pela Revista Restaurant, que anualmente estabelece um ranking com os 50 melhores restaurantes do mundo. A principal característica de sua cozinha é ser sofisticada, de vanguarda e que valoriza o ingrediente brasileiro, principalmente os da Amazônia, e a regionalidade dos produtos. Os principais chefs do cenário gastronômico brasileiro Rodrigo Oliveira O chef tem família de origem pernambucana. Em 2001, assumiu o restaurante da família, o Mocotó, que está localizado na zona norte de São Paulo, distante dos principais centros gastronômicos, porém o chef transformou o local em um dos destinos gastronômicos mais procurados da cidade e hoje é um dos estabelecimentos mais renomados do Brasil. A inspiração de sua cozinha é nordestina, em especial, a pernambucana, e o chef desponta como um dos melhores do Brasil e da América Latina. Ele comanda outras três casas: duas do Mocotó Café, uma delas dentro do Mercado Municipal de Pinheiros, e o Balaio IMS, que se localiza no interior do Instituto Moreira Salles. Os principais chefs do cenário gastronômico brasileiro Claude Troisgros Chef francês que nasceu em uma família com grande tradição na gastronomia, que remonta desde os anos 1930, na França. O pioneiro foi Jean Baptiste, seu avô; seu pai foi o célebre chef Pierre Troisgros, que, com o irmão Jean, integrou o grupo de chefs franceses pioneiros na criação do movimento da nouvelle cuisine, influenciados por Fernand Point. O chef também é um dos precursores nos programas de televisão apresentados por chefs de cozinha. Estreou na televisão em 2004 e apresentou diversos formatos de programas, alguns ao lado de seu fiel escudeiro Batista, parceiro de trabalho há 38 anos. Atualmente, Claude Troisgros apresenta os programas “The Taste Brasil”, “Que marravilha!” e “Mestre do Sabor”. Os principais chefs do cenário gastronômico brasileiro Helena Rizzo Em 2013, a chef Helena Rizzo foi condecorada com o prêmio Veuve Clicquot de melhor chef na categoria feminina da América Latina e, em 2014, conquistou o título de Melhor Chef Mulher do Mundo. Inaugurou o restaurante Maní em 2006, no qual desenvolve, a partir de ingredientes brasileiros, uma cozinha contemporânea fundamentada em técnica, na qualidade e sazonalidade do produto e que valoriza o pequeno produtor. O restaurante Maní, com diversos prêmios nacionais e internacionais, integra frequentemente o ranking anual dos 50 melhores restaurantes e, em 2015, conquistou uma estrela no Guia Michelin, mantida desde então. Os principais chefs do cenário gastronômico brasileiro Foi o chef mais notável e influenciador do final do século XIX. Responsável por simplificar as preparações e as decorações suntuosas de Carême. Ele também modernizou e sistematizou a haute cuisine (alta gastronomia). Qual chef de cozinha corresponde a essa descrição? a) Charles Durand. b) Nicolas-François Appert. c) Auguste Escoffier. d) François Vatel. e) Paul Bocuse. Interatividade Foi o chef mais notável e influenciador do final do século XIX. Responsável por simplificar as preparações e as decorações suntuosas de Carême. Ele também modernizou e sistematizou a haute cuisine (alta gastronomia). Qual chef de cozinha corresponde a essa descrição? a) Charles Durand. b) Nicolas-François Appert. c) Auguste Escoffier. d) François Vatel. e) Paul Bocuse. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!