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CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

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Geovana Sanches, TXXIV 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Estimativa para 2020 
o 16.590 novos casos 
o 6.385 mortes 
• 3º câncer mais comum em mulheres no 
Brasil 
o Baixas incidências nas regiões Sul e 
Sudeste e altas incidências no 
Norte e no Nordeste 
 
FATORES DE RISCO 
Papilomavírus humano (HPV) 
• É o principal fator de risco 
• 45% das mulheres entre 25 e 29 anos estão 
infectadas nos Estados Unidos 
• > 200 subtipos de HPV 
• 13 subtipos de alto risco para câncer de 
colo uterino 
• HPV 16 e HPV 18 correspondem a cerca de 
70% dos casos de câncer de colo de útero 
Outros fatores de risco 
• Tabagismo 
• Início precoce de atividade sexual 
• Número de parceiras sexuais 
• Imunossupressão 
o Prejudica a capacidade de 
clareamento viral 
• Histórico de ISTs 
 
TIPOS HISTOLÓGICOS 
• Carcinoma espinocelular 
o 80% dos casos 
o Disseminação por contiguidade 
§ Útero, bexiga, paramétrios 
o Disseminação à distância por via 
linfonodal 
• Adenocarcinoma 
o 15 a 25% dos casos 
o Maior capacidade de metástases à 
distância e disseminação pelo 
peritônio 
o Pior prognóstico quando 
comparado ao anterior 
• Carcinoma adenoescamoso 
o 3 a 5% dos casos 
• Neuro-endócrino (carcinoma de pequenas 
células) 
o 0,5 a 1% dos casos 
o Tumor muito agressivo 
 
RASTREAMENTO 
Colpocitologia oncótica 
• Diagnóstico de lesões pré-malignas 
• Menor sensibilidade para detecção de 
adenocarcinoma 
Recomendação INCA/Ministério da Saúde 
• Mulheres de 25 a 60 anos que têm ou já 
tiveram atividade sexual 
o Na prática, sempre é colocado após 
início da vida sexual 
o Após iniciada a vida sexual, as 
pacientes devem realizar o 
seguimento mesmo que não 
tenham relação há anos 
o Não coletar caso a paciente nunca 
teve atividade sexual durante a 
vida 
• Seguimento 
o Primeiro exame aos 25 anos 
o 2 primeiros exames com intervalo 
de 1 ano 
o Se resultados normais, repetir a 
cada 3 anos 
 
O método depende de quem irá coletar o 
exame, tanto no que diz respeito à coleta, quanto 
no preparo da lâmina. Além disso, depende de 
quem irá ler a lâmina. Essas etapas podem estar 
comprometidas e somado a uma sensibilidade < 
100%, justifica-se 2 coletas anuais antes de realizar 
de forma trienal. 
Captura híbrida 
• Não disponível no SUS 
• Aplicabilidade discutível 
• Pode ser realizado a cada 5 anos 
• Em mulheres com menos de 30 anos, a 
chance de clareamento viral é alta. Assim, 
um exame positivo pode gerar estresse 
desnecessário para as pacientes 
 
PREVENÇÃO 
• Preservativos 
• Vacinação (antes do início da vida sexual) 
o Subtipos: 6, 11, 16, 18 
§ Quadrivalente (Gardasil®) 
§ Distribuída no SUS 
o Subtipos: 16 e 18 
§ Bivalente (cervarix®) 
o Subtipos: 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 
52 e 58 
Geovana Sanches, TXXIV 
§ Nonavalente 
§ Novidade no mercado 
o Previne vários tipos de cânceres 
§ Câncer de colo uterino 
§ Câncer anal 
§ Câncer de pênis 
§ Câncer de vulva 
§ Câncer de orofaringe 
§ Verrugas genitais 
o Após a vacina, países registraram 
redução de mais de 90% na 
infecção de HPV 
Recomendação do Ministério da Saúde (2017) 
• Vacinação quadrivalente 
o Cepas: 6, 11, 16 e 18 
• Meninas: 9 a 14 anos 
• Meninos: 11 a 14 anos 
• Pacientes de 9 a 45 anos, vivendo com 
HIV/Aids, transplantados de órgão sólidos, 
de medula óssea e pacientes oncológicos 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Em estágios iniciais, o câncer de colo 
uterino é assintomático, de forma que a presença 
de sintomas indica tumores mais avançados. 
• Sangramento vaginal 
• Secreção vaginal anormal 
• Dispareunia 
• Sintomas urinários ou intestinais 
o Compressão das estruturas pelo 
crescimento tumoral 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico é histológico através da 
colposcopia e biópsia dirigida, a qual é realizada 
em pacientes que apresentaram alteração na 
colpocitologia oncótica. 
 
ESTADIAMENTO 
Exames 
• Raio-x ou TC de tórax 
• Exame ginecológico sob anestesia 
o Toque genital + toque retal com 
paciente sob narcose devido a dor 
associada 
• Considerar sorologia HIV 
• TC de tórax, abdome e pelve 
o Se possível, RNM de abdome 
• TC ou RNM de pelve 
o TC para melhor avaliação de 
linfonodos 
o RNM para melhor avaliação de 
partes moles (paramétrio) 
• Considerar PET-CT 
o Realizado nos casos de dúvidas nos 
demais exames 
• Cistoscopia 
o Suspeita de invasão de bexiga 
• Retossigmoidoscopia 
o Suspeita de invasão de reto 
Classificação 
• TNM 
• FIGO 
 
 
 
• I. Câncer restrito ao colo uterino 
o A. Tumores microscópicos 
o B. Lesões macroscópicas 
§ 1. < 4 cm 
§ 2. > 4 cm 
• II. Câncer invade além do útero 
Geovana Sanches, TXXIV 
o A. Terço superior da vagina (terço 
prominal) 
o B. Invasão do paramétrio 
• III. Câncer invade tecidos vizinhos de forma 
extensa 
o A. Terço médio/distal da vagina 
o B. invasão do paramétrio por 
completo (hidronefrose e IR é a 
evolução) e parede óssea 
• IV. Câncer invadiu estrutura adjacente 
o A. Invadiu a bexiga ou reto 
o B. Metástase à distância 
 
TRATAMENTO 
 O tratamento depende do estadiamento 
(se doença localizada) e da vontade da paciente 
em preservar a fertilidade. 
Doença localizada 
• Idealmente, cirurgia 
• Se a paciente possui o desejo de preservar 
a fertilidade 
o EC IA-1 sem invasão angiolinfática 
(IAL) à conização 
o EC IA-2 e IB1 (com lesão < 2cm sem 
invasão A-L) à traquelectomia 
radical com biópsia de linfonodo 
sentinela ou linfadenectomia 
Opções 
• Cirurgia 
o Histerectomia total andominal 
(HTA) + linfadectomia pélvica 
bilateral 
o IB1 > 2 cm a IIa 
• Quimiorradioterapia 
o A partir EC IIb, tumores que em 
geral têm como característica: 
§ Margem positiva 
§ Invasão angiolinfática 
§ Linfonodo acometido + 
tumor volumoso 
• Braquiterapia 
o “Radioterapia interna”: emissão de 
radiação por fonte colocada dentro 
do corpo 
o Realizada 4 sessões 
Esquema da quimiorradioterapia 
• Radioterapia 
o 7 semanas 
o De segunda a sexta-feira, com 
pausa nos sábados e domingos 
o Total de 35 sessões 
• Quimioterapia (cisplatina) 
o 1x por semana 
o Geralmente a paciente chega até a 
5ª dose, não aguentando seguir até 
a 7ª dose (elevada toxicidade) 
o Efeitos: disúria, retite e cistite 
actínica, atrofia vaginal 
o Cisplatina é uma causa de 
insuficiência renal com hipocalemia 
• Radioterapia associada a cisplatina resulta 
em 30 a 50% de diminuição do risco de 
morte comparada à radioterapia isolada 
 
SOBREVIDA 
• Sistema de estadiamento AJCC 
• Dados do Instituto de câncer americano 
• Taxa de sobrevivência em 5 anos 
 
IA 93% 
 
IB 80% 
 
IIA 63% 
 
IIB 58% 
 
IIIA 35% 
 
IIIB 32% 
 
IVA 16% 
 
IVB 15%

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