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ISTs sintomáticas- Medicina de Emergência

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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) SINTOMÁTICAS
Sífilis adquirida
Classificação Manifestações clínicas Tratamento
Primária Úlcera genital (cancro duro), 
linfonodomegalia regional
Primária, secundária e latente 
recente:
	– Penicilina G benzatina 2,4 mi UI 
IM dose única
	– Contraindicação a penicilina e 
não gestante/lactante: 
doxiciclina 100 mg 12/12 h por 
15 dias
	– Contraindicação a penicilina e 
gestante/lactante: encaminhar 
à infectologia
Secundária 	� Lesões cutâneo-mucosas: 
roséola, placas mucosas, sifilides 
papulosas e palmoplantares, 
condiloma plano, alopecia areata, 
madarose, rouquidão.
	� Micropoliadenopatia ou linfadeno-
patia generalizada
	� Sinais constitucionais (febre, 
cefaleia, adinamia)
	� Quadros neurológicos, oculares, 
hepáticos
Latente (recente < 1 ano, tardia > 
1 ano)
Assintomática
Latente tardia e terciária:
	– Penicilina G benzatina 2,4 mi UI 
IM 3 doses com intervalo de 1 
semana
	– Contraindicação a penicilina e 
não gestante/lactante: 
doxiciclina 100 mg 12/12 h por 
30 dias
	– Contraindicação a penicilina e 
gestante/lactante: encaminhar 
à infectologia
	– Neurossífilis/ocular/otológica: 
penicilina G cristalina 3-4 mi UI, 
EV, 4/4 h ou 18-24 mi UI EV em 
infusão contínua, por 10-14 
dias
Terciária 	� Lesões cutâneas: lesões gomosas 
e nodulares
	� Lesões ósseas: periostite, osteíte 
gomosa ou esclerosante, artrites, 
sinovites, nódulos justa-articulares
	� Cardiovascular: estenose 
coronariana, aortite e aneurisma 
de aorta (especialmente torácica)
	� Neurológico: meningite, gomas 
em cérebro ou medula, atrofia de 
n. óptico, lesão de VII par, 
manifestações psiquiátricas, tabes 
dorsalis e quadros demenciais
2 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) SINTOMÁTICAS
 Z FIGURA 1 Testagem e diagnóstico de sífilis adquirida.
Sim: sífilis recente – tratar 
e encaminhar para novo 
teste após 30 dias + avaliar 
e testar parcerias sexuais 
dos últimos 3 meses
Não: negativo 
para sífilis
Sim: sífilis 
recente 
– tratar e 
encaminhar 
para novo 
teste após 30 
dias
Sim: sífilis 
recente – tratar, 
notificar e 
avaliar 
parcerias
Considerar confirmar 
verdadeiro positivo com 
teste treponêmico (FTA-
Abs, TPPA etc.)
NÃO
SIM
Testagem inicial: VDRL ou outro 
teste não treponêmico
Não: cicatriz 
sorológica
Reagente: tem história ou 
registro de tratamento 
prévio para sífilis?
Sim: tem VDRL/
RPR após 
tratamento para 
comparação?
Sim: tem titulação pelo 
menos 2 diluições 
maior após tratamento 
adequado? (p. ex.: atual 
1:32 e anterior 1:4)
SIM
Não: apresenta 
úlcera anogenital 
ou sinais/sintomas 
de sífilis 
secundária?
Não: sífilis 
tardia – tratar, 
notificar e 
avaliar 
parcerias
Realizar exame 
neurológico e buscar 
sinais/sintomas de 
neurossífilis
Não: apresenta 
úlcera anogenital ou 
sinais/sintomas de 
sífilis secundária?
Não: teve parceria 
sexual nos últimos 
3 meses com 
diagnóstico de sífilis 
e não foi tratado?
Não reagente: tem úlcera 
anogenital?
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) SINTOMÁTICAS 3
Infecções que causam corrimentos vaginais e cervicites
Detalhadas no Capítulo “Emergências Ginecológicas”.
 Z FIGURA 2 Testagem e diagnóstico de corrimento vaginal.
História: práticas sexuais, fatores de risco para 
IST, data da última menstruação, práticas de 
higiene vaginal e uso de medicamentos tópicos/
sistêmicos, irritantes locais
Corrimento: consistência, cor, alterações no odor, 
prurido ou irritação local
Sim: manejo 
de cervicite
Microscopia 
disponível?
pH e/ou KOH a 
10% disponível?
pH > 4,5, KOH+
Tratar vaginose 
bacteriana e 
tricomoníase
NÃO
Sim: tratar 
candidíase
pH < 4,5, KOH–
Corrimento 
fisiológico
Presença de clue 
cells
Presença de 
Trichomonas sp.
Presença de hifas
Tratar vaginose 
bacteriana
Tratar tricomoníase
Tratar candidíase
SIM
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
Queixa de corrimento vaginal: avaliar 
história clínica e exame ginecológico
Dor à mobilização do colo, material 
mucopurulento em orifício externo do 
colo, edema ou sangramento cervical?
Não: corrimento 
vaginal confirmado?
SIM
Corrimento 
grumoso ou 
eritema 
vulvovaginal?
4 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) SINTOMÁTICAS
Infecções que causam corrimento uretral
História 
clínica
Práticas sexuais, fatores de risco para IST (< 30 anos, novas parcerias sexuais, parcerias com 
IST, história prévia ou presença de outra IST, uso irregular de preservativo), uso de objetos na 
prática sexual
Aspecto do 
corrimento
Mucopurulento, volume variável, associado a dor uretral, disúria, estrangúria, prurido e eritema 
de meato uretral
Tratamento Uretrite sem identificação do agente Ceftriaxona 500 mg IM dose única + 
azitromicina 1 g VO dose única
Alternativa à azitromicina – doxiciclina 100 mg 
1 cp VO 2x/dia por 7 dias
Uretrite e demais infecções gonocócicas não 
complicadas
Ceftriaxona 500 mg IM dose única + 
azitromicina 1 g VO dose única
Uretrite não gonocócica ou por clamídia Azitromicina 1 g VO dose única
Alternativa à azitromicina – doxiciclina 100 mg 
VO 2x/dia por 7 dias
Retratamento de infecções gonocócicas Ceftriaxona 500 mg IM dose única + 
azitromicina 2 g VO dose única
 Z FIGURA 3 Testagem e tratamento de corrimento uretral.
Laboratório disponível?
Sim: coleta de material para microscopia 
(Gram) e cultura/biologia molecular
Diplococos Gram-negativos intracelulares 
(Gram) ou identificação de gonococo por 
teste molecular?
Não: tratar clamídia Sim: tratar gonococo
Não: tratar clamídia e gonococo
Queixa de corrimento uretral: avaliar 
história e aspecto do corrimento
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) SINTOMÁTICAS 5
Infecções que causam úlceras genitais
Infecção Manifestação clínica Tratamento
Sífilis primária Úlcera geralmente única, em porta de 
entrada da bactéria, indolor, com base 
endurecida e fundo limpo
Ver tratamento de sífilis adquirida recente
Cancroide 
(Haemophilus 
ducreyi)
Lesões dolorosas, múltiplas por autoinocu-
lação, com bordas irregulares e fundo 
heterogêneo, com odor fétido e sangramen-
to fácil. Pode ter linfadenopatia inguinal, 
com fistulização
Azitromicina 1 g VO dose única. Alternativas 
– ceftriaxona 250 mg IM dose única, ou 
ciprofloxacino 500 mg VO 2x/d por 3 dias. 
Tratar parcerias sexuais. Não é indicada 
incisão e drenagem de linfadenopatia
Donovanose 
(Klebsiella 
granulomatis)
Ulcerações múltiplas bem delimitadas, com 
fundo granuloso, com sangramento fácil, de 
evolução lenta, em região de dobras. Não 
ocorre linfadenopatia
Azitromicina 1 g VO 1x/semana por 3 
semanas ou até cicatrização. Alternativas – 
doxiciclina 100 mg VO 2x/d ou ciprofloxacino 
750 mg VO 2x/d ou sulfametoxazol-trimetopri-
ma (400/80 mg) 2 cp VO 2x/d; todos com 
duração de 21 dias ou até cicatrização. Não é 
necessário tratar parcerias sexuais
Linfogranuloma 
venéreo 
(Chlamydia 
trachomatis)
Fase de inoculação: pápula/pústula/
ulceração indolor, raramente notada. Fase 
de disseminação linfática: linfadenopatia 
inguinal, com fistulização múltipla. Pode 
levar a proctite e proctocolite hemorrágica, 
glossite ulcerativa difusa, e sintomas 
sistêmicos
Doxiciclina 100 mg VO 2x/d por 21 dias. 
Alternativa – azitromicina 1 g VO 1x/semana 
por 3 semanas. Tratar parcerias sexuais (se 
assintomáticas, por 7 dias). Não são indicadas 
incisão e drenagem de linfadenopatia
Herpes genital Primoinfecção: lesões eritemato-papulosas 
com evolução para vesículas sobre base 
eritematosa, muito dolorosas, podendo ter 
sintomas sistêmicos gerais
Recidiva: quadro menos intenso, com 
vesículas agrupadas em base eritematosa e 
pequenas úlceras.
Primeiro episódio: aciclovir 400 mg VO 3x/d 
por 7-10 dias
Recidiva: aciclovir 400 mg VO 3x/d por 5 dias
Em imunossuprimidos: aciclovir 5-10 mg/kg 
EV 8/8 h por 5-7 dias ou até resolução
6 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) SINTOMÁTICAS
 Z FIGURA 4 Investigação de úlceras genitais.
Queixa de úlcera genital: avaliar 
anamnese e exame clínico
IST como causa provável?
Não: investigar 
outrascausas de 
lesões ulceradas
Sim: laboratório 
disponível?
SimNão
Vesículas 
ativas 
presentes?
Não: lesões 
com mais de 
4 semanas?
Sim: tratar 
herpes 
genital
Bacterioscopia 
com bacilos 
Gram-negativos 
agrupados em 
correntes 
Sim: sugestivo 
de H. ducreyi 
– tratar cancroide
Não
Sim: tratar 
sífilis 
recente
Avaliar possibilidade de herpes genital, 
donovanose e/ou linfogranuloma venéreo 
e tratar conforme hipótese
Sim: tratar sífilis, 
cancroide, 
donovanose e 
linfogranuloma 
venéreo. Encaminhar 
para biópsia 
Não: tratar sífilis 
e cancroide
Visualização de 
treponemas 
móveis em 
microscopia de 
campo escuro
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) SINTOMÁTICAS 7
Infecções entéricas e intestinais
Manifestações 
clínicas e 
etiologia
Proctite: limitada à mucosa retal, até 10-12 cm da borda anal, por inoculação direta durante 
intercurso receptivo anal sem uso de preservativos; apresenta-se com hematoquezia, dor anal, 
corrimento anal mucopurulento, tenesmo e constipação. Os agentes mais comuns são N. 
gonorrhoeae, C. trachomatis, T. pallidum e Herpes simplex virus
Proctocolite: além de 10-12 cm da borda anal, por transmissão fecal-oral; apresenta-se 
similar à proctite, associada a diarreia e dor abdominal em cólica. Os agentes mais comuns 
são E. histolytica, Campylobacter sp., Salmonella sp., Shigella sp. e C. trachomatis
Enterite: envolve duodeno, jejuno e/ou íleo, por transmissão fecal-oral; apresenta-se com 
diarreia e dor abdominal em cólica, sem os sinais e sintomas baixos da proctite/proctocolite. 
Os agentes mais comuns são Giardia lamblia e hepatite A
Diagnóstico 
presuntivo vs. 
etiológico
O diagnóstico presuntivo (presença de sinais e sintomas típicos com relato de prática anal 
receptiva sem proteção de barreira ou prática anal-oral) deve indicar tratamento clínico. Deve 
ser realizada anuscopia sempre que possível. Pode ser coletado swab anal para cultura e para 
detecção molecular de clamídia e gonococo, e na presença de enterite, exame parasitológico 
fecal. Avaliar diagnósticos diferenciais (doenças autoimunes, irritantes químicos, outras 
doenças inflamatórias ou infecciosas intestinais) e testar para outras ISTs
Tratamento Proctite e proctocolite: ceftriaxona 500 mg IM dose única + azitromicina 1 g VO dose única.
	� Tratar parcerias sexuais sintomáticas com o mesmo esquema de tratamento
	� Alternativa à azitromicina: doxiciclina 100 mg VO 2x/d por 7 dias
	� Presença de corrimento anal sanguinolento e úlceras perianais deve indicar tratamento 
presuntivo para linfogranuloma venéreo e herpes genital (se dolorosas)
Enterite: cobertura para G. lamblia – metronidazol 250 mg VO 8/8 h por 7 dias.
Deve ser priorizado o tratamento direcionado para etiologia sempre que possível
1. Os temas HIV, hepatites e Zika encontram-se 
em seus capítulos específicos.
2. Os temas doença inflamatória pélvica aguda e 
violência sexual encontram-se no Capítulo 
“Emergências Ginecológicas”.
 LITERATURA RECOMENDADA 
1. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes 
terapêuticas para atenção integral às pessoas com in-
fecções sexualmente transmissíveis (IST). Brasília: Mi-
nistério da Saúde; 2020.
2. Workowski K, Bachmann L, Chan P. et al. Sexually trans-
mitted infections treatment guidelines, 2021. US Depart-
ment of Health and Human Services/Centers for Disea-
se Control and Prevention. Morbidity and Mortality Weekly 
Report. 2021;70(4).

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