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AVALIAÇÃO PSA COM QUESTÕES RESOLVIDAS_ UNIP 2023

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Prévia do material em texto

• Pergunta 1 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a tirinha. 
 
 
O objetivo da tirinha é 
 
Resposta Selecionada: a. 
criticar a mercantilização da produção de opinião nas redes sociais. 
 
 
• Pergunta 2 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. De acordo com a charge, o indivíduo que se informa somente por mensagens enviadas por redes sociais tem uma visão 
limitada e não verdadeira sobre os acontecimentos, sendo induzido a interpretações erradas. 
PORQUE 
II. Apenas os cientistas têm discernimento sobre os fenômenos naturais e sociais, e a observação da realidade não é uma forma 
válida de conhecimento. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: c. 
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
• Pergunta 3 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia a charge. 
AVALIAÇÃO PSA
 
 
 
 
O objetivo da charge é 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
valorizar o livro e as atividades pedagógicas não digitais como ferramentas importantes para a construção do 
conhecimento. 
 
 
• Pergunta 4 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge e o texto de Eugenio Bucci. 
 
 
 
Há erros de informação, imprecisões, distorções de enfoque que, muitas vezes, não correspondem aos fatos e que são publicadas como 
notícias normais na imprensa convencional. Nós estamos diante de um fenômeno diferente. Nós estamos diante de uma usina de produção 
de notícias fraudulentas, com o propósito de fraudar os processos decisórios das democracias. É muito diferente, portanto, de um erro 
jornalístico, coisa que acontece todo dia. Uma boa redação jornalística, quando comete um erro, procura se corrigir. Uma notícia fraudulenta 
é fabricada por alguma central, algum grupo ou mesmo uma pessoa, que não age, publicamente, de boa-fé. 
Disponível em <https://mais.opovo.com.br/jornal/dom/2018/01/eugenio-bucci-e-evidente-que-caminhamos-para-um-jornalismo-
melhor.html>. Acesso em 28 fev. 2023 (com adaptações). 
 Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, as fake news não se confundem com notícias mal elaboradas, pois, no caso das primeiras, elas são produzidas com a 
intenção de interferir politicamente na sociedade. 
II. De acordo com a charge, as fake news espalham-se mais rapidamente no meio rural, onde é maior o índice de analfabetismo. 
III. A charge e o texto apontam que a produção de fake news tem como propósito o consumo de informações por grande número de 
pessoas. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: d. 
I e III, apenas. 
 
 
• Pergunta 5 
0,5 em 0,5 pontos 
Leia os quadrinhos e o texto. 
 
 
Bancos com divisórias e formatos desconfortáveis, pedras pontiagudas embaixo de viadutos, grades no entorno de praças e jardins, muros 
com pinos metálicos, construções sem marquises ou com gotejamento de água programado, cercas elétricas e arame farpado. Os elementos 
e materiais utilizados para afastar pessoas dos espaços públicos são muitos e acabam influenciando a maneira como os indivíduos convivem 
e vivenciam os municípios. A arquitetura hostil, termo que abrange todas as barreiras e desenhos urbanos que parecem dizer “não se sinta 
em casa” — como define a repórter Winnie Hu, do The New York Times —, é parte da realidade da maioria das cidades pelo mundo e vem 
despertando debates sobre o impacto dessas ações, principalmente por meio das redes sociais. 
A professora de antropologia do Centro de Graduação da Universidade da Cidade de Nova York, Setha Low, afirmou em entrevista para 
a Reuters que o risco que se corre com esse tipo de medida é mudar a natureza dos ambientes públicos de “inclusivos para exclusivos”. 
Já o fotógrafo alemão Julius-Christian Schreiner ressaltou à reportagem que o aumento de locais públicos administrados pela iniciativa 
privada acentuou o problema, deixando pouca área para as pessoas se “recostarem, vagarem ou socializarem sem a pressão de comprar 
algo”. Schreiner é o idealizador do trabalho “Agentes Silenciosos” — uma série de imagens sobre arquitetura hostil realizada em lugares 
como Londres, Paris, Hamburgo, Berlim e Nova York. 
Para o fotógrafo, nos municípios, os cidadãos são mais vistos como clientes. “Se você é um bom consumidor, pode usar a infraestrutura. 
Mas, se não for, não deveria estar nesse espaço”, declarou à Reuters. Ao mesmo tempo em que crescem os exemplos dessas iniciativas que 
barram a permanência por mais tempo de pessoas consideradas “indesejadas” — e aqui entram também os skatistas e sua circulação pelos 
centros urbanos —, a matéria cita grupos em diferentes localidades que estão se mobilizando para chamar a atenção para o assunto e tentar 
amenizar os seus reflexos. 
Disponível em <https://caosplanejado.com/arquitetura-hostil-quando-as-cidades-nao-sao-para-
todos/?gclid=EAIaIQobChMI2dTn7Iqi_AIVtOBcCh0wLg_dEAMYASAAEgLVx_D_BwE>. Acesso em 14 dez. 2022 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Os quadrinhos revelam que as ações relacionadas à arquitetura hostil são planejadas, ideia também afirmada no texto. 
II. Segundo o texto, o uso de determinados espaços vincula-se mais ao conceito de consumidor do que ao de cidadão. 
III. A administração dos espaços públicos por empresas privadas, de acordo com o texto, é uma solução para que eles se tornem 
mais inclusivos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
I e II, apenas. 
 
 
• Pergunta 6 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Mas o que distingue o cinema de todos os outros meios de expressão culturais é o poder excepcional que lhe advém do fato de a sua 
linguagem funcionar a partir da reprodução fotográfica da realidade. Com efeito, com ele, são os próprios seres e as próprias coisas que 
aparecem e falam, dirigem-se aos sentidos e falam à imaginação: a uma primeira abordagem parece que qualquer representação (o 
significante) coincide de forma exata e unívoca com a informação conceptual que veicula (o significado). 
MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. Lisboa: Dinalivros, 2005, p.24. 
A seguir, temos a foto de uma cena do filme “O Poderoso Chefão” (1972). Essa obra-prima do cinema, ganhadora de diversos Oscars, 
inclusive o de Melhor Filme, mostra a trajetória de uma família mafiosa de Nova York de uma maneira que jamais havia sido vista antes. O 
roteiro do diretor Francis Ford Coppola, baseado no livro homônimo do escritor ítalo-americano Mario Puzo, apresenta o crime organizado 
como uma empresa capitalista qualquer e, ao fazer isso, põe no mesmo nível os capitalistas e os mafiosos. Em vez de apelar para os 
diálogos ou a atuação dos atores para evocar a onipresença do mal no universo de crimes e assassinatos perpetrados pela máfia, o filme 
emprega uma fotografia contrastada em claro/escuro, predominantemente sombria. Trata-se de uma maneira estritamente visual de trabalhar 
um tema, a característica essencial do cinema como linguagem autônoma. 
 
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. De acordo com o texto, o cinema é uma forma de arte exclusivamente imagética, que independe das palavras. 
PORQUE 
 
II. Os recursos visuais, como iluminação e fotografia, são importantes na construção da mensagem cinematográfica. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: d. 
A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. 
 
 
• Pergunta 7 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Não vacinados representam 75% das mortes por covid-19, diz estudo brasileiro 
Vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, inclusive indivíduos com mais de 80 anos 
Publicado em 04/03/2022 
Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 
ocorreram em indivíduos que não foram imunizados contra a doença. Entre os idosos, o índice de morte foi quase três vezes maior entre os 
não vacinados do que entre os imunizados. Entre pessoascom menos de 60 anos, o número de mortes de não vacinados foi 83 vezes maior 
do que nos imunizados. O estudo foi conduzido pela Universidade Estadual de Londrina, pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, 
pela Universidade Federal de São Carlos e pela Faculdade de Medicina Albert Einstein dos EUA. 
Foram incluídos no estudo dados de 59.853 casos confirmados de covid-19 e 1.687 mortes pela doença, reportados entre janeiro e outubro 
de 2021. Dos óbitos registrados, 1.269 foram de indivíduos não vacinados. Já entre os casos confirmados, 48.217 foram de pessoas que não 
tomaram a vacina, 7.207 de indivíduos parcialmente imunizados e 4.429 de pessoas com esquema vacinal completo. Dos vacinados que 
foram infectados, 54% tinham mais de 60 anos. 
Os cientistas analisaram as taxas de letalidade (proporção entre o número de mortes e o número de casos) em três modelos: de acordo com 
a idade dos participantes, com o status de vacinação e segundo a relação de ambas as características (idade e vacinação). No primeiro 
modelo, quanto mais velhos os indivíduos, maior a letalidade observada. A segunda análise mostrou que os vacinados apresentam uma taxa 
de letalidade 40,4% menor do que os não vacinados. 
Já o terceiro modelo confirmou que a vacinação reduziu as mortes em todas as faixas etárias. "Nossos achados reforçam que a vacinação é 
uma medida de saúde pública essencial para reduzir os índices de fatalidade por covid-19 em todas as faixas etárias", afirmam os autores do 
artigo. 
Os resultados da pesquisa corroboram os de outros trabalhos já publicados, como um estudo observacional com dados de 90 países que 
mostrou que, a cada aumento de 10% na cobertura vacinal, a mortalidade reduz 7,6%. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/noticias/nao-vacinados-representam-75-das-mortes-por-covid-19-diz-estudo-brasileiro>. Acesso em 
13 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A pesquisa indicou que a vacinação reduziu a morte e a contaminação por covid-19. 
II. Segundo os dados, 54% dos vacinados com mais de 60 anos foram infectados, mas, entre os imunizados, a taxa de letalidade foi 40,4% 
menor do que a observada entre os não vacinados. 
III. A pesquisa mostrou que 75% dos não vacinados morreram devido à covid-19. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: b. 
I e II, apenas. 
 
 
• Pergunta 8 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e observe a imagem. 
Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? 
Rede sociais, filtros do Instagram e cirurgia plástica 
 
“As redes sociais nos coagem a sempre maximizar o que é belo o tempo inteiro”, diz a historiadora Luciana de Almeida. Se antes a beleza 
seguia elementos definidos e mais permanentes, agora essa superexposição cobra ainda mais do nosso corpo e rosto. “O filtro mostra que, 
apesar da aparente perfeição, isso não basta. Temos sempre que tornar essa imagem mais interessante. Não podemos mais ter o nosso 
próprio rosto. A sensação é de que os filtros do Instagram roubaram os nossos rostos“, diz Luciana, autora da tese “Os sentidos das 
aparências: invenção do corpo feminino em Fortaleza (1900-1959)” e estudiosa da história da beleza. 
De acordo com o censo de 2016 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 
390% no país. O preenchimento labial é a intervenção mais buscada segundo o ranking do órgão, seguido por aplicação de botox e peeling, 
laser e suspensão com fios. Em 2017, um estudo da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos revelou que a motivação de 55% das 
pessoas que fizeram rinoplastias em 2017 foi o desejo de sair melhor em selfies. Se antes procurávamos parecer mais bonitos na vida física, 
agora queremos estar bem nas fotos das redes sociais. “Estar o tempo inteiro clicando autorretratos muda a forma como nos vemos e como 
nos achamos bonitos ou feios”, explica Hilaine Yaccoub. “Queremos ser e ter na vida real aquele visual tão cuidadoso dos perf is da rede 
social”. 
Ao ir ao dermatologista ou ao cirurgião plástico, é comum pacientes levarem fotos de mulheres cujas características corporais lhe agradem e 
também uma foto com o filtro que as incentivaram a buscar a cirurgia. Os cirurgiões explicam que podem conseguir o efeito até certo ponto; o 
filtro serve de inspiração, mas é preciso alinhar as expectativas. Há riscos físicos e psicológicos na busca por uma aparência 
computadorizada. 
EIRAS, Natália. Os filtros do Instagram estão mudando a nossa aparência na vida real? Revista Elle, publicado em 25 de maio de 2020. 
Disponível em <https://elle.com.br/beleza/filtros-instagram-nos-deixam-iguais-2>. Acesso em 12 fev. 2023 (com adaptações). 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com os especialistas, as cirurgias plásticas realizam o sonho das mulheres de conseguir uma aparência igual às imagens 
obtidas por filtros e, assim, possibilitam a realização de selfies perfeitas. 
II. O dedo em riste na figura indica a determinação social de padrões de beleza, que, muitas vezes, levam as pessoas à busca por uma 
imagem considerada bonita e as fazem modificar os verdadeiros rostos. 
III. Não há relação entre a figura e o texto, pois a imagem refere-se à relação da mulher com o espelho, e não com as redes sociais. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: b. 
II. 
 
 
• Pergunta 9 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Especialista alerta sobre elo entre fatores que atrapalham o sono noturno, como a apneia, e o maior risco cardiovascular 
Engana-se quem pensa que o sono consiste apenas em um estado passivo na vida de um ser humano. Ele influencia e é influenciado por 
uma série de fatores fisiológicos e comportamentais. Nem o cérebro nem o coração param durante o sono, mas o repouso noturno é 
essencial para preservar esses órgãos vitais. Distúrbios do sono, sobretudo a apneia obstrutiva, comprometem o organismo e elevam com o 
tempo o risco de problemas no coração e nas artérias. A apneia está ligada a características anatômicas e ao estilo de vida, sendo mais 
frequente em alguns biotipos e com o ganho de peso. Quem sofre desse problema, mais famoso pelos roncos, fica com um sono 
extremamente fragmentado e desperta muitas vezes com uma sensação de sufocamento. Também existem reflexos na capacidade de 
queima da gordura corporal e na ação da insulina pelo corpo. A sobrecarga do coração não se restringe somente ao fato de o músculo 
cardíaco ter de trabalhar com maior intensidade. Estudos demonstram que ele também é alvo de substâncias inflamatórias liberadas em 
razão do estresse na parede do coração e dos vasos sanguíneos. 
Não é à toa que existem evidências ligando a apneia do sono ao aumento nas taxas de infarto, arritmia e derrame cerebral. Isso faz com que 
os distúrbios do sono sejam considerados fatores críticos na equação do risco cardiovascular. No entanto, não é tão simples diagnosticar 
esse tipo de problema. Normalmente, a pessoa passa anos sem sintomas, sem se dar conta dos roncos e das pausas na respiração, 
julgando que aquilo é normal e faz parte de sua constituição física. Dormir mal, portanto, pesa em termos de morbidade e mortalidade 
cardiovascular. Ainda não está claro, porém se, nesse grupo de pessoas, o tratamento dos distúrbios de sono é capaz de prevenir eventos 
cardiovasculares. 
Um ponto a destacar é a correlação estreita entre a apneia do sono e a obesidade. A redução do peso por meio de mudanças no estilo de 
vida pode ajudar a controlar a condição e suas repercussões, como o aumento da pressão arterial. O impacto do sono na saúde 
cardiovascular foi ainda mais valorizado recentemente, quando, em cima dos resultados de pesquisas, cientistas da Escola de Saúde Pública 
da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, passaram a incluir um bom sono noturno na lista de itens decisivos para o bem-estar das 
artérias. O trabalho de Colúmbia nos faz justamente rever o estilo de vida e repensarcuidados com a saúde. E isso inclui buscar um sono 
reparador. O interessante é que o descanso noturno não está isolado num mar de outros fatores preventivos. Exemplifico: pessoas que 
praticam exercícios físicos regularmente tendem a dormir melhor; e quem dorme melhor tende a ter mais disposição para se exercitar. Um 
sono saudável está, portanto, bastante conectado com os outros sete itens para a qualidade de vida listados pelos pesquisadores 
americanos. E ganha relevância se pensarmos na associação direta entre um sono insuficiente e o surgimento e agravamento de doenças 
como obesidade, diabetes, hipertensão, câncer, insuficiência cardíaca, depressão e Alzheimer. Quanto dormir? Um ciclo saudável costuma 
 
ter entre 7 a 9 horas de descanso no período da noite. E descanso ininterrupto, sem as pausas provocadas por apneia ou insônia. Quando 
esse padrão se ajusta e se alia a outros hábitos equilibrados, ganhamos energia e uma proteção extra contra doenças. 
Disponível em <https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/meta-para-2023-dormir-bem-pelo-seu-coracao/>. Acesso em 23 fev. 2023. 
 Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. As chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares em pessoas com distúrbios de sono tendem a ser maiores. 
PORQUE 
II. Um sono reparador é aquele em que a pessoa dorme de 7 a 9 horas, sem interrupções, e não depende de outros fatores do cotidiano. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
A asserção I é verdadeira, e a II é falsa. 
 
 
• Pergunta 10 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Por que algumas pessoas são gênios esquecidos 
Diversos fatores psicológicos contribuem para que as pessoas atinjam níveis assombrosos de percepção e criatividade 
David Robson, BBC- 04/12/2022 
No final dos anos 1920, um jovem de classe média conhecido como Ritty passava a maior parte do tempo mexendo no seu "laboratório", na 
casa dos pais em Rockaway, Nova York, nos Estados Unidos. 
O laboratório era uma velha caixa de madeira, equipada com prateleiras que continham uma bateria e um circuito elétrico com lâmpadas, 
chaves e resistores. Uma das suas invenções mais notáveis era um alarme doméstico contra intrusos que o alertava sempre que seus pais 
entrassem no seu quarto. 
Ele também usava um microscópio para estudar o mundo natural e, às vezes, levava seu conjunto de química para a rua, para fazer truques 
para as outras crianças. 
Mas o registro escolar de Ritty no ensino fundamental era comum. Ele tinha dificuldades com literatura e línguas estrangeiras. E, em um teste 
de QI quando criança, a pontuação dele teria sido de cerca de 125, que é acima da média, mas longe do espectro dos gênios. 
Na adolescência, Ritty demonstrou talento para a matemática e começou a estudar sozinho com livros elementares. No final do ensino 
médio, ele conseguiu o primeiro lugar no concurso anual de matemática do estado. 
Ritty é parte da história da Ciência. Ele tornou-se o físico Richard Feynman (1918-1988), vencedor do Prêmio Nobel em 1965. Sua teoria da 
eletrodinâmica quântica revolucionou o estudo das partículas subatômicas. 
Outros cientistas consideravam o funcionamento da mente de Feynman algo impenetrável. Para os colegas, ele parecia ter um talento quase 
sobrenatural, que levou o matemático polonês-americano Mark Kac a declarar, em sua autobiografia, que Feynman não era apenas um gênio 
comum, mas "um mágico do mais alto calibre". 
A psicologia moderna pode nos ajudar a decodificar essa magia e compreender, de forma mais geral, o que torna uma pessoa um gênio? 
A simples definição do termo já é uma dor de cabeça. Não existem critérios claros nem objetivos. Mas a maior parte das definições identifica 
que o gênio tem realizações excepcionais em pelo menos um domínio, com originalidade e talento que são reconhecidos por outros 
especialistas na mesma disciplina e podem impulsionar muitos outros avanços. 
Disponível em <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/12/04/por-que-algumas-pessoas-sao-genios-esquecidos.ghtml>. Acesso em 06 dez. 
2022 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Richard Feynman mostrava traços de genialidade desde a infância, principalmente no ambiente escolar, embora seu teste de 
QI tenha apresentado resultado mediano. 
II. Os critérios para identificar a genialidade são bem definidos e incluem a realização de feitos excepcionais e o bom 
desempenho escolar. 
III. Para se tornar um físico famoso, Richard Feynman recebeu intenso apoio da família e da escola, que lhe promoveu condições 
diferenciadas de estudo. 
Assinale a alternativa correta. 
 
Resposta Selecionada: d. 
Apenas a afirmativa II é correta. 
 
 
• Pergunta 11 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
A questão da uberização ou plataformização do trabalho tem um potencial de se generalizar para todas as categorias profissionais. Ela já 
está avançando para setores da saúde (como cuidadoras e enfermeiras particulares), educação, serviços de limpeza doméstica (faxineiras), 
além de novas “modalidades” de trabalho, como as fazendas de cliques. Essa tendência de expansão só é possível por conta de novas 
tecnologias que têm sido implementadas no nosso cotidiano, em particular no mundo do trabalho (como 
 
 é o caso da internet 5G, big data, internet das coisas etc.). Por exemplo, a modalidade de teletrabalho – 
hoje presente em várias categorias profissionais e um problema central para o mundo sindical – não 
deixa de 
ser uma forma de plataformização (isto é, um trabalho mediado por uma tecnologia informacional, como um tablet, um computador ou um 
celular). A diferença entre um entregador de uma plataforma digital e um servidor público do setor judiciário que trabalha hoje em home office 
é o contrato de trabalho, ou seja, os direitos adquiridos. 
A grande novidade das empresas-plataformas é que elas levaram ao extremo a exteriorização das atividades de trabalho, transferindo as 
responsabilidades aos trabalhadores. Dizem que estão apenas fazendo a intermediação entre clientes e trabalhadores (durante um tempo, 
tentaram chamar isso de “economia de compartilhamento”) e, por conta disso, não reconhecem o vínculo de emprego de seus entregadores 
ou motoristas. Mais que isso, deixam para eles todo o custo do processo de trabalho ou de serviço como, por exemplo, o aluguel ou o 
financiamento do carro ou da motocicleta, os custos com o combustível, a manutenção etc. Na verdade, o que essas empresas estão 
fazendo é litigioso, deixando milhões de trabalhadores e trabalhadoras sem qualquer direito ou assistência. Elas mesmas reconheceram isso 
quando aceitaram a inclusão de entregadores e motoristas no regime público de previdência social, com contrapartida financeira por parte 
delas. 
Mas a questão central, como muito bem apontaram as lideranças de entregadores e parte dos representantes sindicais, não está em incluí-
los no regime de previdência e assegurar a eles um seguro saúde. Eles querem mais. Muitos dizem: “Nenhum direito a menos!”. E há uma 
compreensão, entre ativistas e pesquisadores, de que, se esta nova lógica de relação de trabalho das empresas-plataformas se estabelecer 
na legislação brasileira, serão abertas as portas para a plataformização de todas as categorias profissionais. Está em jogo, portanto, o futuro 
do mundo do trabalho e não apenas de uma ou outra categoria profissional. 
 
Disponível em <https://www.ihu.unisinos.br/626697-as-empresas-plataformas-sao-o-que-capital-financeiro-capital-produtivo-rentistas-
comercio-ou-produtoras-de-valor-a-maioria-delas-e-tudo-isso-ao-mesmo-tempo-entrevista-especial-com-ricardo-
festi?fbclid=IwAR2RACgqBJcwmbkA1FuqojtR7S38uAbXGc-3_Ei9Vzl2rT8EMblKwNUIJgs>. Acesso em 07 mar. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A plataformização do trabalho beneficiou os trabalhadores de diferentes categorias, pois possibilitou a intermediação entre 
eles e os clientes e a garantia de seus direitos trabalhistasno momento da pandemia. 
II. A uberização, possibilitada pelas novas tecnologias, implica a precarização do trabalho, com a perda de direitos 
historicamente adquiridos. 
III. A plataformização representa uma evolução no mundo do trabalho, com a possibilidade de mais empregos e mais benefícios 
aos trabalhadores. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa II é correta. 
 
 
• Pergunta 12 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
São Paulo tem início de ano mais frio desde 1965, aponta Inmet 
Os primeiros dias de 2023 na cidade de São Paulo (SP) foram os mais frios para um mês de janeiro desde 1965. Segundo o Instituto 
Nacional de Meteorologia (Inmet), em pleno verão, a média de temperatura máxima observada nos dez primeiros dias deste ano ficou em 
23,9ºC. É o menor valor já registrado para o período desde 1965, quando a média chegou a 23,8ºC. 
De acordo com o Inmet, na capital e em grande parte do estado de São Paulo, as temperaturas estão abaixo da média por causa da Zona de 
Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), resultado do encontro de ventos úmidos vindos do Atlântico, mais frios, passando pela faixa leste do 
estado, com ventos vindos da Bacia Amazônica. “Este sistema foi potencializado por águas costeiras mais frias que o normal para a época 
do ano e por áreas de baixa pressão, assim ajudando a promover dias seguidos de tempo nublado a encoberto, volumes expressivos de 
chuva e temperaturas abaixo da média”, diz nota do instituto. 
Historicamente, a média de temperatura máxima que costuma ser registrada nos primeiros dez dias do mês de janeiro é em torno de 27,9ºC. 
A média de temperatura mínima observada nos primeiros dez dias deste ano, estabelecida em 17,6ºC, também está abaixo da média 
histórica para o período, que é em torno de 18,8ºC. 
Chuvas 
Segundo o Inmet, o acumulado de chuvas registrado entre os dias 1º e 10 de janeiro foi de 79,8 milímetros (mm), volume que se encontra 
dentro da média para o período, em torno de 81mm. 
Disponível em <https://www.metroworldnews.com.br/foco/2023/01/11/sao-paulo-tem-inicio-de-ano-mais-frio-desde-1965-aponta-
inmet/>. Acesso em 17 jan. 2023. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A temperatura máxima média indica a temperatura mais elevada atingida no período em determinado local. 
II. Na cidade de São Paulo, os dez primeiros dias de janeiro de 2023 foram marcados por temperaturas mais baixas do que a média 
histórica e o volume acumulado de chuva ficou acima dos volumes registrados desde 1965. 
III. O encontro de ventos úmidos e frios vindos do Atlântico com ventos vindos da Bacia Amazônica foi responsável pelas baixas 
temperaturas observadas em janeiro de 2023. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: d. 
III, apenas. 
 
 
• Pergunta 13 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, de autoria de Laura Mattos, e a charge. 
Inteligência artificial ajuda aluno a escrever redação nas escolas 
“A inteligência artificial tornou-se uma ferramenta cada vez mais importante no campo da educação e uma das maneiras mais emocionantes de usá-la 
é ajudar os estudantes a melhorar suas habilidades de escrita”. 
Foi assim que a nova vedete da inteligência artificial, a plataforma ChatGPT, iniciou um texto de seis parágrafos quando a “Folha” lhe enviou a 
seguinte solicitação: "Escreva um artigo sobre o uso da inteligência artificial para estudantes aprenderem a escrever redação". 
O artigo ficou pronto em 50,5 segundos. Ainda no primeiro parágrafo, o robô prosseguiu afirmando que as ferramentas "podem fornecer aos 
estudantes feedback instantâneo sobre seus ensaios, ajudando-os a identificar erros e a melhorar sua escrita com o tempo". 
Se é realmente "emocionante", isso já é um juízo de valor feito pelo robô do ChatGPT, mas, de fato, como o texto aponta, essa ferramenta começa a 
se disseminar na educação, e escolas brasileiras, públicas e particulares, passaram a adotá-la. 
Em São Paulo, a inteligência artificial para esse fim deverá ser introduzida nas escolas estaduais ainda neste semestre, de acordo com o secretário de 
educação, Renato Feder. "Teremos um programa que apontará instantaneamente para o aluno erros gramaticais, ortográficos e de pontuação, além 
de explicar a regra", afirmou o secretário à “Folha”. Posteriormente, a redação deve ser encaminhada ao professor, e a plataforma sistematiza a sua 
correção fazendo ao docente perguntas como "Qual é a aderência do texto ao tema proposto?", "Trabalha com a argumentação?", "Usa raciocínio 
lógico?", "Traz uma conclusão?". 
Segundo Feder, a ferramenta será desenvolvida pela Secretaria de Educação, da mesma forma que o programa implementado nas escolas 
paranaenses quando ele foi secretário. O “Redação Paraná” foi criado no primeiro ano da pandemia e é utilizado por estudantes do 6º ao 9º ano e do 
ensino médio. 
O Governo do Espírito Santo também aderiu a essa tecnologia, a partir de parceria com uma startup, a Letrus. 
Essa mesma tecnologia já foi utilizada em escolas públicas da Paraíba, do Pará, de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, por meio de projetos 
financiados por institutos sociais, e atualmente está presente em escolas da Fundação Bradesco e em instituições voltadas à classe A de São Paulo, 
como a rede Pueri Domus e as escolas do Grupo Bahema, entre as quais a Escola da Vila e a Escola Viva. A Letrus diz ser utilizada por 180 mil 
estudantes no país - o custo médio programa gira em torno de R$ 100 por aluno por ano. 
Professor de língua portuguesa e fundador da empresa, Luís Junqueira admite que, por melhor que seja, uma ferramenta de inteligência artificial não 
consegue substituir o olhar humano. 
"Mas facilita o trabalho do professor e pode orientá-lo sobre que dificuldades devem ser observadas", diz ele. "Também é importante o estímulo que o 
estudante tem ao receber um feedback rápido da sua redação. No Brasil, a maioria dos estudantes não consegue ter os seus textos lidos por 
professores." 
A Letrus defende que a ferramenta precisa ser integrada ao currículo escolar, com treinamento dos professores, para que saibam utilizá-la em aula, 
além de monitorar o desenvolvimento de cada aluno por meio de um histórico de dados e estatísticas. 
Plataformas com essa proposta, portanto, segundo ele, diferenciam-se de sites e aplicativos que oferecem correção de redação instantânea 
gratuitamente (há serviços pagos, como o de escolher um tema livre). Entre elas já se tornaram conhecidas de professores brasileiros a Glau e a 
Grammarly. 
Além de erros gramaticais e ortográficos, as ferramentas se dizem capazes de analisar, em algum grau, a construção de frases e a fluência do texto e, 
também, de evitar plágios, pesquisando outros textos online ou barrando a possibilidade de copiar e colar. 
Mestre em linguística aplicada e professor do Instituto Singularidades, que forma professores e gestores da educação, Maurício Canuto afirma que 
essas ferramentas podem ser úteis, "desde que consideradas como complementares e sempre utilizadas com a mediação do docente". "A tecnologia 
pode apontar um erro de pontuação, por exemplo, e explicar a regra, mas não garante que o aluno entenderá." 
O professor dá aula de português na rede municipal de São Paulo e sugere essas ferramentas aos seus alunos. Ele diz ser preciso cuidado para que a 
criatividade não seja tolhida. "Essas ferramentas utilizam modelos de textos", diz. "Isso pode ir na contramão do que a BNCC [Base Nacional Comum 
Curricular] determina, que o aprendizado busque novas linguagens, interações e que evite fórmulas estáticas." 
Ponderação semelhante faz Adriano Chan, corretor de redação de vestibulares e doutorando da Unesp em linguística cognitiva, que lida com os 
modelos do pensamento algorítmico. "Na língua, temos os usos que seguem padrões e os que não seguem, e esses casos não são identificados por 
essas ferramentas." 
Para Chan, que é proprietário de um curso de redação em São Paulo, essas ferramentas "podem ajudar o professora ser mais eficaz", desde que 
utilizadas com cautela. "Essas plataformas trabalham com modelos de texto. Procuram as palavras no primeiro parágrafo e avaliam como se 
relacionam com o restante da escrita. Isso não funciona para alunos mais criativos, para redações mais sofisticadas." 
A ponderação entre aspectos positivos e negativos, aliás, não está presente no texto do ChatGPT feito a pedido da “Folha”, que só apontou vantagens 
do uso da inteligência artificial. A conclusão do robô é que o uso "emocionante" da ferramenta pode transformar alunos em "escritores competentes". 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/02/escolas-adotam-inteligencia-artificial-para-ajudar-aluno-a-escrever-
redacao.shtml#:~:text=%22A%20intelig%C3%AAncia%20artificial%20tornou%2Dse,melhorar%20suas%20habilidades%20de%20escrita.%22>. Acesso 
em 16 mar. 2023 (com adaptações). 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a charge e com os especialistas apresentados no texto, a ferramenta ChatGPT substitui plenamente a figura humana, pois sua 
tecnologia permite que ela realize com eficiência todas as tarefas. 
II. O texto escrito pela ferramenta ChatGPT, mencionado no artigo, pondera sobre os aspectos positivos e negativos da inteligência artificial para os 
estudantes e é um exemplo claro do potencial dessa tecnologia. 
III. Segundo o secretário de educação de São Paulo, uma ferramenta específica será utilizada nas escolas públicas e apontará aos estudantes os 
erros gramaticais em seus textos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
III, apenas. 
 
• Pergunta 14 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia a charge e o texto. 
 
 
 
Um artigo publicado recentemente na revista 9ª Arte tem como tema a baixa participação da população negra na arte do Brasil, mais 
especificamente nos quadrinhos, apesar de serem a maioria da população. No trabalho intitulado “A maioria da população brasileira é minoria 
nos quadrinhos”, Roberto Elísio dos Santos, livre-docente em Ciências da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, 
tomou como inspiração os estudos do pesquisador Nobu Chinen sobre a quase inexistência do negro como personagem da chamada 9ª arte, 
as histórias em quadrinhos (HQs). Visto que a maioria da população brasileira é negra, não faz sentido tão poucos personagens negros nas 
histórias em quadrinhos. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento populacional, 43,1% dos brasileiros 
entrevistados se declaram brancos, 9,3% pretos e 46,5% pardos. 
A situação de preconceito, nos meios artísticos, vem mudando aos poucos, “mas a presença de personagens negros nos produtos midiáticos 
não reflete os dados sociais do país. Se somos, então, um país negro, onde estão os pretos e pardos nos meios de comunicação?”, 
questiona Chinen. A história brasileira mostra 400 anos de escravidão, ao longo dos quais a exclusão, a discriminação e o racismo 
determinaram as condições econômicas precárias, desumanas, acompanhadas pelo difícil acesso dos afrodescendentes à educação e ao 
digno convívio social de igualdade. 
A arte, em particular as histórias em quadrinhos, reflete as condições preconceituosas enfrentadas pela população negra, expressas 
graficamente com a imagem negativa do negro nesse tipo de publicação artística. Os padrões europeus dos corpos conceituados como 
“normais e perfeitos” sempre colocaram à margem etnias diferentes. Santos cita a revista Gibi, lançada em 1939 e publicada até os anos 
1990, em que o personagem Pererê, historicamente o mais bem-sucedido personagem negro das histórias em quadrinhos, não é baseado 
 
em um ser real, é um ser mitológico do folclore brasileiro. Na revista “O Tico-Tico” (de 1905 a 1962), o garoto negro Giby era empregado da 
família. 
O artista J. Carlos, em 1924, apresenta sua personagem Lamparina, uma menina negra, como alguém “que ostenta um aspecto de animal 
[…], com os braços nas proporções de um chimpanzé”. Destaca-se que, segundo o pesquisador Chinen, esse “talvez seja o caso mais 
notório de uma representação negativa do negro nos quadrinhos brasileiros”. As precárias condições de vida dos afrodescendentes 
brasileiros foram retratadas de maneira crítica, em nossa história mais recente, por cartunistas engajados socialmente como Novaes, Henfil 
e, mais notadamente Edgar Vasques. Nobu Chinen, afirma Santos, “faz um inventário dos personagens negros infantis”, pondo em cena 
“personagens pouco conhecidos ou esquecidos que formaram, por meio dos quadrinhos, uma visão dos afrodescendentes brasileiros , mais 
próximos ou distantes da grande parcela da população do Brasil”. 
Disponível em <https://jornal.usp.br/ciencias/qual-o-papel-dos-personagens-negros-nas-historias-em-quadrinhos-brasileiras/>. Acesso em 7 
mar. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto afirma que a população negra é sub-representada nas histórias em quadrinhos como consequência do fato de uma 
minoria dos brasileiros (9,3% do total) se considerar preta. 
II. A charge mostra que muitos negros conseguiram ser reconhecidos pelos seus feitos, o que refuta as informações presentes 
no texto. 
III. O fato de o Pererê ser o personagem negro mais bem-sucedido na história dos quadrinhos brasileiros deve-se a ele 
representar um ser mitológico. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: b. 
Nenhuma afirmativa é correta. 
 
 
• Pergunta 15 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, publicado em 10 de janeiro de 2023, pela agência de notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
Inflação sobe 0,62% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,79% 
Com alta de 0,62% em dezembro, a inflação fechou o ano de 2022 com um aumento de 5,79%, abaixo dos 10,06% registrados em 2021. 
Com o resultado, é a quarta vez consecutiva que a inflação fica acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que em 2022 era 
de 3,5% e teto de 5%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE. 
O resultado de 2022 foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no 
acumulado do ano. Em seguida, Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação veio do 
grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 
0,07% de variação, e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos 
pesquisados. 
 
 
 
A alimentação no domicílio (13,23%) exerceu a maior influência na alta de 11,64% do grupo “alimentação e bebidas”. Os destaques foram a 
cebola (130,14%), que teve a maior alta entre os 377 subitens que compõem o IPCA, e o leite longa vida (26,18%), que contribuiu com o 
maior impacto (0,17 p.p.) entre os alimentos para consumo no domicílio. Vale mencionar também a batata-inglesa (51,92%), as frutas 
(24,00%) e o pão francês (18,03%). 
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 7,47%. Enquanto a refeição teve aumento de 5,86%, a alta do lanche foi de 10,67%. 
 
No grupo “saúde e cuidados pessoais” (11,43%), a principal contribuição (0,61 p.p.) veio dos itens de higiene pessoal (16,69%), em especial 
os perfumes (22,61%) e os produtos para cabelo (14,97%). Outro destaque foi o plano de saúde, com alta de 6,90% e impacto de 0,25 p.p. 
no IPCA acumulado do ano. Vale destacar também a alta de 13,52% dos produtos farmacêuticos. 
Disponível em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/36051-inflacao-sobe-0-62- em-
dezembro-e-fecha-2022-com-alta-de-5-79>. Acesso em 11 jan. 2023 (com adaptações). 
De acordo com as informações apresentadas no texto, avalie as afirmativas. 
I. Considerado apenas o período disponível no gráfico, 2015 foi o ano com maior inflaçãoacumulada no país. 
II. A pesquisa do IBGE considera que o item “alimentação no domicílio” é uma subcategoria do grupo “alimentação e bebidas”. 
III. O IBGE considerou nove grupos na pesquisa. Entre eles, estão os grupos “alimentação e bebidas”, “saúde e cuidados pessoais” e 
“higiene pessoal”. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: c. 
I e II, apenas. 
 
 
• Pergunta 16 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto, observe a imagem e avalie as afirmativas. 
Brasil teve recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022 
O Brasil bateu recorde de feminicídios no primeiro semestre de 2022. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança 
Pública, 699 casos foram registrados entre janeiro e junho, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia. 
Em 2019, no mesmo período, foram registrados 631 casos. Dois anos depois, em 2021, 677 mulheres foram assassinadas em decorrência 
da violência de gênero. 
Os dados foram coletados com as pastas estaduais de Segurança Pública e representam somente os crimes que chegaram a ser 
registrados. 
Entre as regiões do país, o Norte liderou o aumento, com 75% a mais do que no primeiro semestre de 2019. Oeste, Sudeste e Nordeste 
registraram crescimento de 29,9%, 8,6% e 1%, respectivamente. Apenas na região Sul foi registrada uma queda de 1,7% dos casos. 
Os dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública acompanham a promulgação da Lei do Feminicídio (13.104/2015), que 
considera o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
"O primeiro ano completo que nós temos de estatísticas no Brasil é 2016. Contudo, em 2016 e em 2017, ainda temos um movimento nos 
Estados de adaptação à nova legislação”. 
Assessoria de Comunicação do IBDFAM. Publicado em 13 dez. 2022. Disponível 
em <https://ibdfam.org.br/noticias/10312/Brasil+teve+recorde+de+feminic%C3%ADdios+no+primeiro+semestre+de+2022>. Acesso em 12 
fev. 2023 (com adaptações). 
 
 
 
I. Com base nos números apresentados na notícia, entre 2019 e 2022, no período de janeiro a junho, houve aumento de cerca de 10% nos 
casos de feminicídio registrados. 
II. Na região Norte, em 2022, ocorreu o maior número de casos de feminicídios no país. 
III. Na imagem, explora-se o duplo significado da palavra “luto”, como verbo e como substantivo. 
É correto o que se afirma em 
 
Resposta Selecionada: c. 
I e III, apenas. 
 
 
• Pergunta 17 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
Garimpo ilegal na Terra Yanomami cresceu 54% em 2022, aponta Hutukara 
O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou novos 1.782 hectares da Terra Indígena Yanomami (TIY), conforme levantamento feito 
por imagens de satélite. O monitoramento da Hutukara Associação Yanomami (HAY) aponta crescimento acumulado de 309% do 
desmatamento associado ao garimpo entre outubro de 2018 e dezembro de 2022. Nesse período, foram mais 3.817 hectares destruídos na 
maior terra indígena do país, atingindo um total de 5.053 hectares. Quando os indígenas começaram a monitorar os efeitos do garimpo, em 
outubro de 2018, havia 1.236 hectares devastados. Em 2021, o desmatamento chegou a 3.272 hectares, conforme apontou o relatório 
“Yanomami Sob Ataque: garimpo na Terra Indígena Yanomami” e propostas para combatê-lo. O “Sistema de Monitoramento do Garimpo 
Ilegal na TIY” é feito com imagens da “Constelação Planet”, rede de satélites de alta resolução espacial capazes de detectar com precisão e 
mais frequência de vigilância áreas muitas vezes não capturadas por outros satélites. Com o monitoramento manual, as atualizações são 
registradas duas vezes por mês. As maiores concentrações de destruição estão nos rios Uraricoera, ao Norte da Terra Indígena Yanomami, 
e Mucajaí, região central. A região de Waikás, no Uraricoera, concentra 40% do impacto, com cerca de 2 mil hectares devastados. Enquanto 
isso, o Rio Couto Magalhães, afluente do Mucajaí, sofre 20% do impacto, com cerca de mil hectares. A terceira região mais afetada é a de 
Homoxi, na cabeceira do Mucajaí, com 15% da devastação, o que corresponde a cerca de 760 hectares. “Os impactos do garimpo vão além 
 
do observados pelo satélite, que são focados no desmatamento. Eles também afetam as disseminações de doenças, deterioração no quadro 
de saúde das comunidades, produção de conflitos intercomunitários, aumento de casos de violência e diminuição da qualidade de água da 
população com destruição dos corpos hídricos. Tudo isso somado compromete a capacidade de viver nas comunidades”, explicou o geógrafo 
Estêvão Benfica, assessor do Instituto Socioambiental (ISA). Ainda segundo Benfica, a mobilidade dos garimpeiros de uma área para outra é 
um fator que resulta na proliferação de doenças. Os invasores chegam a levar novas cepas de malária de uma região para outra, por 
exemplo. De acordo com o Sivep Malária, sistema de monitoramento do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2021, mais de 40 mil casos de 
malária foram registrados na Terra Indígena Yanomami. Em 2021, foram 21.883, o maior registro desde 2003. A explosão dos casos da 
doença no território indígena coincide com o aumento da área devastada pelo garimpo. O monitoramento do Mapbiomas, que utiliza o satélite 
Landsat, mostra saltos sucessivos no desmatamento pelo garimpo desde 2016. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O avanço do garimpo na região das terras indígenas Yanomami e o número de casos de malária estão inversamente relacionados desde 
2016. 
II. A taxa de crescimento dos casos de malária foi maior no período de 2019 a 2020. 
III. As consequências do garimpo ilegal nas terras indígenas incluem a disseminação de doenças e a destruição ambiental. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 
• Pergunta 18 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o artigo e a charge, de Laerte. 
O que anima e o que assusta no ChatGPT, a nova inteligência artificial 
Nas últimas semanas, a emergência do ChatGPT, novo chatbot desenvolvido pela OpenAI, chamou a atenção internacional. Essa nova 
ferramenta de inteligência artificial (IA) pode revolucionar um leque extremamente amplo de atividades humanas, mas não deixou de 
despertar também um considerável número de preocupações entre especialistas de tecnologia. 
É altamente provável que reguladores sejam os próximos a se interessar por esta tecnologia. 
O ChatGPT é uma das últimas aplicações do modelo algorítmico Generative Pretrained Transformer 3 (GPT-3). Este modelo de 
processamento de linguagem natural de última geração foi apresentado pela primeira vez em 2020, levantando diversos questionamentos 
éticos em relação ao seu uso. 
O ChatGPT é capaz de entender a linguagem humana natural e gerar uma resposta semelhante ao fruto do intelecto humano após receber 
um pedido. A ferramenta ganhou destaque por três razões principais. 
Primeiramente, pelo nível extremamente refinado de suas respostas. A sua simulação quase fiel de textos escritos por humanos e suas 
respostas precisas e coerentes na enorme maioria de perguntas, mesmo as mais complexas, é impressionante. 
Tal evolução torna-se extremamente útil para facilitar uma miríade de tarefas e, consequentemente, extremamente lucrativa para quem 
conseguir alcançar este nível de sofisticação. Neste sentido, a segunda –mas talvez deveríamos considerá-la a primeira– razão pela qual o 
ChatGPT chamou a atenção dos especialistas foram os incessantes rumores sobre o vultoso investimento de US$ 10 bilhões que a OpenAI, 
liderada por Elon Musk e Sam Altman, estaria negociando com a Microsoft, depois de já ter recebido um investimento de US$ 1 bilhão da 
Microsoft em 2019. 
Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, o ChatGPT já teria atingido a marca de 1 milhão de usuários, mesmo tendo sido lançado há menos 
de um mês. Por enquanto, o sistema de IA está sendo disponibilizado "gratuitamente", alistando usuários numa gigantesca operação depropaganda e teste da tecnologia. 
Em terceiro lugar, e em perspectiva mais geral, o ChatGPT destaca a chegada de uma nova fase de automação na qual a IA não 
desempenha somente uma tarefa limitada, mas pode interagir de maneira muito mais refinada com o usuário, assistindo de maneira muito 
mais elaborada, desde a redação de um artigo, até a correção de código de software, no espaço de alguns segundos. 
Por exemplo, o chamado "debug de código" é o primeiro exemplo oferecido no seu site oficial sobre como o ChatGPT pode contribuir para 
examinar e melhorar os códigos, a partir de um "diálogo" com o programador. 
Essa capacidade de gerar respostas para qualquer tipo de pergunta é extremamente promissora, mas também assustadora. Quando um 
usuário pede a elaboração de malware (ou seja, software malicioso tipicamente usado para ataques de hackers), o ChatGPT entrega 
 
rapidamente um ótimo rascunho de código que permitiria – ou pelo menos facilitaria enormemente – ataques particularmente perniciosos, 
mesmo se o perpetrador fosse um novato. 
Por enquanto, ninguém parece ainda ter pedido ao ChatGPT para elaborar uma série de notícias falsas para causar danos a personalidades 
ou instituições públicas, mas o sistema performou muito bem na redação de emails de phishing a ser enviados para golpes online. Pode-se 
imaginar que o mesmo tipo de performance de alto nível possa ser alcançado com a elaboração de fake news. 
Talvez uma das aplicações de maior sucesso do chat poderia ser a pesquisa acadêmica, que nos obriga a repensar radicalmente como as 
competências intelectuais dos indivíduos são avaliadas. Que sentido pode fazer avaliar um estudante com um trabalho de conclusão de 
curso ou um ensaio se tais trabalhos podem ser elaborados em poucos segundos pelo ChatGPT? 
A ICML (International Conference on Machine Learning), uma das mais prestigiadas conferências de IA do mundo, já proibiu o uso de 
ferramentas como o ChatGPT para escrever ou corrigir artigos científicos. Essa decisão deu ensejo a um debate ético na academia e entre 
os profissionais de machine learning. 
Algumas das questões éticas levantadas pela conferência foram a dificuldade em distinguir textos escritos pelo chat de textos de autoria 
humana e que seu uso permite a reformulação de textos disponíveis na internet, sem creditar os autores originais. 
O plágio é considerado um problema grave nas instituições de ensino, mas sistemas como o ChatGPT tornam a prática extremamente mais 
fácil e, ao mesmo tempo, difícil de se detectar. Embora a proibição estabelecida pela ICML seja totalmente compreensível, sua 
implementação parece extremamente difícil. Ainda não está claro como o comitê organizador da ICML –ou qualquer outra pessoa– poderia 
determinar se um texto foi elaborado com o auxílio dessas ferramentas. 
As aplicações do ChatGPT podem ser extremamente valiosas e poupar milhões de horas de trabalho em redação de emails, notas, planos, 
projetos, software etc. Porém, ao lado de usos amigáveis e de boa-fé vêm muitos outros potenciais (ab)usos muito menos nobres. 
A finalidade pela qual qualquer tecnologia é usada depende de seu usuário. Mas o desenvolvedor não pode ser totalmente isento de 
responsabilidade e deve ter um dever de cuidado quando a tecnologia pode facilmente ser utilizada para finalidades nocivas. 
O ChatGPT levanta questões muito relevantes de cibersegurança, de proteção de dados, de pedagogia e de ética. Nos obriga a repensar 
nossa relação com IA a fim de começar a considerar a necessidade de evoluir com ela, nos tornando mais inteligentes e preparados graças a 
ela. A outra opção, mais preguiçosa, e muito mais perniciosa: nos tornar dependentes ao invés de protagonistas da IA. 
A chegada de um tipo de IA mais complexo e desafiador nos obriga a analisar todos os efeitos, sejam positivos ou negativos, de tais 
avanços, a nos preparar de maneira séria e entender como regular de forma eficiente. 
(*) Luca Belli é professor e coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio. Nina da Hora é pesquisadora especialista 
em IA e cibersegurança no CTS-FGV. 
Disponível em <https://www1.folha.uol.com.br/tec/2023/01/chatgpt-o-que-anima-e-o-que-assusta-na-nova-inteligencia-
artificial.shtml>. Acesso em 28 fev. 2023. 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo da charge é evidenciar os benefícios da tecnologia, especialmente da inteligência artificial, que supera a capacidade humana 
na elaboração de textos, aspecto também abordado pelo artigo de opinião. 
II. Segundo o artigo, as finalidades nocivas de qualquer tecnologia dependem dos usuários e, por isso, os desenvolvedores de novas 
ferramentas devem ser isentos de qualquer responsabilidade. 
III. O artigo e a charge revelam questões éticas no uso do ChatGPT, pois abordam o problema da autoria no uso da ferramenta na 
produção de textos. 
Assinale a alternativa correta. 
Resposta Selecionada: e. 
Apenas a afirmativa III é correta. 
 
 
• Pergunta 19 
0,5 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto. 
América Latina deveria ser região com menos fome no mundo, diz pesquisador 
Gerardo Lissardy 
Por trás da sua última refeição, pode ter existido uma história de grandes interesses. 
Não se trata apenas de quem proporcionou o alimento, mas de uma série de fatores que vão desde a produção até sua chegada ao 
mercado. 
 
E, em cada uma dessas etapas, pode haver interesses em jogo entre países ou corporações, segundo Juan José Borrell, autor do livro 
“Geopolítica y Alimentos: el Desafío de la Seguridad Alimentaria Frente a la Competencia Internacional por los Recursos Naturales” 
(“Geopolítica e alimentos: o desafio da segurança alimentar frente à concorrência internacional pelos recursos naturais”, em tradução livre). 
“Os alimentos são um fator de poder”, afirma Borrell, que é professor e pesquisador de geopolítica da Universidade de Rosário e da 
Universidade da Defesa Nacional, na Argentina. Ele também foi assessor da delegação argentina no Comitê de Segurança Alimentar Mundial 
da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. 
Borrell participou do Hay Festival Cartagena, promovido na Colômbia entre 26 e 29 de janeiro de 2023. A seguir, leia os principais pontos da 
sua conversa com a BBC News Mundo. 
BBC News Mundo: Como os alimentos se tornaram uma questão geopolítica? 
Juan José Borrell Os alimentos sempre foram importantes. O ser humano estruturou sua existência em torno da busca pelo abastecimento 
alimentar desde antes do Neolítico. 
Mas podemos dizer que os alimentos se transformaram em assunto geopolítico depois da Segunda Guerra Mundial, com o grande salto dado 
pelos Estados Unidos no cenário internacional. No marco da doutrina da contenção, da ajuda humanitária e da criação de organismos como 
a ONU, temas como a fome e a pobreza – que giram em torno da produção de alimentos - adquiriram alcance internacional. 
Vivemos nas últimas décadas um interesse renovado por uma série de fenômenos geopolíticos que voltaram a colocar o tema do 
fornecimento de alimentos na agenda maior da política internacional. Por exemplo, o crescimento das novas economias, a concorrência 
pelos recursos, o aumento da população mundial ou os danos aos ecossistemas. 
(...) 
BBC: Qual é o objetivo dos países nisso tudo? Garantir sua própria segurança alimentar ou ganhar influência político-econômica 
por meio dos alimentos? 
Borrell: Ambas. Os alimentos são um fator de poder. Produção, sementes, patentes, insumos, comércio, portos, frota, preços ou produtos 
nas gôndolas dos mercados são uma enorme fonte de poder, capacidade de influência e geração de riqueza. 
As grandes potências concorrem por espaços de mercado, para ganhar renda e ter maior autonomia alimentar. 
Outros países servem para extração de renda, como é o caso da Argentina. Não existe uma política alimentar estratégica que solucione o 
problema do acesso da população aos alimentos. 
O fato de um país dispor deum sistema de produção agrícola intensiva não garante que as necessidades alimentares da sua população 
sejam automaticamente satisfeitas. 
BBC: Segundo um relatório da ONU, no ano passado, o mundo retrocedeu nos seus esforços para acabar com a fome, a 
insegurança alimentar e a desnutrição. Por que existe cada vez mais fome se temos melhor tecnologia para produzir alimentos? 
Borrell: Existe um grande mito: o de que, graças à tecnologia, os rendimentos aumentarão e, consequentemente, maior quantidade de 
pessoas terá acesso a um maior fornecimento de alimentos. 
Ou, ao contrário, que existe fome onde faltam alimentos ou há excesso de população. 
O professor indiano Amartya Sen, ganhador do prêmio Nobel de Economia, demonstrou que, em muitas fomes históricas, havia fornecimento 
de alimentos, mas a população não tinha forma de adquiri-los. 
De fato, o sistema de produção intensiva não gera necessariamente alimentos. Ele gera uma matéria-prima que também pode ser 
empregada, por exemplo, para alimentação de animais ou fabricação de biocombustíveis. 
A Argentina é o maior produtor de biodiesel de soja do mundo e os Estados Unidos fabricam etanol com mais de um terço da sua colheita de 
milho. 
BBC: Ou seja, o problema da fome não se deve necessariamente à quantidade de alimentos disponíveis... 
Borrell: Exato. Tem a ver, como demonstra a FAO, com a questão do acesso. 
Mais de 85% da população mundial têm acesso aos alimentos disponíveis no mercado. Mas, se não tenho os meios econômicos para 
procurá-los, meu acesso será prejudicado. 
BBC: Que papel desempenha a América Latina no mapa agroalimentar global? 
Borrell: O que ocorre na América Latina e no Caribe representa um grande paradoxo. 
Entre as regiões que eram consideradas em vias de desenvolvimento, nosso continente é o que tem a menor quantidade de pessoas que 
sofrem de fome crônica. Os últimos relatórios do Banco Mundial calculavam, em média, cerca de 55 milhões de pessoas. 
Mas, atualmente, a América Latina produz alimentos para 1,3 bilhão de pessoas e tem capacidade de produzir ainda mais. 
A América Latina é um grande produtor de alimentos, mas parte da sua população não tem acesso ao abastecimento. A América Latina é o 
lugar onde deveria haver menos pessoas com fome no mundo. É talvez o continente mais rico em recursos, terras férteis, água potável, 
biodiversidade... 
BBC: Então, qual é o problema? 
Borrell: É a economia política, uma combinação de políticas extremamente liberais e políticas extremamente socialistas. Ambas geraram 
aumento da pobreza, retrocesso dos setores de classe média e mudanças do tipo de alimentação. 
Estamos observando um fenômeno que não existia meio século atrás. As pessoas que conseguem ter acesso ao abastecimento alimentar 
consomem alimentos com qualidade nutricional mais baixa. É um fenômeno que não fica circunscrito apenas à pobreza, mas também atinge 
a classe média. 
Os setores da classe média que dispõem de recursos, automóveis, boa moradia, celulares e bem-estar sofrem de excesso de peso, 
obesidade mórbida ou outros problemas, devido aos maus hábitos alimentares ou produtos industriais com baixa qualidade nutric ional. 
Fome no mundo 
Atualmente, segundo a FAO, cerca de 828 milhões de pessoas passam fome no mundo. Esse índice seguia praticamente inalterado desde 
2015, próximo de 8% da população global. Mas, com a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia, o número saltou nos últimos anos. 
A situação é particularmente preocupante na Ásia, onde cerca de 20% da população enfrentou a fome em 2021 (os últimos dados 
disponibilizados pela ONU). No mesmo período, no continente africano, 9% da população sofria de fome, e na América Latina e Caribe, 
8,6%. 
No Brasil, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, conduzido pela Rede 
PENSSAN e divulgado em junho passado, 33,1 milhões de brasileiros vivem em situação de fome no país. No fim de 2020, eram 19,1 
milhões. 
Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgr08mvgjmzo>. Acesso em 02 fev. 2023 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com Borrell, a fome no mundo é causada pela baixa produção agrícola nos países subdesenvolvidos, especialmente na 
América Latina, onde, paradoxalmente, os alimentos são um fator de poder. 
II. Segundo o professor, a tecnologia atual permite maior rendimento na produção de alimentos, o que garantirá o fim da insegurança 
alimentar no mundo nos próximos anos. 
III. O Brasil é um grande produtor de alimentos, mas cerca de 33 milhões de brasileiros vivem em situação de fome, pois não têm acesso 
aos alimentos. 
É correto o que se afirma em 
Resposta Selecionada: b. 
III, apenas. 
 
 
• Pergunta 20 
0 em 0,5 pontos 
 
Leia o texto e a charge. 
Finlândia inclui disciplina de “combate à desinformação” nas escolas 
Alfabetização midiática integra currículo das escolas da Finlândia desde a pré-escola até o ensino médio e ajuda o país a ter um dos 
sistemas de ensino mais produtivos do mundo 
Julia Possa 
Nas escolas da Finlândia, aprender a identificar notícias falsas e desinformação é tão importante quanto ciências ou matemática. O país 
europeu de 5,5 milhões de habitantes incluiu a disciplina de “alfabetização midiática” no currículo escolar desde as séries primárias. 
Entre as atividades, professores pedem aos alunos que editem seus próprios vídeos e imagens – uma forma de fazê-los perceber como é 
fácil manipular informações. Eles também aprendem sobre o funcionamento dos algoritmos e como ler notícias. 
Juntos, os estudantes discutem como e quando artigos foram escritos e quais são os objetivos do autor. “Só porque é uma coisa boa ou 
legal, não significa que seja verdadeira ou válida”, explicou Saara Martikka, professora da cidade finlandesa de Hameenlinna, ao jornal “New 
York Times”. 
Em sala de aula, Martikka começa do básico: ensina a diferença entre o que os alunos veem no Instagram e no TikTok daquilo que está nos 
jornais. “Não há como entender notícias falsas ou desinformação se antes não souberem a diferença entre mídias sociais e jornalismo”, 
disse. 
As professoras finlandesas contam que sentiram um claro declínio nas habilidades de compreensão de leitura nos últimos anos. A hipótese é 
que os alunos passam menos tempo sobre os livros, e mais sobre videogames e vídeos. 
Nas mídias eletrônicas, a demanda do processo cognitivo é menor e os períodos de atenção tornam-se mais curtos, o que faz com que os 
jovens se tornem mais vulneráveis às notícias falsas ou não conquistem conhecimento suficiente para identificar informações enganosas. 
Ainda que os estudantes tenham crescido com a mídia social, isso não é sinônimo de que saibam como identificar e se proteger da 
desinformação. Em 2022, um estudo da Universidade de Northumbria, do Reino Unido, apontou que a adolescência é o momento em que os 
jovens estão mais propensos a acreditar nas teorias da conspiração. 
Fórmula do sucesso 
Os esforços das escolas da Finlândia têm dado resultados. O país ficou em primeiro lugar em resiliência contra a desinformação entre as 41 
nações da Europa. Com um dos melhores sistemas educacionais do mundo, a Finlândia se destaca pelo quinto ano consecutivo na pesquisa 
da organização Open Society. 
O levantamento mostra que, depois dos finlandeses, os países mais resilientes contra a desinformação foram Noruega, Dinamarca, Estônia, 
Irlanda e Suécia. No final da lista estão Geórgia, Macedônia do Norte, Kosovo, Bósnia e Herzegovina e Albânia. 
Na prática, a Finlândia tem um contexto que facilita a aplicação de um programa institucionalizado contra a desinformação. Por lá, o sistema 
de ensino público e professores são respeitados, há confiança no governo e a faculdade é 100% gratuita. 
Além disso, só pessoas que moram por lá falam o finlandês, o que facilita a identificação de artigos falsos. Também fica fácil distinguir o 
conteúdo escrito por falantes não nativos por causa de possíveiserros gramaticais e de sintaxe. 
 
Disponível em <https://gizmodo.uol.com.br/finlandia-inclui-disciplina-de-combate-a-desinformacao-nas-
escolas/amp/?fbclid=IwAR0y6BgGyxrILb71e7YQpJngUQ_2Uaqzrgz8cpGaX45doYMX_oK8U_7jCx8>. Acesso em 10 jan. 2023. 
 
 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O texto e a charge apontam as redes sociais como meios utilizados para a proliferação de fake news. 
II. Os professores finlandeses incentivam os estudantes a produzirem e a divulgarem, nas redes sociais, vídeos falsos para que eles 
compreendam todo o processo de geração de informação. 
III. De acordo com o texto, é importante que os estudantes saibam diferenciar notícias produzidas por jornalistas daquelas divulgadas por 
outras fontes. 
IV. Segundo o texto, devido à sintaxe da língua finlandesa, não é possível produzir fake news no idioma. 
É correto o que se afirma apenas em 
Resposta Selecionada: a. 
I, II e III. 
 
 
 
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