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CBI of Miami 1 
 
 
 
CBI of Miami 2 
 
 
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CBI of Miami 3 
 
 
Inventário Portage Operacionalizado 
Aída Brito 
 
 Nas aulas anteriores, foram apresentadas as etapas que antecedem a 
avaliação. Dessa forma, ao chegar até esse passo, dá-se início um novo, ou 
seja, a avaliação. Para a etapa da avaliação o analista deverá ter em mãos um 
arcabouço completo com relação ao sujeito que irá avaliar e ao contexto o qual 
está inserido e, portanto, chegar à decisão de qual protocolo será o mais 
indicado para utilizar no caso. Nesta aula, o protocolo que será abordado será 
o Inventário Portage Operacionalizado. 
 O Portage, como de modo geral é citado, foi elaborado por volta dos 
anos 70 por alguns estudiosos, como Shearer, Frohman e Hilliard. Os 
pesquisadores produziram tal protocolo a partir de um experimento realizado 
com crianças da zona rural que eram atendidas por um hospital da cidade de 
Portage, em colaboração com a universidade de Wisconsin. Ao serem feitos os 
atendimentos às crianças da zona rural, os cientistas perceberam que muitas 
das crianças que viajavam do interior até a cidade, para serem consultadas 
pelos profissionais do hospital, apresentavam um desenvolvimento 
comportamental atrasado, em comparação às crianças moradoras da cidade. 
 Portanto, os pesquisadores tomaram tal informação como ponto de 
partida para a sua pesquisa, questionando-se sobre o porquê essas crianças 
apresentavam atrasos no desenvolvimento e o que motivaria esse atraso. Para 
isso, os pesquisadores fizeram um conjunto de procedimentos a serem 
aplicados com crianças da zona urbana e da zona rural, obtendo alguns 
resultados com relação à questão norteadora da pesquisa. 
 Posteriormente, as professoras Lúcia Williams e Ana Aiello, além de 
traduzir todo o inventário, elas também operacionalizaram, ou seja, criaram 
“todas as definições operacionais para que as pessoas pudessem utilizar as 
provas de maneira sistemática” (RIBEIRO, SELLA, SOUZA, 2018, p.133). 
 O Portage é um dos inventários mais divulgado e utilizado no mundo 
para a avaliação do desenvolvimento humano. Tal inventário está presente em 
todos os países, traduzido para todas as línguas e tem muitas adaptações em 
CBI of Miami 4 
 
 
cima dos resultados do inventário como, avaliação do desenvolvimento de 
pessoas surdas, baixa visão, TEA etc. 
 Para que se fale e utilize o Inventário Portage, é necessário que se 
tenha conhecimento acerca do desenvolvimento humano e suas 
características, o qual consiste em mudanças físicas, neurológicas, cognitivas, 
emocionais, sociais, linguísticas e comportamentais, que acontecerão em 
etapas, mas não de forma individual. Portanto, ao longo desta aula foi sendo 
discutida a primeira etapa do desenvolvimento humano e as habilidades 
esperadas para cada idade, ou seja, os marcos de desenvolvimento na faixa de 
0 a 6 anos – primeira infância (DIAS, CORREIA, MARCELINO, 2013). 
 Conforme afirmam Dias, Correia e Marcelino (2013), o desenvolvimento 
humano corresponde a várias mudanças que ocorrem na vida do sujeito de 
forma progressiva, contínua e cumulativa, desde o seu nascimento até a sua 
morte. Tal processo é resultante da interação constante dos aspectos 
biológicos e dos fatores ambientais onde o sujeito está inserido, colaborando 
para que este venha a evoluir de forma integrada. Logo, “falar em 
desenvolvimento também implica falar sobre comportamentos, ao se partir do 
entendimento de que comportamento se define enquanto uma relação do 
organismo com o seu ambiente” (RIBEIRO, SELLA, SOUZA, 2018, p.36). 
 Além disso, as autoras Ribeiro, Sella e Souza (2018) também comentam 
que o desenvolvimento humano se trata de alterações apresentadas em várias 
áreas, como: motor, social, emocional, linguagem/comunicação, cognitiva etc. 
 Tal segmentação se dá a nível de melhor compreensão para aqueles 
que investigam o desenvolvimento humano, visto a sua complexidade. Por 
consequência, as mudanças que ocorrem ao longo da vida do sujeito e que são 
esperadas para um desenvolvimento típico, seguindo por fases/etapas, são 
denominadas como “marcos do desenvolvimento” (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2012). 
 Ao longo de todas as etapas do desenvolvimento humano espera-se que 
o sujeito atinja alguns marcos ou habilidades do desenvolvimento, específicos 
para a sua faixa etária. Caso o sujeito não evolua dentro do esperado, estamos 
diante de um atraso do desenvolvimento e, portanto, ao identificar tais atrasos, 
os familiares e profissionais devem “ligar” o sinal de alerta. Dessa forma, torna-
CBI of Miami 5 
 
 
se fundamental que os profissionais e familiares identifiquem quais são esses 
atrasos, compreendendo o que acontece com esse sujeito. 
 Para isso, é necessário que o profissional conheça plenamente os 
marcos do desenvolvimento humano, distinguindo se há ou não um 
desenvolvimento dentro do que é habitualmente esperado, a partir das faixas 
etárias correspondentes. Dessa forma, a criança deve ser avaliada por 
profissionais da saúde e da educação, e diante de alguns atrasos do 
desenvolvimento, verificar quais os passos deverão ser seguidos. A exemplo 
disso, podemos pensar na seguinte situação: uma criança de 02 anos chega 
para a avaliação médica/escolar e ao longo da anamnese a família informa que 
essa criança não emite nenhuma palavra, mas o que se espera, tipicamente, 
de uma criança de 02 anos é de que ela apresente um vocabulário de mais de 
50 palavras. Logo, considera-se que tal criança está em atraso do 
desenvolvimento, visto que ela não tem atingido uma habilidade esperada para 
a idade. 
 Dessa forma, os profissionais deverão fazer uma avaliação aprofundada, 
acionando todos os envolvidos na rotina da criança para que possa ser feito 
esse processo. Inicialmente será feita a pré-avaliação com o sujeito, seus 
familiares e as demais pessoas que para ele são significativas. Ao longo do 
processo, os profissionais poderão ter uma linha de base sobre quais os 
comportamentos que o sujeito emite e quais ele ainda não desenvolveu, o que 
irá possibilitar a escolha de comportamentos-alvos para a intervenção. Além do 
mais, é nesse momento que o profissional poderá selecionar qual o protocolo 
comportamental que estará de acordo com a demanda do sujeito e, portanto, 
poderá ser utilizado no processo de avaliação e delineamento das 
intervenções. 
 Tais comportamentos-alvos apresentam ápices, ou seja, eles podem 
chegar ao topo do desenvolvimento e são pré-requisitos para o 
desenvolvimento, sem eles o processo de evolução fica todo atrapalhado. E o 
que, de fato, são os ápices? 
 
 
 
CBI of Miami 6 
 
 
Um comportamento que tem consequências além da própria 
mudança, algumas das quais podem ser consideradas importantes 
(...) ela expõe o repertório do indivíduo a novos ambientes, 
especialmente novos reforçadores e punidores, novas contingências, 
novas respostas, novos controles de estímulos e novas comunidades 
de contingências mantenedoras ou destrutivas. Quando alguns ou 
todos esses eventos acontecem,o repertório do indivíduo se 
expande. (ROSALES-RUIZ E BAER, 1997, p.534 apud COOPER, 
2014). 
 
 Conforme apresenta Cooper (2014), ao citar Rosales-Ruiz e Baer 
(1997), compreendemos que o ápice se trata de comportamentos que ao 
chegar ao seu nível superior de aprendizado, dirigem-se a um outro 
comportamento. A exemplo disso, Varella e Amaral (2018), apresentam que 
uma criança, aos 12 meses de idade, começa a apresentar alguns 
comportamentos, como: responder ao ser chamado pelo nome, segue 
instruções simples, imita sons, emite algumas palavras, entre outras 
habilidades. Dessa forma, a criança passa a compreender e se usar da 
linguagem como uma forma de interagir com as pessoas mais próximas. Tal 
comportamento, quando apreendido, aponta para outro, que se trata da 
atenção compartilhada. Logo, para que a criança venha a apresentar o 
comportamento de atenção compartilhada, antes ela precisa passar por alguns 
pré-requisitos, ou seja, os comportamentos que foram citados anteriormente. 
 Dessa forma, contextualizando para o Transtorno do Espectro Autista 
(TEA), percebe-se que alguns sinais comuns do autismo, como: dificuldade 
para manter contato visual, dificuldade para brincar, pouco ou nenhuma 
comunicação social, entre outros, afetam as cúspides comportamentais. E, 
dessa forma, ao afetar as cúspides comportamentais, a falta de repertório para 
tais comportamentos afetarão as principais áreas de desenvolvimento do 
sujeito, ou seja, áreas que possibilitam a evolução do sujeito em outros 
aspectos. 
 À vista disso, alguns protocolos comportamentais estudam as cúspides 
e se baseiam nos marcos do desenvolvimento, visando operacionalizar o 
protocolo de forma a facilitar para que o profissional identifique qual o 
comportamento necessário de ser aprendido. 
 Dito isso, voltamos a discutir sobre o Inventário Portage 
Operacionalizado, o qual é um dos protocolos que se baseia nos marcos do 
CBI of Miami 7 
 
 
desenvolvimento e propõe uma avaliação do desenvolvimento de crianças na 
faixa etária dos 0 aos 6 anos de idade, em seus marcos do desenvolvimento. 
Dessa forma, o Portage irá avaliar por faixas de idade, como de 0 a 1 ano, 1 a 
2 anos, 3 a 4 anos e, por fim, 5 a 6 anos de idade. 
 Com o Portage, os profissionais têm a possibilidade de avaliar 580 
categorias comportamentais importantes para o desenvolvimento de uma 
criança de 0 a 6 anos, considerando o desenvolvimento típico das crianças 
dessa faixa etária. Sendo assim, ele irá distribuir tais categorias em 05 áreas 
gerais, sendo: desenvolvimento motor, linguagem, cognição, socialização e 
autocuidados (RIBEIRO, SELLA, SOUZA, 2018). 
 Tal protocolo poderá ser utilizado por qualquer profissional de saúde ou 
educação, visto que não se trata de um teste padronizado, não sendo de uso 
exclusivo do psicólogo. Porém, deve ter conhecimento acerca do inventário, 
bem como da análise do comportamento. 
 Na aula anterior, foi discutido sobre a importância dos marcos do 
desenvolvimento infantil e a implicação destes no processo de avaliação do 
sujeito. Dando prosseguimento, discutiremos a seguir acerca do Inventário 
Portage Operacionalizado e suas especificidades. Portanto, resgatando 
algumas informações acerca do que já foi discutido sobre o Portage, sabemos 
que tal inventário foi planejado com o objetivo de contribuir em uma avaliação e 
intervenção no ambiente natural das crianças e, dessa forma, tornou-se um dos 
protocolos mais indicados no treinamento parental. 
 O Inventário Portage Operacionalizado é um instrumento de avaliação 
direcionado à infância, mais especificamente às crianças de 0 a 6 anos, ou 
seja, específico para a intervenção precoce. Todo o protocolo é constituído por 
580 alvos/comportamentos, os quais são subdivididos em cinco áreas do 
desenvolvimento infantil, sendo: desenvolvimento motor, linguagem, cognição, 
socialização e autocuidados. Para os menores, conforme mencionam Ribeiro, 
Sella e Souza (2018, p.134) “existe a área de estimulação infantil, a qual 
mescla tarefas de cada uma das áreas de desenvolvimento”. 
 Tal protocolo é enriquecedor no sentido de que permite aos 
profissionais, bem como a família, avaliar continuamente o repertório e o 
desenvolvimento da criança, seguindo mediante os marcos do 
CBI of Miami 8 
 
 
desenvolvimento infantil que são esperados para cada idade. Dessa forma, 
possibilita a fácil identificação de possíveis atrasos no desenvolvimento, o que 
acaba por colaborar para que a família e os profissionais busquem estimular a 
criança, por meio de intervenção, objetivando minimizar ou sanar o 
desenvolvimento tardio de habilidades indispensáveis para a vida do sujeito. 
(BOLSANELLO, 2003). 
 Com relação a isso, Bolsanello (2003), em seu estudo com os 
profissionais que atuam na avaliação e intervenção precoce, faz uma crítica e 
chama a atenção dos profissionais para aspectos fundamentais no processo 
avaliativo e de delineamento para intervenção: 
 
Observa-se que os profissionais utilizam o que sabem sobre o 
desenvolvimento infantil, não como parte daquilo que devem 
conhecer amplamente para a sua própria referência no processo de 
intervenção, mas sim para organizar roteiros de atividades que se 
constituem em objetivos a serem alcançados pelo bebê, a fim de 
promover o seu desenvolvimento ou corrigir os déficits que possam 
apresentar, o que caracteriza um modelo de atuação focalizado 
eminentemente na criança e na sua deficiência (...) constata-se que 
em nenhum momento os profissionais levam em conta a mãe ou 
familiares na elaboração do plano de intervenção, no sentido de 
evidenciar para eles as capacidades do filho e salientar, frente às 
dificuldades, as maneiras de como eles poderão ajuda-lo. (p.347). 
 
 Diante dessa declaração, podemos reafirmar a importância da 
participação não apenas dos profissionais, mas também da família e de todos 
aqueles que são significantes no trajeto de tal criança (detalhes que foram 
discutidos ao longo da primeira aula do módulo 01 – Avaliação 
comportamental). Assim, o Inventário Portage é extremamente contribuinte 
para a participação dos pais no processo de avaliação e do delineamento da 
intervenção, visto as suas definições operacionalizadas e compreensivas, 
acessíveis a qualquer pessoa que tenha conhecimento e interesse acerca do 
desenvolvimento infantil (RIBEIRO, SELLA, SOUZA, 2018). 
 A avaliação a partir do inventário Portage se dá a partir de áreas, como 
já citadas anteriormente e, dessa forma, serão apresentadas cada uma delas e 
as respectivas habilidades esperadas em cada uma das áreas: 
SOCIALIZAÇÃO – A área de socialização contará com a composição de 83 
habilidades, distribuídas nas faixas etárias de 0 a 1 ano, 1 a 2 anos, 2 a 3 anos, 
3 a 4 anos, 4 a 5 anos e 5 a 6 anos. Esta área propõe observar a interação 
CBI of Miami 9 
 
 
com os pares, familiares, o dia a dia da criança em seus ambientes naturais – 
casa, escola, parques etc, sorrir, acariciar, brincar, imitar, chamar a atenção 
das pessoas, etc. 
LINGUAGEM – A área de linguagem contará com a presença de 99 
habilidades, distribuídas da mesma forma que mencionada acima. Dessa 
forma, tal área propõe observar os comportamentos verbais de 
falante/emissão, assim como o comportamento de compreensão do sujeito, ou 
seja, segue instruções, fornece informações quando é questionado, nomeia 
objetos, categoriza por cor, classe ou função, entre outros comportamentos. 
AUTOCUIDADO – A área de autocuidado contará com 105 habilidades 
referentes a comportamentos que envolvem viver de forma independente, ou 
seja, referentes a alimentação, higiene, vestimenta, entre outros. 
COGNIÇÃO - A área referente a cognição contará com 108 habilidades, 
contando comcomportamentos como: selecionar itens por cor, separar e 
classificar por tamanho, ordem ou cor, selecionar itens iguais ou semelhantes, 
entre outras. 
DESENVOLVIMENTO MOTOR – A área referente ao desenvolvimento motor, 
contará com 140 habilidades, referente a coordenação motora grossa e fina, 
contando com comportamentos como: subir/descer obstáculos, rolar, 
engatinhar, montar quebra-cabeças, recortar, pintar, desenhar etc. 
 O profissional irá, portanto, preencher um checklist das áreas citadas 
anteriormente, marcando com um V os comportamentos que a criança emitir, X 
para quando ela responder de forma incorreta ou não responder e, por fim, o 0 
caso alguns dos comportamentos não possam ser selecionados ou solicitados 
para que a criança faça, em virtude de alguma questão pessoal ou ambiental. 
 Ao final, o avaliador poderá computador os dados, avaliando em qual 
faixa etária a criança está encaixada. 
 Dessa forma, ao selecionar o Inventário Portage, o profissional deverá 
estar consciente das orientações que são dadas para que seja feita uma boa 
avaliação com tal inventário, assim como pode ser levado em consideração 
essa recomendação no uso dos demais protocolos. É recomendado que se 
inicie a avaliação de uma criança a partir dos marcos presentes na faixa etária 
CBI of Miami 10 
 
 
anterior a qual ela se encontra, ou seja, se a criança que será avaliada tem 4 
anos de idade, a avaliação deve ser feita a partir dos marcos dos 3 anos. 
Conforme afirmam Ribeiro, Sella e Souza (2018, p.134): 
 
Para retroceder na faixa etária, deve ocorrer erros em, pelo menos, 
15 itens consecutivos em uma dada área do desenvolvimento. 15 
erros consecutivos devem resultar na interrupção da avaliação da 
faixa etária da área sendo avaliada e retrocesso à faixa etária 
anterior. 
 
 Tal orientação se dá pelo fato de que a criança que veio a ser avaliada, 
apresenta uma deficiência no seu desenvolvimento, ou seja, terão áreas ou 
comportamentos os quais ela não terá o pré-requisito para que possa emitir tal 
comportamento. Dessa forma, para que a avaliação não se torne um processo 
fatigante e aversivo, demandando da criança comportamentos os quais ela, 
possivelmente, ainda não tem, é indicado que seja feita a avaliação com 
comportamentos esperados dentro da faixa etária anterior a sua, ou seja, 
retroceder a faixa etária. Ao ser feita a avaliação e perceber que em 
determinadas áreas a criança não atingiu alguns comportamentos, dentro do 
que é esperado para a sua idade, o avaliador terá, então, a lista de alvos a 
serem colocadas em intervenção. 
 Visando contribuir no processo de avaliação, as autoras do Manual do 
Inventário Portage Operacionalizado, elencaram ao final do livro algumas 
cadeias de respostas, ou seja, algumas possibilidades de respostas para um 
determinado comportamento. Como exemplo, podemos citar um caso em que a 
função desejada seria de que a criança se comunicasse e, portanto, ao final 
são dispostas algumas possibilidades de respostas que possibilitam a emissão 
desse comportamento, como: ligar para a pessoa, mandar uma mensagem, 
escrever um bilhete etc. 
 Como considerações finais acerca do Portage, torna-se importante 
comentar que nenhum protocolo de avaliação é semelhante a um livro de 
receitas. Uma criança não cabe em um inventário só, o inventário é um 
instrumento didático, mas apresenta um limite. Portanto, é imprescindível que o 
profissional tenha conhecimento sobre outros protocolos, visando uma 
aplicação mais extensa e um olhar ampliado. Além disso, por mais que o 
CBI of Miami 11 
 
 
inventário seja destinado a crianças de 0 a 6 anos, isso não significa que o 
profissional não poderá ou deverá utilizá-lo com uma criança mais velha, mas 
que não tenha adquirido ainda os comportamentos de tais marcos. Portanto, a 
idade não deve ser o corte para o uso ou não do protocolo, mas sim o 
repertório do sujeito. 
 
01 - Observa uma pessoa que se mova diretamente na linha de visão 
A criança irá observar uma pessoa que se mova diretamente na linha de 
visão. 
 
02 – Ri 
A criança deverá rir. 
 
03 – Sorri (começa a reconhecer o ambiente que a cerca) 
A criança sorri e começa a reconhecer o ambiente que a cerca. 
 
04- Sorri em resposta a atenção dada pelo adulto (sorri para as pessoas) 
A criança sorri em resposta a atenção dada pelo adulto (sorri para as 
pessoas) 
 
05 - Mantém contato visual durante 2 a 3 minutos, quando está sendo 
trocada 
A criança mantém contato visual durante 2 a 3 minutos, quando está 
sendo trocada. 
 
06- Adormece em horas apropriadas 
A criança adormece em horas apropriadas 
 
07- Vocaliza em resposta a atenção 
A criança vocaliza em resposta a atenção 
 
08-Olha para as próprias mãos, sorri e vocaliza com frequência 
CBI of Miami 12 
 
 
A criança olha para as próprias mãos, sorri e vocaliza com frequência 
 
09- Sorri em resposta a expressão facial de outras pessoas 
A criança sorri em resposta a expressão facial de outras pessoas 
 
10-Segura e examina o objeto oferecido pela mãe por um minuto 
A criança segura e examina o objeto oferecido pela mãe por um minuto 
 
11- Sacode ou aperta o objeto colocado na mão, fazendo ruídos não 
intencionais 
A criança sacode ou aperta o objeto colocado na mão, fazendo ruídos 
não intencionais 
 
12- Brinca sozinho sem vigilância durante 10 minutos 
A criança brinca sozinho sem vigilância durante 10 minutos 
 
13- Brinca sozinho contente perto do adulto durante 15 a 20 minutos 
A criança brinca sozinho contente perto do adulto durante 15 a 20 
minutos 
 
14- Responde, no círculo familiar, através de sorriso, vocalizando ou 
parando de chorar 
A criança responde, no círculo familiar, através de sorriso, vocalizando 
ou parando de chorar 
 
15- Bate nos óculos, nariz ou cabelos do adulto 
A criança bate nos óculos, nariz ou cabelos do adulto 
 
16- Tenta alcançar pessoas que lhe são familiares 
A criança tenta alcançar pessoas que lhe são familiares 
 
17- Vocaliza para chamar atenção 
CBI of Miami 13 
 
 
A criança vocaliza para chamar atenção? 
 
18- Responde ao próprio nome, olhando ou estendendo os braços para 
ser levantado 
A criança responde ao próprio nome, olhando ou estendendo os braços 
para ser levantado? 
 
19- Aperta ou chocalha brinquedo para produzir som, em imitação ao 
adulto 
A criança aperta ou chocalha brinquedo para produzir som, em imitação 
ao adulto 
 
20- Sorri e vocaliza ao ver sua imagem refletida no espelho 
A criança sorri e vocaliza ao ver sua imagem refletida no espelho? 
 
21- Imita brincadeira de "esconde-esconde"... achou 
A criança imita brincadeira de "esconde-esconde"... achou 
 
22- Tenta alcançar e bater em sua imagem no espelho ou em outra 
criança 
A criança tenta alcançar e bater em sua imagem no espelho ou em outra 
criança 
 
23 -Bate palmas imitando adultos 
A criança bate palmas imitando adultos 
 
24- Acena dizendo "adeus”, imitando o adulto 
A criança acena dizendo "adeus”, imitando o adulto 
 
25- Abraça, acaricia, beija pessoas familiares 
A criança abraça, acaricia, beija pessoas familiares 
 
CBI of Miami 14 
 
 
26- Manipula brinquedos ou objetos 
A criança manipula brinquedos ou objetos 
 
27- Oferece brinquedo ou objeto ao adulto e solta 
A criança oferece brinquedo ou objeto ao adulto e solta 
 
28 - Oferece brinquedo ou objeto ao adulto e solta 
A criança oferece brinquedo ou objeto ao adulto e solta 
 
29- Imita movimentos de outra criança brincando 
A criança imita movimentos de outra criança brincando 
 
30- Ajuda o adultoem tarefa simples 
A criança ajuda o adulto em tarefa simples (ex: guardar material, ajudar 
no lanche) 
 
31 - Brinca paralelamente com outra criança 
A criança brinca paralelamente com outra criança 
 
32- Participa do jogo, empurrando carro ou rolando bola, durante dois a 
cinco minutos 
A criança participa do jogo, empurrando carro ou rolando bola, durante 
dois a cinco minutos 
 
33- Aceita a ausência dos pais continuando a brincar – ocasionalmente 
A criança aceita a ausência dos pais continuando a brincar - podendo 
fazer manhã ocasionalmente 
 
34- Explora espontaneamente o ambiente 
A criança explora espontaneamente o ambiente 
 
35 - Toma parte em jogos manipulativos com outra pessoa 
CBI of Miami 15 
 
 
A criança toma parte em jogos manipulativos com outra pessoa (puxa fio, 
move trinco) 
 
36- Abraça e carrega boneca ou brinquedo macio 
A criança abraça e carrega boneca ou brinquedo macio 
 
37- Repete ações que provoca risada e atenção 
A criança repete ações que provoca risada e atenção 
 
38- Puxa uma outra pessoa para mostrar a ela alguma ação ou objeto 
A criança puxa uma outra pessoa para mostrar a ela alguma ação ou 
objeto 
 
39- Retira a mão perto do objeto proibido, quando lembrado 
A criança retira a mão perto do objeto proibido, quando lembrado 
 
40- Espera a vez no lanche 
A criança espera a vez no lanche 
 
41- Brinca com dois a três companheiros sem interação 
A criança brinca com dois a três companheiros sem interação 
 
42- Compartilha objetos ou alimentos com outra criança quando solicita 
A criança compartilha objetos ou alimentos com outra criança quando 
solicita 
 
43- Saúda companheiros e adultos familiares quando lembrado 
 
44- Coopera com pedidos dos técnicos algumas vezes 
A criança coopera com pedidos dos técnicos algumas vezes 
 
45- Pode trazer ou levar objetos dentro da sala quando devidamente 
CBI of Miami 16 
 
 
estimulado 
A criança pode trazer ou levar objetos dentro da sala quando 
devidamente estimulado 
 
46- Presta atenção a música por cinco a dez minutos 
A criança presta atenção a música por cinco a dez minutos 
 
47- Tenta ajudar técnico em parte da tarefa 
A criança tenta ajudar técnico em parte da tarefa (ex: segurar a pá de 
lixo). 
 
48- Entrega um livro ao adulto para que o leia ou compartilhe com ele 
A criança entrega um livro ao adulto para que o leia ou compartilhe com 
ele 
 
49- Brinca de fantasiar-se 
A criança brinca de fantasiar-se 
 
50- Faz uma escolha quando pedem 
A criança faz uma escolha quando pedem 
 
51- Pede ajuda quando está em dificuldades 
A criança pede ajuda quando está em dificuldades (ex: banheiro ou 
quando tem sede). 
 
52- Mostra compreensão de sentimentos como amor, tristeza, alegria 
A criança mostra compreensão de sentimentos como amor, tristeza, 
alegria 
 
53- Permanece na sala de terapia - banheiro, refeitório 
A criança permanece na sala de terapia - banheiro, refeitório 
 
CBI of Miami 17 
 
 
54- Ao escutar música, canta e dança 
Ao escutar música a criança canta e dança 
 
55- Segue regras imitando ações de outras crianças 
A criança segue regras imitando ações de outras crianças 
 
56- Saúda adultos que lhe são familiares, sem ser lembrado 
A criança saúda adultos que lhe são familiares, sem ser lembrado 
 
57- Segue regras de jogos de grupo conduzidos pelo adulto 
A criança segue regras de jogos de grupo conduzidos pelo adulto 
 
58- Diz "por favor" quando lembrado 
A criança diz "por favor" quando lembrado 
 
59- Responde ao telefone dramatizando conversas com pessoa que lhe é 
familiar 
A criança responde ao telefone dramatizando conversas com pessoa que 
lhe é familiar 
 
60- Espera a vez num grupo de seis crianças 
A criança espera a vez num grupo de seis crianças 
 
61- Coopera com pedidos do adulto a maioria das vezes 
A criança coopera com pedidos do adulto a maioria das vezes 
 
62- Interage com outras crianças, enquanto trabalha na sua própria tarefa 
O aprendiz interage com outras crianças, enquanto trabalha na sua 
própria tarefa 
 
63- Pode trazer ou levar objetos ou chamar pessoas em outra sala 
quando devidamente instruída 
CBI of Miami 18 
 
 
O aprendiz pode trazer ou levar objetos ou chamar pessoas em outra sala 
quando devidamente instruída 
 
64- Repete rimas, danças ou canções para outras pessoas 
O aprendiz repete rimas, danças ou canções para outras pessoas 
 
65- Trabalha sozinho numa tarefa mais de dez minutos 
O aprendiz trabalha sozinho numa tarefa mais de dez minutos 
 
66- Pede ajuda verbal quando está em dificuldade 
O aprendiz pede ajuda verbal quando está em dificuldade. 
 
67- Pede desculpas, sem ser lembrado a maioria das vezes 
O aprendiz pede desculpas, sem ser lembrado a maioria das vezes 
 
68- Brinca com duas a três crianças durante vinte minutos em atividades 
cooperativas 
O aprendiz brinca com duas a três crianças durante vinte minutos em 
atividades cooperativas 
 
69- Apresenta uma conduta socialmente aceitável em público 
O aprendiz apresenta uma conduta socialmente aceitável em público 
 
70- Pede licença para usar objetos pertencentes a outra pessoa 
O aprendiz pede licença para usar objetos pertencentes a outra pessoa 
 
71- Diz "por favor" e "obrigado", sem precisar ser lembrado 
O aprendiz diz "por favor" e "obrigado", sem precisar ser lembrado 
 
72- Expressa seus sentimentos 
O aprendiz irá ser capaz de expressar seus sentimentos 
 
CBI of Miami 19 
 
 
73- Brinca com 4/5 crianças em atividades cooperativas sem supervisão 
constante 
O aprendiz brinca com 4/5 crianças em atividades cooperativas sem 
supervisão constante 
 
74- Explica regras de jogo ou atividade a outras pessoas 
O aprendiz explica regras de jogo ou atividade a outras pessoas 
 
75- Imita papéis de adultos 
O aprendiz imita papéis de adultos AE at01s AE at03s 
 
76- Segue regras do jogo de raciocínio verbal 
O aprendiz segue regras do jogo de raciocínio verbal 
 
77- Conforta companheiros de brinquedo quando estão tristes 
O aprendiz conforta companheiros de brinquedo quando estão tristes 
 
78- Escolhe seus próprios amigos 
O aprendiz escolhe seus próprios amigos 
 
79- Representa partes de uma estória, desempenhando um papel ou 
utilizando fantoches 
O aprendiz representa partes de uma estória, desempenhando um papel 
ou utilizando fantoches 
 
 
LINGUAGEM COMPREENSÃO 
01- Responde a voz de outro através de movimentos corporais ou 
parando de chorar 
A criança responde a voz de outro através de movimentos corporais ou 
parando de chorar 
 
CBI of Miami 20 
 
 
02- Chora de modo diferente em relação a desconfortos diferentes 
A criança chora de modo diferente em relação a desconfortos diferentes 
 
03 Sorri 
A criança sorri 
 
04. Arrulha e sussurra quando contente 
A criança arrulha e sussurra quando contente 
 
05. Repete os próprios sons 
A criança repete os próprios sons 
 
06. Ri 
A criança ri 
 
07. Mostra reconhecimento de seu meio, por meio de sorriso ou parando 
de chorar 
A criança mostra reconhecimento de seu meio, por meio de sorriso ou 
parando de chorar 
 
08. Sorri em resposta a atenção dada pelo adulto 
A criança sorri em resposta a atenção dada pelo adulto 
 
09. Responde ao estar em seu meio, através de sorriso, vocalizando ou 
parando de chorar 
A criança responde ao estar em seu meio, através de sorriso, 
vocalizando ou parando de chorar 
 
10. Responde ao próprio nome olhando ou estendendo o braço para ser 
levantado 
A criançaresponde ao próprio nome olhando ou estendendo o braço 
para ser levantado 
CBI of Miami 21 
 
 
 
11. Responde a gestos com gestos 
A criança responde a gestos com gestos 
 
12. Executa instruções simples, quando acompanhadas de gestos 
A criança executa instruções simples, quando acompanhadas de gestos 
 
13. Para atividades ao menos momentaneamente, quando lhe dizem não, 
75% do tempo 
A criança para atividades, ao menos momentaneamente, quando lhe 
dizem não, 75% do tempo. 
 
14. Responde a perguntas simples com respostas não verbais 
A criança responde a perguntas simples com respostas não verbais 
 
15. Obedece a ordem não verbal 
A criança obedece a ordem não verbal 
 
16. Executa gestos simples a pedido 
A criança executa gestos simples a pedido 
 
17. Demonstra compreensão de sentimentos, carinho, zanga, alegria. 
A criança demonstra compreensão de sentimentos, carinho, zanga, 
alegria. 
 
18. Compartilha objetos ou alimentos com outra criança quando lhe pede 
A criança compartilha objetos ou alimentos com outra criança quando 
lhe pede 
 
19. Entende "mais", "que" 
A criança entende "mais", "que" 
 
CBI of Miami 22 
 
 
20. Entende "acabou" e "foi embora" 
A criança entende "acabou" e "foi embora" 
 
21. É capaz de dar ou mostrar alguma coisa a pedido 
A criança é capaz de dar ou mostrar alguma coisa a pedido 
 
22. Aponta uma parte do corpo 
A criança aponta uma parte do corpo 
 
23. Aponta para si mesmo, quando se pergunta "onde está?" 
A criança aponta para si mesmo, quando se pergunta "onde está?" 
 
24. Aponta para uma parte do corpo de outro 
A criança aponta para uma parte do corpo de outro 
 
25. Segue duas ordens simples relacionadas de uma etapa sem gestos 
A criança segue duas ordens simples relacionadas de uma etapa sem 
gestos 
26. Aponta para três partes do corpo em si 
A criança aponta para três partes do corpo em si 
 
27. Aponta doze objetos familiares, quando lhe dão os nomes 
A criança aponta doze objetos familiares, quando lhe dão os nomes 
 
28. Aponta para três a cinco figuras num livro, quando nomeados 
A criança aponta para três a cinco figuras num livro, quando nomeados 
 
29. Combina objetos com gravuras 
A criança combina objetos com gravuras 
 
30. Presta atenção à música por cinco a dez minutos 
A criança presta atenção à música por cinco a dez minutos 
CBI of Miami 23 
 
 
 
31. Executa uma série de três ordens relacionadas 
A criança executa uma série de três ordens relacionadas 
 
32. Aponta para gravuras de objeto comum, descrito por seu uso 
A criança aponta para gravuras de objeto comum, descrito por seu uso 
 
33. Ergue os dedos para dizer a idade 
A criança ergue os dedos para dizer a idade 
 
34. Vira as páginas de um livro, duas a três de uma vez para achar a 
gravura designada 
A criança vira as páginas de um livro, duas a três de uma vez para achar 
a gravura designada 
 
35. Aponta para grande e pequeno pedido 
A criança aponta para grande e pequeno pedido 
 
36. Coloca objetos: em cima de, embaixo de e dentro, a pedido. 
A criança coloca objetos: em cima de, embaixo de e dentro, a pedido. 
 
37. Dá mais de um objeto quando lhe pedem, usando forma de plural 
(cubos) 
A criança dá mais de um objeto quando lhe pedem, usando forma de 
plural (cubos) 
 
38. Discrimina o diferente em meio aos iguais 
A criança discrimina o diferente em meio aos iguais 
 
39. Pode trazer ou levar objetos ou chamar pessoa que está em outra 
sala quando devidamente instruída 
A criança pode trazer ou levar objetos ou chamar pessoa que está em 
CBI of Miami 24 
 
 
outra sala quando devidamente instruída 
 
40. Coopera com pedidos dos adultos em 75% do tempo 
A criança coopera com pedidos dos adultos em 75% do tempo 
 
41. Compreende texturas: duro, mole, macio 
A criança compreende texturas: duro, mole, macio 
 
42. Presta atenção por cinco minutos, enquanto é lida uma estória 
A criança presta atenção por cinco minutos, enquanto é lida uma estória 
 
43. Executa uma série de duas ordens não relacionadas 
A criança executa uma série de duas ordens não relacionadas 
 
44. Aponta para dez partes do corpo, obedecendo a ordem verbal 
A criança aponta para dez partes do corpo, obedecendo a ordem verbal 
 
45. Aponta para menino e menina por ordem verbal 
A criança aponta para menino e menina por ordem verbal 
 
46. Segue regras, imitando ações de outras crianças 
A criança segue regras, imitando ações de outras crianças 
 
47. Executa uma série de três instruções relacionadas 
A criança executa uma série de três instruções relacionadas 
 
48. É capaz de achar um par de objetos ou gravuras a pedido 
A criança é capaz de achar um par de objetos ou gravuras a pedido 
 
49. É capaz de achar: parte de cima, parte de baixo de objetos a pedidos 
A criança é capaz de achar: parte de cima, parte de baixo de objetos a 
pedidos 
CBI of Miami 25 
 
 
 
50. Capaz de apontar absurdos numa gravura 
A criança é capaz de apontar absurdos numa gravura 
 
51. Combina símbolos (números e letras) 
A criança combina símbolos (números e letras) 
 
52. Coloca objetos: atrás, do lado de, próximo de 
A criança coloca objetos: atrás, do lado de, próximo de 
 
53. Aponta parte que falta em objetos, representados em gravuras 
A criança aponta parte que falta em objetos, representados em gravuras 
 
54. Segue regras de raciocínio verbal 
A criança segue regras de raciocínio verbal 
 
55. Representa partes de uma estória dramatizando com fantoches ou 
gestos 
A criança representa partes de uma estória dramatizando com fantoches 
ou gestos 
 
56. Pode apontar para alguns, muitos, vários 
 A criança pode apontar para alguns, muitos, vários 
 
57. Capaz de apontar para maioria, menos de todos, poucos 
A criança capaz de apontar para maioria, menos de todos, poucos 
 
58. Aponta objetos pela metade ou inteiros 
A criança aponta objetos pela metade ou inteiros 
 
59. Conhece o nome de dez numerais 
A criança conhece o nome de dez numerais 
CBI of Miami 26 
 
 
ABLA-R 
 Como já discutido em outros módulos, sabe-se que a Análise do 
Comportamento Aplicada (ABA) se preocupa em realizar uma avaliação geral 
do sujeito, ou seja, considerando aspectos de sua vida, diagnóstico, 
antecedente histórico, expectativas do sujeito/família, bem como a avaliação do 
repertório comportamental. 
 Conforme afirmam Varella, Souza e Williams (2017), tal avaliação é 
extremamente importante, visto que possibilitará o alcance de 
comportamentos-alvos fidedignos à necessidade do sujeito, sendo fiel a seus 
requisitos comportamentais. Dessa forma, finalizam afirmando que “avaliações 
imprecisas podem levar à escolha de objetivos inapropriados em virtude da 
possível ausência de requisitos comportamentais para a aprendizagem dos 
comportamentos selecionados” (p. 42). 
 Dessa forma, no processo de aprendizado de novos comportamentos é 
requisitado ao sujeito o estabelecimento de discriminações que se diferenciam 
em graus de dificuldade e tipos de discriminação. De uma forma didática, 
Varella, Souza e Williams (2017), exemplificam o que seria uma discriminação 
em uma situação simples e bastante rotineira no cotidiano, como: “uma criança 
com autismo que aprendeu a guardar todas as roupas na gaveta direita de uma 
cômoda, estabeleceu discriminações diferentes de uma outra criança que 
aprendeu a guardar as camisetas na gaveta direita e as calças na gaveta da 
esquerda” (p.43). 
 No primeiro cenário, ou seja, na qual a criança deveráguardar todas as 
roupas em uma só gaveta, trata-se de um grau de discriminação simples, visto 
que o comportamento dela estará sob controle apenas da gaveta da direita. 
Portanto, tal gaveta pode ser compreendida, nesse cenário, enquanto o 
estímulo discriminativo para que a criança guarde suas roupas nela, enquanto 
a outra gaveta, a da esquerda, seria o estímulo delta, ou seja, que não 
promove algum tipo de consequência quando a criança está frente a ela. Já no 
segundo cenário, trata-se de uma discriminação condicionada, onde a criança 
terá duas instruções, sendo: guardar as camisas na gaveta direita e as calças 
na gaveta esquerda. Quando entregue as camisas à criança, a gaveta da 
direita será o estímulo discriminativo, as camisas serão os estímulos 
CBI of Miami 27 
 
 
condicionais, visto que deverão ser guardadas em uma gaveta específica 
(gaveta da direita) e a gaveta da esquerda será o estímulo delta, não 
promovendo nenhuma consequência reforçadora. Da mesma maneira 
acontece quando entregue as calças à criança - as calças serão os estímulos 
condicionais, a gaveta da esquerda será o estímulo discriminativo e, por fim, a 
gaveta da direita o estímulo delta. (VARELLA, SOUZA, WILLIAMS, 2017). 
 Nesse sentido, compreende-se que existirão “medidas 
comportamentais”, conforme afirmam os autores Varella, Souza e Williams 
(2017, p.43), “de facilidade ou dificuldade no estabelecimento de 
discriminações que podem auxiliar na seleção de objetivos” que serão 
adequados para o sujeito, levando em consideração o seu repertório, 
demandas e formas eficazes de ensinar-lhes. Sendo assim, os pesquisadores 
Kerr, Meyrson e Flora, no ano de 1977, preocupados em compreender o 
porquê algumas crianças com deficiência conseguiam realizar determinadas 
atividades com presteza, mas quando diante de atividades similares não 
conseguiam, elaboraram o teste de Avaliação de Habilidades Básicas de 
Aprendizagem, o ABLA (Assessment of Basic Learning Abilities). (SOUZA, 
2019). 
 O teste ABLA foi elaborado visando avaliar o que facilita ou dificulta a 
aprendizagem de algumas habilidades básicas, divididas em algumas áreas, 
como: motor, visual e auditivo. Ao analisar crianças em desenvolvimento típico, 
é possível observar que estas apresentam discriminações simples em seis 
níveis, os quais serão estudados e avaliados a partir de tal instrumento, até por 
volta dos 03 anos de idade. Ao invés de identificar apenas o que a criança já 
sabe, o ABLA se propõe a observar como ocorre o processo de aprendizagem, 
quais as formas, níveis e dificuldades apropriadas para o ensino de novas 
habilidades para o sujeito, ou seja, contribuindo ricamente para o delineamento 
de intervenções e sendo levado em consideração o repertório da criança. 
(VARELLA, SOUZA, WILLIAMS, 2017; SOUZA, 2019). 
Dessa forma, o teste consiste na aplicação de seis níveis/tarefas, sendo: 
Nível 1 – Imitação; 
Nível 2 – Discriminação de posição; 
Nível 3 - Discriminação visual; 
CBI of Miami 28 
 
 
Nível 4 – Emparelhamento por identidade visual; 
Nível 5 – Emparelhamento arbitrário visual; 
Nível 6 – Emparelhamento auditivo visual. 
 
 Durante a aplicação, o avaliador irá organizar os materiais 
disponibilizando-os frente ao sujeito e fornecerá uma instrução padrão, 
seguindo três passos, os quais fazem parte do chamado Padrão de 
Reforçamento e Dica (PPRD) (VARELLA, SOUZA, WILLIAMS, 2017): 
1º passo: O avaliador demonstra para o sujeito como se faz. (Demonstração) 
2º passo: O avaliador irá oportunizar uma tentativa com AF. 
3º passo: Espera a resposta independente da criança (Oportunizar 
independência), esperando 10 segundos para que a criança emita a resposta 
correta. 
 
 Em vista disso, a marcação do teste é simples, devendo ser marcado 
apenas se a criança apresenta ou não tal comportamento. Como critério, o 
ABLA coloca que diante de 8 respostas corretas, independentes e 
consecutivas, o avaliador poderá passar para o próximo critério. Já se a criança 
errar 8 respostas consecutivas, o avaliador poderá parar a avaliação de tal 
nível. A cada nível, o sujeito é apresentado a um tipo de discriminação mais 
avançada, baseada nas foram apresentadas anteriormente (MARTIN, YU, 
VAUSE, 2007; SOUZA, 2019). 
 Dessa forma, a aplicação do ABLA, conforme mencionam Varella, 
Souza e Williams (2017), dura em torno de 40 minutos, contando com 
pequenos intervalos entre os níveis testados. Além disso, a testagem conta 
com o uso de alguns materiais, como: espuma, uma lata amarela, um cilindro 
amarelo, uma caixa vermelha com listras pretas, um cubo vermelho com listras 
pretas, um pedaço de madeira roxo e um pedaço de madeira prateado. 
 
Níveis do ABLA 
NÍVEL 01 – IMITAÇÃO MOTORA – Em tal nível, é solicitado à criança uma 
resposta imitativa simples após ser dado o modelo. Dessa forma, o sujeito 
deverá estar sob controle da ação demonstrada pelo avaliador e, portanto, 
CBI of Miami 29 
 
 
deverá repeti-la corretamente, de forma independente ou com AF. O avaliador 
irá colocar uma esponja dentro de um dos recipientes - lata amarela ou da 
caixa vermelha e, em seguida, será solicitado ao sujeito que imite a ação do 
avaliador. Se a criança não emitir a resposta que foi solicitada, o avaliador 
deverá guiá-la para que ela responda corretamente, mas caso responda de 
forma independente, será dada uma consequência reforçadora. Após 8 
tentativas independentes e consecutivas, segue para o próximo nível. 
NÍVEL 02 – DISCRIMINAÇÃO DE POSIÇÃO – Em tal nível, será demandado 
da criança uma discriminação por posição, ou seja, sua resposta deverá estar 
sob controle apenas da posição. Dessa forma, o avaliador colocará dois 
recipientes sobre a mesa, ambos da mesma cor, em posições fixas. O 
avaliador irá dar a instrução - “Onde isso vai?”, para que a criança coloque o 
objeto na mesma lata que o avaliador colocou anteriormente. 
NÍVEL 03 - DISCRIMINAÇÃO VISUAL - Neste nível a testagem será 
semelhante a anterior, porém a posição dos recipientes deverão ser 
randomizadas após cada tentativa e, além da discriminação da posição 
(esquerda ou direita), o sujeito também estará sob controle do recipiente (caixa 
ou lata), discriminando qual é o recipiente correto e a posição que ele está. 
NÍVEL 04 - DISCRIMINAÇÃO CONDICIONAL VISUAL VISUAL - Neste nível, 
será avaliado uma “aprendizagem de uma tarefa de escolha de acordo com o 
modelo” (VARELLA, SOUZA, WILLIAMS, 2017, p.45). Dessa forma, o avaliador 
irá expor alguns objetos sobre a mesa, mas selecionará apenas um e o 
entregará a criança, dando a instrução - “Onde vai?”. Portanto, o sujeito deverá 
discriminar o objeto, sua cor, a posição dos recipientes e, por fim, colocá-lo no 
recipiente correto. Como exemplo, pensemos no seguinte cenário: o avaliador 
entrega à criança o cilindro amarelo e lhe dá a instrução - “Onde vai?”. Na 
mesa estarão dois recipientes: a caixa vermelha e a lata amarela. Dessa forma, 
ao ser dado início a tentativa, a criança precisará discriminar qual o objeto que 
está em suas mãos, a cor do objeto (amarelo), qual o recipiente correto, sendo 
neste que deverá depositar o cilindro (lata amarela) e, por fim, colocar o objeto 
na lata. Em vista disso, pode-se considerar que o cilindro assume a função de 
estímulo condicional à lata, que opera como estímulo discriminativo. 
CBI of Miami 30 
 
 
NÍVEL 05 - DISCRIMINAÇÃO VISUAL VISUAL ARBITRÁRIO - Neste nível a 
testagem será semelhante a anterior, porém não terá nenhuma similaridade 
entre os estímulos apresentados. Nesse caso, o sujeito avaliado deverá 
estabelecer “relações arbitrárias entre estímulos visuais condicionais (pedaços 
de madeirade cor roxa e prateada) e estímulos visuais discriminativos (lata 
amarela e caixa vermelha)” (VARELLA, SOUZA, WILLIAMS, 2017, p.46). Por 
exemplo: ao ser entregue um pedaço de madeira, de cor roxa, ao sujeito, este 
deverá colocar tal estímulo na lata amarela, assim como fornecido o modelo. 
NÍVEL 06 - DISCRIMINAÇÃO CONDICIONAL AUDITIVOVISUAL - 
Consistindo enquanto o último nível da testagem, o avaliador deverá 
apresentar o objeto e indicar onde a criança deverá colocá-lo, por exemplo: “Na 
lata amarela”. Portanto, tal testagem é considerada enquanto condicional 
auditivo visual porque o SD dado pelo avaliador será a indicação “lata amarela” 
e a resposta da criança será o de ouvinte e visual, ao discriminar qual das latas 
é a de cor amarela. 
 
Considerações Finais Acerca do Tema 
 Enquanto considerações finais acerca do teste ABLA, é possível 
mencionar o quanto tal avaliação é importante para crianças com atraso no 
desenvolvimento e que estão falhando nas habilidades de iniciante, como as 
habilidades discriminativas – simples ou condicionais, podendo discriminar 
onde a criança tem mais falhado, podendo trabalhar especificamente no que 
ela tem tido dificuldade, planejando intervenções eficazes, as quais levarão em 
consideração as demandas da criança. Porém, como um alerta, os autores ao 
concluírem declaram que: 
 
Apesar de o ABLA-R apresentar um bom potencial preditivo, seus 
resultados não devem ser considerados definitivos, uma vez que a 
medida do ABLA é sensível à aprendizagem de novos repertórios e 
tampouco deve ser considerado um impeditivo para aprendizagem de 
discriminações inconsistentes com o nível atual. Em virtude de a 
aplicação do teste ser rápida e seus resultados oferecerem 
informações relevantes para o planejamento das condições de ensino 
e seleção de objetivos comportamentais, o ABLA-R se mostra como 
uma ferramenta útil, tanto para analistas do comportamento que 
atuam com intervenções analítico-comportamentais no autismo e 
outros distúrbios do desenvolvimento, quanto para pesquisadores que 
necessitam de medidas do repertório discriminativo de um indivíduo 
(VARELLA, SOUZA, WILLIAMS, 2017, p.53). 
CBI of Miami 31 
 
 
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