Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CLÍNICA CIRÚRGICA ESTUDO – CIRURGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO DE PEQUENOS ANIMAIS Estenose nasal · Focinhos fechados (Pug, Buldogue, shi tzu) · As narinas tem 3 cartilagens: nasais dorsais, laterais e acessórias · O animal braquicefálico tem a cartilagem mais espessa · A estenose leva a dispneia · As narinas estenóticas são associadas a malformação da cavidade nasal e cornetos · Correção preços irá diminuir a piora de outras características (palato mole alongado, colapso laríngeo) · Animais com dispneia -> cianose, hipertermia ou colapso · Imediatamente deve fazer o oxigênio, sedativos e fluidos no animal e as vezes a intubação é necessária · Radiografias torácicas -> necessárias para descartar hipoplasia traqueal · Ressecção em cunha da prega alar: amputação da prega alar e alapexia · Ressecção em cunha: bem sucedida na maioria dos animais · A ressecção deve ser profunda para incluir uma porção da cartilagem ventral · Nos pacientes com fraqueza muscular, precisa fazer a suturas das pregas alares em posição abduzida (alapexia) · Técnica cirúrgica: decúbito esternal; incisão paralela a borda da abertura nasal · Incisão após a pinça do polegar; preservar a inserção da prega alar · Inserir a lâmina profundamente; ainda segurando a pinça deve fazer um curte lateral · Comece o corte dorsalmente como antes, começando na incisão anterior · Sangramento até a primeira sutura · Sutura: fio monofilamente 4-0 · Deixe as pontas da sutura longas e prenda-as com uma pinça · Retraia a primeira sutura dorsalmente para visualizar o defeito ventral · Sutura é feita no meio do defeito ventral · Solte sua retração (terceira sutura na metade) · Repita do lado oposto (simetria) · Considerações pós-operatória: hemorragia desaparece depois do término da sutura; deve-se usar o colar elisabetano; as complicações são raras PALATO MOLE ALONGADO · + comum nos braquicefálicos (Buldogue e Pugs) · Pode se alongar com o aumento da pressão inspiratória secundária a obstrução do trato respiratório superior (paralisia laríngea) · Cronicamente os palatos moles tornam-se espessados · Durante a taquipneia pode haver trauma e causar edema e ulceração do palato · Animais taquipneicos por estresse, calor ou esforço excessivo pode haver cianose, colapso e hipertermia CASOS GRAVES PODEM NECESSITAR DE INTUBAÇÃO OU TRAQUEOSTOMIA · Sinais clínicos: respiração estertorada, ronco durante o sono, intolerância leve ao exercício, vômitos, engasgos, regurgitação · Diagnóstico: é feito pela avaliação do comprimento do palato mole (animal anestesiado) · Exame radiográfico -> espessamento e alongamento do palato · Anormalidades respiratórias podem estar associadas com: sáculos laríngeos evertidos, narinas estenóticas, traqueia hipoplásica, colapso laríngeo, crescimento anormal da concha com obstrução das coanas · Alguns animais com síndrome das vias aéreas superiores apresentam gastrite e outras anomalias digestivas · Morfina deve ser evitar na MPA (prolonga a recuperação) · Indução deve ser rápida (intubação imediata) · Anti-inflamatórios de glicocorticoides (dexametasona, 0,25mg/kg IV) · Estafilectomia (cirurgia de correção do palato mole) · O cirurgião irá fazer uma marcação, animal é extubado temporariamente para que a marcação seja comparada a ponta da epiglote e precisa haver uma ligeira sobreposição · A ressecção pode ser com: laser de dióxido de carbono (C02); bisturi radiocirurgico, técnica de corte e sutura · Sutura: fio monofilamentar 4-0 absorvível (sutura a mucosa nasal e a oral com ponto simples contínuo – PSC) · Marque o local com uma linha com eletrocautério ou esmagando com pinça · Extuba e avalia o tamanho · Corte um terço do palato que será excisado com tesoura · Continue a técnica de corte e sutura em mais duas etapas · Alguns animais necessitam de sedação leve · Monitoramento no pós operatório (dispneia e cianose), pode haver edema grave ou pneumonia aspirativa · Se a ressecção por excessiva o animal irá fazer refluxo de água e comida pelo nariz TRAQUEOSTOMIA · A indicação para traqueostomia temporária com tubo é o alivio emergencial da obstrução das vias aéreas superiores por: trauma, neoplasia, cirurgia, infecção, reações alérgicas, inchaço, corpos estranhos, paralisia laríngea · Oxigenioterapia é administrado até a intubação · Sedativos e analgésico -> pacientes com desconforto respiratório · Glicocorticoides e furosemida -> reduz o edema local · Animais intubados -> ocorre o vazamento de gás anestésico (infusão contínua de propofol) · Tricotomia e antissepsia do espaço intermandibular até a entrada torácica · Incisão na pele, gordura subcutânea e músculo caudal e cartilagem tireóidea · Incisão traqueal pode ser: horizontal ou vertical · A traqueostomia transversal horizontal é mais fácil, rápida e sem risco de estenose · Tubos com cânulas intensas e endotraqueais regulares · Técnica cirúrgica: incisão cutânea na linha média ventral (4 a 10cm) começando pela cartilagem cricóide (caudal) · Disseque os tecidos cutâneos e músculos esterno-hióideo e separe-os na linha média com uma lâmina ou tesoura · Posicione as suturas de nylon ou prolipopileno ao redor do anel de cartilagem acima e a baixo da incisão · Tracionei as suturas para cima e para baixo umas das outras para expor o lúmen traqueal · Insira o tubo de traqueostomia · Tubo entra com dificuldade -> resseque uma porção semicurcular dos anéis · Conecte a manegueira de oxigênio ao tubo de traqueostomia · Prenda o tubo no paciente amarrando com uma fita · Suturas interrompidas na pele · O animal deve ser monitorado o tempo todo · Animais acordados -> cuff fica desinflado (reduz a chance de obstrução ou dano traqueal · A pele ao redor do tubo deve ser limpa todo dia · Limpeza do tubo duplo -> a cânula interna é removida, embebida em banho antisséptico e enxaguada · Quando remover os tubos? -> é removido assim que a obstrução das vias aéreas for resolvida e a ferida é cicatrizadas por segunda intenção (coberta levemente com gaze) · Complicações: obstrução do tubo, necrose traqueal, hemorragia intraoperatória e paralisia laríngea Toracostomia Tubo torácico · Indicado para remoção de ar ou líquido intrapleural – requer anestesia geral · Podem funcionar como via de lavagem pleural ou aplicação de medicações regionais (anestésicos) · Técnica invasiva (pode ser fatal) · Complicações pós-operatória: pneumotórax ou hemorragia · Planejar a posição do tubo longe das massas ou aderências pleurais · SEMPRE enviar as amostras de líquido pleural para a citologia · Tricotomia -> do tórax lateral da escápula até a décima terceira costela · Tipos de tubos: borracha vermelha (mais flexível) e de toracostomia (ponta de metal que facilita a colocação, porém causa mais desconforto e pode perfurar o pulmão) · Técnica cirúrgica: a incisão da pele deve ser localizada vários centímetros caudal do local da perfuração intercostal · Tracionar a pele torácica lateral cranioventralmente · Adicione fenetrações adicionais (três a cinco aberturas nos últimos centímetros da ponta) · Incisão na pele (1 a 2cm) sobre o 9º, 10º ou 11º EIC · Incisão na junção dos dois terços dorsal e médio da altura torácica · Insira o tubo fazendo um túnel através do subcutâneo com uma pinça hemostática · Force as pontas das pinças através dos músculos intercostais e na cavidade pleural · Remova a pinça mantendo um dedo no local da perfuração intercostal · Prenda o tubo de borra vermelha na pinça · Insira a pinça com tubo fechado através do túnel subcutâneo e da perfuração intercostal · Abra a pinça e avance o tubo no espaço pleural · Alternativa: insira o tubo por visualização direta · Puxe a pele torácica cranioventral (sobre o 7º espaço intercostal) · Insira a pinça através dos músculos intercostais e da pleura · Abra a pinça, insira o tube e aspire o tórax, verificando a posição do tubo e fixe o tubo · Faça radiografias torácicas para verificar a posição do tubo · O local de saída do tubo é enfaixado para poder diminuir a contaminação e o vazamento · Os tubos são removidos cortando a sutura e puxandocom firmeza (as feridas fecham em 1 a 2 dias) · Gatos e cães pequenos -> 14 ou 16cm · Cães grandes -> 24 a 36cm · Antibióticos não são administrados (apenas se houver infecção preexistente) · A aspiração torácica é dolorosa (deve fazer o uso de analgésicos até que o tubo seja removido) · Lidocaína é evitada em gatos (disfunção cardíaca) · Complicações: obstrução do tubo, pneumotórax, infecção hospitalar, enfisema subcutâneo, formação de seroma, danos ao coração ou vasos (pode ocorrer durante a colocação do tubo), o tubo pode dobrar ESTUDO – AFECÇÕES CIRÚRGICAS DAS VIAS AÉREAS EM EQUINOS · Os casos cirúrgicos que são tratados por cirurgia possuem como característica: tumor e processos obstrutivos · Quando tem acúmulo de líquido, precisa de drenagem, mas quando leva uma obstrução irá precisar fazer a passagem de ar nas vias aéreas · Os casos clínicos são os processos infecciosos, bacterianos, virais (desde infecções de vias aéreas anteriores até processos infecciosos em pulmão, pneumonia) · Diagnóstico para obstrução das vias aéreas · Exames: endoscopia (padrão ouro) – qualquer procedimento para olhar dentro do animal (cavidades e orifícios naturais) – animal acordado · Raio X – massa com radiopacidade · Exame dinâmico: utilizada durante o movimento / exercício, para avaliar a movimentação das cartilagens da laringe SINUSITE · Processo inflamatório / infeccioso com acúmulo de exsudato nos seios paranasais · Deve-se tratar a causa primária (normalmente é cirúrgico) · Único processo infeccioso não obstrutivo, que é de tratamento cirúrgico pela sua causa primária · Etiologia -> secundária a: lesões dentárias, fraturas ósseas e traumas direto · Sinais clínicos -> secreção nasal mucopurulenta / purulenta · Unilateral, odor fétido, crônica ou recidivante · Histórico -> descarga nasal unilateral (mucopurulenta); crônica e aumenta durante o esforço físico · Sintomas: corrimento nasal mucopurulento / purulento; unilateral fétido; percussão maciça; deformidade facial; hiporexia, febre, perda de peso; avaliar a cavidade oral; dispneia; mucosas cianóticas · Exame clínico: auscultação pulmonar limpa, percussão do seio paranasal (som maciço) SEMPRE QUE SUSPEITAR DE SINUSITE, DEVE AVALIAR A CAVIDADE ORAL · Diagnóstico: exame clínico; endoscopia (origem) – não fecha o diagnóstico, porém consegue observar a origem da secreção purulenta (vem dos seios paranasais) · Raio x – mostra os dentes, raiz dentária, seios paranasais, palato duro -> no raio x consegue ver se tem massa ou acúmulo de líquido · Sinoscopia – não é um exame de rotina -> ajuda na drenagem e na raiz dentária · Tratamento: combater o agente; drenagem da secreção purulenta; antibiótico de amplo espectro em casos crônicos; retirada da causa primária (extração dentária) e lavagem mecânica com solução antisséptica (soro/clorexidine aquoso) e mucolíticos HEMATOMA ETMOIDAL · Neoformação bem encapsulada, benigna, de caráter progressivo e destrutivo, com origem na mucosa e submucosa de etimoide · Hemorragia na submucosa, deslocamente e formando a cápsula, na parte interna tem coágulo (vascularizada) · Histórico: secreção nasal mucopurulenta unilateral, filetes de sangue, dificuldade respiratória e evolução crônica · Sinais clínicos: epistaxe unilateral discreta espontânea; secreção nasal mucopurulenta unilateral; diminuição do fluxo de ar; odor fétido · Diagnóstico: endoscopia – entra na narina, septo, meato e chega em uma massa obstruindo a passagem (a massa possui uma coloração amarela-esverdeada / avermelhada · Raio X para verificar o tamanho · Histopatológico · Tratamento · Conservativo -> infusão de formalina 4%, através da endoscopia · Cirúrgico -> flap ósseo, trepanação e retirada completa da massa · Prognóstico · Reservado -> por conta da hemorragia (cirúrgico) · Recorrência TRAQUEOSTOMIA · Indicações -> processos obstrutivos das vias aéreas anteriores (neoplasias, hematoma etmoidal, infusão de formalina, paralisia de laringe) · Traqueostomia temporária: animal em pé, sedação leve e anestesia local · Traqueostomia permanente: animal deitada, anestesia geral em decúbito dorsal · Técnicas cirúrgicas · Primeiro começa com incisão circular em dois terços dos anéis traqueais · Vantagem: deixa os anéis traqueais estáveis e facilita a cicatrização · Desvantagem: espaço da abertura é limitado · Incisão direto na membrana entre os anéis traqueais (2 anéis e 3 membranas) · Vantagem: maior espaço e técnica mais simples · Desvantagem: menos estabilidade dos anéis · Traqueostomia permanente: animal em decúbito dorsal; traqueia superficializada; retirada de um segmento traqueal, incisão da mucosa traqueal remanescente ESTUDO – AFECÇÕES CIRURGICAS DAS VIAS AÉREAS PARTE II LARINGE DO EQUINO · Movimentação da aritenoide: abrir e fechar -> cricoaritenoideo dorsal ajuda na contração (abertura das aritenoides) · Laringeo recorrente -> estimula o musculo a contrair (SNC – placa neuromuscular) Hemiplegia laríngea · Paralisia unilateral da laringe (sem movimentação da aritenoide esquerda) · Decorrente de lesão progressiva do nervo laríngeo recorrente, resposta da abdução da aritenoide através do músculo criaritenoideo dorsal · Cansaço e queda de performance · Sintomatologia: ruído inspiratório (o ar passa pela corda vocal frouxa) e queda de performance (a aritenóide frouxa é a maior consequência para a queda, por causa do seu mau fechamento); dispneia · Diagnóstico: endoscopia; assimetria e assincronia (principalmente da aritenoide esquerda); ruído respiratório · Tratamento:> cricoaritenoidepexia; ventriculectomia ou ventriculocordectomia (diminuição do ruído); associação · O melhor é fixar a aritenoide -> cricoaritenoidepexia (cirurgia para manter a aritenoide aberta) – o acesso é feito pela lateral, logo abaixo da veia linguo fácil – fio grosso calibre nº5 (multifilamentar não absorvível) · Para acessar os ventrículos, precisará realizar uma laringotomia (necessário abrir a laringe entre a cricoide e a tireoide · Entra com pinça no ventrículo, prende a pinça e vai deslocando a mucosa / invertendo o fundo do ventrículo, e então quando puxar secciona com a tesoura o ventrículo e vai ficar uma ferida no local (cicatriza por segunda intenção) · A técnica da cricoaritenoidepexia é menos contaminada que a laringotomia Aprisionamento de epiglote · Cobertura da epiglote pela prega epiglótica / aritenoepiglótica · Sintomatologia: faringite / laringite; intolerância ao exercício; queda de performance; ruído expiratório · Diagnóstico: endoscopia · Tratamento: cirúrgico (ressecção da prega); via endoscopia com laser (raro); via laringotomia (difícil de ser feito) e via cavidade oral / nasal com bisturi curvo Deslocamento dorsal do palato mole · Diferencial de aprisionamento de epiglote · Repousa em baixa da epiglote; Intermitente ou persistente · Ocorre quando o palato se desloca dorsalmente até a epiglote; em equinos a causa é multifatorial (ocorre disfunção neuromuscular da faringe) · Sintomatologia: intolerância ao exercício; queda de performance; ruído expiratório e tosse/disfagia · Diagnóstico: histórico/exame clínico; endoscopia dinâmica (repouso / esteira) · Tratamento> conservativo por meio de anti-inflamatório tópico, sistêmico e antissépticos tópicos; diminuir a inflamação local; modificar a forma de trabalho; amarrar a língua e reavaliar após 30 dias · Cirúrgico (última opção): estefilectomia, Miectomia, combinação, aumento da epiglote Afecções da Bolsa Gutural · Extensão do ouvido médio; abertura para a faringe · Função de manter o equilíbrio da pressão · Timpanismo da bolsa gutural (unilateral ou bilateral) · Timpanismo: acumula ar, pois a abertura do ostio faríngeo funciona como uma válvula unidirecional que serve para manter o equilíbrio da pressão, porém se houver uma afecção, o ar somente irá entrar (não vai sair) e a bolsa gutural irá se entendendo de ar, obstruindo a faringe e causando dispneia / disfagia · Acomete os potros · Sintomas: distensão da bolsa gutural com o ar; indolor / elástica; disfagia e dispneia · Diagnóstico:RX e endoscopia (uni ou bilateral) · Tratamento: conservativo (punção); fenestração do septo entre as bolsas guturais (+ benéfico); abertura do óstio faríngeo · Empiema de bolsa gutural: acúmulo de liquido purulento · Sequela de garrotilho e traumas na região · Sintomas: descarga nasal intermitente; acúmulo de linfonodos regionais; dor (cabeça estendida) · Diagnóstico: endoscopia (ambos os lados) · Tratamento: conservativo (lavagens) · Micose de bolsa gutural: Aspergillus (contaminação) e assoalho da bolsa gutural unilateral · Forma uma placa branca com vários tamanho (necrosando) · Sintomas: epistaxe (erosão); sangramento intenso (morte); disfagia (lesão nervosa); pneumonia aspirativa · Diagnóstico: endoscopia · Tratamento: conservativo (lavagens); cirúrgico; debridagem e oclusão da artéria carótida interna e/ou externa Toracocentese · Líquidos: porção ventral – paciente em pé a 6º ou 7º espaço intercostal · Colocação de drenos · Pneumotórax (porção dorsal na região mais caudal possível – 11º a 13º junto com a musculatura dorsal · O ideal é no 7º EIC ESTUDO – OFTALMOLOGIA PARTE I · A pálpebra não é parte do olho, e sim, um anexo ocular (sem a pálpebra o olho não fica saudável) · Tudo que está fora do olho é chamado de anexo ocular e o que está dentro do olho é chamado de bulbo ocular · Pálpebra serve para proteger o olho e espelhar o filme lacrimal · Bulbo ocular: dentro do olho e envolta da órbita · Esclera: parte branca do olho (continuação da córnea) – traz proteção · A cornea e a esclera dão o formato do olho · Córnea: é transparente – parte mais sensível do olho · Uvea: parte vascular do olho (irís, corpo ciliar e coroide) – uveite (inflamação da uvea) · Lente (atrás da íris): refração da luz (afecção -> catarata) · Conjuntiva: em cima da esclera (transparente) · Pupilas: animais com comportamento de presa tem a pupila horizontal (visão panorâmica) e os animais que são predadores tem a pupila redonda ou em fenda (facilita a caça e enxerga com mais precisão/foco) · Pécten: estrutura vascularizada e pigmentada (nutre a retina – presente nas aves) · Pálpebra: protege o olho e espelha o filme lacrimal pela superfície do olho (pele + conjuntiva) · Músculo orbicular (+ importante) -> inervado pelo nervo fácial + M. elevador lateral e medial + M. malar – contorna o olho · Glandulas tarsais -> fica na pálpebra (produz a gordura da lágrima) e rima palpebral · Terceira pálpebra -> prega conjuntival nasal e ventral com uma borda-livre – presença de cartilagem de “T” e glândula lacrimal · Tipos de cílios internos · Triquiase -> nasce para fora e fica curvado para dentro na direção do olho (mais comum no superior) · Distriquiase -> nasce pela rima palpebral (cirúrgico) · Cilio equitópico -> nasce na conjuntiva (cirúrgico) · Afecções: Blefarite (inflamação da pálpebra); neoplasias; entrópio; ectrópio; colomboma pálpebra; dermóides Blefaro – Pálpebra · Esclera: proteção, sustentação e formato do olho · Túnica fibrosa (opaca – transparente) · Afecções: esclerite; episclerite; neoplasia; estafiloma (afilamento) · Vasos: escrerais -> grosso, mais lineares, profundos e sem mobilidade; conjuntivas -> finos, tortuosos, superficiais e móveis · Córnea: proteção e manutenção dos fluidos intraoculares e refração da luz · Túnica fibrosa – transparente (sem vasos - avascular) · Epitélio, estroma, membrana de Descernet e endotélio · Nutrição é feita pela lágrima, humor aquoso e capilares limbais · Filme lacrimal: aquoso -> glândulas lacrimais (promove o oxigênio, nutrientes e lubrificação da córnea); muco (células caliciformes da conjuntiva); lipídica -> grândulas sebáceas palpebrais e glândula de meibômio (evita evaporação) · A córnea é o tecido que mais sofre lesão devido a sua exposição · Afecções: dermóides, ceratites, ceratoconjuntivite seca, pannus, ceratite ulcerativa, distrofias, degenerações, florida spots, neoplasias · Íris + corpo ciliar + coroide = úvea: comunicação do corpo com o olho · Túnica vascular · Ricamente vascularizada, pigmentada e inervada · Íris -> controla a quantidade de luz que chega na retina (miose -> contração; midríase -> relaxamento) · Corpo ciliar -> produz o humor aquoso (liquido que preenche – localizado atrás da iria) · Coroide -> elemento posterior (vascular – nutrição retiniana – Tapetum lucidum · Função da uvea: controle pupilar, produção do humor aquoso das zonulas do ângulo iridocorneano · Afecções: uveíte (principal); neoplasias, persistência da membrana pupilar, cistos, alterações auto-imunes · Lente: refração da luz antes de chegar na retina · Nutrida e oxigenada pelo humor aquoso (transparente) · Responsável pela refração · Sustentada pelas fibras zonulares que se estendem para o processo ciliar · Afecções: catarata, esclerose, luxações, subluxações do cristalino · Os meios transparentes do olho é o humor aquoso · Retina + nervo optico · Meios transparentes: córnea + lente + humor vítreo + humor aquoso · Nutrição da superfície da retina · Refração da luz: cones -> visão no claro; bastonetes -> visão do escuro · Caminho da luz: atravessa a retina, chega no epitélio pigmentar, passa para os fotorreceptores (cones e bastonetes) -> células bipolares -> células gangliones e chega no nervo óptico · Fotorreceptores: cones e bastonetes · Afecções: descolamento de retina; coriorretiniteneurite, atrofia progressiva da retina; síndrome da degeneração retiniana adquirida subitamente (SARDS) AFECÇÕES CIRURGICAS DO SISTEMA LOCOMOTOR CASCO · Exame clínico · Principal manifestação clínica do sistema locomotor: claudicação (qualquer alteração no andamento) · Decorrente de lesões dolorosas ou neurológicas · Exame (localizar o local e o tipo de lesão): RX e US · Na parte das vezes acontece por dor (claudicação de apoio ou elevação) · Claudicação de apoio -> encurta a passagem (ex: pisar em prego) · Claudicação de elevação -> levanta o membro depois de uma atividade física · Exame físico 1. Inspeção: feito com o animal em estação (parado) para ver se tem assimetria com aumento de volume (edema, efusão e proliferação óssea), diminuição de volume (atrofia muscular), ferida ou aprumos · Animal em movimentação 2. Palpação: dor / temperatura / volume 3. Teste de flexão articular -> busca exarcebar a sensibilidade das articulações, avaliando a amplitude delas 4. Bloqueio anestésicos (feito por regiões) -> distal para proximal 5. Exames complementares: RX e US · Casco: realiza um movimento de expansão e não permite aumento de volume de suas estruturas internas (DOR) · É comum ocorrer afecções no casco (principalmente nos membros anteriores, pois 70% do apoio está nas patas da frente) · Regiões: ranilha, talão, quartos e pinça · Afecções inflamatórias -> aumento de volume (edema) e dor · Divisão entre a parte queratinizada e a parte dérmica feita por uma linha branca · Quando for colocar um cravo, tem que colocar para fora da linha branca, porque pega só tecido queratinizado · Exame clínico do casco · Palpação indireta para avaliar a dor com uma pinça de metal, comprimindo ela · Terceira falange (sola com a parede) · Talão com talão (ranilha) · Ranilha e talão (bulbo de talão por vez) · Avaliação da temperatura com a palma da mão · Percussão (não é muito usado): bloqueio perineural e do nervo digital palmar · Estruturas anatômicas dentro do casco: falange distal ou terceira falange; laminas; falange proximal ou segunda falange; osso navicular; cartilagem alar; tendão flexor digital profundo Feridas perfurantes na sola · As feridas profundas podem chegar em estruturas ósseas (osteíte séptica lise) e cápsula sinovial (articulação intrerfalagiana distal, Bursa do navicular, bainha tendíneo dos flexores – artrite, bursite e sinovite séptica) · Podem ser causadas por corpos estranhos · Sinais: claudicação leve (feridas superficiais); claudicação seve (profundas) e presença de trajeto fistuloso · Diagnóstico: inspecionar e solicitar exames complementares (RX ou US) -> o corpo estranho precisa ser radiopaco · Tratamento: retirada do corpo estranho / debridagem(limpeza do local) – feridas superficiais · Antibiótico (antibiose regional com tornique por 30min) – feridas profundas · AINE (2-3 dias) -> fenilbutazona ou cetroprofeno · Curativo para as feridas superficiais · Lavagem da Bursa, articulação ou da bainha Síndrome do navicular (podotrocleose) · Processo degenerativo do osso navicular que ocorre por conta de um trauma repetitivo nesse osso · Impacto do chão de cavalos pesados · Por conta de cascos pequenos ou achinelados (puro sangue inglês) · Aumento do fluxo de sangue para o osso navicular leva a um remodelamento ósseo por conta desse suprimento sanguíneo (trauma constante) · Claudicação sutil e normalmente é bilateral · Quando o animal está parado, ele faz apoio com o talão elevado · O teste de pinçamento não funciona muito bem · Diagnóstico: RX -> aumento dos canais vasculares (diferencial: animais idosos) · Clínico + bloqueio + radiográfico (confirmação) · Bloqueio anestésico -> talão e nervo articular · Ex complementares: RX · Teste de rampa: levanta a pinça, estica o tendão e comprime o osso navicular · Tratamento: conservativo -> ferradura natural balance: ferradura que diminui a compressão do tendão e eleva o mesmo (ferrageamento: pinça rolada e tendão levantado) · AINEs; neurolitico (dessensibilização temporária -> 6 meses) · Vasomodulador (isoxuprime); inibidor de reabsorção óssea (TILDREN -> ácido tiludrônico) · Neurectomia (dessensibilização permanente -> usado quando os outros tratamentos não funcional) Calcificação de cartilagem alar · Localizada na porção posterior da 3 falange · Ocorre a mineralização da cartilagem · Animais mais velhos (absorção de impacto) · Raramente causa claudicação · Etiologia: trauma e conformação · Sintomas: claudicação variável relacionado com fraturas e na palpação não tem elasticidade · Diagnóstico: clínico, bloqueio anestésico e RX · Tratamento: repouso; ferradura fechada e neurectomia (retirada do segmento do nervo) Neurectomia digital palmar · Secção de um segmento do nervo digital palmar; não trata a doença e é irreversível (não reverte o processo degenerativo · Indicação: afecções da região posterior do casco; após resultado pobre do tratamento clínico · Responsivas ao bloqueio anestésico do nervo digital palmar e pode haver falha no tratamento conservativo · Pós operatório: repouso absoluto por 30 dias e retorno gradativo; bandagem até a retirada dos pontos e manter a terapia para a doença inicial · Complicações: · Secção incorreta · Neuroma doloroso · Reinervação precoce · Exungulação · Fratura do osso navicular · Avulsão da inserção do T.F.D.P Exame oftalmológico Parte II · Histórico do paciente · Nome; raça; idade; sexo; peso · Anamnese: auxilia no diagnóstico e na escolha do plano terapêutico (doenças concomitantes, histórico de vacinação, contactantes e cirurgias de doenças do paciente · Perguntas: · Blefaroespasmo (dor) -> olho meio fechado · Mudanças na coloração (vermelhidão / hiperemia, esbranquiçado, pigmentado, ictérico) · Secreção ocular (serosa, mucoide, purulenta, sanguinolenta · Prurido; fotofobia (desconforto com a luminosidade) · Visão (claro e escuro) Exame oftalmológico · Olho direito e esquerdo · Reflexo pupilar (direita ou consensual); teste de lágrima de Schirmer · Tonometria de aplanação e de rebote · Inspeção: avaliação direta de ambos os olhos (usa-se uma lanterna que seja focal e instrumento de magnificação -> LUPA) · Comportamento da sala de atendimento -> avalia as pálpebras -> esclera e conjuntiva -> córnea -> câmara anterior -> íris e pupila -> lente -> vítreo -> fundo de olho · Reflexo pupilar a luz: é involuntário (independente se o animal estiver enxergando ou não · Direto (primeiro a ser feito) -> cobre um dos olhos, coloca a luz no olho que não está coberto e a pupila precisa fechar · Resposta normal -> miose (diminuição do diâmetro da pupila) bilateral · Consensual -> cobre um dos olhos, estimula o olho que não está coberto com a luz e observa o outro olho para verificar o reflexo a luz (pupila média) · Teste lacrimal de Schirmmer (mensuração da porção aquosa da lágrima) -> coloca a fita no saco conjuntival e mantem o olho meio aberto e meio fechado · Tonometria (mensuração da pressão intraocular em mmHg) · Aplanação: medida da pressão intra-ocular, através de um aparelho especifico chamado tonômetro de Goldmann (padrão ouro), baseando-se no contato de um instrumento a superfície da córnea previamente anestesiada · Rebote: medição da pressão intraocular -> é baseado em um princípio de rebote no qual uma sonda muito leve é usada para fazer contato momentâneo com a córnea · Cães: 10-20mmHg · 20-25mmHg (suspeito) 1. Pálpebras: · Simetria, neoplasias, deformidades e conformações, lacerações 2. Aparelho lacrimal · Secreção; lacrimejamento (aumento da produção); epífora (não escoamento – drenagem ruim / obstrução do fluxo de lágrima) · Teste de Jones 3. Conjuntiva · Hipertemia; congestão; quemose (edema da conjuntiva); sufusão e aspecto dos vasos 4. Córnea a esclera · Transparência: presença de opacidade ou pugmento; presença de neovasos · Teste de tingimento estromal pela fluoresceína: estroma (hidrofílico e cora pela fluoresceína) · Teste de seidel · Afilamentos 5. Câmara anterior · Tamanho da profundidade e presença de conteúdo · Fibrina, coágulo, hemorragia, precipitados ceráticos · Flare e coloração do humor aquoso 6. Pupila e íris · Pupila -> reflexos, contração e dilatação; aderências · Íris -> coloração, vascularização, edema, íris bombê e senêquias 7. Lente · Luxação (anterior ou posterior), subluxação e opacidade (catarata ou esclerose) 8. Fundo e vítreo · Reflexo de fundo; perda de transparência do vítreo · Pupila óptica · Vasos retinianos · Tapetum lucidum · Fundoscopia (avaliação subjetiva do fundo do olho (retina, coroide e papila) · Oftalmologia -> direta e indireta · Testes visuais (ameaça, bola de algodão e obstáculo) · Exames auxiliares -> cultura e antibiograma de córnea · Citologia ou histopatológico de conjuntiva, córnea, humor aquoso ou humor vítreo · US ocular · Ultrassom de biomicroscopia (UBM) OFTALMOLOGIA PARTE III Blefarites – inflamação das pálpebras · Normalmente associada a quadros de dermatopatia (alérgia, auto-imune, infecciosa e parasitária) · Anamnese é essencial para diferenciar as afecções oculares de dermatológicas · Poodle, shi-tzu, lhasa apso, Golden retriever · Pode levar a baixa produção lacrimal devido a inflamação da glândula tarsal IDENTIFICAR A CAUSA PRIMÁRIA · Sinais clínicos · Pruridos nas pálpebras · Vermelhidão; hiperemia conjuntival · Secreção e seborreia; ulceras de córnea · Alopecia; secreção ocular mucoide ou mucopurulenta · Diagnóstico · Clínico (sintomatológica clínica + anamnese para identificar a causa primária) · Raspado de pele ou exame parasitológico com fita adesiva (acetato) · Cultura bacteriana ou fúngica e antibiograma · Histopatológico · Tratamento · Suporte; antibióticos tópico (pomadas – ciprofloxacina, cloranfenicol, tobramicina, gentamicina) · Antibióticos sistêmicos: cefalosporina, amoxilina, enrofloxacina · Anti-inflamatórios tópicos e sistêmicos · Antifúngicos somente após o resultado da cultura Ceratoconjuntivite seca (CCS ou KSC) – diminuição ou má produção da lágrima · Inflamação crônica das glândulas lacrimais, córnea e conjuntiva · Alterações qualitativas e quantitativa no filme lacrimal · Doença comum em cães · Cães baquicefálicos (Pug, bulgogue, shih-tzu, lhasa apso) · Bastante confundida com conjuntivite Cães NÃO tem conjuntivite Gatos TEM conjuntivite · Mais comum: síndrome auto-imune · Infecciosa: cinomose · Toxicidade: uso prolongado de atropina tópica, sulfonamidas, messalazina · Congênita: agenesia ou hipoplasia de glândula · Iatrogênica: excisão ou lesão da glândula na cirurgia de reposicionamento da glândula da terceira pálpebra · Sinais clínicos · Secreção mucoide, hiperemia conjuntival · Vascularização corneal superficial · Infiltrados celulares corneais e ceratite pigmentar (cegueira) · Diagnóstico: sintomatologiaclínica e predisposição racial · Quantitativa: teste lacrimal de schirmmer (15 a 25mm) · Qualitativa: tempo de ruptura do filme lacrimal (Break up time) – 15 a 20seg · Cuidado: ulcera de córnea · Tratamento: suporte; antimicrobianos e anti-inflamatórios · Lacrimiméticos, polivinilpirrolidona, álcool polivinilco, metilcelulose, ácido poliacrilico; ácido hialuronico ou sulfato de crondroitina · Lacrimoestrimulantes: ciclosporina 0,2%, 0,5%, 1% ou 2% · Tacrolimus 0,03% ou 0,05% · Pimecrolimus 0,5% a 1% · Prognóstico: melhor quanto mais precoce diagnosticado e tratado
Compartilhar