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RESUMO DE PNE HIPERTENSÃO ARTERIAL - Sístole - contração - alta - Diástole - relaxamento - baixa Pressão média - adulto = 12/8 - criança = 10/6 A HAS faz com que o coração tenha que exercer mais esforço para distribuir o sangue pelo corpo. - Doença crônica - pressão constantemente elevada - Geralmente sem sintomas Hipertensão estágio 2 - 16/10 Hipertensão estágio 1 - 14/9 Pré-hipertensão - 13/8 Normal - 12/8 Fatores de risco - Tabagismo - obesidade (imc>30) - Inatividade física - dislipidemia - estresse - idade - histórico da família Órgãos alvos - Coração - retinopatia - hipertrofia VE - AVE - doença renal - doença arterial periférica Essencial - Redução sal - cessar o tabagismo - perda de peso - exercício físico - medicamentos Sintomas (pode ser assintomática também) - Cefaléia - Visão turva - Zumbido no ouvido - Alteração do estado mental Pode levar a AVE, angina, IAM Medicamentos anti-hipertensivos - Diuréticos - Bloqueadores beta - propranolol - bloqueadores do canal de cálcio - anlodipina - ECA - captopril - Vasodilatadores - hidralazina Avaliação odontológica - Hipertenso descompensado - pode aumentar em situações tensas, precipitar angina, IAM, agravar IC, precipitar AVE - Medir a pressão arterial - rotina - Conhecer histórico médico do paciente - Diagnóstico de HAS, forma de tratamento, medicações, estabilidade da doença - Mudança lenta de posição para evitar hipotensão Manifestações bucais dos medicamentos - Diuréticos - secura da boca - Propranolol - liquenóides - ECA - neutropenia, ardência bucal - Bloqueadores do canal de Ca - hiperplasia gengival Endocardite infecciosa - Febre, sopro, anorexia, prostração, mal estar, lesões cutâneas, embolia ● Profilaxia antibiótica só é recomendada para casos de endocardite infecciosa, DCC, válvula cardíaca protética, pós transplante Amoxicilina 2g 1h antes do procedimento Clindamicina 600mg 1h antes do procedimento Anestésico - Vasoconstritor induz o aumento da pressão arterial, mas em pacientes compensados não há contraindicação - Prilocaína com epinefrina - Mepi sem vaso DIABETES MELLITUS - Tipo 1 - crianças - Tipo dois - adultos, associado a maus hábitos Sintomas - Polidipsia - sede - Polifagia - fome - Poliúria - urina Hemoglobina glicada - Normal - 5,6% - Pré-diabético - 5,7% a 6,4% - Diabético - 6,5% Glicemia em jejum - 70 a 100 Pré - 100 a 125 Diabético - 126 Atentar-se a pacientes com: - Cefaleia - Boca seca - Irritabilidade - Infecções cutâneas recorrentes - Doença periodontal progressiva - Múltiplos abscessos Pode causar - infecções - Demora na cicatrização - SAB - Xerostomia - Alterações no paladar ● Reabsorção óssea é comum nesses pacientes devido a doença periodontal Planejamento odontológico - Sessões curtas no período da manhã - Sessões prolongadas - ingestão de alimentos - Controle da ansiedade - Ao atender pacientes descompensados tomar cuidado pois são imunodeprimidos e suscetíveis à infecção, além da fragilidade capilar Anestésico - Evitar adrenalina em pacientes descompensados (emergência médica) - Prilocaína + felipressina - Mepi sem vaso - Epinefrina pode aumentar a glicemia TRANSTORNOS CONVULSIVOS - Atividade elétrica cerebral anormal - sinal comum de disfunção neurológica Causas - Distúrbios eletrolíticos agudos - hipoglicemia - drogas - Encefalopatia hipertensiva - Insuficiencia renal - Anemia falciforme - púrpura trombocitopênica - tumores - Lúpus - meningite - TCE - AVE - Estresse fisiológico - Febre Pode ser causada por fatores genéticos ou lesões prévias do SNC ● A epilepsia nem sempre é a causa de déficit intelectual Classificação - Parciais ou focais - Generalizadas ● Convulsões parciais simples - Aura - luzes brilhantes, deja vu, jamais vu, movimentos rítmicos da face Tônico clônicas - grande mal - Perda de consciência - forte vocalização - abalos musculares bilaterais - incontinencia urinaria - não dura mais de 90 segundos Anamnese - Tipo de convulsão - causa e tratamento - frequência de visitas médicas - grau e frequência - data da última convulsão Tratamento odontológico - Solicitar hemograma e coagulograma antes de procedimentos cirúrgicos ● Fenitoína - causa hiperplasia gengival, sangramento e demora na cicatrização ● Carbamazepina - tegretol - Contraindicado propoxifeno + eritromicina - pode causar toxicidade ● Ácido valpróico - pode levar a redução de agregação plaquetária - contra indicado AAS + AINEs - risco de hemorragia ● Fenitoína - carbamazepina - ac valproico = supressão medular - leucopenia e trombocitopenia Durante a crise epiléptica - Colocar a cabeça de lado para evitar broncoaspiração - Não colocar nada na boca - Não tentar conter o paciente - Não dar água - deixar o espaço livre para evitar acidentes - Aguardar até o paciente normalizar SÍNDROME DE DOWN - Alteração cromossômica que acomete o C21 Diagnóstico - translucência nucal Fetos com má formação Fatores de risco - Idade materna - Pais com alteração cromossômica Fenótipo - Olhos amendoados - fissuras palpebrais oblíquas - ponte nasal achatada - pescoço curto - prega palmar única ● Atraso de desenvolvimento ● Baixa estatura ● Hipotonia muscular ● Frouxidão ligamentar Nascimento - Menor peso, comprimento Infância - Problemas com amamentação e atraso na introdução alimentar Alterações neurológicas e comportamentais - Demência, problemas comportamentais, perda de habilidade cognitiva - Cardiopatia congênita - Alterações imunológicas - Alterações na motilidade esofágica - Alterações respiratórias - Alterações músculo esqueléticas - Disfunções da tireóide - Diabete mellitus Aspectos odontológicos ● Tomar cuidado com contenção física da cabeça e pescoço ● Hipotonia muscular dificulta mastigação, fala e dentição Alterações orofaciais - Hipodontia - Palato alto e estreito - Tendência de classe III - Mordida aberta e cruzada - Respiração bucal - Ranger os dentes - erupção tardia - retenção prolongada Alterações bucais - Prevalência baixa de cárie - Periodontite agressiva localizada - decorrente do sistema imune comprometido - Queilite angular - Anodontia, conóides, fusão - erosão dentária, sensibilidade (gastro) ODONTOLOGIA PARA PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL Transtornos associados - músculo esquelético Desordens motoras acompanhas de: - Alterações sensoriais - epilepsia - comunicação - cognição e comportamento - limitação de aprendizado - Alterações visuais, auditivas e fono - déficit intelectual Classificação - Disfunção motora - espástico, atetóide, hipotonico, atáxico, misto - Tetraparesia - maior prevalência e gravidade, disfagia, saliva, infecções pulmonares frequentes - Diparesia - menos prejuízos associados - Hemiparesia - menos prejuízos associados - Discinético - movimento involuntário, bruxismo, assimetria, respiração bucal, alterações mastigatórias, disfagia - Atáxico - falta de equilíbrio e coordenação - Aumento do tônus muscular Alterações odontológicas - Hipoplasia de esmalte - Doença periodontal - Bruxismo - Hiperplasia papilomatosa - Candidíase eritematosa crônica Atendimento odontológico ● Comportamental, estabilização, farmacológica, sedação consciente e anestesia geral ● Contenção mecânica LESÕES ENCEFÁLICAS ADQUIRIDAS AVE - acidentevascular encefálico - causada por alterações na circulação sanguínea encefálica - Sequela cognitiva e sensoriomotor ● Isquêmico - coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para uma área do cérebro ● hemorrágico - o sangramento ocorre dentro ou ao redor do cérebro Etiologia - Isquêmico - aterosclerose, trombose, embolia - Hemorrágico - aneurisma, doenças cardiovasculares Fatores de risco - Idade, gênero, raça, HAS, DM, hiperlipidemia, tabagismo, cardiopatias Sintomas - Paralisia dos membros e hemiface, cefaleia, fala, náuseas, braquicardia, alterações de consciência Impacto funcional, cognitivo e social Solicitar exames complementares como hemograma completo, hemoglobina, coagulograma Medidas locais para controle da hemorragia pós operatória - adesivos, agentes hemostáticos, procedimentos mecânicos. TCE - traumatismo cranioencefálico TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS Esquizofrenia - perda do contato com a realidade - insidiosa ou aguda - Influência genética e ambiental (traumas, drogas) Medicamentos - neurolépticos (causam xerostomía e espasmos) e antipsicóticas Achados bucais - Falta de higiene, gengivite Atendimento odontológico - Anamnese - Neurolépticos podem afetar o sistema cardiovascular TDAH - Transtorno déficit de atenção e hiperatividade - falta de atenção, inquietude, impulsividade, oposição, desorganização - Dor de dente, bruxismo, sangramento gengival e trauma dentário DDA - Distúrbio do déficit de atenção - Distração e falta de concentração DEPRESSÃO Medicamentos - citalopram, fluoxetina, sertralina - Efeitos colaterais - boca seca, retenção urinária, visão turva, hipotensão, taquicardia e arritmia Desordens bipolares - tratamento com lítio AINEs diminuem a excreção do lítio Alcoolismo - Má higiene oral, queilite, candidíase, sangramento, cancer, cicatrização alterada, bruxismo - Atendimento odontológico - verificar anamnese, função hepática, diminuir medicamentos metabolizados pelo fígado, solicitar exames complementares Narcóticos - cocaína - não devem receber tratamento dental nas 6h seguintes a última dose DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS Hepatite - inflamação do fígado Assintomática no início Atendimento odontológico para hepatite B e C - Distúrbios hemostáticos - - Evitar medicamentos hepatotóxicos - Associações com outras doenças sistêmicas Lesões intrabucais especialmente HC - Xerostomia, sialodenite, gengivite, líquen plano Biossegurança é imprescindível HIV/AIDS - síndrome da imunodeficiência adquirida - afeta o sistema imune - Contaminação por fluidos orgânicos - saliva NÃO contamina pois apresenta uma barreira natural contra o HIV Lesões bucais são frequentes por conta da deficiência imunológica Estar familiarizado com os medicamentos frequentemente usados pelos pacientes HIV pois os mesmos podem causar alterações bucais Profilaxia antibiótica deve ser baseada nas condições médicas do paciente, no estado da imunodeficiência Tratamento odontológico - controle a cada 3 meses, saliva artificial se necessária, suplementação com flúor Em ambas as doenças, se houver contato direto com as vias de contaminação, lavar abundantemente e fazer exames. DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) Conceito - Desordens que afetam as estruturas dos rins e sua função. - As manifestações variam pela causa, severidade e taxa de progressão. ● Aguda - súbita e rápida perda de função renal, reversível e temporária ● Crônica - lenta, progressiva e irreversível, afeta os rins por 3 meses ou mais. Etiologia/ fatores de risco - HAS - Diabetes - Obesidade - Glomerulopatias - Cistos/cálculos - Uso abusivo de medicações nefrotoxicas - Infecção urinária - Causa idiopática Diagnóstico - Exame de sangue - TGF creatinina - Exame de urina - presença de albumina, proteína total, glicose e sangue - Ultrassonografia dos rins Características clínicas - Diminuição da quantidade de urina - Inchaço nos pés e tornozelos - retenção de líquido notável na pele - perda de apetite - falta de ar - náuseas e vômitos - fadiga - confusão mental. Tratamento - Deve ser individualizado, baseado no diagnóstico, estágio da doença e estado clínico do paciente. - Insuficiencia renal aguda - tratar a causa - Crônica - hemodiálise e transplante Aspectos odontológicos - Gengivite/ periodontite - halitose - alteração no paladar - cálculo dentário - xerostomia - palidez da mucosa - lingua pilosa - infecções oportunistas - estomatite urêmica - condição dolorosa e debilitante, lesões esbranquiçadas, lábios ressecados e inchados, presença de úlceras e sangramentos na comissura labial, mucosa jugal e lateral da língua. ● Apresentam baixa prevalência de cárie, provavelmente devido a inibição da formação de placa bacteriana devido aos altos niveis de ureia na saliva. ● Em caso de tratamento cirúrgico em pacientes que fazem hemodiálise, atender em dias alternados - por conta da heparina utilizada para evitar coagulação sanguínea durante a hemodiálise. ONCOLOGIA Neoplasias - podem se desenvolver no seu local de origem (primário) ou distante (secundário). - Benignas - crescimento lento e expansivo. Não tem metástase. - Malignas - crescimento rápido, expansivo e infiltrativo. Presença de metástase. Neoplasias benignas - apresentam células semelhantes as do tecido de origem, núcleo não é alterado, porém há formação de arranjo tecidual diferente. Neoplasias malignas - Células com núcleos alterados, irregularidade na forma, tamanho e número, mitoses atípicas, hipercromasia nuclear. Etiologia - Físicos - Energia radiante, energia térmica. - Químicos - Corantes, fumo. - Biológicos - virais e bacterianos Diagnóstico - Exames clínicos e complementares (biópsia, citologia esfoliativa, exames de imagem) Tratamento - Cirúrgico - curativo e paliativo - Radioterapia (antes da cirurgia - curativa ou neoadjuvante) (após a cirurgia - adjuvante, ablativa, paliativa) - Quimioterapia - curativa, adjuvante, neoadjuvante, paliativa - Transplante de medula óssea - indicado em casos de leucemias, linfomas e anemias graves. - Imunoterapia - aumenta a capacidade do sistema imunológico - Terapia - alvo - Drogas que atacam especificamente as células cancerígenas. ● O tratamento das neoplasias visa interromper o processo de expansão da doença e combater as células cancerígenas já presentes no organismo. Aspectos odontológicos - Dor - Sangramento - infecções da mucosa, dentais e periodontais - xerostomia - candidíase oral - osteonecrose - cárie de radiação. ● Uma boa higiene bucal é fundamental. ● Em casos de dor e infecções - avaliar com a equipe médica a melhor medicação. ● Xerostomia - saliva artificial, varios goles de água durante o dia. ● Candidíase - antifúngico - nistatina ● Mucosite - laserterapia. O tratamento odontológico deve ser realizado ANTES da radio e quimioterapia para evitar osteorradionecrose/osteonecrose. ● Tratamento da necrose deve ser prescrito individualmente. Realiza-se debridamento do tecido ósseo necrosado, antibioticoterapia, antisséptico bucal com clorexidina e laserterapia - dose e duração variam de paciente para paciente. ● Ponto nadir - ponto mais baixo da imunidade - entre doses de quimioterapia. DOENÇAS ADQUIRIDAS NO PERÍODO PRÉ NATAL Certos estágios do desenvolvimento embrionário são mais suscetíveis a perturbações do que outros. - Fatores teratogênicos agem nos períodos de rápida diferenciação celular. ● Mecanismos - crescimentoinsuficiente, em posição anormal ou supercrescimento. Considerando a teratogenicidade de um agente; - Dosagem da droga ou composto químico - Genótipo Períodos críticos do desenvolvimento - Pré-embrionário: 1° e 2° semana - Embrionário: 3° a 8° semana (organogênese) - Fetal: 9° semana até o nascimento. O que acontece com o feto que sobrevive ao agente teratogênico? - Malformações congênitas - anormalidade presentes ao nascimento (macro/micro, externa/interna). Fatores etiológicos ● Fatores genéticos - anomalias causadas por genes, fatores cromossômicos (numéricas ou estruturais) ● Fatores ambientais - Agentes infecciosos, parasitas, radiações, agentes químicos, antibióticos e medicações, hormônios. ● Agentes infecciosos - rubéola, herpes, sarampo, sífilis, toxoplasmose, entre vários outros. - Rubéola - 15 a 20% dos casos no primeiro trimestre causam malformações - catarata, cardiopatia, surdez. - Prevenção: vacinação. - Toxoplasmose - microcefalia, microftalmia, hidrocefalia - Prevenção: evitar carne crua e contato com animais. - Fatores ambientais - Radiações podem causar alterações no código genético. - Agentes químicos - drogas lícitas e ilícitas, nicotina e cafeína, álcool. - Síndrome alcóolica fetal - - Redução do CIU, fenda palpebral curta, hipoplasia maxilar, anomalia articular, cardiopatia. Drogas ilícitas - CIUR, malformações, anomalias. Síndrome congênita do Zika - Zika vírus - capaz de alterar células progenitoras neurais e outras células cerebrais. - Diminuição da atividade fetal, anormalidades craniofaciais. - Microcefalia, lesão cerebral fetal, alterações musculoesqueléticas, oculares, craniofaciais, geniturinárias ● Conduta odontológica - anamnese direcionada aos distúrbios secundários associados a microcefalia: - Epilepsia, convulsões, deficiência intelectual, atraso na fala, alterações sensoriais, distúrbios de comportamentos, dificuldade de deglutição e sucção, medicamentos. Screening - rastreamento pré natal de anormalidades cromossômicas 1. Introdução - clínica, aconselhamento genético (risco do casal, idade materna, gestação anterior com anomalia) 2. Marcadores bioquímicos 3. Ultrassom morfológico - primeiro trimestre, data gestacional, gestações múltiplas, malformações grosseiras, ossos craniofaciais. 4. Métodos invasivos para análise de cariótipo fetal - amniocentese, biópsia de vilo corial, cordocentese. 5. Triagem neonatal e teste do pézinho.
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