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antimicrobianos que afetam a sintese proteica

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ribossomo bacteriano tem 2 subunidades: 30S e 
50S 
 
- os atb dessa classe são bacteriostáticos, exceto 
os aminoglicosídeos que são bactericidas 
 
parede celular 
- bactérias gram positivas: ácido teicoico, ácido 
lipoteicoico, peptideoglicano, membrana plasmática, 
proteína transmembrana 
- bactérias gram negativas: tem canal de porina, 
lipopolissacarídeo, membrana externa, membrana 
celular, peptideoglicano 
 
aminoglicosídeos 
- muito hidrossolúvel, maior atividade em gram 
negativos, maior administração por via EV por 
infusão ou IM, exceto neomicina 
- neomicina: muito nefrotóxica – não é por via EV e 
IM, só existe na apresentação tópica 
 
mecanismo de ação 
- se ligam na subunidade 30S, bloqueiam o início 
da síntese proteica – distorcem a estrutura da 
subunidade, causando a leitura incorreta do RNAm 
-> bloqueio da iniciação 
- atuam no bloqueio da tradução (formação da 
proteína) 
- incorporam um AA infeccioso na cadeia -> 
proteína defeituosa (bactericida, pois essa proteína 
causa a morte da célula) 
 
- utilizados para infecções graves por gram 
negativos e algumas gram positivas 
 
- estreptomicina, canamicina, gentamicina, 
tobramicina, amicacina, netilmicina, neomicina 
(tópico) 
 
- os níveis séricos máximos são obtidos após 60-
90min, por via IM e em infusões intravenosas por 
30min 
 
reações adversas 
são frequentes – questionamento quanto ao uso; 
uso quando a infecção é grave ou é causada por 
bactérias mais resistentes 
- ototoxicidade, nefrotoxicidade, bloqueio 
neuromuscular 
 
usos clínicos 
gram negativos, tuberculose, infecções por 
pseudomonas aeruginosa 
*aumenta a atividade farmacológica com 
associação com penicilinas (maior espectro para 
gram positivas e negativas) 
 
- estreptomicina: boa atividade contra M. 
tuberculosis e M. bovis – alternativa ao tratamento 
de tuberculose quando há resistência à isoniazida 
e/ou rifampicina ou quando a terapia parenteral é 
necessária 
- gentamicina: tratamento de infecções por bacilos 
gram negativos, com ação contra P. aeruginosa ou 
S. marcescens 
- amicacina: tem o maior espectro de ação do 
grupo, utilizada em infecções por bacilos gram 
negativos resistentes à gentamicina e na terapia 
empírica de infecções relacionadas à assistência à 
saúde; pode ser usada em infecções do trato 
respiratório e urinário 
 
tetraciclinas 
- 4 ciclos na cadeia carbônica 
- tetraciclina, minociclina, doxiciclina, 
clorotetraciclina, oxitetraciclina 
 
mecanismo de ação 
- ligação na subunidade 30S (bloqueia o início) – 
bloqueio do aceptor, impedindo o crescimento do 
peptídeo em formação 
- bacteriostático 
 
farmacocinética 
- doxiciclina e minociclina alcançam concentrações 
terapêuticas no líquido cerebrospinal (LCR) 
- o glicuronídeo de doxiciclina é excretado pela bile 
- a maioria das tetraciclinas é reabsorvida da bile, 
biotransformada em glicuronídeo e excretada na 
urina 
- maior excreção renal 
- quando administrada com carbamazepina, 
fenitoína, barbitúricos e ingestão crônica de álcool 
causa indução enzimática (aumenta o metabolismo, 
menor efeito) 
 
complexação com metais 
cátions bivalentes – principalmente cálcio 
- contraindicação de tomar tetraciclina com leite, 
pois interfere na absorção dos dois (do atb e do 
cálcio) 
- gestantes e crianças (principalmente menos de 8 
anos): não usa tetraciclina – impede o 
desenvolvimento ósseo do feto e criança (impede o 
desenvolvimento) 
- ter cuidado no uso em idosos 
 
usos clínicos 
 
 INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA 
JADY XAVIER 
- tratamento de infecções causadas por clamídias, 
riquétsias, mycoplasma pneumoniae, n. 
gonorrhoeae, h. ducreyi, treponema pallidum 
- são alternativas no tratamento de cólera, 
brucelose, actinomicose e acne 
 
eventos adversos 
- gastrointestinais, estruturas ósseas e dentes, 
hepatotoxicidade, nefrotoxicidade (não são tão 
comuns) 
- fototoxicidade, pseudotumor cerebral (náusea, 
tontura, zumbido – sintomas de tumores cerebrais; 
não forma tumor, só tem sintomas semelhantes – 
na suspensão do uso os sintomas param) 
- eventos adversos em menor intensidade e 
gravidade que os aminoglicosídeos 
 
macrolídeos 
- possuem núcleo macro (anel macrolídeo) ligado a 
um carboidrato 
 
mecanismo de ação 
- ligação na subunidade 50S – a cadeia peptídica 
que estava sendo formada vai ser transferida; 
impedem a translocação, evitando o alongamento 
da cadeia 
- são bacteriostáticos, mas em altas doses são 
bactericidas (mecanismo ainda não é explicado) 
 
comparação dos macrolídeos 
 
- eritromicina é eficaz para infecções respiratórias – 
administração de 6/6h por 6-14d -> a posologia 
gera abandono do medicamento + reações 
adversas 
- claritromicina é de 12/12h 
- azitromicina: 1 vez ao dia por 3 dias – hoje em 
dia o tratamento é maior (5-6 dias); muito utilizada 
por causa da administração mais cômoda, tem 
menos efeitos adversos 
 
*paciente com arritmia deve ser monitorado ou usar 
outros medicamentos para substituir os 
macrolídeos (aumentam o intervalo QT) 
 
cobertura dos macrolídeos 
- uso geral: infecções respiratórias 
- claritromicina: uso na H. pylori 
 
- eritromicina: gram positivos (mais streptococos) e 
moderadamente para alguns gram negativos (H. 
influenzae, H. minigitidis, N. gonorrhoeae), dentre 
eles alguns agentes atípicos de pneumonia 
(legionella, mycoplasma pneumoniae) 
- claritromicina: espectro similar ao da eritromicina, 
mas é mais potente para streptococos e 
stafilococos; cobre melhor H. influenzae e agentes 
atípicos de pneumonia; age contra ureoplasma e H. 
pylori 
- azitromicina: espectro similar ao da eritromicina, 
porém menos potente para streptococos e 
stafilococos; muito melhor para H. influenzae e M. 
catarrhalis; age contra Chlamydia trachomatis em 
uretrites e contra o M. avium em pacientes com 
AIDS e infecções generalizadas 
 
farmacocinética 
- bem absorvidos por VO: o medicamento absorvido 
distribui-se amplamente, exceto para cérebro e 
líquido cerebrospinal 
- pico de concentração é atingido em 1-4h após a 
administração 
- excretadas pela bile e urina (principalmente) 
- eritromicina atravessa a placenta e alcança o feto 
(contraindicação) 
 
diminuem o metabolismo de 
são inibidores enzimáticos, diminuem metabolismo 
(aumentam efeito e causam reações adversas) 
- glicocorticoides, ACO, teofilina, carbamazepina, 
varfarina, digoxina, ciclosporina 
 
- ACO: uso longo de macrolídeos causa formação 
de trombos 
- varfarina: maior risco de hemorragia 
- digoxina: risco de intoxicação digitálica 
 
clindamicina 
- não tem o anel macrolídeo, mas é bem parecida 
com os macrolídeos 
 
mecanismo de ação 
- se liga na subunidade 50S, impedindo o 
alongamento da cadeia (igual aos macrolídeos) 
 
farmacocinética 
- absorção por VO 
- pico plasmático em 1h 
- meia-vida de 2-2,5h (curta) 
- ampla distribuição 
- pouca passagem para o SNC e grande passagem 
para planeta 
- metabolizada pelo fígado 
- excretada na bile e urina (principalmente) 
uso clínico 
- infecções ginecológicas, abscessos pulmonares, 
infecções graves por anaeróbios, gangrena gasosa 
- atualmente recomenda-se a clindamicina em lugar 
da eritromicina para profilaxia da endocardite em 
pacientes com cardiopatia valvar que serão 
submetidos a determinados procedimentos 
odontólogos e que sejam significativamente 
alérgicos à penicilina 
 
*infecções odontológicas: usa clindamicina em 
quem tem alergia à penicilina 
 
eventos adversos 
- TGI, funções hepáticas, neutropenia em uso a 
longo prazo 
- a administração de clindamicina representa fator 
de risco de diarreia e colite causada por C. difficile – 
impede o crescimento de bactérias protetoras do 
TGI (diarreia), favorecendo o aumento do 
clostridium (colite) 
*a diarreia é diferente 
 
cloranfenicol 
- tem grupos cloretos 
- faz parte dos anfenicóis (análogos do 
cloranfenicol obtidos por substituição bioisostérica) 
- usono Brasil: cloranfenicol 
 
mecanismo de ação 
- se liga na subunidade 50S, inibindo a enzima 
peptidil transferase (transfere a cadeia peptídica do 
RNA que já estava lá para o RNAt que chegou) – 
impede o crescimento da cadeia 
- bacteriostático 
 
farmacocinética 
- VO ou IV (na forma de sais) 
- alcança concentrações terapêuticas no líquido 
cerebrospinal (pode atuar nessas lesões) 
- biotransformação hepática a um glicuronídeo 
inativo que é secretado pelos túbulos renais e 
eliminado na urina 
 
*crianças e bebês têm pouco ácido glicurônico -> 
acumulam cloranfenicol no organismo -> causa 
uma anemia que deixa o bebê com cor azulada 
(síndrome do bebê cinzento) 
*gestante: risco de anemia 
*lactante: contraindicação absoluta 
*a anemia ocorre de forma geral, porém é maior 
em bebês 
 
- necessário reduzir a dosagem em pacientes com 
disfunção hepática ou cirrose 
- secretado no leite – pode causar a síndrome do 
bebê cinzento mesmo se o bebê não estiver 
tomando o medicamento 
 
eventos adversos 
- anemias 
- síndrome do bebê cinzento 
 
usos clínicos 
- gram positiva e negativa 
- H. influenzae 
- infecções oculares e meningites 
 
*macrolídeo pode ser utilizado em clamídia 
(principalmente azitromicina) 
 
resistência bacteriana 
- alteração de permeabilidade: bactéria altera a 
composição da membrana e da parede celular para 
evitar a entrada do antimicrobiano 
- mecanismo enzimático: mecanismo de resistência 
enzimática ocorre devido à inativação de drogas 
produzidas por bactérias que degradam ou inativam 
os antibióticos, envolvendo reações enzimáticas 
como hidrólise, transferência de um grupo químico 
ou processo de oxirredução 
- desenvolve uma bomba de efluxo, que faz com 
que o antimicrobiano saia 
- alteração do sítio de ação: impedem a ligação dos 
antimicrobianos 
 
*a bactéria tem genes de resistência

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