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Parasitologia - Protozoários Flagelados do Sangue e Tecidos

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Parasitologi�
Trypan�som� cruz�
Taxonomi�
Filo: Sarcomastigophora
Classe: Zoomastigophora
Subclasse: Coccidia
Ordem: Kinetoplastida
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Trypanosoma
Espécie: Trypanosoma cruzi
Forma� Evolutiva�
Amastigota:
⤷ Forma intracelular que se
multiplica no hospedeiro
vertebrado.
⤷ Apresentam pequenas dimensões
⤷ Forma circular ou ovóide.
⤷ Corpo achatado.
⤷ Pouco citoplasma.
⤷ Núcleo relativamente grande,
redondo e excêntrico.
⤷ Cinetoplasto possui forma
discóide, sendo bem visível.
⤷ Flagelo curto e incluído no bolso
flagelar, geralmente não é
reconhecível nas preparações
coradas e examinadas à
microscopia óptica, sendo
observado apenas em microscopia
eletrônica.
Epimastigota:
⤷ Forma extracelular que se
multiplica no hospedeiro
invertebrado.
⤷ Forma alongada e fusiforme.
⤷ Cinetoplasto discóide na
proximidade anterior ao núcleo.
⤷ Bolso flagelar abre-se lentamente.
⤷ Flagelo emerge da bolsa com
abertura lateral e percorre aderido a
parte do corpo do parasita,
tornando-se livre na região anterior
do corpo celular.
⤷ O flagelo se mantém colado à
membrana celular pela bainha
flagelar ou membrana ondulante.
⤷ Pode ser encontrado no tubo
digestivo do inseto vetor ou em
cultivo axênico.
Tripomastigota:
⤷ Estrutura infectante para um novo
hospedeiro.
⤷ Corpo celular longo.
⤷ Cinetoplasto arredondado.
⤷ Bolso flagelar localizado na região
entre o núcleo e a extremidade
posterior do corpo celular.
⤷ O núcleo fica na região central da
célula.
⤷ O flagelo percorre toda a extensão
lateral da célula, aderido, formando
uma longa membrana ondulante.
H�spedeir��
Hospedeiros vertebrados: Humanos e
outros mamíferos.
Infectante para grande número de espécies:
marsupiais, morcegos, carnívoros,
roedores e primatas não humanos.
Hospedeiros invertebrados: Insetos
hematófagos Triatomíneos - Triatoma sp,
Rhodnius sp. e Panstrongylus sp.
Reservatórios: Cães, gatos, roedores,
gambás, símios, marsupiais e tatus.
Parasitologi�
Mecanism� d� Infecçã�
Ativo cutâneo -
⤷ Via digestiva
⤷ Transfusão sanguínea
⤷ Transplacentária
⤷ Transplante de órgãos
Habita�
Hospedeiro vertebrado
⤷ Amastigota:
○ Músculo cardíaco
○ Músculo esquelético
○ Músculo liso
○ Células do SFM
○ Células nervosas
⤷ Tripomastigota:
○ Corrente sanguínea
Cicl� Biológic�
Patogeni�
Fase Aguda
⤷ Sinal de Romaña é a reação
inflamatória em resposta a infecção
aguda por penetração na região da
conjuntiva, causando edema
bipalpebral unilateral.
Pode vir acompanhado de
conjuntivite, dacrioadenite e
aumento ganglionar pré-auricular.
Fase Crônica
⤷ Assintomática
○ Redução da carga
parasitária.
○ Evolui para cura clínica,
mas não parasitológica.
⤷ Forma Cardíaca
○ Necrose do miocárdio
○ Destruição do sistema
excito condutor
○ Arritmias
○ Insuficiencia cardiaca
○ Fenômenos
tromboembólicos
○ Aumento do coração
○ Dilatação das câmaras
cardíacas (cardiomegalia
chagásica)
⤷ Forma Digestiva
○ Alteração nas células
nervosas do sistema
entérico, alterando o
trânsito intestinal.
○ Megaesofago causa
dificuldade de deglutição,
tosse, pneumonia por
aspiração e megacólon
causa constipação severa.
Fase Aguda
Corresponde ao período em que o parasito
pode ser encontrado no sangue, causando
sintomas inespecíficos, como febre,
Parasitologi�
sensação de fraqueza, poliadenite, cefaleia,
dores pelo corpo e anorexia.
Uma medida profilática é o diagnóstico e
tratamento dos indivíduos.
Fase Aguda Grave
Nos casos mais graves, a patogenia está
relacionada com a intensa e disseminada
multiplicação das amastigotas.
Fase Crônica
A maioria dos casos evolui para uma fase
crônica assintomática, podendo
permanecer por anos desta maneira. A
parasitemia reduz significativamente, mas
o parasito continua no organismo na forma
amastigota (intracelular).
Nessa fase não há tratamento, apenas
acompanhamento.
Diagn�stic�
Fase Aguda
⤷ Distensão delgada ou espessa do
sangue - pode dar falso negativo
devido à pequena amostra
analisada.
⤷ Técnicas de concentração
sanguínea por centrifugação
simples, fazendo esfregaço corado
do creme leucocitário.
⤷ Strout: centrifugação do soro após
coagulação natural e análise do
sedimento (distensão corada).
⤷ Centrifugação do
micro-hematócrito.
⤷ Imunológico: sorologia (ELISA;
RIFI).
⤷ Molecular: PCR.
Fase Crônica
⤷ Sorologia.
⤷ Histopatologia.
⤷ Hemocultura.
⤷ Molecular: PCR.
Epidemiologi�
⤷ Somente nas Américas.
⤷ Estados nordestinos, MG, MT, GO,
RS (triatomíneos domiciliares).
⤷ Áreas rurais e periurbanas (casas
de pau-a-pique ou palha).
Profilaxi�
⤷ Melhoria das habitações.
⤷ Educação sanitária.
⤷ Combate ao triatomíneo com
inseticidas nos esconderijos.
⤷ Pesquisa de reservatórios
domésticos e sacrifício.
⤷ Diagnóstico e tratamento dos casos
agudos.
⤷ Controle dos bancos de sangue.
⤷ Uso de mosquiteiros.
Leishmani� s�.
Taxonomi�
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Leishmania
Espécie: Leishmania sp.
Forma� Evolutiva�
Parasitologi�
Amastigota
⤷ Pequenas dimensões
⤷ Contorno aproximadamente
circular, ovóide ou fusiforme
⤷ Corpo achatado
⤷ Pouco citoplasma
⤷ Núcleo relativamente grande,
redondo e excêntrico.
⤷ Cinetoplasto de forma discóide
bem visível
⤷ Flagelo curtíssimo e incluído no
bolso flagelar
⤷ Flagelo não é reconhecível nas
preparações coradas e examinadas
na microscopia óptica, apenas em
microscopia eletrônica
Promastigota
⤷ Corpo celular longo e achatado
⤷ Núcleo na região mediana
⤷ Cinetoplasto arredondado
⤷ Bolso flagelar localizado na região
entre o núcleo e a extremidade
anterior
⤷ Flagelo se exterioriza na porção
anterior, de forma que não produz
uma membrana ondulante
⤷ Forma infectante
H�spedeir��
Hospedeiro Invertebrado - Flebotomíneo
fêmea, pois somente a fêmea é
hematófaga. Ao sugar o sangue do
hospedeiro vertebrado, o mosquito
regurgita a estrutura infectante para o
hospedeiro, a promastigota metacíclica.
Hospedeiro Vertebrado - Humanos,
roedores, marsupiais, cães e equinos.
Todos os hospedeiros vertebrados podem
ser reservatórios.
Mecanism� d� Infecçã�
Passivo cutâneo - através da picada do
mosquito que regurgita a estrutura
infectante no momento da picada e ao
coçar o parasito penetra no hospedeiro.
No hospedeiro invertebrado o mecanismo
é passivo oral pois se infecta ao sugar as
amastigotas junto do sangue de um
hospedeiro infectado no momento da
picada.
Habita�
Hospedeiro Invertebrado - Intestino
Hospedeiro Vertebrado - Tegumento local
da picada e posteriormente (no caso de
Leishmania visceral) em outros órgãos.
Cicl� Biológic�
Início do ciclo em hospedeiros
invertebrados
Após se infectar com as formas
amastigotas, elas se instalam no intestino
do inseto.
Já no intestino, elas se transformam em
promastigotas procíclicas e se multiplicam
intensamente.
Por conta dessa multiplicação, o inseto não
consegue mais se alimentar e no momento
da hematofagia, ele regurgita todo o
material já com as promastigotas
metacíclicas.
Parasitologi�
No hospedeiro vertebrado
Assim que a forma infectante chega ao
interstício, elas são fagocitadas por
histiócitos ou macrófagos. Porém, nem
todas são destruídas. Uma vez
internalizadas, elas se transformam de
promastigotas em amastigotas e começam
a multiplicação.
Essa multiplicação ocorre por divisão
binária, formando amastigotas filhas até
que o macrófago sofra ruptura.
Assim, elas são liberadas para o meio
extracelular e são fagocitadas por outros
macrófagos, instalando-se assim no
hospedeiro.
A multiplicação ocorre no mesmo local da
picada. Caso a espécie tenha a capacidade
de visceralizar. pode seguir por vias
sanguíneas ou linfáticas para diversos
órgãos.
Patogeni�
Entre os sintomas gerais estão:
⤷ Febre
⤷ Mal-estar
⤷ Anemia moderada
Porém, existem diferenças entre as formas
clínicas que podem ser divididas em:
Cutânea
⤷ Lesões ulceradas ou nodulares.
⤷ Geralmente as lesões são múltiplas.
⤷ Também é conhecida como “Piã
das florestas” ou “Pian-boi”.
⤷ Pode ocorrer metástase ao se
disseminar pelas linfáticas,
formando nódulos subcutâneos em
todo o corpo.
Mucocutânea
⤷ Lesões ulceradasúnicas com
tendência à metástase.
⤷ Ocorre principalmente na mucosa
nasal.
⤷ A inflamação pode levar a necrose,
formando uma úlcera que pode ser
funda ou rasa e possui bordas
salientes e enduradas.
⤷ Quando ocorre metástase, as
úlceras progridem em extensão e
profundidade, podendo atingir as
cartilagens e ossos do nariz, a
região palatina e o maciço facial.
⤷ Pode ocorrer perfuração do septo
ou do palato, eventualmente
podendo chegar a faringe e a
laringe.
Cutânea-Difusa
⤷ Lesões nodulares na pele ou de
forma difusa.
⤷ Se manifesta produzindo uma lesão
inicial rica em amastigotas.
⤷ Posteriormente surgem lesões
satélites.
⤷ Ocorre crescimento e multiplicação
das lesões.
Visceral
⤷ Hepatoesplenomegalia
⤷ Hipertrofia de linfonodos
⤷ Destruição do tecido
hematopoiético
⤷ Anemia
⤷ Leucopenia
⤷ Trombocitopenia
⤷ Pode-se formar um pequeno
nódulo no local da picada.
⤷ Geralmente localizado no rosto e
desaparece antes do surgimento dos
sintomas típicos.
Parasitologi�
⤷ Começa de forma gradual,
imperceptível
⤷ Adinamia
⤷ Perda de apetite
⤷ Palidez
⤷ Ligeiro aumento do baço
⤷ Elevação da temperatura
⤷ Pode lembrar infecções intestinais
e malária.
⤷ Caracteriza-se pela febre irregular,
esplenomegalia e anemia.
⤷ Na fase terminal leva à caquexia, e
possui alta taxa de mortalidade.
Forma Assintomática
Evolução silenciosa ou tão discreta que
fica sem diagnóstico.
Forma Aguda
Evolui rapidamente e é fatal em prazos de
20 a 40 dias, comum em crianças de um a
dois anos. Apresenta febre alta e contínua,
anemia e aumento do baço.
Forma Crônica
Mais comuns e apresentam evolução lenta,
podendo durar anos com fases de remissão
e recaídas se alternando por períodos de
semanas ou meses. Comum em jovens e
em adultos. Forma que melhor responde
aos tratamentos.
Diagn�stic�
A notificação é compulsória.
Leishmaniose Tegumentar
⤷ Parasitológico
○ Biópsia da lesão ou
raspagem da borda
inflamatória fixada com
metanol e corado com
Giemsa.
○ Histopatologia do material
da biópsia.
○ Inoculação em animais de
laboratório.
⤷ Imunológico
○ Reação intradérmica de
Montenegro (Não serve
para infecções recentes e
áreas endêmicas).
○ ELISA.
○ RIFI.
⤷ Molecular
○ PCR para diferenciação das
espécies.
Leishmaniose Visceral
⤷ Parasitológico
○ Punção de baço, medula
óssea ou linfonodos.
○ Biópsia de fígado ou baço,
histopatologia ou imprint.
○ Pesquisa de amastigotas no
sangue (por creme
leucocitário) ou cultura.
⤷ Imunológico
○ ELISA.
○ RIFI.
○ Aglutinação direta.
○ Reação intradérmica de
Montenegro (resposta
tardia).
Epidemiologi�
Leishmania braziliensis
⤷ Distribuição em todo o território
brasileiro.
Parasitologi�
⤷ Mais comum na Amazônia e áreas
florestais adjacentes e nos países
vizinhos.
⤷ Bastante disseminada na Bahia, em
Minas Gerais e no Espírito Santo.
⤷ No Rio de Janeiro está presente nos
bairros de Campo Grande e
Jacarepaguá.
⤷ Na Baixada Fluminense a
transmissão tem caráter domiciliar.
Leishmania guyanensis
⤷ Distribuição geográfica abrange a
Guiana, Suriname, Guiana
Francesa, e, no Brasil, o Amapá e
Roraima.
⤷ Atinge também partes setentrionais
dos estados do Pará e Amazonas.
⤷ Os animais reservatórios mais
importantes são mamíferos
silvestres.
Leishmania amazonensis
⤷ Distribuição geográfica abrange
toda a Bacia Amazônica e
territórios adjacentes, como
Maranhão, Bahia e Minas Gerais.
⤷ Os animais reservatórios mais
importantes são roedores da
floresta e marsupiais.
Leishmania infantum
⤷ Nas Américas, incide sobretudo no
Brasil, Venezuela e Argentina.
⤷ Principais áreas endêmicas no
Brasil são no Nordeste. Também
tendo muitos casos em Minas
Gerais e no Rio de Janeiro.
⤷ Comum em climas equatoriais,
tropicais e subtropicais, nas
Américas e na África e também em
climas temperados do Mediterrânio
e da Ásia.
⤷ Áreas rurais são mais atingidas por
endemias.
⤷ Nas cidades, ocorre em bairros
mais periféricos.
Profilaxi�
⤷ Controle do vetor, lembrando que a
atividade do inseto é crepuscular e
noturna.
⤷ Remoção de restos de matéria
orgânica do peridomicílio para
evitar criadouros de flebotomíneos
e aproximação de animais
reservatórios.
⤷ Construção de casas a grande
distância da orla florestal.
⤷ Telagem das portas e janelas com
telas muito finas e impregnadas
com inseticidas ou repelentes.
⤷ Eutanásia ou vacinação e
tratamento de reservatórios
domésticos (cães).
⤷
Leishmani� s�.
Taxonomi�
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Leishmania
Espécie: Leishmania sp.
Forma� Evolutiva�
Amastigota
⤷ Pequenas dimensões
Parasitologi�
⤷ Contorno aproximadamente
circular, ovóide ou fusiforme
⤷ Corpo achatado
⤷ Pouco citoplasma
⤷ Núcleo relativamente grande,
redondo e excêntrico.
⤷ Cinetoplasto de forma discóide
bem visível
⤷ Flagelo curtíssimo e incluído no
bolso flagelar
⤷ Flagelo não é reconhecível nas
preparações coradas e examinadas
na microscopia óptica, apenas em
microscopia eletrônica
Promastigota
⤷ Corpo celular longo e achatado
⤷ Núcleo na região mediana
⤷ Cinetoplasto arredondado
⤷ Bolso flagelar localizado na região
entre o núcleo e a extremidade
anterior
⤷ Flagelo se exterioriza na porção
anterior, de forma que não produz
uma membrana ondulante
⤷ Forma infectante
H�spedeir��
Hospedeiro Invertebrado - Flebotomíneo
fêmea, pois somente a fêmea é
hematófaga. Ao sugar o sangue do
hospedeiro vertebrado, o mosquito
regurgita a estrutura infectante para o
hospedeiro, a promastigota metacíclica.
Hospedeiro Vertebrado - Humanos,
roedores, marsupiais, cães e equinos.
Todos os hospedeiros vertebrados podem
ser reservatórios.
Mecanism� d� Infecçã�
Passivo cutâneo - através da picada do
mosquito que regurgita a estrutura
infectante no momento da picada e ao
coçar o parasito penetra no hospedeiro.
No hospedeiro invertebrado o mecanismo
é passivo oral pois se infecta ao sugar as
amastigotas junto do sangue de um
hospedeiro infectado no momento da
picada.
Habita�
Hospedeiro Invertebrado - Intestino
Hospedeiro Vertebrado - Tegumento local
da picada e posteriormente (no caso de
Leishmania visceral) em outros órgãos.
Cicl� Biológic�
Início do ciclo em hospedeiros
invertebrados
Após se infectar com as formas
amastigotas, elas se instalam no intestino
do inseto.
Já no intestino, elas se transformam em
promastigotas procíclicas e se multiplicam
intensamente.
Por conta dessa multiplicação, o inseto não
consegue mais se alimentar e no momento
da hematofagia, ele regurgita todo o
material já com as promastigotas
metacíclicas.
No hospedeiro vertebrado
Parasitologi�
Assim que a forma infectante chega ao
interstício, elas são fagocitadas por
histiócitos ou macrófagos. Porém, nem
todas são destruídas. Uma vez
internalizadas, elas se transformam de
promastigotas em amastigotas e começam
a multiplicação.
Essa multiplicação ocorre por divisão
binária, formando amastigotas filhas até
que o macrófago sofra ruptura.
Assim, elas são liberadas para o meio
extracelular e são fagocitadas por outros
macrófagos, instalando-se assim no
hospedeiro.
A multiplicação ocorre no mesmo local da
picada. Caso a espécie tenha a capacidade
de visceralizar. pode seguir por vias
sanguíneas ou linfáticas para diversos
órgãos.
Patogeni�
Entre os sintomas gerais estão:
⤷ Febre
⤷ Mal-estar
⤷ Anemia moderada
Porém, existem diferenças entre as formas
clínicas que podem ser divididas em:
Cutânea
⤷ Lesões ulceradas ou nodulares.
⤷ Geralmente as lesões são múltiplas.
⤷ Também é conhecida como “Piã
das florestas” ou “Pian-boi”.
⤷ Pode ocorrer metástase ao se
disseminar pelas linfáticas,
formando nódulos subcutâneos em
todo o corpo.
Mucocutânea
⤷ Lesões ulceradas únicas com
tendência à metástase.
⤷ Ocorre principalmente na mucosa
nasal.
⤷ A inflamação pode levar a necrose,
formando uma úlcera que pode ser
funda ou rasa e possui bordas
salientes e enduradas.
⤷ Quando ocorre metástase, as
úlceras progridem em extensão e
profundidade, podendo atingir as
cartilagens e ossos do nariz, a
região palatina e o maciço facial.
⤷ Pode ocorrer perfuração do septo
ou do palato, eventualmente
podendochegar a faringe e a
laringe.
Cutânea-Difusa
⤷ Lesões nodulares na pele ou de
forma difusa.
⤷ Se manifesta produzindo uma lesão
inicial rica em amastigotas.
⤷ Posteriormente surgem lesões
satélites.
⤷ Ocorre crescimento e multiplicação
das lesões.
Visceral
⤷ Hepatoesplenomegalia
⤷ Hipertrofia de linfonodos
⤷ Destruição do tecido
hematopoiético
⤷ Anemia
⤷ Leucopenia
⤷ Trombocitopenia
⤷ Pode-se formar um pequeno
nódulo no local da picada.
⤷ Geralmente localizado no rosto e
desaparece antes do surgimento dos
sintomas típicos.
Parasitologi�
⤷ Começa de forma gradual,
imperceptível
⤷ Adinamia
⤷ Perda de apetite
⤷ Palidez
⤷ Ligeiro aumento do baço
⤷ Elevação da temperatura
⤷ Pode lembrar infecções intestinais
e malária.
⤷ Caracteriza-se pela febre irregular,
esplenomegalia e anemia.
⤷ Na fase terminal leva à caquexia, e
possui alta taxa de mortalidade.
Forma Assintomática
Evolução silenciosa ou tão discreta que
fica sem diagnóstico.
Forma Aguda
Evolui rapidamente e é fatal em prazos de
20 a 40 dias, comum em crianças de um a
dois anos. Apresenta febre alta e contínua,
anemia e aumento do baço.
Forma Crônica
Mais comuns e apresentam evolução lenta,
podendo durar anos com fases de remissão
e recaídas se alternando por períodos de
semanas ou meses. Comum em jovens e
em adultos. Forma que melhor responde
aos tratamentos.
Diagn�stic�
A notificação é compulsória.
Leishmaniose Tegumentar
⤷ Parasitológico
○ Biópsia da lesão ou
raspagem da borda
inflamatória fixada com
metanol e corado com
Giemsa.
○ Histopatologia do material
da biópsia.
○ Inoculação em animais de
laboratório.
⤷ Imunológico
○ Reação intradérmica de
Montenegro (Não serve
para infecções recentes e
áreas endêmicas).
○ ELISA.
○ RIFI.
⤷ Molecular
○ PCR para diferenciação das
espécies.
Leishmaniose Visceral
⤷ Parasitológico
○ Punção de baço, medula
óssea ou linfonodos.
○ Biópsia de fígado ou baço,
histopatologia ou imprint.
○ Pesquisa de amastigotas no
sangue (por creme
leucocitário) ou cultura.
⤷ Imunológico
○ ELISA.
○ RIFI.
○ Aglutinação direta.
○ Reação intradérmica de
Montenegro (resposta
tardia).
Epidemiologi�
Leishmania braziliensis
⤷ Distribuição em todo o território
brasileiro.
Parasitologi�
⤷ Mais comum na Amazônia e áreas
florestais adjacentes e nos países
vizinhos.
⤷ Bastante disseminada na Bahia, em
Minas Gerais e no Espírito Santo.
⤷ No Rio de Janeiro está presente nos
bairros de Campo Grande e
Jacarepaguá.
⤷ Na Baixada Fluminense a
transmissão tem caráter domiciliar.
Leishmania guyanensis
⤷ Distribuição geográfica abrange a
Guiana, Suriname, Guiana
Francesa, e, no Brasil, o Amapá e
Roraima.
⤷ Atinge também partes setentrionais
dos estados do Pará e Amazonas.
⤷ Os animais reservatórios mais
importantes são mamíferos
silvestres.
Leishmania amazonensis
⤷ Distribuição geográfica abrange
toda a Bacia Amazônica e
territórios adjacentes, como
Maranhão, Bahia e Minas Gerais.
⤷ Os animais reservatórios mais
importantes são roedores da
floresta e marsupiais.
Leishmania infantum
⤷ Nas Américas, incide sobretudo no
Brasil, Venezuela e Argentina.
⤷ Principais áreas endêmicas no
Brasil são no Nordeste. Também
tendo muitos casos em Minas
Gerais e no Rio de Janeiro.
⤷ Comum em climas equatoriais,
tropicais e subtropicais, nas
Américas e na África e também em
climas temperados do Mediterrânio
e da Ásia.
⤷ Áreas rurais são mais atingidas por
endemias.
⤷ Nas cidades, ocorre em bairros
mais periféricos.
Profilaxi�
⤷ Controle do vetor, lembrando que a
atividade do inseto é crepuscular e
noturna.
⤷ Remoção de restos de matéria
orgânica do peridomicílio para
evitar criadouros de flebotomíneos
e aproximação de animais
reservatórios.
⤷ Construção de casas a grande
distância da orla florestal.
⤷ Telagem das portas e janelas com
telas muito finas e impregnadas
com inseticidas ou repelentes.
⤷ Eutanásia ou vacinação e
tratamento de reservatórios
domésticos (cães).
Trichomona� vaginali�
Taxonomi�
Filo: Sarcomastigophora
Subfilo: Mastigophora
Ordem: Trichomonadida
Família: Trichomonadidae
Espécie: Trichomonas vaginalis
Forma� Evolutiva�
Trofozoíta
Parasitologi�
⤷ Forma alongada, ovóide ou
piriforme.
⤷ Varia de 10 a 30um de
comprimento e 5 a 12um de
largura.
⤷ Possui 4 flagelos livres que partem
de uma depressão no pólo anterior,
denominada canal periflagelar.
⤷ Possui um quinto flagelo que
emerge fora desse canal e fica
voltado para trás, se mantendo
aderido ao corpo celular por uma
prega que constitui a membrana
ondulante.
H�spedeir��
Seres humanos.
Mecanism� d� Infecçã�
Passivo cutâneo
Habita�
Habitualmente vive na mucosa vaginal,
podendo ser observado em outros lugares
do aparelho geniturinário.
Em homens, já foi encontrado no prepúcio,
na uretra e na próstata.
Cicl� Biológic�
O ciclo ocorre basicamente pela troca
direta de secreções durante o ato sexual.
Porém, existe a possibilidade de
transmissão através de roupas íntimas,
objetos sexuais e utensílios ginecológicos,
pois trofozoítas podem sobreviver durante
algum tempo nessas superfícies.
As mães também podem infectar seus
bebês durante o parto.
Patogeni�
Entre os sintomas gerais estão:
⤷ Irritação da mucosa local por
metabólitos produzidos pelo
parasito na fixação ao epitélio.
⤷ Reação inflamatória no local.
Em mulheres
⤷ Assintomática
○ Lesões discretas
○ Erosões na mucosa
○ Reações inflamatórias
⤷ Leucorréia (corrimento) de vários
aspectos, cores, odores e
viscosidade.
⤷ Irritação na pele, deixando a vulva
edemaciada e avermelhada.
⤷ Cervicite associada a vaginite ou
vulvovaginite.
⤷ Vaginite
○ Pode ir desde um
pontilhado hiperêmico da
mucosa até um processo
inflamatório intenso e
generalizado.
⤷ Modificações da flora vaginal.
⤷ Diminuição da acidez local.
Parasitologi�
⤷ Diminuição do glicogênio nas
células do epitélio.
⤷ Descamação epitelial acentuada.
Em homens
⤷ Geralmente ocorre em homens
quando a parceira apresenta a
patogenia.
⤷ Costuma ser benigna e subclínica.
⤷ Pode produzir uretrites e
próstata-vesiculites, com disúria e
polaciúria.
⤷ Secreção matutina mucóide ou
purulenta.
⤷ Prurido e escoriações no sulco
bálano prepucial.
⤷ Há casos de evolução crônica.
Diagn�stic�
Mulheres
⤷ Parasitológico
○ Coleta da secreção vaginal
para exame fresco ou
colorações.
○ Semear em meio nutriente e
avaliar o sedimento após
centrifugação.
⤷ RIFI
A procura parasitológica é importante pois
a patogenia pode ser confundida com a de
outros agentes.
Homens
⤷ Parasitológico
○ Sedimento urinário (EAS),
secreção uretral ou
prostática.
⤷ RIFI.
Epidemiologi�
⤷ Cosmopolita.
⤷ ITS não viral de maior prevalência.
⤷ Entre 20 e 40% das pacientes
mulheres.
⤷ Prevalência menor nos homens
(podendo ser causada por falta de
procura ao médico e diagnóstico
mais difícil).
⤷ Entre 10 e 15% dos pacientes são
parceiros de mulheres infectadas
⤷ Associação com a infecção pelo
HIV.
⤷ Prevalente na faixa etária de 16 a
35 anos.
⤷ A falta de higiene facilita a
transferência do parasito através da
água do banho, das instalações
sanitárias, de objetos de toalete e
de roupas íntimas.
Profilaxi�
⤷ Educação em saúde.
⤷ Diagnóstico precoce e tratamento
de indivíduos infectados.
⤷ Notificar e tratar parceiros e
contatos sexuais de pessoas
infectadas.
⤷ Recomendação de medidas
higiênicas.
⤷ Promoção do uso de preservativos.

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