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Distribuição Temporal epidemio vet

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DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS
• O estudo da Distribuição Temporal das Doenças analisa a variabilidade da frequência das doenças em função das variáveis ligadas ao TEMPO. 
•SÉRIES TEMPORAIS: - são um conjunto de observações ou eventos ordenados no tempo. - em epidemiologia, de modo geral, as séries temporais são representadas por um gráfico em que “y” representa o evento quantificado (número de casos, óbitos, nascimentos, dentre outros) em função do tempo “x”. 
•UNIDADE DE TEMPO: - é escolhida de acordo com a história natural da doença estudada (horas, dias, meses, anos, etc). 
•FONTES DE DADOS: - Registro de óbitos, registros de casos, SINAN, inquéritos epidemiológicos e investigações epidemiológicas. 
•DEFINIÇÕES IMPORTANTES: 
•CASOS AUTÓCTONES: São os casos da doença que tiveram origem dentro dos limites do lugar em referência ou sob observação.
•CASOS ALÓCTONES: São os casos da doença importados e ocorrem quando o doente atualmente presente na área sob observação, adquiriu a doença em outra região.
•OBJETIVOS DO ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL DAS DOENÇAS 
-Indicar riscos a que a população está exposta. 
-Monitorar a saúde da população. 
- Prever a ocorrência de eventos. 
- Subsidiar as explicações de causas. 
- Auxiliar o planejamento em saúde. 
- Avaliação de impactos de intervenções. 
VARIAÇÕES RELATIVAS AO TEMPO 
•TENDÊNCIA HISTÓRICA (geral ou secular): Análise de mudanças na frequência de uma doença por longo período de tempo, geralmente décadas. 
•VARIAÇÕES CÍCLICAS: Ciclos periódicos e regulares, cujos espaços de tempo ultrapassam o período anual. 
•VARIAÇÕES SAZONAIS (estacionais): Oscilações periódicas de frequência cujos ciclos ocorrem dentro do período de um ano e coincidem com as estações do ano. 
•VARIAÇÕES IRREGULARES (acidentais):Alterações na frequência dos agravos à saúde em decorrência de acontecimentos não previsíveis (processos epidêmicos). 
FORMAS DE OCORRÊNCIA DAS DOENÇAS 
•INEXISTENTE: Não há registro de casos na região. 
Um caso pode ser considerado uma epidemia. 
•ESPORÁDICA: Não se conhece a distribuição espaço-temporal. 
Baixa ocorrência, sem previsibilidade 
•ENDÊMICA: Normalmente presente da população de determinada área geográfica. 
Regularidade previsível de frequência. 
Os casos ocorrem dentro de um limite esperado. 
•EPIDÊMICA: Elevação brusca, temporária e significativamente acima do esperado para a incidência da doença em determinada região. 
EPIDEMIAS 
•CAUSAS: 
- Elevado número de susceptíveis (nascimentos, migrações, baixas coberturas vacinais, etc). -Alterações ambientais (hepatite A por contaminação da água potável, por exemplo). - Aglomerados populacionais (surtos de gripe em asilos, por exemplo). - Aumento do número de vetores infectados (condições ambientais adequadas e controle ineficiente). - Ingresso de casos alóctones em áreas com condições ambientais favoráveis à propagação da doença.
•CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ABRANGÊNCIA: 
- SURTO: Todos os casos estão relacionados entre si e ocorrem em área pequena e delimitada. 
- EPIDEMIA PROPRIAMENTE DITA 
-PANDEMIA: Ampla distribuição espacial da doença envolvendo diversos países e continentes. Exemplo: Gripe espanhola em 1918
•CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PADRÃO DE DISSEMINAÇÃO: 
- EXPLOSIVA (pontual, maciça ou por fonte comum) 
- PROGRESSIVA (ou propagada ou por fontes múltiplas) 
Como afirmar se existe uma epidemia e não apenas um aumento normal ou esperado do número de casos?
DIAGRAMA DE CONTROLE 
•É um método estatístico e gráfico que permite o acompanhamento da evolução temporal das doenças. 
•Sua construção visa detectar possíveis alterações na distribuição habitual de uma doença, para que medidas de controle sejam adotadas. 
•A incidência das doenças é representada no eixo das ordenadas (eixo “y”) e o intervalo de tempo no eixo das abscissas (eixo “x”). 
•CONSTRUÇÃO: 
1° Calcular a incidência média (mensal ou semanal) da doença em um período anterior (geralmente 10 anos), em que não tenha havido grandes flutuações (excluir anos epidêmicos). 
2° Calcular o desvio padrão para cada incidência média. 
3° Estabelecer o intervalo de variação esperado para a incidência média da doença considerando a distribuição normal.
4° Construir o gráfico (diagrama) a partir do cálculo da incidência média e dos limites superior (média mais 1,96 desvios-padrão) e inferior (média menos 1,96 desvios-padrão). 
- Pode ser construído também através de cálculos com a mediana. 
FAIXA OU CANAL ENDÊMICO 
•É o espaço nos limites do qual as medidas de incidência podem flutuar sem que delas se possa inferir ter havido qualquer alteração sistêmica na estrutura epidemiológica condicionante do processo saúde-doença considerado.