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Socialização - Seminário Módulo IV Nome do Tutor (a) Felipe Bruno Pereira Santos Nome dos alunos (as) Adriana Krampitz Alyne Silveira de Oliveira Camille Fernandes Jusciliane De Oliveira Silva Fermino Tamara Bressan 1 Microbiologia de Alimentos Os Fungos e a contaminação por Micotoxinas INTRODUÇÃO Os fungos, também chamados de mofos ou bolores, são microrganismos causadores de alterações no sabor e qualidade dos alimentos. Algumas destas alterações são benéficas para a fabricação de queijos e cervejas, outros são altamente prejudiciais causando deteriorações nos alimentos e doenças em humanos e animais (Diniz, 2002). Alguns gêneros de fungos podem produzir micotoxinas, dentre elas temos: a aflatoxina, ocratoxina, zearalenona, patulina, fumonisina e desoxinivalenol (Hussein & Brassel, 2001; Rodríguez-Amaya & Sabino, 2002; Murphy et al., 2006). Essas micotoxinas são metabólitos secundários dos fungos e apresentam efeito tóxico para o homem, para alguns animais vertebrados e invertebrados e também para microrganismos e plantas (Bennett & Klich, 2003). A presente revisão bibliográfica tem como objetivo relatar algumas das pesquisas que estão sendo feitas no Brasil sobre micotoxinas em alimentos, mostrando a importância destes estudos e de conhecermos a realidade dos produtos brasileiros com relação a elas (Maziero & Bersot,2010). É de suma importância conhecermos essas micotoxinas e sabermos como elas afetam nossa saúde e ficar atento às quantidades encontradas em muitos alimentos, já que estas podem causar graves efeitos sobre a saúde humana e animal (Peraica et al., 2000, Bhatnagar et al., 2002). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA “Para os fungos se desenvolverem e produzirem micotoxinas são necessárias condições favoráveis de umidade, temperatura, pH, composição química do alimento e potencial redox (Pereira et al., 2002).” Os fungos podem promover prejuízos significativos aos alimentos. Quando presentes em sementes ocasionam perda do poder germinativo. No arroz e na manteiga de cacau afetam a qualidade, promovendo descoloração, e no café produzem aromas desagradáveis. Podem, ainda, alterar as condições físicas dos produtos, reduzir o valor nutritivo, alterar o aspecto externo, produzir aflatoxinas e favorecer a ação de outros agentes de deterioração, como leveduras, bactérias e insetos (PEREIRA et al., 2002, p142). As micotoxinas podem entrar na cadeia alimentar humana direta ou indiretamente. Diretamente, através do consumo dos cereais, oleaginosas e derivados. Já a contaminação indireta se dá através dos animais que se alimentam com rações previamente contaminadas podendo excretar micotoxinas no leite, carne e ovos (Molin & Valentini, 1999). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Quadro 01: Limites máximos admissíveis de concentração de aflatoxinas no Brasil ALIMENTO AFLATOXINA LIMITE Leite fluído M1 0,5 µg/L (0,5 ppb) Leite em pó M1 5,0 µg/kg (5 ppb) Milho em gãos (inteiro, partido, amassado, moído,) B1+B2+G1+G2 20,0 µg/kg (20 ppb) Farinhas ou sêmolas de milho. B1+B2+G1+G2 20,0 µg/kg (20 ppb) Amendoim (com casca), (descascado, cru ou tostado), Pasta de amendoim ou manteiga de amendoim) B1+B2+G1+G2 20,0 µg/kg (20 ppb) METODOLOGIA A construção do presente estudo deu-se de forma explicativa. Foi feito levantamento bibliográfico em sites como o “Google acadêmico” com as seguintes palavras-chaves: “fungos”, “micotoxinas alimentícias”, “Aflatoxina”, “Patulina” e “Ocratoxina A”, onde foram analisados artigos científico. . Fluorescência da Aflatoxina RESULTADOS E DISCUSSÕES A contaminação dos produtos alimentares por fungos e a posterior contaminação por micotoxinas é uma preocupação que não pode ser ignorada. A eliminação completa da presença de ambos não é possível e, por essa razão, é essencial conhecer a diversidade e incidência de espécies micotoxigênicas. A melhor forma de diminuir o problema com a amostra, é termos um plano amostral com máximo de representatividade do material coletado, além de preferencialmente trabalharmos com ingrediente moído, desta forma conseguimos homogeneizar melhor a amostra e minimizar a heterogeneidade das micotoxinas. Com isso, sabendo que a variabilidade da amostra analisada pode ser alta, pela característica da micotoxina, é muito importante escolhermos a metodologia que nos dê menor variabilidade e resultados efetivos. Por tanto foi possível observar que diante de tais pesquisas e dados demonstrados através de tabelas que as pesquisas realizadas no Brasil nos últimos 10 anos relatam variados índices de contaminação por micotoxinas em diferentes tipos de alimentos, muitos destes ainda sem legislação específica quanto aos limites aceitáveis para tais toxinas. REFERÊNCIAS Eizendeher, L.B.; Freitas, R.J.S.; Cançado, R.A. Incidência de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 em doces de amendoim e amendoim in natura comercializados no Estado do Paraná. Hig. Aliment. v.19, n.129, p.101-104, 2005. Leeson, S.; et al. Poultry disorders and mycotoxins. Guelph, Ontário, Canadá, pp. 352. 1995. MAZIERO MT, BERSOT LS. Micotoxinas em alimentos produzidos no Brasil. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, 12:89-99, 2012. MOLIN, R.; VALENTINI, M. L. Simpósio sobre Micotoxinas em Grãos. Pequeno historico das micotoxinas no mundo e no Brasil; Fatores que influenciam na ocorrencia de micotoxinas em milho; Ciclos biologicos e epidemiologia: Aspergillus, Penicillium, Diplodia e Fusarium; ... Mallmann, C.A. et al. Aflatoxinas – Aspectos clínicos e toxicológicos em suínos. Ciência Rural, v. 24, n. 3, p. 635-643, 1994. Mallmann, C.A. & Dilkin, P. Micotoxinas: clínica e diagnóstico em suínos. Pg. 191 - 222. In: Tópicos em suinocultura II. 312 p. Pigpel. Associação Pelotense de Suinocultores. Corrêa, M.N.; Lucia Jr, T.;Deschamps, J.C. Ed. PRINTPAR Gráfica e Editora Ltda. Mallmann, C.A. et al. Equine leukoencephalomalacia associated with ingestion of corn contaminated with fumonisin B1. Revista de Microbiologia, v. 30, p. 249-252, 1999.
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