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1 
 
 
MARKETING DIGITAL E REDES SOCIAIS WEB 
1 
 
 
SUMÁRIO 
1. MARKETING DE CONTEÚDO ............................................................................ 2 
1.1 Princípios do Marketing de Conteúdo ............................................................... 6 
1.2 Estratégia e planejamento de conteúdo ............................................................ 7 
 
2. INBOUND MARKETING ................................................................................... 17 
2.1 O que é inbound marketing? .......................................................................... 18 
2.2 As diferenças entre Inbound e Outbound marketing.................................... 21 
 
3. MÍDIAS SOCIAIS .............................................................................................. 22 
 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 27 
 
 
2 
 
 
1. MARKETING DE CONTEÚDO 
Figura 1 - MKT de Conteúdo: Figura Ilustrativa 
 
Fonte: Google Imagens, 2020. 
 
A Comunicação Integrada de Marketing (CIM) é a responsável por funções 
como dar a conhecer, sugerir, instigar e criar ideias positivas sobre produtos ou 
serviços das empresas, bem como manter-se na mente dos clientes (Ogden & 
Cresccitelli, 2008). Já o mix da comunicação de marketing é composto pelas variáveis: 
comunicação on-line, força de vendas, marketing direto, merchandising, patrocínio e 
mecenato, promoções, publicidade e relações públicas (Lino, 2012). 
Como é possível notar, as atividades de comunicação foram seccionadas com 
objetivos específicos, e o mesmo pode-se dizer dos tipos de marketing existentes. 
Pretendendo atender às variadas demandas, com os esforços direcionados à cada 
esfera, foram criadas especificações como marketing de serviços, business to 
business, intelligence, de guerrilha, internacional, direto, viral, sensorial, esportivo, 
cultural, político, verde, de relacionamento, endomarketing, social, de conteúdo e 
digital6 (Dionísio et al., 2010). 
O Marketing que provoca intermissão está fadado à extinção (Armstrong e 
Kotler, 2012; Content Rock, 2017). Por isso, tornou-se indispensável fragmentar a 
atuação de tal ciência, de forma a direcionar o consumidor em suas decisões (Jenkins, 
2009). Para tanto, é essencial que a ações sejam orientadas para atingir sentidos, 
coração e mente (Lino, 2012), o que não é uma tarefa fácil, visto que hoje o desafio 
essencial é cultivar um diálogo que induza o cliente a aderir ao produto ou serviço, 
produzindo uma experiência significativa (Pereira, 2014). Há um novo agrupamento 
3 
 
 
de regras, nas quais produtores e consumidores interagem (Jenkins, 2009), ao invés 
de o cliente apenas receber de modo passivo o que lhe é exposto; ele deseja a 
personalização (Lino, 2012). 
Nos modelos atuais, o marketing deve formatar-se mais como um item de 
atração semelhante a um imã do que um elemento de rejeição (Content Rock, 2017). 
E é neste contexto que surge o marketing de conteúdo, uma vez que o mesmo vai em 
direção às demandas do mercado, incentivando o consumo de forma subjetiva, 
assertória e emocional (Rez, 2016). Isso ocorre devido ao facto de que, nos dias de 
hoje, os indivíduos são incessantemente bombardeados com informação, o que os 
compele a diferenciar, de imediato, o que será consumido do que será descartado 
(Cain, 2013). A chave para estabelecer o diálogo, facilitando o envolvimento e o 
relacionamento, é o uso desta ferramenta (Torres, 2010). 
O marketing de conteúdo consiste em uma ação integrada, direcionada, de 
forma que o material esclareça aos consumidores o que é a empresa, seus objetivos 
e quais são os produtos ou serviços disponíveis, informando-os e incentivando-os a 
compra (Rez, 2012). O Content Marketing Institute define a ciência como uma 
abordagem planeada, orientada para a conceção e a distribuição de conteúdo 
relevante para suscitar e preservar uma clientela previamente delineada e, ainda, 
incitar atividades mais rentáveis por parte dos compradores. É uma alternativa para 
fomentar ideias, encorajando o relacionamento e o envolvimento com as marcas (Rez, 
2012), de modo a influenciar a atitude da audiência (Ruffolo, 2017), propiciando efeitos 
mensuráveis satisfatórios. 
O conteúdo transmitido pode ser de caráter educacional ou entretenimento e 
nos formatos tutorial, notícia, ebook, review, pesquisa, infográfico, vídeos, entre outros 
(Rock Content, 2017b; Ruffolo, 2017). No entanto, para recorrer a tais estratégias é 
importante considerar determinados pontos, como criar um material que forneça 
informações práticas, disponibilizar o mesmo com elementos que extrapolem somente 
dados sobre seu produto ou serviço, bem como partilhar pesquisas e análises que os 
consumidores não encontrarão em outros espaços (Cain, 2013); é efetivamente 
propagar o conhecimento interno em formato de artigos, microsites, entre outros 
(Jutkowitz, 2014). 
4 
 
 
Em suma, o marketing de conteúdo é sobre informação que pode beneficiar os 
consumidores (Cain, 2013; Ruffolo, 2017). Por meio de um conjunto de práticas 
direcionadas, o conhecimento é divulgado, despertando a atenção do público-alvo 
(Torres, 2010), em um processo que busca alargar a confiabilidade da marca, 
expandindo seu prestígio (Rock Content, 2017b). 
Para distribuir o material produzido, é passível recorrer a todas as múltiplas 
plataformas, como o site da organização, redes sociais, vídeos, impressão, marketing 
direto, celular, newsletter, parceiros, influentes na área e ainda canais pagos (Cain, 
2013; The Content Council, 2016). O segredo consiste em apresentar conteúdo de 
qualidade (Rez, 2012; Ruffolo, 2017), corresponder necessidades (Cain, 2013) e 
adicionar valor para os consumidores (Steimle, 2014; Ruffolo, 2017), que por fim 
direcionam-se para as compras (Cain, 2013). 
Entretanto, consolidar-se com uma organização influente na área não é tarefa 
fácil, visto que os consumidores, conectados em tempo integral, desenvolveram uma 
ávida busca por conteúdo devido ao elevado número de plataformas à disposição 
(Advertising Age, 2014). Assim, é vital recorrer a métodos e ações que objetivam 
deixar a empresa mais notória e atrativa (Torres, 2010). Os elementos básicos neste 
processo são: definir foco e metas claras, conhecer profundamente o contexto, 
delinear qual será o públicoalvo, medir a demanda, estabelecer objetivos de 
conversão, compreender comportamentos de consumo, ofertar pontos de contacto, 
detetar plataformas-chave, fixar critérios de rastreamento, alocar recursos, conceber 
campanhas que alinham clientes, conteúdo e objetivos e, por fim, capacidade para 
escalar as atividades (Cain, 2013; Rendler-Kaplan, 2017). 
O conteúdo revela-se como uma imagem da empresa, construindo uma 
impressão na mente dos consumidores. Assim, ela deverá ser a mais fidedigna 
possível à estratégia planeada (Cain, 2013). Conservar uma produção contínua de 
material de qualidade, que suporta uma relação de comprometimento entre os 
usuários, é oneroso e demorado (Advertising Age, 2014). Todavia, a adequada 
geração de conteúdo pode resultar em diversos benefícios, tais como criar 
conhecimento de marca, dilatar o engagement por parte dos consumidores, estimular 
um vínculo mais personalizado, motivar a obtenção e a retenção dos clientes, 
incentivar vendas e definir a empresa como líder (Cain, 2013; The Content Council, 
2016). 
5 
 
 
 O marketing tradicional alcançou seu ápice quando permitia às organizações 
alcançar considerável número de indivíduos a custo e espaço de tempo reduzidos 
(Satell, 2015). Entretanto, como as táticas de abordagem anteriores mostram-se 
obsoletas no presente devido à audiência fragmentada e à perda de credibilidade das 
mídias tradicionais (Bullock, 2016), materiais como templates, newsletters exclusivas 
ou ebooks agregam valor e prestamserviços, contribuindo para que a marca fique na 
mente dos consumidores (Content Rock, 2017). O canal a ser utilizado deve ser 
traçado com base na preferência da comunidade a ser atingida, podendo ser ainda 
por meio de vídeos, transmissões ao vivo e webinars (Rendler-Kaplan, 2017). 
Assim, é factível que as organizações comuniquem diretamente para seus 
clientes, ao invés de pagarem determinado valor para serem inseridas em intervalos 
ou entre páginas de anúncios (Satell, 2015). O marketing de conteúdo é ideal para a 
produção de materiais pertinentes, que não perdem a relevância mesmo ao longo dos 
meses ou anos (Rock Content, 2017a). Tal prática contribui para a criação de uma 
imagem mais positiva junto aos clientes, conduzindo-os a atitudes mais favoráveis 
(Bullock, 2016). 
 Por meio do conteúdo é possível narrar histórias, convertendo consumidores 
em propagadores da marca, conectando-os em uma esfera emocional; não há um 
ambiente mecânico, mas sim significativo (Cain, 2013). Contudo, é necessário citar 
que há diferença entre marketing de conteúdo e conteúdo. Em relação ao primeiro, 
ele é um formato estruturado que tem por objetivo atrair a audiência para uma 
experiência junto à marca, ponderando dúvidas e interesses de ambas as partes, com 
valor comercial específico, enquanto o segundo é encontrado em todo lado, em 
produtos, vendas, eventos, entre outros (Cain, 2013; Linn, 2016; Rock Content, 
2017a). 
O marketing de conteúdo é uma área muito promissora e a tendência é de que 
ela permaneça em expansão (Advertising Age, 2014; The Content Council, 2016). A 
pesquisa Barómetro ICMF 2016, da The Content Council, realizada com 592 
executivos de comunicação, em nove países da América e da Europa, atesta que as 
empresas, a nível internacional, destinam entre 20% e 28% do total do orçamento de 
comunicações para a área e estima que os recursos designados se dilatem entre 14% 
a 69% até 2020. Isso decorre do facto de que tais ações realmente produzem 
resultados evidentes (Bullock, 2016). 
6 
 
 
É requerido que os profissionais da área assegurem investimentos em 
conteúdos relevantes, que estimulem o compartilhamento por parte dos consumidores 
nos diversos meios, gerando repercussão (Lino, 2012; Barth et al., 2015). Quanto mais 
produtivo, claro, informativo e convincente for o material, mais ele será utilizado (Cain, 
2013) e maior será o número de usuários que irá desejar iniciar um relacionamento 
com a organização (Rendler-Kaplan, 2017), sendo importante ressaltar que ele é 
concebido para cativar o cliente, não propagar a empresa (Torres, 2010). 
As informações transformam-se no cerne de atuação e as organizações que 
rejeitam esse cenário têm possibilidades ínfimas de destacarem-se (Rock Content, 
2017b). Não há espaço neste momento para truques, é vital refletir sobre que tipo de 
vivência deseja-se ofertar. A experiência concebida será determinante no processo 
de retenção ou rejeição do cliente (Satell, 2015). 
1.1 Princípios do Marketing de Conteúdo 
Vamos aos 5 princípios fundamentais do Marketing de Conteúdo: 
1. Fazer marketing de conteúdo é transformar a sua marca em uma fonte de 
conhecimento relevante para o consumidor. 
2. Fazer marketing de conteúdo é conhecer onde o seu público procura 
informação e estar lá entregando o que ele precisa para conhecer, entender, gostar e 
escolher de você. 
3. Fazer marketing de conteúdo é compreender que os consumidores nunca 
foram nem estão preocupados ou interessados em sua marca. Eles estão 
preocupados com as suas próprias vontades e objetivos de vida. Mas se você oferecer 
a este consumidor o que ele precisa para alcançar estes desejos, então ele pode 
começar a prestar atenção em você. 
4. Fazer marketing de conteúdo é estar presente no processo de compra do 
consumidor de forma a oferecer exatamente o que ele precisa saber em cada etapa 
de sua decisão. 
5. Fazer marketing de conteúdo é construir um relacionamento confiável como 
consumidor inclusive no pós-venda, para que ele saiba que a sua marca é a melhor 
7 
 
 
quando for necessário resolver um problema ou no caso de surgir algum novo 
interesse. 
Sabendo disso, vamos partir para tudo o que o Marketing de Conteúdo não é: 
1. Marketing de conteúdo não está restrito ao online. Apesar de a expressão 
ter ganhado força na era da internet, as estratégias de marketing de conteúdo de vem 
englobar qualquer canal de comunicação que sirva para engajar e atrair o consumidor. 
Ou seja, é possível fazer marketing de conteúdo com revistas impressas, no marketing 
direto, no rádio e em outros canais. 
2. Marketing de conteúdo não é só produzir material aleatório, mesmo que ele 
seja interessante. Engloba planejamento estratégico, criação e distribuição de 
conteúdo com objetivos a serem alcançados, além de estabelecer métricas para os 
estágios do processo de compra. 
3. Marketing de conteúdo não acaba na geração de leads de qualidade. Apesar 
de se preocupar em conhecer e atender a estes leads, vai além e chega até aos 
serviços de atendimento ao consumidor. Por exemplo, pensar em conteúdo relevante 
que transcenda o “Manual de Funcionamento” ou as “Perguntas Frequentes” e que 
possa servir para aumentar a adoção de ferramentas e softwares, diminuição de 
cancelamentos e aumento da indicação e atração de novos clientes. 
Norteado por estes princípios, o marketing de conteúdo será efetivo e útil como 
estratégia de marketing para o seu negócio. 
1.2 Estratégia e planejamento de conteúdo 
Estratégia de conteúdo pode ser definida como o planejamento, 
desenvolvimento e gestão de conteúdo. O termo vem sendo utilizado por profissionais 
de desenvolvimento web desde o fim da década de 1990 e funciona dentro do campo 
da experiência do usuário. Também atrai interesse de áreas relacionadas, como 
gerenciamento de conteúdo, análise de negócios e comunicação técnica. Em outras 
palavras, estratégia de conteúdo é a prática de planejar, criar, entregar e gerenciar 
conteúdo útil e interessante a um público-alvo específico. O conteúdo produzido pode 
ser tudo o que pode ser consumido online, disponibilizado em diversos canais, como 
sites, blogs, redes sociais, entre outros. 
8 
 
 
Geralmente quando se fala em estratégia de conteúdo, as pessoas costumam 
relatar o que pretendem lançar (formato) e onde (canal). Nesse caso, podemos 
exemplificar com uma série de artigos educativos em um blog da empresa, uma base 
de conhecimento online em um site corporativo, um canal ativo no YouTube, uma série 
de webinários, um perfil atualizado no Twitter e uma fanpage no Facebook. Mas a 
verdade é que isso tudo, mesmo que bem combinado, não é suficiente para formar 
uma estratégia. São apenas canais ou ferramentas de comunicação. A estratégia é a 
visão que deve amarrar todos os canais e ferramentas aos objetivos do negócio. 
Kristina Halvorson conceitua bem a área: “Estratégia de conteúdo é um plano 
de ação bem construído, articulado e possível de ser executado. Um mapa que nos 
tira de onde estamos e nos leva para onde desejamos estar”. Hoje em dia, para que 
uma empresa cumpra seus objetivos, a estratégia de conteúdo precisa estar incluída 
no planejamento estratégico de marketing. Podemos organizar uma estratégia de 
conteúdo em 3 partes: 
1. Criação 
Definição de qual formato de conteúdo será produzido, publicado e porquê. A 
estrutura do conteúdo e como ele será encontrado (canais de distribuição e 
divulgação). A fonte do conteúdo (referência e pessoa responsável por criá-lo). 
2. Entrega 
Como o formato irá chegar online. Pessoa responsável por revisar, editar, 
aprovar, publicar (gestor ou editor). Como, onde e quando ele será entregue ao 
usuário (calendário editorial). 
3. Gestão 
Quem cuidará do conteúdo depois dele já ter sido lançado. O tempo que ele 
ficará disponível. O plano para atualizar, relançar, divulgar, alterar. Política, métrica e 
plano de avaliaçãogeral do formato. 
A Content Strategy Alliance, primeira empresa dedicada à estratégia de 
conteúdo do mundo define estratégia de conteúdo como “Promover o conteúdo certo 
para o usuário certo no momento certo”. Isso deve ser feito através do planejamento 
estratégico de criação, entrega e gestão. 
9 
 
 
Alguns profissionais acabam confundindo os estrategistas de conteúdo com os 
editores. Mas a estratégia de conteúdo é “mais do que apenas a palavra escrita”. Ou 
seja, é mais do que redação e publicação aleatória em multicanais. Muitos negócios 
acabam apenas publicando conteúdo sem entender a razão pela qual deveriam estar 
fazendo isso. O professor Brett Atwood, da Washington State University explica que 
os profissionais responsáveis por uma estratégia de conteúdo precisam considerar 
como os formatos podem ser redistribuídos ou readaptados em outros canais de 
distribuição. Além do mais, os estrategistas de conteúdo devem se esforçar para 
alcançar a excelência, fazendo com que o conteúdo seja claro, compreensível, fácil 
de encontrar, acionável e compartilhável em todas as suas diversas formas. 
O objetivo da estratégia de conteúdo é atingir metas de negócios, maximizando 
o impacto do conteúdo dentro dos canais digitais. Por isso digo que mais do que 
aprender a criar e usar ferramentas relacionadas, o profissional precisa conhecer bem 
o que está por trás do conteúdo a ser criado. Uma estratégia de conteúdo de verdade 
não significa simplesmente produzir um monte de conteúdo, por melhor que ele seja. 
É preciso um roteiro para direcionar as publicações para metas, leads e engajamento. 
Como conseguir isso? Algumas marcas bem-sucedidas têm adotado a seguinte tática: 
focar em um único universo de conteúdo em torno de um assunto e trabalhar muito 
bem este assunto. A Red Bull é um exemplo quase clássico, que adotou essa 
estratégia em três etapas: 
 
• Definição de um tema pelo qual o público-alvo é apaixonado ou possui 
demanda ativa (neste caso, esportes radicais, disseminados pelas ações da 
empresa). 
• Concentração nesse assunto (não falar de tudo para todos). 
• Tornar-se referência no assunto (falar sobre ele melhor do que ninguém). 
 
É comum que nas estratégias de conteúdo, as marcas tentem cobrir muitos 
assuntos ao mesmo tempo. Mas quase sempre isso termina mal. A marca acaba 
fazendo mais do mesmo: muito conteúdo, pouco realmente relevante. As publicações 
competem com a atenção dos meios tradicionais e acabam se perdendo em meio a 
10 
 
 
tanta informação. A boa ideia é sempre se concentrar em um tema e criar um conteúdo 
incomparável sobre ele. 
Provavelmente você já tenha ouvido algo como “Mostre-se como um expert no 
assunto”. A frase aponta o caminho, mas é preciso ter realmente algo a dizer. O 
problema é que para dar conta de tanto a ser dito em tantos canais, a empresa acaba 
reproduzindo um monte de conteúdo medíocre e fora de contexto. Isso acontece 
quando a empresa se torna parte do barulho. O fluxo de informações é tão grande que 
acaba atrapalhando ao invés de ajudar. Com tantas fotos, textos, vídeos, áudio, 
opiniões, como sua empresa vai se destacar? A saída para esse marasmo é a criação 
de relacionamento. É preciso estabelecer uma conversa, ouvir as pessoas para ser 
ouvido. E nesse ponto, ter foco em um assunto só vai ajudar. 
• Círculo Dourado: definindo o porquê 
O autor inglês Simon Sinek publicou o livro Starts With Why, lançado no Brasil 
com o nome de “Por Quê? – Como Grandes Líderes Inspiram Ação”. Sinek ficou 
mundialmente famoso após sua apresentação no TED chamada de “The Golden 
Circle”. Na data em que escrevi este trecho, o vídeo acumulava mais de28 milhões de 
visualizações no site do TED, além de mais de 2 milhões de visualizações no canal 
do TED no YouTube. Se você nunca viu esta apresentação, digite “The Golden Circle” 
no Google e assista o vídeo legendado em português no site TED.com. Serão 18 
minutos da sua vida muito bem investidos! 
Desde que esta apresentação ganhou fama mundial, muitos profissionais de 
marketing têm utilizado a metodologia para analisar as campanhas e estratégias dos 
concorrentes e criar as suas próprias. O “porquê das coisas” é o que dá sentido e base 
para o sucesso de muitas marcas mundo afora. Simon explica como algumas 
empresas conseguem resultados que extrapolam todas as expectativas. Mostra 
porque a Apple revolucionou o mercado com o iPhone e com o iPod, sendo que 
haviam outras empresas com propostas parecidas. 
O autor organizou as diferenças entre as empresas de sucesso e as que não 
tiveram o mesmo êxito e chamou o resultado de Círculo Dourado. O círculo, explicado 
de forma simples, nada mais é que um gráfico, em formato de alvo, que indica, do 
centro para fora, o porquê, o como, e o quê. Segundo a teoria, as pessoas costumam 
saber bem o que fazem, algumas outras também sabem como, mas apenas uma 
11 
 
 
pequena parte sabe bem o porquê. E é justamente os que sabem o porquê que 
alcançam o sucesso. 
Steve Jobs e Martin Luther King dedicaram-se à realização de sonhos bem 
diferentes, mas tinham duas coisas em comum: uma estratégia de longo prazo e 
cumplicidade com a comunidade que queriam conquistar. Além do mais, pensavam, 
agiam e se comunicavam da mesma forma, sempre de acordo com os sonhos. Isso 
faz toda diferença. 
As esferas que compõem o Golden Circle são: 
WHY: Explica o porquê você faz o que faz, qual é o seu propósito, ou seja, o 
significado de tudo. Por que a sua empresa existe? Qual é a causa maior? Por que 
você levanta e sai da cama todos os dias? Qual é a real motivação? HOW: Diz respeito 
ao como você faz as coisas. Esse ponto pode ser entendido como os objetivos, as 
ações práticas e concretas que farão você alcançar o seu propósito. Aqui entram as 
crenças e valores que você tem. WHAT: O que você efetivamente faz ou vende. Essa 
questão acaba sendo fácil de ser respondida porque quase100% das pessoas e das 
organizações sabem o que fazem. 
Diferente do que já se acreditava antes, os líderes e empresas mais 
inspiradoras partem do centro para fora do Círculo Dourado, e não de fora para dentro. 
Eles definem primeiramente o que acreditam, o que os faz agir. Dessa forma, 
conseguem se comunicar mais claramente, motivando as pessoas ao redor. Assim 
como você tem os seus propósitos pessoais, ao criar uma empresa, ela também deve 
ter uma “razão de existir”. 
Dizer que a sua empresa é a melhor do mundo não é de fato tão inspirador e 
suficientemente capaz de levar o seu consumidor à ação. A maioria das empresas 
fazem isso. Deixam claro como e o que vendem, mas na maioria dos casos, não 
sabem o porquê. Quando as empresas se comunicam começando de dentro para fora, 
isto é, começando pelo porquê, aquilo que fazem não funciona mais como razão da 
compra ou escolha. A causa se torna a protagonista e todo o resto fica “fácil”. Inclusive, 
o conteúdo que a empresa cria. 
Tendo como base o Círculo Dourado, comece sua estratégia de conteúdo com 
a marca e a mensagem. Em relação à marca, não quer dizer que você deva apenas 
12 
 
 
aplicar tal promessa no máximo de lugares possíveis. Você não pode simplesmente 
escrever coisas como “Somos a empresa X e trabalhamos comprometidos com y e z” 
em um monte de lugares. As pessoas não estão nem aí para isso. Certifique-se de 
sempre falar sobre o que sua marca pode fazer e não sobre o que ela é. 
O que sua mensagem ajuda seu conteúdo a conseguir é coordenar a história e 
a estrutura. Se sua mensagem não se relaciona com qualquer objetivo, é preciso revê-
la. Se ela se relaciona com um único objetivo, está razoável. Mas se está relacionada 
com vários objetivos, você tem uma mensagem poderosa e isso vai te ajudar a lançar 
conteúdo de sucesso. 
Mas que fique claro...Sua mensagem não é o conteúdo. Esta é uma afirmação-
chave. Você não precisa brigar consigo mesmo para descobrir que palavras e frases 
você deve aplicarem sua mensagem. Apenas capte a ideia central. A mensagem é a 
base para o que acontece. Seu conteúdo pode ser específico e eficiente, mesmo que 
sua mensagem não fique tão explícita. A mensagem, ou seja, o porquê do seu 
negócio, ficará implícito dentro do seu conteúdo e ajudará a criar um posicionamento 
forte na mente dos seus leitores, leads, clientes e funcionários. Se isso não é 
marketing, eu não sei o que é! 
• 10 questões que permeiam uma estratégia de conteúdo eficiente 
Veja abaixo uma lista de dez perguntas que vão te ajudar a responder por onde 
começar seu plano de ação: 
1. Qual é o seu objetivo? 
Para começar, pense nos objetivos da marca como um todo. E depois nas 
necessidades, problemas a serem resolvidos e objetivos a serem conquistados pela 
empresa. Desse ponto, defina os objetivos de marketing. Sua empresa quer mais 
proximidade com o público, melhorar o relacionamento, aumentar a audiência, gerar 
mais leads, fechar mais vendas? Definir KPI’s claros é fundamental para saber o que 
medir e onde investir os esforços. 
2. O que você vende? 
Que produtos ou serviços a empresa comercializa? E que valores agregados 
existem nesses produtos? Qual é imagem que a empresa deseja transmitir? Quais os 
13 
 
 
benefícios percebidos do ponto de vista do cliente? O que seus clientes querem da 
sua empresa? 
3. O que seus clientes querem de você? 
É fundamental saber o que os clientes almejam quando adquirem seus 
produtos, o conteúdo precisa ser bem direcionado para o público que o consome. 
Falar sobre a empresa é um bigocêntrico, se esforce para escrever deforma a resolver 
os problemas de seus clientes. 
4. Qual a sua história? 
Qual a mensagem da empresa? A essência? O porquê de o negócio existir? 
Independente do “roteiro”, o herói da história em algum momento é o cliente. Ele deve 
se tornar melhor e atingir as metas ao usar aquilo que você vende. Como você torna 
o seu herói um sujeito de sucesso? 
5. O que você tem a dizer? 
Concentre-se no ponto-chave em que seus objetivos se cruzam com as 
necessidades do público. Decida quais os tópicos em que a empresa irá concentrar o 
conteúdo. Como o seu propósito se conecta ao propósito de seus clientes? 
6. Qual é o tipo de conteúdo necessário para sua marca em cada etapa do 
processo de venda? 
Estabeleça os requisitos do conteúdo para o público em cada etapa do funil de 
compra. Eduque o público, preparando-o para o momento da decisão, faça conteúdo 
para a hora da compra, depois da compra realizada, produza algo que facilite a 
fidelização, o relacionamento e o suporte. Lembre-se que consumidores que gostam 
do que compraram indicam e recomendam. Não abandone seus clientes após a 
venda. 
7. Como seu conteúdo será distribuído? 
Que métodos, canais e formatos se encaixam melhor para compartilhar o 
conteúdo com seu público? Essa análise deve ser criteriosa e não se limitar somente 
às redes sociais da moda, por exemplo. Considere outras redes que fazem parte do 
contexto de mercado da sua empresa. 
14 
 
 
8. Como sua marca será encontrada através da pesquisa? 
Como o seu conteúdo será encontrado? Rastreie comentários, resenhas, 
avaliações, reclamações (atenção para sites do tipo Reclame Aqui). Como o público 
percebe a sua presença na rede? Investigue suas oportunidades e ameaça se atue 
sobre elas. Você já buscou as palavras-chave que seus clientes usam para descrever 
o seu negócio para saber o que eles andam lendo sobre a sua empresa? 
9. Como você vai fazer isso acontecer (cronograma de trabalho)? 
Decididos os objetivos, canais de distribuição e tipos de conteúdo, como você 
vai colocar isso em prática? Esse é o momento do cronograma, do planejamento, da 
estratégia de conteúdo. Defina calendário editorial, planejamento de atividades, 
ferramentas a serem usadas para a mensuração e divisão de responsabilidades na 
equipe. 
10. Como você vai mensurar os resultados? 
Essa é uma parte muito importante para atuar na avaliação do que foi realizado 
e no planejamento das ações futuras. Metas e a medição dos resultado sem tempo 
real. Não adianta conquistar muita audiência e não fazer vendas, fazer barulho e não 
gerar resultados. Falarei mais sobre métricas num capítulo adiante. Uma estratégia 
de conteúdo sempre leva algum tempo para dar resultado. É para o médio e longo 
prazo. O pessoal da Resultados Digitais costuma chamar o começo da produção de 
conteúdo, onde o esforço é grande e os resultados pequenos, de “vale da morte”. 
Quem desiste ali acha que não vale a pena. Masquem supera o vale não se 
arrepende! Em suma, é preciso documentar a estratégia “na parede”, de forma que 
ajude a manter o foco nas ações planejadas. Embora exista algum imprevisto positivo 
e necessário (para aproveitar hypes, por exemplo), ter um plano sempre dá certo. 
Agora você já sabe por onde começar. Não é tão fácil como parece, mas se 
bem executada, a estratégia de conteúdo traz muito retorno. A coisa não para aqui. 
Tem mais nas próximas linhas. 
• Auditoria de conteúdo 
Nem sempre mais conteúdo é sinônimo de mais tráfego. As coisas não são 
bem assim. O Google foca mais em qualidade do que em quantidade porque está 
sempre buscando otimizar os resultados de busca. Conteúdos de baixa qualidade, 
15 
 
 
duplicados, muito curtos, e na maioria sem nenhuma relevância, são cada vez mais 
alvos de penalidades que podem fazer com que seu site caia ou nunca mais apareça 
nas páginas de pesquisa. O Facebook e o LinkedIn também privilegiam a qualidade 
para determinar qual conteúdo irá atingir muita gente e quais outros ficarão lá, quase 
invisíveis. Um ponto fundamental na estratégia, e que você não deve negligenciar, é 
a auditoria. Ela é a base para manter as coisas no trilho. Uma boa auditoria te ajuda 
a evitar que seu conteúdo fique perdido e que seu site seja punido como explicado no 
parágrafo acima. Posso afirmar que não há estratégia de conteúdo sem auditoria, 
porque senão sabe exatamente o conteúdo que tem hoje, você tem um problema. 
Antes mesmo de começar a pensar sobre qual conteúdo você precisa, é preciso 
entender exatamente o que você já tem. E não há outra forma mais eficiente de saber 
isso anão ser através da auditoria de conteúdo. Ela permite um levantamento 
completo do conteúdo que sua empresa possui online atualmente. Pode parecer 
complexo, demorado e entediante, mas os resultados são consideráveis. Uma das 
grandes vantagens da auditoria, talvez a maior, é ter o controle do que realmente 
precisa ser publicado. Quando você cria uma planilha para listar páginas, links, 
infográficos, vídeos, PDFs e outros formatos de conteúdo já produzidos, você tem uma 
visão clara sobre as falhas da estratégia. É bom deixar isso bem definido antes de 
começar esse trabalho, pois quanto mais clareza houver, mais os objetivos serão mais 
bem alcançados. 
Daí você pode perguntar: “Eu realmente preciso observar todo conteúdo 
lançado pela minha empresa?” A resposta é sim. Gerry McGovern no livro KillerWeb 
Content (Conteúdo Matador para Web) explica: “Encontrei muitos sites que possuem 
um primeiro nível com conteúdo de grande qualidade. Contudo, quando você desce 
alguns níveis, tudo muda. É como ir de um hotel luxuoso diretamente para um depósito 
de lixo”. Não preciso dizer mais porque você precisa fazer uma auditoria do conteúdo 
do seu site, não é mesmo? Por mais dolorido que seja, essa é a etapa do trabalho que 
mostra a você e a sua equipe o que precisa ser eliminado, revisado e transformado. 
Para facilitar a compreensão sobre auditoria, vou te apresentar os tipos de auditoria 
que você pode fazer 
• Auditoria quantitativa 
16 
 
 
Uma auditoria de conteúdo quantitativa é basicamente um índice de tudo o que 
você tem. É o meio mais acessível para descobrir o que já foi produzido. Esse trabalho 
é ótimo para quando você quer descobrir o que exatamente seu site tem. Halvorson 
diz que pode ser uma “Vitória fácilquando você tem um tempo limitado para abordar 
com olhos de negócio ou se preparar para um futuro projeto web”. Analisar quantidade 
pode responder as seguintes questões: Qual conteúdo nós temos? Como ele está 
organizado? Quem o está criando? Onde ele está armazenado? Quais resultados ele 
vem gerando? Esse mapa produzirá o seu estado atual. A partir daí você criará a sua 
visão sobre o estado desejado, quando for criar um novo site ou um canal de vídeos, 
por exemplo. 
• Auditoria qualitativa 
Podemos compreender esse segundo tipo como uma continuação do primeiro. 
Listar todo o seu conteúdo será útil, mas em muitos casos não será suficiente. Analisar 
os aspectos qualitativos é, acima de tudo, medir a utilidade do conteúdo para a 
audiência. Essa análise visa mostrar se o conteúdo é útil, atrativo, agradável e 
apreciável para o público que o consome. Algumas questões a serem respondidas na 
auditoria qualitativa: O que o conteúdo diz? O conteúdo é útil? O conteúdo é usado 
pela audiência? Fornece respostas às dúvidas dela? É escrito profissionalmente? Está 
no tom certo? Esses dois tipos de auditoria em muitos casos serão suficientes para 
você saber exatamente o que precisa ser feito, no entanto, em outros casos, um 
terceiro modelo, a auditoria especializada, será essencial. 
• Auditoria especializada 
Dependendo do seu tipo de negócio e do que ele pretende como empresa, será 
preciso mergulhar mais fundo nos aspectos relacionados ao conteúdo. Significa reunir 
informações específicas, que sejam fundamentais para que a missão empresarial e 
os objetivos estratégicos sejam realizados. Dependendo do projeto, você poderá 
incluir dados colhidos na auditoria especializada tanto nos inventários quantitativos, 
quanto nos qualitativos. E o que deve ser analisado nesse tipo de auditoria? 
 SEO: 
 Saber se o conteúdo é encontrável, se as palavras-chave estão sendo bem 
utilizadas, se o conteúdo gera audiência e vendas. 
17 
 
 
 Metadados: 
 Informação sobre informação: os conteúdos se completam, linkam entre si, 
geram ações por parte dos leads e clientes? 
 Localização: 
 Se o conteúdo chega a outras pessoas, se precisa de tradução, se está em 
conformidade com a cultura da empresa. Legal tudo isso, mas o que eu faço com tanta 
informação? Comece rapidamente a mudar as coisas. Remova ou arquive conteúdo 
que seja ruim, elimine aquilo que não gera nenhum tipo de resultado, corte coisas, 
edite, enfim, mexa. 
Você também pode simplesmente enviar os inventários para todos os 
envolvidos na estratégia de conteúdo. Assim todos terão uma visão geral das falhas 
e melhorias do projeto. E uma vez que a equipe esteja consciente das metas e falhas, 
todos poderão se engajar no planejamento e na implantação das mudanças 
necessárias. 
2. INBOUND MARKETING 
Figura 2 - Inbound Marketing: Imagem Ilustrativa 
18 
 
 
 
Fonte: Google Imagens, 2020. 
O mundo do Marketing mudou muito nos últimos 10 anos. E vai mudar mais 
ainda na próxima década. Nós não sabemos onde ele vai parar, mas conseguimos 
compreender a direção que ele está tomando. O Marketing eficaz vai se parecer cada 
vez menos comum alerta (que distrai) e mais com um ímã (que atrai). Os 
consumidores querem cada vez mais se informar e cada vez menos serem 
interrompidos. Quem souber produzir conteúdo e arranjar formas de entregá-lo vai 
atrair mais público, fechar mais negócios e conquistar mais fãs. Muito em breve, essa 
forma de fazer Marketing não será mais um diferencial, mas questão de sobrevivência 
2.1 O que é inbound marketing? 
Você já teve a experiência de folhear uma revista e dizer: “mas aqui só tem 
propaganda!”. Também já aproveitou o intervalo comercial na televisão para ir ao 
banheiro ou para fazer pipoca, afinal, “está na hora na da propaganda”. E a gente tem 
certeza de que você já se sentou no cinema, doido para ver um filme do seu diretor 
ou série preferidos pensou “mas não começa logo esse filme? Só tem propaganda”. 
O Marketing tradicional visa “locatários de atenção”. São formas de alugar o 
tempo e a atenção do cliente conquistados de outra forma. Por exemplo: a pessoa vai 
19 
 
 
assistir a um filme na “Tela Quente” segunda-feira à noite e, entre um bloco e outro, 
assiste propagandas. Desnecessário dizer que, em geral, as pessoas não ficam muito 
felizes com isso. 
• Pedindo Para Entrar 
Em 1999, o autor Seth Godin inaugurou o conceito do que ele chama de 
“Marketing de Permissão”. Segundo ele, as empresas não poderiam mais confiar 
apenas em “anúncios de interrupção” em revistas, mala direta, rádio e televisão. 
Como os consumidores são bombardeados por informação demais, é preciso 
antes construir um relacionamento com eles, atraindo-os com alguma isca amostra 
grátis, desconto, sorteio, enquete. O “Marketing de Permissão” se direciona apenas a 
voluntários, ou seja, pessoas que se cadastraram para receber mensagens. Godin 
escreveu isso antes da criação do Facebook ou do YouTube, mas já entendia o poder 
da internet no “Marketing de Permissão”. Como a internet elimina os custos de 
envelopes, impressão e selos (parece que a gente está falando de outro mundo, não 
é?), a empresa pode se concentrar em descobrir o problema do cliente e conseguir 
permissão para continuar a conversa por e-mail. 
Godin também chamou atenção para o fato de que, enquanto o Marketing 
tradicional se concentra no broadcast a mesma mensagem para milhões de pessoas 
na internet é possível e barato manter conversas individuais com cada consumidor. 
• Da Permissão ao Rebote 
Em 2005, Brian Halligan, CEO da HubSpot, cunhou o termo “Inbound 
Marketing”. O Marketing “direcionado para dentro” é um conceito que se opõe ao 
“Outbound Marketing”, que é o Marketing tradicional— alcançar o cliente com 
mensagens que chegam aonde ele estiver. 
Em vez disso, o Inbound Marketing busca produzir conteúdo útil ao 
consumidor, para que ele o encontre quando quiser resolver um problema ou atender 
a uma necessidade. 
O Inbound Marketing e o “Marketing de Permissão” partem da mesma 
premissa: o poder está cada vez mais com o consumidor e menos com o anunciante. 
Cabe ao consumidor escolher qual conteúdo consumir, e não ao anunciante 
20 
 
 
interromper seu cotidiano com ofertas. Em 2016, faz mais sentido produzir um 
excelente post no seu blog sobre “como trocar uma lâmpada” (que é o que as pessoas 
vão digitar no Google) do que produzir banners “linda lâmpada espiral R$10,60” (que 
vai ser filtrado pelo AdBlock). 
Nos anos 80 e 90, revistas em quadrinhos da Disney e da Turma da Mônica 
vinhaço anúncios em forma de HQ do Instituto Universal Brasileiro, uma organização 
decursos técnicos por correspondência. Com personagens adultos e em estilo 
claramente diferente daquele das outras historinhas no gibi, essas HQs mandavam 
uma mensagem muito clara: “leia se quiser”. Só os realmente curiosos liam a história 
inteira e a mensagem do IUB 
As narrativas mostravam como um ou dois personagens adquiriram uma 
habilidade nova (por meio, claro, de um curso por correspondência) e puderam com 
ela trabalhar por conta própria, conquistar um novo emprego ou impressionar a 
namorada. 
 
As HQs do Instituto Universal Brasileiro eram anúncios (Outbound Marketing), 
mas com toda a linguagem e a ginga do Inbound Marketing. Atraíam pelo conteúdo, 
não pelo produto. Quando alguém coleciona embalagens porque elas contém receitas 
no verso, é Inbound Marketing. Quando o estande do evento tem uma caixa de vidro 
para o passante deixar um cartão de visitas, é Inbound Marketing. E quando uma 
pessoa compra um livro porque a companha o blog do autor, isso também é Inbound 
Marketing. 
No mundo de hoje, onde é fácil compartilhar conteúdo, o Inbound Marketing é 
a melhor forma de fazer seus clientes e fãs fazerem a propaganda por você, afinal de 
contas, eles já conquistaram a confiança dos amigos deles; sua marca não. 
Finalmente, se você assistiuao clipe de “Eduardo e Mônica” feito pela Vivo ou ao 
Mas você quer saber de um segredo? 
O Inbound Marketing e o marketing de permissão são mais velhos que andar para a 
frente. Você certamente conhece um de seus usuários mais antigos, de antigas 
revistas em quadrinhos: o instituto universal brasileiro. 
21 
 
 
desenho animado “O Último Jogo” da Nike, você sabe muito bem o que é Inbound 
Marketing. 
2.2 As diferenças entre Inbound e Outbound marketing 
Figura 3 - Inbound vs. Outbound 
 
Fonte: Google Imagens, 2020. 
Ainda não ficou muito claro as diferenças entre o Inbound Marketing e o 
Outbound Marketing, o famoso Marketing tradicional? Vamos deixar mais claro: 
Mas calma lá! Não estamos falando de forma alguma que investir apenas em 
Inbound Marketing é uma estratégia definitiva. O que acreditamos é que essas duas 
estratégias devem ser usadas em conjunto, o que não é o que acontece dentro da 
maioria das empresas. 
Normalmente a maior parte da verba é dedicada ao Outbound. E achamos que 
esse número precisa ser equilibrado. Quanto mais integrada estiver essa 
comunicação, mais resultados uma empresa poderá colher. 
 
22 
 
 
3. MÍDIAS SOCIAIS 
Figura 4 - Mídias Sociais: Imagem Ilustrativa 
 
Fonte: Google Imagens, 2020. 
Torres (2009, p. 74) define mídias sociais como “sites na Internet construídos 
para permitir a criação colaborativa de conteúdo, a interação social e o 
compartilhamento de informações em diversos formatos”. Estão incluídas nessas 
categorias as redes sociais, blogs, sites colaborativos e diversos outros modelos de 
sites que abrangem comunicação, relacionamento, colaboração, multimídia e 
entretenimento. 
Uma pesquisa realizada pela agência internacional We Are Social, publicada 
em janeiro de 2016 revelou que 46% da população mundial utilizam a internet e que 
31% da população são usuários ativos de mídias sociais. Esses números aumentam 
quando se trata apenas do Brasil, onde 58% são usuários de internet e 49% usuários 
de mídias sociais. A pesquisa aponta ainda que 78% dos usuários de internet acessam 
a rede todos os dias. 
O Quadro 1: apresenta as descrições das mídias sociais mais relevantes para a pesquisa. 
23 
 
 
 
Fonte: Fernandes, 2016. 
As mídias sociais permitem a criação e compartilhamento de informações por 
pessoas e para pessoas, tornando o cliente produtor e também consumidor desta 
informação. Essas mídias estão abertas ao público, que pode ler, ouvir ou ver o 
conteúdo e interagir com as pessoas que o criaram. Segundo o autor, por seu caráter 
aberto e colaborativo a maior parte do conteúdo gerado pelos membros permanece 
armazenada e disponível para outros membros. (TORRES 2009, p. 113). 
 Para Torres (2009, p. 95), os blogs podem ser divididos em pessoais, 
profissionais e empresariais. Os blogs pessoais embora possam ser uma maneira de 
entender o comportamento do consumidor, possuem pouco impacto no marketing 
digital. Nesse sentido os mais relevantes são os profissionais e os empresariais. “Os 
blogs profissionais são blogs de pessoas ou grupos que falam sobre diversos 
assuntos, que têm o interesse em desenvolver uma grande audiência para depois 
explorar o blog comercialmente. ” Há inúmeros exemplos de blogueiros de sucesso e 
um número cada vez maior de pessoas estão dispostas a investir seu tempo e talento 
na publicação de blogs. E como há cada vez mais procura por informação, sempre 
haverá mercado para blogs profissionais que tenham um bom conteúdo. 
Torres (2009, p. 95) destaca ainda que os blogueiros profissionais 
desenvolvem, em geral, um bom entendimento do funcionamento da Internet e de 
24 
 
 
como promover seu blog. O blogueiro profissional também sabe escrever muito bem 
e de maneira acessível aos consumidores. 
Como exposto por Torres (2009), outro tipo de blog é o empresarial, que 
“surge como uma forma de a empresa se relacionar com a comunidade pelo 
conhecimento, divulgando informações úteis e relacionadas ao seu negócio”. Em geral 
o blog empresarial cria uma comunidade ao seu redor e, além de fornecer 
informações, pode coleta-las por meio dos comentários inseridos no blog pelos 
leitores. 
Apesar de ser a forma mais simples e direta de produzir algum tipo de 
conteúdo na Internet o texto não é o único meio. Em 2005 nasceu o Youtube, que 
permite salvar vídeos e publicá-los na Internet (TORRES, 2009, p. 84). 
De acordo com o autor, assim como os blogs, o Youtube permitiu que os 
consumidores se expressassem sobre qualquer tema, porém por meio de vídeos. 
Considerando que o ser humano é basicamente visual, essa forma de mídia 
conquistou rapidamente as pessoas, que atualmente acessam e produzem esse tipo 
de conteúdo. 
Segundo Torres (2009, p. 114), as redes sociais são criadas pelo 
relacionamento constante das pessoas e grupos que participam, assim sendo criam 
uma enorme rede de propagação de informação transmitindo mensagens que seja de 
interesse coletivo. 
Para Telles (2011, p. 82), as redes sociais são ambientes que buscam reunir 
pessoas que podem, além de expor seus dados, como fotos e vídeos, interagir com 
outros membros. Desta forma, Torres (2009, p. 111) afirma que as mídias sociais têm 
um grande poder formador de opinião, o que pode contribuir tanto na construção 
quanto na destruição de uma marca, produto ou campanha publicitária. Os 
consumidores atuais buscam informações principalmente nas experiências de outros 
consumidores com quem mantêm uma relação nas mídias sociais. 
De acordo com Torres (2009, p. 31), as mídias sociais são um acontecimento 
cultural que está em constante ascensão e transformação e provocam no consumidor 
a sensação de proximidade com todos. Recentemente, novas abordagens de 
marketing foram desenvolvidas, desde sites criativos e aplicativos para smartphones 
25 
 
 
até redes sociais e blogs. Essas novas abordagens tem o objetivo de alcançar de 
maneira direta e pessoal os consumidores. Novas ferramentas de relacionamento que 
incluem compartilhamentos de vídeos, blogs, comunidades online e redes sociais, 
como Facebook, Youtube, Pinterest e Twitter. (KOTLER E ARMSTRONG, 2015). 
Para Torres (2009, p. 114), “a visibilidade das mídias sociais e os 
relacionamentos das redes sociais são o que as tornam atraentes para o marketing 
digital”. O ponto positivo é que é uma mídia forte, com boa audiência, segmentada e 
que pode ser usada por um custo muito baixo. O ponto negativo é que por ser “viva” 
necessita de constante interação e de uma estratégia de comunicação eficiente. 
De acordo com Torres (2009, p.120) as mídias sociais representam um 
ambiente repleto de informações para as empresas que buscam constantemente 
entender as necessidades de seus consumidores e obter sugestões de melhorias. 
Destaca ainda, que participando das mídias sociais as empresas pesquisam a opinião 
de seu cliente e podem utilizar material já existente para conhece-lo melhor. 
Rodrigues e Melo (2014, p. 14) afirmam que “ferramentas como Twitter, 
Facebook, e blogs são bastante utilizadas pelas pessoas, e é um espaço online onde 
existe bastante troca de informação e interação” e que de acordo com o SEBRAE 
trata-se de um excelente canal de comunicação direto com o consumidor. Teoria 
defendida também por Zenone (2010, p. 107) que assegura que a utilização de redes 
sociais permite a maior conexão entre um grande número de pessoas ao mesmo 
tempo, em qualquer horário e localizadas em várias regiões. 
 Kotler e Armstrong (2015, p. 18), afirmam, no entanto, que é preciso encontrar 
caminhos desobstruídos para ingressar em conversas sociais dos consumidores com 
mensagens de marca pertinentes e interessantes. Para um bom marketing de rede 
social é necessário contribuir de maneira verdadeira e relevante para as conversas 
dos consumidores. Telles (2011, p. 46) destaca a importância da integração das 
mídias sociais que permite aos usuários transitar pelas mídiascom a marca, sem 
interrupção, de forma natural e espontânea. 
Rodrigues e Melo (2014, p. 15) demonstram que o principal fator que leva 
pequenas empresas a utilizarem o marketing digital é que esse recurso oferece maior 
alcance global de comunicação e divulgação (39%), baixo custo (28%) e a alta 
capacidade de retenção de clientes (22%). Demonstração defendida também por 
26 
 
 
Torres (2009, p. 118) que diz que o marketing nas mídias sociais permite criar um 
relacionamento direto com o consumidor, com baixo investimento e alto impacto. 
Neste sentido, Telles (2011, p. 182), aponta que o monitoramento das mídias sociais 
é oportuno visando satisfazer as necessidades e interagir com os usuários, tornando-
se assim a base do marketing de relacionamento nas mídias sociais. 
 
27 
 
 
REFERÊNCIAS 
BOLINA, Laís. et al. Inbound Marketing 2.0: o futuro do marketing já chegou. São 
Paulo: Rockcontent, [s. a.]. 
REZ, Rafael. Marketing de Conteúdo: a moeda do século XXI. São Paulo: DVS 
Editora, 2016. 
RODRIGUES, Verônica Raulino Pinto; MELO, José Airton Mendonça de. A utilização 
do marketing digital como ferramenta estratégica nas pequenas empresas do 
Guará-DF. Brasília: Faculdade Projeção, 2014. Disponível em: 
<http://biblioteca.projecao.br/upload/vinculos/000044/000044e5.pdf>. Acesso em 
10/09/2020. 
Significados. Apresenta significados, conceitos e definições sobre os mais variados 
assuntos. Blog. Disponível em: <http://www.significados.com.br/blog/>. Acesso em: 
10/09/2020. 
Significados. Apresenta significados, conceitos e definições sobre os mais variados 
assuntos. Facebook. Disponível em: <http://www.significados.com.br/facebook/>. 
Acesso em: 10/09/2020. 
Significados. Apresenta significados, conceitos e definições sobre os mais variados 
assuntos. Tumblr. Disponível em: < http://www.significados.com.br/tumblr/>. Acesso 
em: 10/09/2020. 
Significados. Apresenta significados, conceitos e definições sobre os mais variados 
assuntos.Twitter. Disponível em: < http://www.significados.com.br/twitter/>. Acesso 
em: 10/09/2020. 
Significados. Apresenta significados, conceitos e definições sobre os mais variados 
assuntos. Youtube. Disponível em: < http://www.significados.com.br/youtube/>. 
Acesso em: 10/09/2020. 
TELLES, André. A Revolução das Mídias Sociais. Cases, Conceitos, Dicas e 
Ferramentas. São Paulo: M. Books do Brasil Editora Ltda., 2011.

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