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Doença renal cística

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Cadu – 5°β / TIII 
• Presença de cisto em parênquima renal. 
- Cistos são coleções de líquido ou semi - líquido 
envolta por uma membrana, formando uma bolsa. 
- Único ou múltiplos. 
- Pode ou não haver sintomas. 
- Em caso de > 4 cistos / rim, pensar em doença renal 
policística autossômica dominante / DRPAD. 
 
• Mais comum em homens. 
 
• Idade > 50 anos. 
 
• Comum em pacientes dialíticos. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
CISTO RENAL SIMPLES 
• Arredondado. 
 
• Parede fina. 
 
• Contornos regulares. 
 
• Conteúdo homogêneo com densidade próxima 
à da água. 
 
• Sem septações internas. 
- Não é dividido em câmaras. 
 
• Pode ter calcificações. 
 
• Causa sintomas quando tem grandes 
dimensões. 
- 10+cm. 
- Variam com a localização do cisto: dor lombar, dor 
abdominal, infecção urinária por colonização do 
conteúdo cístico e HA por compressão da a. renal. 
 
• Não maligniza. 
 
CISTO RENAL COMPLEXO 
• Parede espessa. 
 
• Contornos irregulares. 
 
• Conteúdo heterogêneo. 
 
• Presença se septações internas. 
 
• Presença de calcificação. 
 
• Pode malignizar. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• USG. 
- Se identificado o cisto, solicitar TC. 
 
• TC com contraste é o exame padrão outro. 
- Uni ou bilateral. 
- Quantidade. 
- Tamanho. 
- Localização. 
- Forma. 
- Presença de calcificações. 
- Presença de septações. 
- Se realce com contraste = cisto complexo, visto que 
absorve mais o contraste. “Brilha”. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE BOSNIAK 
- A partir da TC. 
- Objetiva definir se o cisto tem risco de malignizar. 
 
- I 
- Cistos simples. 
 
• Conteúdo homogêneo. 
 
• Contornos regulares. 
 
• Sem calcificações, espessamento, 
septos e realce pelo contraste. 
 
 
 
 
DOENÇA RENAL CÍSTICA 
Cadu – 5°β / TIII 
- II 
- Cistos minimamente complicados. 
• Septos finos. 
 
• Pequenas calcificações. 
 
• Sem realce pelo contraste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- II – F 
- Cistos minimamente complicados que requerem 
seguimento. 
 
• Maior quantidade de septos finos. 
 
• Espessamento mínimo. 
 
• Contornos regulares. 
 
• Calcificações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- III 
- Cistos indeterminados. 
 
• Espessamento. 
 
• Septos espessos. 
 
• Irregularidade. 
 
• Realce pelo contraste. 
• Calcificação ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- IV 
- Neoplasias císticas. 
 
• Espessamento grosseiro e nodular. 
 
• Espessamento septal grosseiro e nodular. 
 
• Presença de tecido sólido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONDUTA 
- Varia de acordo com a classificação de Bosniak. 
 
I ou II 
• Acompanhamento anual. 
 
II – F ou III 
• Biópsia ou cirurgia local. 
 
IV 
• Cirurgia para retirada. 
 
Cadu – 5°β / TIII 
QUANDO OPERAR 
• Cistos simples sintomáticos. 
 
• Cistos infectados sem resposta à medicação. 
 
• Cistos complexos / Bosniak II – F, III ou IV. 
 
 
DRPAD 
• Doença hereditária em que ocorre a formação 
de múltiplos cistos renais simples e / ou 
complexos. 
- Uni ou bilaterais. 
- Pode levar a IR. 
- Nos túbulos renais há a proteína policistina, que 
mantém a osmolaridade no local. Nessa doença, as 
células dos túbulos renais perdem a capacidade de 
sintetizar essa proteína, de modo que não há 
regularização do osmolaridade (origem dos cistos 
simples). Líquido extravasa para o terceiro espaço e é 
encapsulado. Além disso, algumas células da parede 
do túbulo renal podem sofrer alterações no material 
genético que resultam em perda do controle da 
mitose, evaginando e aprisionando líquido em seu 
interior (origem de possíveis cistos complexos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES EXTRARRENAIS 
• Cistos hepáticos. 
 
• Cistos pancreáticos. 
 
• Divertículos em cólon. 
 
• Aneurismas. 
- Coronárias. 
- SNC. 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Inicialmente assintomática. 
 
• Dor lombar e / ou abdominal. 
 
• Oligúria. 
 
• Hematúria macro ou micro. 
 
• Proteinúria. 
 
• ITU de repetição. 
 
• Cálculos renais. 
 
• IR. 
 
• HA. 
 
• Sintomas extrarrenais. 
- Cefaleia. 
- Dor em hipocôndrio direito. 
- Dor em hipocôndrio esquerdo com irradiação 
contralateral. 
 
DIAGNÓSTICO 
CLÍNICO 
• HF e sinais e sintomas renais e extrarrenais. 
 
• Sem HF, 10+ cistos e sintomas extrarrenais. 
 
EXAMES DE IMAGEM 
• USG. 
 
• TC. 
 
- ALTERAÇÕES ECOGRÁFICAS SUGESTIVAS 
QUANDO HF+ 
• 15 – 39 anos 
- 3+ cistos uni ou bilaterais. 
 
• 40 – 59 anos 
- 2+ cistos / rim. 
 
• 60+ 
- 4+ cistos / rim. 
 
 
Cadu – 5°β / TIII 
TRATAMENTO GERAL 
• Analgesia. 
 
• Controle da PA. 
- IECA ou BRA, que são nefroprotetores. 
 
• Antibióticos. 
- Em caso de infecção cística. 
- Internar e tratar em caso de ausência de resposta à 
medicação oral. 
 
- CIRURGIA 
- Nefrectomia. 
 
• Cistos grandes. 
 
• ITU recorrentes. 
 
• HA refratária. 
 
• Suspeita de malignidade. 
 
- QUANDO ENCAMINHAR 
• Urologia 
- Cistos simples sintomáticos. 
- Cistos complexos. 
 
• Nefrologia 
- Suspeita de doença policística renal.

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