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Rebeca Santos – T99 Moldagem anatômica é o primeiro passo para confecção de uma PT, o objetivo é reproduzir em negativo os detalhes anatômicos e o contorno da área chapeável, por meio da ação dinâmica das estruturas relacionadas com a prótese. A proporção de alginato é de 1:1, sendo utilizada 3 medidas em superior e 2 em inferior. Moldagem superior – posicionamento atrás do paciente. Moldagem inferior – posicionamento a frente do paciente. Após fazermos a moldagem anatômica, vamos construir a moldeira individual. Toda vez que é feito uma força de compressão em osso o resultado será reabsorção. Já a força de tração gera deformação e compressão gera reabsorção. DELIMINATAÇÃO DA ÁREA CHAPEÁVEL Vamos definir os limites da área chapeável: SUPERIOR a) espaço coronomaxilar b) fundo de vestíbulo bucal c) freio lateral (bridas) d) fundo de vestíbulo labial e) freio labial f) término posterior INFERIOR a) chanfradura do masseter b) fundo de vestíbulo bucal c)fundo de vestíbulo labial d)fossa distolingual e) flange sublingual f) freio lingual. PASSO A PASSO PARA CONFECÇÃO DE MOLDEIRA INDIVIDUAL Questão de prova 1. Delimitação da área chapeável Vamos marcar com lápis as regiões citadas anteriormente. 2. Alívio em cera Fazemos esses alívios pois essas áreas são pobres em qualidade óssea e sofrem reabsorção muito fácil, por isso não podem sofrer pressão. O alivio ideal é o menor possível, o alívio seletivo, uma vez que o propósito é confeccionar uma moldeira individual, se tiver muito folgada vai se tornar uma moldeira normal, desadaptada. Por isso não fazemos o alívio total, pois ele nos fornece uma prótese totalmente folgada e sem contato direto com a mucosa. Maxila Áreas retentivas; Rugosidades palatinas; Sutura ou hafe palatina e Tuberosidades. Rebeca Santos – T99 Mandíbula Papila retromolar; Crista do rebordo e Áreas retentivas. 3. Isolamento do modelo Usamos o isolante para resina para que não grude no gesso. 4. Manipulaçao do acrílico Colocar o pó no líquido, INCORPORANDO lentamente. Se atentar a trabalhar na fase plástica. 5. Prensa da resina acrílica Colocamos a resina sobre uma placa de vidro vaselinada, colocamos duas espátulas de madeira em cada extremidade da placa, para garantirmos uma boa espessura e prensamos. 6. Adapação da resina no modelo No momento da adaptação da resina, molhamos o modelo com o liquído do acrílico para uma melhor manipulação e adaptação do material. 7. Recorte da resina Recortamos o modelo na área chapeável. 8. Confecção do cabo No modelo superior, temos apenas um cabo na crista do rebordo na região de incisivos centrais, com inclinação de 45º. No modelo inferior, temos 3 cabos com inclinação de 90º. 1 perpendicular ao modelo na região de incisivos e 2 na região de molares. 9. Acabamento Vamos dar acabamento de forma que a moldeira fique de 2 a 3mm aquém da área chapeável. Esse espaço restante será preenchido por godiva, se não dermos esse espaço a godiva pode quebrar. Para fazermos o ajuste devemos levar em conta a anatomia funcional. MAXILA Espaço coronomandibular Entre processo coronoide e tuberosidade Essa estrutura pode atrapalhar a moldeira e consequentemente a PT, pois quando o paciente abre a boca, ela cai – pois o processo coronóide bate nela. Isso indica que naquela área a espessura está muito grossa. Fundo de vestíbulo bucal O bucinador está envolvido com as fibras horizontais, por isso no ajuste deve-se recortar horizontalmente na área da brida e deixar com espaço de sobra. Pedir para o paciente fazer bico e verificar necessidade de ajustes. Fundo de vestíbulo labial Músculo orbicular do lábio determina estética, pediremos para o paciente fazer bico e sorrir. Rebeca Santos – T99 Freio labial pode interferir na estabilidade da PT e por isso deve estar totalmente livre da moldeira. Término posterior Sulco pterigomaxilar de um lado ao outro – contorna o tuber. É onde tem o ligamento pterigomandibular Importante vedar esse término que divide o palato duro e mole. MANDÍBULA Chanfradura do masseter Localiza-se lateralmente à Papila piriforme, possui um formato côncavo. Pedir para o paciente abrir e fechar a boca para ver a contração do masseter e desgastar até parar de movimentar a moldeira. Fundo de vestíbulo bucal Possui limite na linha oblíqua externa, é um osso cortical denso com uma mucosa mais delgada. Nessa região temos as bridas, que vamos ajustar com a fresa. Pode servir de suporte para PT. Fossa distolingual Importante para estabilização da protése, pois é uma região retentiva. O músculo constritor superior da faringe que desloca muito a prótese. Por isso movimento a língua e levantar essa língua até o palato e quanto mais movimenta a língua melhor para visualizar. Flange Sublingual Se insere no corpo da mandíbula, enquanto fazemos a moldagem funcional o paciente deve deglutir e movimentar constantemente a língua até o material tomar presa para evitar o excesso de material. A glândula sublingual está em cima do musculo milo hioideo e não se deve moldá-la. A moldeira deve estar entre o rebordo e a glândula por fora para não moldar a glândula. O segredo é o paciente com a boca aberta, fecha um pouco e você empurra a moldeira e ai a glândula fica por fora quando a moldeira levantar. Após atestar que a moldeira está estável, podemos passar para a moldagem funcional. Rebeca Santos – T99 Tem o objetivo de copiar em situação dinâmica os detalhes anatômicos da área chapeável e inserções musculares em movimentos que interessam a função da PT. Começamos fazendo o selamento periférico, depois a moldagem e posteriormente o encaixotamento e desinclusão dos moldes. SELAMENTO PERIFÉRICO Com a godiva de baixa fusão, vamos fazer o selamento de toda a moldeira. Devemos aquecer a godiva e colocar na moldeira a começar pela parte posterior do vestíbulo – tuberosidade, processos pterigomaxilares. A godiva entra brilhante na boca e deve sair fosca e regular, isso significa que moldou as inserções. Podemos pedir para o paciente soltar beijo, fazer bico ou tracionar a mucosa do paciente em vários movimentos. Verificar a cada etapa se há excesso de godiva internamente na moldeira, o qual deve ser removido antes do próximo incremento. Já na região de término posterior, pedimos para o paciente falar “A” continuamente para que vibre o palato, é importante que nessa etapa tenha uma vedação eficiente. Ao final teremos o selamento periférico na borda da moldeira. Ao retirar a moldeira devemos ouvir um “ploc”. Já o selamento inferior, na região posterior solicitamos que o paciente abra e feche a boca diversas vezes para marcar bem a godiva. Na região lingual, devemos solicitar que levante a língua e movimente para cima e para os lados, além de fazer o tracionamento da mucosa. MOLDAGEM FUNCIONAL Após finalizar o selamento periférico, secamos a moldeira e vamos manipular a Lysanda, pasta OZE, com a espátula 36. Esse material deve ser bem manipulado, pois caso a moldagem saia errada, é muito difícil conseguir remover da moldeira. Leva a moldeira em boca e estabiliza, sem tracionar. Devo posicionar o paciente o mais reto possível para evitar vibração do palato mole por uma respiração mais difícil e jogar oxigênio causando bolhas. Aguardamos de 03 a 04 minutos o tempo de presa. Fazer a descontaminação. ENCAIXOTAMENTO É feito com cera utilidade e revesido com cera 7. O encaixotamento é feito 1mm além do selamento periférico. O objetivo é aumentar o modelo para proteger a área chapeável e o selamento periférico. Ao final, teremos um modelo maior que o normal. DESINCLUSÃO DOS MODELOS Para desinclusão, devemos hidratar esse modelo por 10 minutos em água fria para que a godiva e apasta lysanda não grudem no gesso. Após isso, aquecer o modelo em água quente por 1 minuto, para que a godiva plastifique e não grude no gesso. RECORTE DOS MODELOS Deve-se respeitar a área de selamento periférico – fundo de vestíbulo, por isso muito cuidado. Não é um recorte como os de outras matérias, esse modelo é maior.