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Trabalho Técnicas Conexas em Soldagem, processos de soldagem Raphael Bedin dos Santos 1291815596



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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS - UNIRITTER 
FACULDADE DE ENGENHARIA 
Técnicas Conexas em Soldagem 
 
 
 
 
PROCESSOS DE SOLDAGEM 
 
Autor: Raphael Bedin dos Santos 
 
 
 
 
 
Professor: Lúcio Benites 
 
 
 
 
Porto Alegre 
2023 
 
Soldagem a gás (OFW): 
 
Equipamento utilizado: 
 O equipamento utilizado é formado por 3 partes, são elas: fonte de combustível, 
que fornece o gás combustível; fonte de oxigênio, responsável por manter 
sustentado a combustão; tocha de soldagem, responsável em direcionar o controle 
de fluxo dos gases para a região que se deseja soldar. 
 
Características: 
 Entre as características temos que o processo é simples, versátil e de fácil 
portabilidade. Esse método pode ser utilizado para soldagem adequada por uma 
ampla quantidade de materiais metálicos como aço carbono, aço inoxidável, 
alumínio e cobre. O manuseio do equipamento é de fácil operação, não 
necessitando de uma fonte de energia elétrica, e sua utilização em locais com 
dificuldade de acesso é relativamente fácil. 
 
Variações do processo: 
 Possui algumas variações, que a utilização vai depender das aplicações que se 
deseja, as variações são as seguintes: 
 Soldagem a gás com adição de metal (GMAW, Gas metal arc welding): No qual 
utiliza arco elétrico entre um eletrodo consumível e a peça de base. 
 Soldagem a gás sem adição de metal (GTAW, Gas tungsten arc welding): Utiliza 
eletrodo de tungstênio, que não é consumível. 
 
Etapas: 
-Preparação das superfícies das peças que irão ser soldadas; 
-Montagem adequada das peças; 
-Regulagem dos fluxos de gás e combustível na tocha de soldagem; 
-Ignição da chama; 
-Movimento da tocha, pelo operador, através do local que se deseja soldar, para 
fundir as peças, sendo acompanhado com ou sem material de adição; 
-Interrupção da solda; 
-Extinção da chama. 
 
Metal de adição: 
 O metal de adição pode ser aplicado manualmente na poça de fusão durante o 
processo ou ser colocado através da própria tocha de soldagem. Geralmente é 
utilizado material de adição com o intuito de melhorar as propriedades mecânicas da 
junta, aumento sua resistência. 
 
 
Aplicações: 
 Costuma-se usar esse processo em setores como a indústria automotiva, 
reparação de equipamentos, o setor que mais se consagra é a área de manutenção, 
isso ocorre devido a sua versatilidade e fácil mobilidade. 
 
Vantagens: 
 Temos entre as principais, versatilidade quanto aos materiais que podem ser 
soldados; portabilidade, fácil ser usado em lugares de maior dificuldade de acesso; 
não dependência de uma fonte de energia; simplicidade dos equipamentos 
utilizados. 
 
Limitações: 
 Temos entre as limitações uma menor produtividade em comparação a outros 
processos, limitação quanto a espessura dos materiais que podem ser soldados, 
limitação da posição de soldagem pelo operador, sensibilidade ao vento, elevado 
risco de deformação da peça devido uma zona afetada pelo calor elevada, podendo 
comprometer com limitações de aplicação da peça. 
 
Segurança do processo: 
Devido ao peso e a pressão dos cilindros, alguns cuidados devem ser tomados, 
como: 
- O transporte deve ser feito com carrinhos especiais, sempre na posição vertical e 
com o capacete de proteção das válvulas; 
- Usar uma válvula contra retrocesso (chamada de válvula seca corta-chama) no 
regulador de pressão de acetileno, a fim de impedir que o retorno da chama, o 
refluxo dos gases ou as ondas de pressão atinjam o regulador ou o cilindro; 
- Manusear os cilindros de gás com cuidado para que eles não sofram choques ou 
impactos mecânicos; 
- Nunca deixar a chama do maçarico próxima dos cilindros; 
- Verificação se não há vazamento de gases nas mangueiras e conexões; 
- Usar tenazes para movimentar materiais metálicos aquecidos e de pequeno porte 
de um lado para outro. 
 
 
 
PROCESSO DE BRASAGEM (OFW): 
 
Equipamento utilizado: 
 O equipamento varia dependendo do processo utilizado, mas basicamente são: 
fonte de calor (podendo ser maçarico), um forno, máquina de brasagem por 
indução, uso de produtos químicos que promovem limpeza, proteção e melhor 
fixação da superfície onde será realizado o processo. 
 
Características: 
 A brasagem é um processo de união que tem como principal característica o fato 
de que a união dos materiais não é obtida através da fusão. A união é obtida 
através do metal de adição que preenche a junta por capilaridade, ou seja, o metal 
em estado líquido preenche os espaços vazios que existem entre as superfícies a 
serem soldadas. Ela possibilita também a união de materiais não metálicos, oferece 
uma boa resistência mecânica e à corrosão, além de minimizar a deformação dos 
materiais de base. 
 
Variações do processo: 
 É um processo que apresenta uma série de variações, entre elas temos: 
 Brasagem por chama: O aquecimento é feito por uma ou mais tochas. 
Dependendo da temperatura e da quantidade de calor requeridos, o gás 
combustível pode ser o acetileno, propano, entre outros. O metal de adição pode ser 
colocado previamente na junta ou alimentado manualmente. 
 Brasagem em forno: É muito usada quando o metal de adição pode ser colocado 
previamente na junta. Este processo é aplicável geralmente em produção em série e 
em grande escala. A proteção é feita por fluxo, por atmosfera controlada ou a vácuo. 
 Brasagem por indução: O calor é obtido por uma corrente induzida nas peças a 
unir. Estas peças são colocadas no interior de uma bobina, na qual circula uma 
corrente alternada. O metal de adição é normalmente colocado com antecedência 
na junta e a proteção é feita por fluxo. 
 Brasagem por resistência: O calor é obtido por efeito Joule. O metal de adição 
também é colocado previamente na junta e a proteção é feita por fluxo ou atmosfera 
adequada. 
 Brasagem por imersão: Que pode ser por banho químico (metal de adição é 
colocado previamente na junta e o conjunto é imerso em um banho de fluxo fundido, 
aquecido por resistência elétrica), ou banho em metal fundido (as partes a serem 
unidas são imersas em um banho fundido do metal de adição). 
 Brasagem por infravermelho: É um processo que utiliza o calor emitido por fontes 
de radiação infravermelha, em geral lâmpadas de quartzo. A proteção pode ser feita 
por fluxo. 
 Etapas: 
As etapas variam para cada variação do processo de brasagem, mas basicamente 
são: 
-É feita a preparação, consiste na limpeza do material base, removendo-se óxidos, 
graxas e outros contaminantes. Sendo o uso do fluxo auxiliando nesse processo; 
-As peças que passarão pelo processo de brasagem são aquecidas, utilizando-se 
fornos ou maçaricos, sendo a temperatura nessa etapa tendo que ser controlada 
para a correta fusão do metal de adição. 
-Metal de adição é aplicado na junção entre os metais base, espalhando-se na 
superfície, formando uma junta sólida posteriormente com o resfriamento. 
- Após é controlado o resfriamento, que deve ocorrer de forma lenta, evitando 
eventuais problemas de aumento de tensão na junta, e posteriormente é feito a 
limpeza, retirando-se o fluxo restante e os resíduos da solda. 
 
Metal de adição: 
 A escolha de um metal de adição é feita em função do metal de base, do método 
de aquecimento, do desenho da junta e da proteção. Além disso, o metal de adição 
deve ter uma temperatura de fusão adequada, boa molhabilidade, boa fluidez e 
propriedades mecânicas compatíveis com a aplicação. Podendo o material base ser 
uma liga de cobre, prata, latão, alumínio, entre outros materiais. 
 
Aplicações: 
 O uso do método da brasagem tem ampla utilização na indústria, entre eles se 
destaca: Junção de metais dissimilares; união de peças de pequena espessura, que 
poderiam se deformar excessivamente se fossem soldadas; união de materiais 
tratados termicamente, para evitar perda do tratamento; união metal-cerâmica. 
Amplo uso nas indústrias automotiva (fabricação de radiadores), aeroespacial (união 
de componentesestruturais) e eletrônica (fabricação de circuitos integrados, 
conectores e componentes eletrônicos). 
 
Vantagens: 
 Requer menor calor de modo que a soldagem se realiza mais rapidamente; o 
metal de adição apresenta baixa tensão residual e sua ductilidade permite posterior 
usinagem; as uniões apresentam resistência mecânica adequada para várias 
aplicações; o equipamento usado é simples e de fácil manuseio; possibilidade de 
união de materiais frágeis, sem pré-aquecimento em temperaturas altas. 
Limitações: 
 Resistência da união limitada à resistência do metal de adição; temperatura de 
serviço limitada ao ponto de fusão do metal de adição; possibilidade de ocorrência 
de corrosão galvânica na junta; todo o conjunto a ser brasado deve ser aquecido. 
 
Segurança do processo: 
 Para prevenir esses riscos, é essencial que os trabalhadores usem equipamentos 
de proteção individual (EPIs) adequados, como protetores faciais e respiradores. 
 Além disso, o ambiente de trabalho deve ser bem ventilado e os trabalhadores 
devem evitar permanecer em áreas fechadas durante a brasagem. Quanto ao 
processo, é fundamental o controle dos equipamentos de forma correta, em 
condições de serviço, e manter a limpeza bem como as etapas sobre controle. 
 
Soldagem MIG/MAG (GMAW): 
 
Equipamento utilizado: 
 Entre os equipamentos utilizados temos, fonte de energia 
(transformador/retificador), alimentador do arame, cilindro de gás com regulador, 
tocha de soldagem (pistola). 
 
Características: 
 Entre as características temos que, sua proteção gasosa feita por gás inerte (MIG) 
ou ativo (MAG), uso de eletrodo metálico consumível alimentado automaticamente, 
o arco elétrico funde o eletrodo consumível, que é depositado na junta de solda, 
formando a solda, é um processo que pode ser automatizado devido a facilidade do 
processo. 
 
Variações do processo: 
 As variações dos processos ocorrem ou pelo tipo de gás de proteção utilizado 
MIG/MAG (gás inerte ou ativo), ou pelo modo que é transferido o material de adição, 
a deposição de material pode ser por: Curto circuito (short arc), toque do arame na 
poça de fusão; globular, transferência do metal em gotas grandes atraídas pela 
gravidade; aerosol (spray arc), transferência do metal em gotículas que são atraídas 
por forças magnéticas. Sendo cada processo tendo suas diferenças como 
velocidade, taxa de deposição, entre outros fatores. Ou o pelo tipo de corrente 
usado: Corrente contínua polaridade direta (-): Utilizada para soldagem de metais 
não ferrosos, sobretudo alumínio e magnésio; corrente contínua polaridade reversa 
(+): utilizada para soldar aço, aço inoxidável, níquel, cobre, aço cromo-molibdênio; 
corrente pulsada: utilizada para soldar chapas mais finas com transferência por 
aerosol e arames de maior diâmetro. 
 
Etapas: 
-Preparação da junta; 
-Determinação dos parâmetros de soldagem, que envolvem a corrente que será 
usada, velocidade de passe, número de passes, tipo do material de adição; 
-Posição e sentido de passe; 
-Abertura do arco elétrico; 
-Poça de fusão é formada; 
-Movimento da tocha pelo operador onde deve ser soldado. 
 
 
Metal de adição: 
 O metal de adição depende do material de base, do processo e das 
características que se desejam para a junta soldada, o arame/eletrodo pode ser de 
arame metálico sem revestimento (Aço Carbono, Aço Inoxidável, Cobre, Alumínio, 
Níquel, Titânio e Magnésio) ou arame tubular metálico preenchido com fluxo não 
metálico (soldagem por arame tubular). 
 
Aplicações: 
 A soldagem MIG/MAG tem sido muito utilizada na indústria automobilística, 
automatizada ou não, na indústria ferroviária, na fabricação de pontes rolantes, 
vigas, escavadeiras, tratores. É adequada para soldar aço carbono, aço inoxidável, 
alumínio e suas ligas, proporcionando uniões de alta qualidade e resistência. 
 
Vantagens: 
 Entre as vantagens temos que é indicada para a soldagem de todos os metais 
(aço carbono, aço inox, aço liga, alumínio, cobre, níquel, etc.) e em todas as 
posições de soldagem; solda peças com espessura acima de 0,76mm; Ótimo 
acabamento (dispensa a limpeza); elevada produtividade (alta taxa de deposição) e 
baixo custo; permite o preenchimento de grandes aberturas e vazios (reparos); 
exige menor habilidade do soldador. 
 
Limitações: 
 São entre elas faltas de Fusão, é limitado a espessuras até 50 mm, risco de 
Inclusões com CO2, grande sensibilidade às correntes de ar, custos dos Gases de 
Proteção. 
 
Segurança do processo: 
Entre os cuidados do processo temos: 
-Manter limpeza constante; 
-Atenção ao uso da garra negativa; 
-Mantenha o tamanho da ponta do arame curto; 
- Use roldanas e guias espirais adequados à espessura do arame; 
- Faça a troca constante dos bicos de contato; 
- Uso correto dos EPIs, o operador deve utilizar equipamentos de proteção 
individual, como capacete de soldagem, luvas de proteção, avental e botas de 
segurança; 
-Correta ventilação do local. 
 
 
 
Soldagem TIG (GTAW): 
 
Equipamento utilizado: 
 Fonte de energia (transformador/retificador), ignitor, eletrodo não consumível de 
Tungstênio, tocha de soldagem (pistola), gás de proteção, mangueiras, sistema de 
refrigeração da tocha (para elevadas amperagens, >150A), vareta de material de 
adição (material específico ou o próprio metal de base). 
 
Características: 
 Soldagem a arco com eletrodo de tungstênio e proteção gasosa (Gas Tungsten 
Arc Welding – GTAW), caracteriza-se pelo uso de eletrodo de Tungstênio não 
consumível, proteção gasosa feita por gás inerte ou mistura de gases inertes 
(Argônio e Hélio), soldagem poderá ser feita com ou sem material de adição, possui 
ausência de respingos, arco elétrico estável, isso somado, gera uma solda de alta 
qualidade e precisão. 
 
Variações do processo: 
 O processoTIG apresenta algumas variantes, dentre as quais podemos citar a 
soldagem TIG por pontos, TIG com corrente pulsada e TIG com arame quente ou 
“hot wire”. 
 Soldagem TIG por pontos: A variante de soldagem TIG por pontos é feita 
manualmente, utilizando um porta eletrodo do tipo pistola, constituído de um 
eletrodo centrado com bocal resfriado a água e um interruptor de controle da 
operação. O bocal deve ser adequado ao perfil da soldagem e dispositivos especiais 
são utilizados para garantir a distância entre a tocha e a peça. Os sistemas de 
controle de tempo, corrente, gás, água e alta frequência são geralmente 
automáticos devido à complexidade das sequencias de soldagem. 
 Soldagem TIG com corrente pulsada: Na variante de soldagem TIG com corrente 
pulsada, a corrente varia entre um nível de pico e um nível de base. A alternância 
de corrente entre o pico e a base permite o enchimento automático da cratera que é 
formada normalmente no final do cordão de solda durante a retirada da tocha. 
 Soldagem TIG com arame quente: A variante de soldagem TIG com arame quente 
ou “hot wire” é semelhante à soldagem convencional com material de adição; a 
diferença está em que neste processo, o arame consumível é aquecido por efeito 
Joule até atingir uma temperatura próxima de seu ponto de fusão, ainda antes de 
entrar em contato com a poça de fusão. 
 
Etapas: 
-Regulagens do equipamento (parâmetros de soldagem), que são: Escolha, afiação 
e montagem do eletrodo (ponta verde, vermelha, etc.), escolha do gás de proteção 
(Ar, He, mistura) e conexão do cilindro e regulador de pressão, escolha da vareta de 
solda, regulagem da amperagem e tipo de corrente (AC, DC-, DC+ ou pulsada), 
seleção da forma de abertura do arco (centelha ou contato); 
-Preparação da peça (limpeza, chanfros, fixação, pré-aquecimento); 
-Vazão do gás e abertura do arco (contato ou centelha); 
-Movimentação da tocha (angulação e velocidade); 
-Posicionamento e movimentação da vareta de metal de adição (dentro da poça e 
da nuvem de gás); 
-Extinção do arco e fechamento do gás; 
-Limpeza e acabamento; 
-Tipos de junta. 
 
Metal de adição: 
 O metal deadição trata-se de uma vareta de solda que é alimentado pelo 
operador manualmente na poça de fusão, o tipo de material vai depender do 
diâmetro e das propriedades que se deseja adquirir na junta. 
 
Aplicações: 
 Entre as aplicações temos a soldagem de aço carbono e inoxidável, soldas em 
chapas finas e passe de raiz em tubulações, soldas de peças pequenas e de 
precisão, soldas de qualidade e responsabilidade, soldagem de alumínio e 
magnésio, soldagem de níquel e cobre, soldagem de titânio. Bastante utilizado na 
indústria aeronáutica e alimentícia. 
 
Vantagens: 
 -Não gera salpicos, tornando todo o processo mais limpo e seguro; 
-Pode ser utilizado na soldadura da maioria das ligas e metais, bem como de 
materiais muito finos, pois possibilita controlar a temperatura; 
-Permite obter resultados de grande qualidade e com um bom acabamento; 
-A probabilidade de existirem defeitos é extremamente reduzida; 
-Pode ser realizada em qualquer posição, facilitando assim o trabalho do soldador; 
-Baixa produção de escória e fumos, com ótima visibilidade da poça de fusão; 
-Excelente controle da energia transferida (arco suave e estável); 
-Indicada para chapas finas e peças de difícil soldabilidade. 
 
Limitações: 
-Comprimento fixo do consumível (máx. 1000 mm, em vareta); 
-Baixo rendimento ≤ 0,5 Kg/h; 
-Limitado a espessuras de 10 mm; 
-Risco de inclusões de Tungstênio; 
-Depende das competências do soldador; 
-Grande sensibilidade às correntes de ar; 
-Custo dos gases de proteção; 
-Baixa produtividade e alto custo; 
-Requer habilidades técnicas e experiência por parte do operador. 
 
Segurança do processo: 
 Para se proteger é necessário estar usando: aventais raspa, máscaras de solda, 
blusão de soldador, mangote de raspa, botas de proteção com solado isolante, 
luvas de vaqueta ou de raspa, perneiras, touca de soldador, óculos de proteção, 
protetores auriculares. 
 
Soldagem com arame tubular: 
 
Equipamento utilizado: 
 O equipamento utilizado nesse processo é composto por uma máquina de solda, 
fonte de energia, alimentador de arame, tocha de soldagem e um cilindro de gás de 
proteção. 
 
Características: 
 É um processo que é caracterizado por uma elevada taxa de deposição de 
material, alta eficiência e penetração, é de fácil operação se comparado aos demais 
métodos, apresenta capacidade de produzir soldas de alta qualidade, boa 
resistência mecânica e excelente aspecto visual. 
 
Variações do processo: 
 Entre as variações do processo temos: 
-Soldagem com arame tubular auto protegido: Que não possui necessidade de gás 
de proteção; 
-Soldagem com arame tubular de núcleo metálico: Com diferentes composições 
químicas para que o arame posso atender requisitos específicos de aplicação. 
 
 
 
Etapas: 
 As etapas do processo são os seguintes: 
-Preparação da junta, confeccionando chanfro e limpeza da superfície; 
-Corrente elétrica e alimentação do arame são ajustados conforme a necessidade 
da atividade; 
-O operador move a tocha em um padrão de cordão específico para a confecção da 
junta soldada. 
 
Metal de adição: 
 O metal de adição utilizado é o arame revestido que possui elementos químicos 
adicionados para melhorar as propriedades da solda, entre eles a resistência à 
corrosão, resistência mecânica e tenacidade, a composição química do metal de 
adição varia conforme as propriedades desejadas e principalmente o material de 
base onde será efetuada a atividade. 
 
Aplicações: 
 O arame tubular é utilizado em segmentos como o naval & offshore, nuclear, 
construção pesada, soldagem de perfis estruturais, pipeline e reparo e manutenção, 
e fabricação de estruturas e peças de aço carbono, aços baixa liga e aços 
inoxidáveis. 
 
Vantagens: 
-Aumento de produtividade; 
-Alta qualidade do metal depositado; 
-Excelente aparência e acabamento do cordão de solda; 
-Alta taxa de deposição; 
-Melhora a estabilidade do arco elétrico; 
-Redução de respingos; 
-Solda em todas as posições. 
 
Limitações: 
-Produz escória que deve ser removida; 
-Maior geração de fumo; 
-Ventos e brisa no local de soldagem afeta proteção gasosa externa; 
-Aderência da escória conforme o fluxo do arame. 
 
Segurança do processo: 
 Existem duas maneiras de proteger a poça de fusão no processo com arame 
tubular: uma é utilizar um arame autoprotegido, isto é, que contenha o tipo 
adequado de fluxo para proteger a poça de fusão contra a contaminação da 
atmosfera; a outra é utilizar arame tubular com uma proteção gasosa adicional. 
 Já a proteção do operador, o uso adequado dos EPIs para evitar eventuais 
problemas durante o processo. 
 
 
 
 
 
Soldagem por eletro-escória (ESW): 
 
 Equipamento utilizado: 
-Fonte de energia; 
-Alimentador de arame e oscilador; 
-Tubo guia e eletrodo; 
-Deslocador (no caso da guia não ser consumível); 
-Sapata de retenção (sapata de montagem); 
-Sistema de controle; 
-Cabos e conexão elétrica; 
-Isolantes. 
 
Características: 
 Entre as características do processo são a capacidade de realizar soldas de alta 
qualidade em espessuras de materiais que podem variar em uma faixa de 25mm a 
valores superiores a 300mm, é adequado para a união de materiais de alta 
resistência mecânica, devido a elevada capacidade de penetração como também 
preenchimento completo da junta. 
 
Variações do processo: 
 As variações desse método de soldagem diferem principalmente na orientação da 
junta a ser soldada. São elas: 
 V-ESW, para soldagens de juntas verticais; L-ESW, utilizada para juntas 
horizontais e de longo alcance. 
 
Etapas: 
 As etapas do processo são: 
-Peça passa por um preparo, removendo impurezas e a formação do espaço 
(chanfro) para formação da junta; 
-Os eletrodos consumíveis são posicionados na abertura e a escória é adicionada; 
-Corrente elétrica é aplicada nos eletrodos; 
-Escória atua como um isolante térmico, redirecionando o calor do processo para a 
região de soldagem, protegendo a poça de fusão de contaminação. 
 
Metal de adição: 
 O material de adição deve ter uma composição química semelhante à do material 
de base; eventualmente, podem-se utilizar materiais de adição com características 
diferentes, mas é preferível que as composições químicas sejam compatíveis, pois 
se for necessário um tratamento térmico, estará garantida a adequação entre este, o 
material de base e o material fundido. Os consumíveis utilizados na soldagem por 
eletroescória são o arame sólido, acompanhado de fluxo, e o arame tubular, quando 
há necessidade de adição de elementos de liga. 
 
Aplicações: 
 O processo de soldagem por eletroescória tem aplicação limitada, é usado para 
fazer soldas verticais em espessuras médias de aços carbono, de baixa liga, de alta 
resistência, de médio carbono, e de alguns inoxidáveis. O processo se aplica melhor 
a espessuras acima de 200mm, para espessuras máximas praticamente não há 
limitações. Embora a habilidade manual não seja requerida, o conhecimento da 
técnica é necessário para operar o equipamento. 
Na indústria temos a aplicação em áreas como as seguintes: 
 Fabricação de Lingotes - Os lingotes são usados para a fabricação de peças 
pesadas para as unidades geradoras de energia elétrica (turbina eixos, gerador de 
rotor eixos); 
 Indústria Naval, na fabricação do casco do Navio, placas pesadas do batente do 
leme, reforços longitudinais e verticais do casco. 
 Vasos de Pressão, recipientes sob pressão de parede espessa, utilizados em 
indústrias química, petrolífera, naval e indústrias de geração de energia, com 
diversas formas e tamanhos, com espessuras entre 13mm à 400mm. 
 Máquinas Pesadas, grandes prensas e ferramentas de máquinas com chapas de 
espessuras elevadas. Carcaça de motores, carcaças de prensas, trilhos de pontes 
rolantes. 
- Junção de Metais dissimilares, tubulações de vapor com grande espessura, onde 
tubos de aço baixa liga cromo-molibdênio podem ser unidos a tubos de aço inox 
austenítico. 
- Superposição e solda de ferramenta e matrizes, grandes martelos deforja e 
matrizes de forma. 
 
Vantagens: 
-Elevada taxa de deposição – até 20 kg / h; 
-Consumo de escória baixa; 
-Baixa distorção; 
-Espessura ilimitada de trabalho; 
-O processo lento de solidificação é favorável, pois o metal depositado consegue se 
solidificar lentamente e assim ficando livre de poros; 
-Alta velocidade: 500 a 1500mm/h; 
-No processo ESW não é requerido uma grande habilidade do soldador; 
-O processo é muito econômico quando aplicado em chapas de grande espessura. 
 
Limitações: 
- Estrutura de grãos grosseiros da solda; 
- Baixa tenacidade da solda; 
- Apenas a posição vertical é possível; 
- Alto custo dos equipamentos de soldagem (dispositivos); 
- Solda seções acima de 19mm; 
- Granulação grosseira; 
- Baixa resistência ao impacto, necessário tratamento térmico após a solda; 
- Qualquer interrupção durante a soldagem no processo ESW é considerado crítico, 
pois uma vez que o processo é reiniciado pode provocar defeitos na solda; 
- A soldagem por eletro escória requer equipamentos especiais e complexos, além 
de exigir um controle cuidadoso da escória e dos parâmetros de soldagem. 
 
Segurança do processo: 
 Em termos de segurança, é fundamental seguir as práticas recomendadas, como 
o uso de EPIs, a garantia de uma ventilação adequada durante o processo. 
 
Soldagem a arco submerso (SAW): 
 
 Equipamento utilizado: 
-Fonte de alimentação elétrica; 
-Unidade de controle; 
-Conjunto de alimentação de arame; 
-Cabeçote de soldagem; 
-Tocha; 
-Um fluxo granular; 
-Material a ser soldado. 
 
Características: 
 A soldagem por arco submerso, também conhecida por SAW (Submerged Are 
Welding) é um processo automático no qual o calor é fornecido por um arco 
desenvolvido entre um eletrodo de arame sólido ou tubular e a peça-obra. Tanto o 
metal de base quanto a poça de fusão ficam totalmente submersos em um fluxo 
granulado que garante a proteção contra os efeitos da atmosfera. 0 fluxo granulado 
funde-se parcialmente, formando uma camada de escória líquida, que depois é 
solidificada. 
 Além das funções de proteção e limpeza do arco e do metal depositado, o fluxo na 
forma granular funciona como um isolante térmico, garantindo uma excelente 
concentração de calor que caracteriza a alta penetração obtida por meio do 
processo. Uma vez que fica completamente coberto pelo fluxo, o arco elétrico não é 
visível, e a solda se desenvolve sem faíscas, luminosidades ou respingos, que 
caracterizam os demais processos de soldagem em que o arco é aberto. 
 
Variações do processo: 
Entre as variantes da soldagem por arco submerso temos: 
 Variante “twin are”: trabalha com dois ou mais eletrodos, utilizando uma ou mais 
fontes de energia soldando simultaneamente. O processo “twin are” fornece menor 
penetração, baixa diluição e alta taxa de deposição, e é utilizado para execução de 
revestimentos e soldagem de chanfros largos com mata-junta. 
 A variante “tandem are”: apresenta dois ou três eletrodos soldando em linha e 
simultaneamente. Cada um pode ter sua fonte de energia e controles em separado. 
Devido a problemas de efeito de campos magnéticos, os eletrodos movimentados 
possuem fontes de corrente alternada. 
É muito comum que o eletrodo-guia trabalhe com CC+ para garantir melhor 
penetração e os demais eletrodos com CA, para garantir o enchimento e melhor 
acabamento do cordão. 
 Adição de pó metálico: A soldagem por arco submerso com adição de pó metálico 
deposita antes do fluxo uma camada de pó, mais comumente pó de ferro, com a 
função de aumentar a taxa de deposição. 
 
Etapas: 
 O processo acontece da seguinte forma: o arame consumível é introduzido no 
fluxo. Quando o arco elétrico é iniciado, o arame, o metal de base e o fluxo são 
envolvidos pelo arco e derretidos no procedimento para criar a poça de fusão. A 
máquina de soldagem em arco submerso abastece de forma contínua o arame de 
solda e o fluxo. 
 
Metal de adição: 
 Os arames que têm função de eletrodo, são classificados segundo o teor de 
manganês que contêm, o qual pode ser baixo, médio ou alto. Cada um desses 
grupos apresenta quantidades diferentes de carbono e de silício, as quais também 
podem ser altas ou baixas. 
 Geralmente os eletrodos com altos teores de manganês, carbono e silício 
originam cordões com maior resistência e dureza; o silício torna a poça de fusão 
mais fluida e melhora o formato dos cordões depositados sob altas velocidades de 
soldagem. 
 Os arames-eletrodos são normalmente arames sólidos, fornecidos na forma de 
carretéis ou bobinas, com diferentes tamanhos, que variam conforme o tipo e a 
quantidade de soldas a realizar. 
 
Aplicações: 
 O processo de soldagem por arco submerso é utilizado em estaleiros, caldeirarias 
de médio e grande porte, mineradoras, siderúrgicas e fábricas de perfis e estruturas 
metálicas, principalmente nos trabalhos com aço-carbono, carbono-manganês, aços 
de baixa liga e aços inoxidáveis. Pode ser também empregado no revestimento e 
recuperação de peças desgastadas, com a deposição de substâncias anticorrosivas 
ou antidesgaste. 
 
Vantagens: 
 Uma das vantagens do processo de soldagem por arco submerso está no 
rendimento, pois, praticamente, não há perdas de material por projeções ou 
respingos. É possível também o uso de elevadas correntes de soldagem, de até 
4000A, fato que, aliado às altas densidades de corrente (60 a 100 A/mm2), oferece 
ao processo alta taxa de deposição, muitas vezes não encontradas em outros 
processos de soldagem. Estas características tornam o processo de soldagem por 
arco submerso um processo econômico e rápido em soldagem de produção. Em 
média, gasta-se com este processo cerca de um terço do tempo necessário para 
fazer o mesmo trabalho com eletrodos revestidos. 
 As soldas realizadas apresentam boa tenacidade e boa resistência ao impacto, 
além de excelente uniformidade e acabamento dos cordões de solda. Através de um 
perfeito ajustamento de fluxo, arame e parâmetros de soldagem, conseguem-se 
propriedades mecânicas iguais ou melhores que as do metal de base. 
 
Limitações: 
 A maior limitação do processo de soldagem por arco submerso é o fato de permitir 
apenas a soldagem nas posições plana ou horizontal. Ainda assim, a soldagem na 
posição horizontal só é possível com a utilização de retentores de fluxo de 
soldagem; no caso de soldagem circunferencial, pode-se recorrer a sustentadores 
de fluxo. 
 
Segurança do processo: 
 Entre os processos de segurança do operador,o uso de óculos e máscaras de 
proteção é essencial para todo e qualquer tipo de soldagem a arco elétrico, 
permitindo apenas a visualização de raios não nocivos e possibilitando a operação 
correta e segura do processo. Sobre o processo é importante a verificação de todos 
os equipamentos e parâmetros necessários para o correto funcionamento da 
atividade desejada. 
 
Processos de corte térmico: 
 
Equipamento utilizado: 
-Maçarico de corte ou tocha; 
-Fonte de calor, geralmente formado por uma msitura de oxigênio e combustível, 
acetileno ou gás propano; 
-Válvula de controle de fluxo de oxigênio. 
 
Características: 
 É um processo caracterizado por ser em alta temeratura, utilizando calor intenso e 
jato de oxigênio para cortar materiais. O material metálio é aquecido até o ponto de 
corte em um curto intervalor de tempo, até seu ponto de ignição, sendo ao mesmo 
tempo soprado por um fluxo de oxigênio, responsável por provocar a oxidação e a 
formação de uma escória. Esse processo permite a separação dos materiais de 
forma rápida. 
 
Variações do processo: 
 Existe nesse processo dois tipos de variações que se destacam: Oxicorte, método 
mais utilizado, onde é empregado uma mistura de oxigênio e combustível para gerar 
calor. Plasma, onde é sado o arco elétrico direcionado a um bico de corte, onde 
passa um gás ionizado, criando o plasma, que com sua alta temperatura pode ser 
empregado no processode corte. 
 
Etapas: 
-É efetuado preparação no material, colocando nas condições desejadas; 
-Posição adequada do material; 
-Ignição do aparelho; 
-Corte; 
-Verificação do corte. 
 
Metal de adição: 
É um processo onde não é utilizado material de adição. 
 
 
Aplicações: 
 Esse processo é amplamente utilizado em corte de chapas metálicas para a 
fabricação de estruturas e componentes, preparação de bordas para a soldagem 
subsequente, desmontagem de estruturas metálicas, corte e desbaste de peças de 
grandes dimensões, como navios, pontes e tanques de armazenamento. 
 
Vantagens: 
-Capacidade de cortar metais de alta espessura; 
-Rapidez e eficiência no processo de corte; 
-Versatilidade para cortar diferentes tipos de metais; 
-Baixo custo operacional. 
 
Limitações: 
-Geração de alto calor, o que pode causar deformação térmica das peças; 
-Produção de fumos e gases tóxicos durante o processo, exigindo ventilação 
adequada para a segurança do operador. 
-Restrições na precisão do corte em comparação com outros métodos, como corte a 
laser ou jato de água. 
 
Segurança do processo: 
 É um processo que exige muito cuidado devido aos materiais extremamente 
inflamáveis e os gás que produz, é importante a ventilação no processo, e as 
devidas condições dos aparelhos em bom estado de conservação, uso de EPIs por 
parte do operador também é fundamental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6441297/mod_resource/content/0/MODULO
%202%20PROCESSOS%20DE%20SOLDAGEM%20E%20DISCIPLINA.pdf 
https://docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo
_2/Processos_de_Soldagem/Soldagem%20a%20G%C3%A1s.pdf 
https://docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo
_2/Processos_de_Soldagem/Soldagem%20por%20Brasagem.pdf 
https://blogdofrio.com.br/como-se-prevenir-dos-riscos-da-brasagem-no-avac-
r/#:~:text=Para%20prevenir%20esses%20riscos%2C%20%C3%A9,durante%20a%2
0brasagem%E2%80%9D%2C%20acrescenta. 
https://docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo
_2/Processos_de_Soldagem/Soldagem%20MIG-MAG.pdf 
https://infosolda.com.br/173-processo-mig-mag-
caracteristicas/#:~:text=A%20soldagem%20MIG%2FMAG%20tem,%2C%20vigas%
2C%20escavadeiras%2C%20tratores. 
https://blog.casadosoldador.com.br/solda-migmag-perfeita-12-dicas-e-tecnicas-de-
soldagem/ 
https://docente.ifsc.edu.br/anderson.correia/MaterialDidatico/Eletromecanica/Modulo
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https://pipemasters.pt/blog/industria/soldadura-tig-vantagens-e-curso/ 
https://infosolda.com.br/processo-tig/ 
https://www.denversa.com.br/site/artigo/arame-tubular-processo-de-
soldagem#:~:text=O%20arame%20tubular%20%C3%A9%20utilizado,baixa%20liga
%20e%20a%C3%A7os%20inoxid%C3%A1veis. 
https://alusolda.com.br/o-que-e-arame-tubular-vantagens-e-desvantagens/ 
https://infosolda.com.br/processo-com-arame-
tubular/#:~:text=Existem%20duas%20maneiras%20de%20proteger,com%20uma%2
0prote%C3%A7%C3%A3o%20gasosa%20adicional. 
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https://infosolda.com.br/soldagem-por-arco-submerso/ 
https://aventa.com.br/novidades/soldagem-arco-
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20e%20o%20fluxo