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52 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. Via arterial Essa via pode ser utilizada para coleta de sangue para exames laborato- riais, principalmente em crianças, cuja via venosa é de difícil acesso. Algumas raras vezes, o fármaco pode ser injetado diretamente em uma artéria, a fim de localizar seu efeito em um local ou órgão em particular. Agentes antineoplási- cos podem ser aplicados dessa maneira para tratar tumores localizados. Viaintrarnuscular Uma injeção intramuscular (IM) deposita o medicamento profundamen- te no tecido muscular, que é ricamente irrigado pelo sangue. Em consequên- cia disso, o medicamento injetado movimenta-se rapidamente para dentro da circulação sistêmica. O volume injetado é, em geral, de 3 mL ou menos, mas pode ser administrado até 5 mL em um músculo de grande porte. As crianças, os idosos e as pessoas magras podem tolerar menos de 2 mL. Injeta-se a droga profundamente no tecido muscular. As drogas em so- lução aquosa são rapidamente absorvidas. Podemos dissolver ou suspender substâncias em óleos, o que faz a velocidade de absorção ser lenta e uniforme. Substâncias de baixa solubilidade são também lentamente absorvidas a partir dessa via. As substâncias levemente irritantes que não podem ser aplicadas pela via subcutânea podem ser injetadas no músculo. Observar procedimentos gerais: • Manter a técnica asséptica durante todo o procedimento, e se houver dúvi- da quanto à possível contaminação do material ou do medicamento, consi- dere-o contaminado. • Trocar a agulha após a aspiração da solução na seringa ou se a solução for aspirada do frasco-ampola. • Utilizar uma agulha, de acordo com o local utilizado e com a quantidade de tecido adiposo presente, de adequado calibre (calibre menor para um medicamento mais viscoso), conforme o Quadro 4.1. • Quando o paciente é adulto ou criança acima de 3 anos de idade, que pode caminhar, considerar o uso dos músculos glúteos dorsal e ventral, vasto la- teral ou deltoide. Para pessoas que tenham mais adiposidade em torno do quadril, abdome e coxas, considerar o vasto lateral ou a área ventroglútea (glúteos médio e mínimo, mas não o glúteo máximo). Quando o paciente é lactente ou criança com menos de 3 anos (ou criança que não caminhou pelo menos durante um ano), considerar o músculo vasto lateral ou reto femoral. • Fazer o paciente relaxar o músculo que irá receber a injeção. Um músculo tenso aumenta a dor e o sangramento. • Com o polegar e o dedo indicador da mão não dominante, esticar delica- damente a pele no local da injeção. Posicionar a seringa em um ângulo de 90º com a superfície cutânea; com a agulha afastada alguns centímetros da pele, introduzi-la rapidamente, com firmeza e segurança, no músculo. • Manter a mão dominante segurando a seringa enquanto utiliza a mão não dominante para aspirar o sangue. Quando aparecer sangue na seringa, é Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed
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